Fanfic: Depois de Você | Tema: Danielle Campbell e Justin Bieber

-Mamãe! -Disseram Mia e Lucas juntos, os dois correram em direção a mãe quando a viram cruzar a porta, Enzo apenas observava sentado no sofá, não estava com uma cara boa e Biel percebeu, então ele fechou a porta e se sentou ao lado do menino.

-Tudo bem campeão? -Biel perguntou más foi ignorado. -Okay, se não quer falar.. -Ele deu de ombros e observou Anna com os outros filhos.

-Mamãe, a vovó nos disse que vai viajar com o papai, vocês estão namorando de novo? -Perguntou Lucas, o menino tinha ainda um fio de esperança como Mia.

-Não meu amor, nós vamos juntos para resolver uns problemas, coisas de adulto. -Ela respondeu quando desfez o abraço.

-E por que não podemos ir junto? -Mia perguntou confusa.

-É mamãe, por que não vamos todos? -Lucas ajudou Mia a convencer a mãe. -Falta pouco tempo pro Natal.

-Eu sei que falta pouco tempo meu amor más vocês não podem ir, olha eu prometo que quando voltar trago presentes pra todos vocês tudo bem? -Ela tentou tranquiliza-los más nem ela sabia se voltaria a tempo pro Natal ou pior, se ela voltaria viva.

-Eba, então tudo bem. -Mia deu de ombros e Anna riu.

-Mia você é muito interesseira. -Lucas disse revirando os olhos.

-Não, ela só gosta de presentes. -Biel a defendeu.

-Ta vendo? -Mia perguntou vitoriosa e abraçou o pai.

-Não valhe, ele é puxa-saco. -Lucas reclamou.

-Então você não quer presentes? -Biel perguntou.

-Eu quero. -O menino respondeu e novamente eles riram exceto Enzo, novamente.

-Cadê vovó e Maria? Estão na cozinha? -Biel perguntou e Mia balançou a cabeça positivamente. -Então vamos la. -Ele pegou Lucas no colo com a mão livre já que com a outra segurava Mia, ele os levou para a cozinha enquanto os dois gargalhavam. Elw percebeu que Enzo não estava legal então deixou Anna sozinha com ele para que conversassem.

-Ta tudo bem meu amor? -Anna perguntou, pegou o filho e se sentou no sofá com ele em seu colo.

-Não mamãe. -O menino foi sincero, ele parecia segurar o choro.

-Ta triste por que a mamãe vai ficar um tempinho longe? -Ela perguntou e ele balançou a cabeça positivamente. -Não fique assim filho, vai passar rápido eu prometo. Olha, fala pra mim o que você quer de presente que eu trago. -Ela pediu tentando distrai-lo do foco principal da conversa.

-Não quero nada mamãe, só quero que fique aqui. -Ele pediu e ela o abraçou forte.

(POV Analú)

Enzo me abraçou forte e eu pude sentir o quanto ele estava com medo, dos três ele era o mais apegado a mim e mesmo tendo apenas quatro anos ele era muito sentimental, muito carente, talvez por não receber tanto carinho ou até mesmo atenção do pai, talvez seja por isso que ele tenha se apegado a mim. Eu juro que não sei como será quando eu sair por aquela porta e ficar dias ou até mesmo longas semanas fora, eu nunca fiquei mais de um fim de semana longe dos meus filhos e Enzo era quem mais me preocupava, por ser o mais novo, o mais quieto eu sei que Mia e Lucas não vão deixa-lo sozinho más ainda assim me preocupo, tenho medo até dele adoecer.

-Eu prometo que vou ligar sempre pra vocês viu meu anjinho? -Eu disse e ele me olhou, ele percebeu que eu estava chorando.

-Ta bom mamãe, não chora. -Ele me pediu e passou suas mãozinhas no meu rosto secando minhas lágrimas não aguentei, chorei ainda mais e o abracei.

-A mamãe vai sentir muita saudade. -Eu disse e iria mesmo. -Eu prometo que volto assim que eu puder. -Beijei sua bochecha e enfim sequei minhas lágrimas, eu tinha que ser forte.

Me levantei com Enzo no colo e fomos até a cozinha, conversei um pouco com Maria e Dulce, Enzo ficou o tempo todo em meu colo agarrado a mim enquanto Biel jogava baralho com Lucas que mostrava orgulhoso que finalmente tinha aprendido como se joga, Mia estava sentada no colo do pai, ela mexia e tirava fotos no celular dele, era tão vaidosa, por um momento eu queria poder congelar o tempo, queria poder ficar um tempo mais assim, toda a minha vida esta dentro dessa cozinha agora, meus filhos, o homem que eu amo, Dulce que era como uma segunda mãe para mim e até mesmo Maria por quem já tenho um grande carinho mesmo a conhecendo a pouco tempo.

-Acho melhor a gente ir, pra não perder o vôo. -Disse Biel quando pediu o celular de Mia para ver as horas.

Nos despedimos de todos e foi tão difícil, quando entrei no carro com Biel e ele deu a partida eu senti como se estivesse deixando pedaços de mim para trás, pedaços que iam me fazer muita falta.

-Ta tudo bem? -Biel me perguntou e eu suspirei, eu só não não voltei a chorar ali se não eu iria desidratar com tantas lágrimas.

-Não. -Repondi simples.

-Sabe que é necessário isso né? -Ele perguntou, olhou para mim rapidamente e voltou a atenção para a estrada.

-Sim..

-Notei que Enzo não te soltou enquanto não saímos, ele mal se despediu de mim. -Ele riu.

-Pois é. -Suspirei novamente e encostei a cabeça no vidro da janela.

-Ele não ta sentindo falta do pai? Ele nem sequer perguntou dele? -Ele perguntou, Biel parecia curioso em saber como era a relação entre Enzo e o pai, eu adoraria que fosse diferente do que realmente era.

-Acho que Enzo prefere o pai longe, assim ele não ouve xingamentos, gritos, não recebe broncas.. enfim com ele longe Enzo fica mais tranquilo.

-E... -Ele tentou falar de novo mas eu o cortei.

-Biel se não se incomoda eu quero ficar um pouco quieta. -Eu não estava no melhor momento pra conversar.

-Tudo bem, desculpe...

Uma hora depois já estavamos dentro do avião, rumo ao Canadá, eu só tinha ido lá uma vez pra fazer umas fotos para a revista da minha mãe, ná época eu ainda era adolescente, foi um pouco antes do Biel voltar da sua primeira turnê, nós sempre fomos amigos más tudo mudou uma semana depois da minha volta ao México, foi quando ele voltou e nos encontramos depois de quatro anos, eu me lembro como se fosse ontem.

(FLASH BACK ON)

Era exatamente 11:15 da noite, eu estava voltando da escola para casa, Bia era quem me acompanhava nesse caminho todos os dias mas hoje ela não foi a aula, a essa hora eu já devia estar em casa porém eu acabei fazendo hora conversando com uns amigos na porta de saída da escola. Senti meu celular vibrar em meu bolso e o peguei, olhei na tela e "PAPAI♡" piscava nela, recusei a chamada e voltei a guarda-lo no bolso, eu já estava chegando em casa mesmo, só mais duas ruas.

-São só cinco minutos de atraso pai, relaxa. -Falei sozinha e voltei a andar, eu escutei passos então me virei, vi que tinha uma pessoa vindo na minha direção, eu teria mantido a calma se fosse aparentemente uma pessoa normal más não, o indivíduo estava com uma calça escura, blusa de frio de moletom e nem fazia frio aquela noite e o pior não era nem isso ele também usava uma touca e óculos escuros, sério? Óculos escuros a noite? Você também não se assustaria? Isso não é normal, então eu fiz o que acho que qualquer pessoa normal faria, atravessei a rua e apressei o passo, porém ele também atravessou, eu estava apavorada meu corpo todo tremia, eu não sabia o que aquele cara iria fazer comigo e as possibilidades que minha cabeça criava me asusstavam ainda mais.

-Ei, espera.. Anna? -Ele me chamou e eu parei de andar, eu conhecia aquela voz apesar do tempo que passou, ela estava um pouco mais grossa mas ainda assim eu a reconheci. 

-Gabriel? -Eu o olhei sorrindo abertamente.

-Em pessoa. -Ele disse e tirou os óculos, em questão de segundos eu já estava o esmagando em um abraço abertado.

-Eu estava morrendo de saudade, quanto tempo, nossa por que não avisou que chegaria hoje? -As palavras não paravam de sair da minha boca.

-Queria fazer uma surpresa, também senti sua falta tampinha. -Ele disse me apertando, segundos depois eu desfiz o abraço e lhe dei um tapa. -Ai, por que me bateu? -Ele perguntou confuso alisando o braço.

-Foi pelo susto que me deu. -Eu disse e ele riu.

-Desculpe, más você ta diferente eu não sabia se era mesmo você.

-Diferente bom ou diferente ruim? -Perguntei curiosa.

-Diferente muito bom, ta ainda mais linda. -Ele disse e eu tenho certeza que corei nessa hora. -Estava indo pra casa? -Ele perguntou.

-Sim. -Respondi simples, de um jeito estranho eu tinha ficado tímida depois daquele elogio.

-Eu te acompanho. -Ele disse e não demos nem três passos, ouvimos uma buzina e um carro parou ao nosso lado na calçada.

-Garota você não sabe atender um telefone? -Meu pai perguntou, era ele quem dirigia o carro e parecia irritado.

-Eu já estava chegando. -Me defendi.

-É, eu to vendo. Entra no carro. -Ele pediu autoritário e eu revirei os olhos.

-Oi tio Poncho. -Biel disse tímido e só então meu pai notou que era ele, Biel tinha tanta intimidade com minha família que considerava meus pais como se fossem seu tio e tia.

-Biel? Já chegou? Nossa quanto tempo. -Meu pai dizia empolgado e eu apenas observava.

-Pois é. -Biel botou as mãos nos bolsos timidamente.

-Entra aí, eu também te deixo em casa. -Meu pai pediu e nós entramos no carro.

Fomos conversando o caminho todo, não fechamos a boca um minuto, meu pai apenas entrava na conversa quando Biel contava sobre a viagem, nós tínhamos tanto papo para por em dia que ele me chamou para sair no dia seguinte, acordei tão empolgada, fomos para uma sorveteria do bairro e foi ali que eu comecei a vê-lo com outros olhos e foi ali também que eu notei que precisava dele junto comigo.

(FLASH BACK OFF)

-Anna.. ei, ta aí? -Ele perguntou me balançando, só então "acordei", eu devia ta sorrindo feito boba.

-Ah, desculpa o que foi? -O olhei envergonhada.

-Eu tinha perguntado se quer alguma coisa. -Ele riu.

-Ah não, estou bem valeu. -Agradeci e voltei a olhar pra janela eu não sabia onde enfiar minha cara depois dessa.

CONTINUA...