Fanfic: Depois de Você | Tema: Danielle Campbell e Justin Bieber

Já passava das onze da manhã quando acordaram e até se apontarem para descer, já era quase uma e meia da tarde, se atrasaram novamente em meio as brincadeiras de sempre.

-Você reclamou que eu estava te atrasando e olha só quem terminou primeiro. -Ele se gabou sentando na cama já pronto para descer.

-Você me atrasou mesmo. -Ela confirmou. -Más eu estou praticamente pronta, só preciso terminar de desembaraçar meu cabelo. -disse.

-Claro. -Demonstrou desconfiança.

-Estou falando sério, oras. -Girou os olhos pegando a escova, logo começou a escovar os cabelos enfrente a penteadeira.

-Acredito. -Ele ainda demonstrava desconfiança.

-Não enche, okay!? E tem alguém te ligando.

-Como ? -Ele pareceu não entender, nem ao menos estava com o celular.

-Estou ouvindo ele vibrar na mesinha. -Apontou para o celular vibrando na mesinha ao lado da cama.

-Você é algum tipo de alienígena ou o quê? Que audição é essa? -Perguntou depois de pegar o celular que pelo alarde dele, pareceu estar a trinta metros de distância.

-Você nem exagera. -Ela disse irônica. -O que foi? -Perguntou quando o viu tirar o celular de perto do ouvido para encarar o aparelho, pareceu ter algo errado quando ele tentou atender.

-Não sei, ficou mudo. -Deu de ombros.

-Deve ser o sinal.

-Sim, vou tentar retornar lá de fora, o sinal parece ser melhor lá. -Ele disse.

-Tudo bem, eu desço quando terminar aqui. -Ela disse e após ele concordar com um leve aceno de cabeça, ela o viu descer.

Gabriel desceu as escadas apressado, não era para menos, ele havia conhecido o número de quem ligara segundos antes, era de um dos caras que ele tinha mandado ir atrás de quem perseguia Anna e ele. Fazia um tempo que não davam notícia, poderiam agora estar trazendo novidades.

-Ei, Gabriel espera! -Bia pediu descendo as escadas correndo mais ou tanto quanto ele, ela trazia consigo uma folha de caderno com algo escrito.

-Bia, não posso falar agora. Preciso fazer uma ligação. -Ele dizia já chegando próximo à porta.

-Droga! Anna já acordou? -A ruiva perguntou, viu que não daria mesmo para falar com ele naquele momento.

-Sim, ela está se arrumando no quarto. -Ele respondeu antes de sair apressado, ficou andando de um lado para o outro até que finalmente conseguiu sinal. -Perfeito! Fala Ben, tem um tempo que não liga, espero que tenha novidades. Ah.. e desculpe, o sinal daqui não é dos melhores, por isso não consegui entender mais cedo.

-Claro, tudo bem. Bom, eu não sei como te dizer isso, más.. -Fez uma breve pausa. -Estou fora, não dá para continuar com isso.

-Como? Por que?

-Papai, vem brincar com a gente. -Chamou Mia, só então Gabriel notou as crianças brincando ali perto.

-Não posso agora, querida. Papai está no meio de uma ligação. -Explicou se afastando um pouco. -O que dizia, Ben?

-Sinto muito desapontá-lo, patrão. Más não posso continuar no serviço. -Lamentou. -Depois que ficamos somente Scott e eu...

-Espere, Como? Acho que não entendi bem. -Interrompeu. -Por que somente Scott e você? E os outros caras? -Perguntou.

-Achei que tinham te contado. -Suspirou.

-Não, ninguém me contou nada, o que está acontecendo? -Biel já tinha as mãos nos cabelos, os bagunçando.

-Aconteceram umas coisas...

-Quais coisas? -Novamente interrompeu.

-Se parar de interromper, talvez eu consiga concluir. -Disse impaciente.

-Okay, então fale. -Pediu.

-Certo, respirou fundo. -A umas semana atrás, os outros caras e eu estávamos quase chegando a um possível nome, conseguimos ligar para umas pessoas que nos ajudaram, marcamos um encontro com elas para tratar de uns assuntos e quando chegamos lá, não foi bem como imaginamos.

-O que aconteceu? -Biel perguntou.

-Quando chegamos lá, haviam muitos homens.

-Não levaram armas para uma possível necessidade de defesa?

-Levamos! Só que estávamos em desvantagens, tanto numericamente quanto em armamentos. Eles disseram que se continuássemos indo atrás de quem eles intitularam como "chefia", não iria dar bom.

-Droga! -Gabriel coçou a nuca.

-Os outros caras preferiram não arriscar, então ficou apenas Scott e eu, recuando todos naquele dia más nós dois continuamos investigando e indo atrás mesmo depois da ameaça. Só que aí aconteceu uma coisa muito ruim. -Novamente o homem fez uma pausa.

-Que coisa ruim?

-Scott está morto! -Disse sem rodeios.

-Não é possível! -Biel bufou.

-Infelizmente é sim, estávamos dormindo em um hotel, eu saí um minuto para buscar algo para comermos e quando eu voltei ele estava baleado e já sem vida. -Lamentou. -Ninguém viu ninguém, nem ouviu nada. Sinto muito más não posso continuar, tenho família, não posso deixar mulher e filhos pequenos, entende?

-Sim, eu entendo. -Biel encarou suas crianças correndo e brincando juntos. -Quando aconteceu... bom, com o Scott?

-Tem dois dias, venho tentando ligar desde então más somente hoje consegui. -Explicou.

-Tudo bem, a polícia já sabe?

-Sim, más eu não comentei sobre os outros caras e a ameaça senão certamente viriam atrás de nós.

-Okay, vou depositar o restante do pagamento em sua conta, agradeço por ter trabalhando até aqui.

-Tudo bem, agradeço por isso e peço desculpas por não estar trazendo boas notícias.

-Acontece, bom vou desligar.

-Okay, tchau e boa sorte com tudo.

-Obrigado. -E desligou.

E voltaram a estaca zero, mais essa agora, o que Gabriel não imaginava é que ainda podia piorar. 
Guardando o aparelho celular no bolso, ele entrou apressado para comunicar Anna sobre a nova notícia.

-Maria, a Anna já desceu? -Ele perguntou quando cruzou com a senhora na sala.

-Ainda não, nem ela, nem Bia e a outra. -Se referiu a Alana. -Bia ficou de chamá-la a propósito, más até agora não as vi. -Explicou.

-Tudo bem, obrigado. -Ele agradeceu se direcionando as escadas.

-Estou indo chamar as crianças, chame-as também, o almoço está quase pronto. -Avisou.

-Okay. -Ele caminhou em passos largos se direcionando para o quarto do casal e abriu a porta, se deparando com uma Anna "congelada" em pé no quarto, olhando para o nada como se estivesse processando algo muito ruim que acabara de ouvir. A poucos metros de onde ela estava, Bia se encontrava sentada na cama, analisando as poucas reações que a amiga dava, tentando decifrá-la, e parecia preocupada. -O que aconteceu com ela? -Perguntou e somente Bia pareceu notar a presença de Gabriel ali.

-Acho que "congelou". -Bia respondeu e se levantou indo em direção a Anna. -Ficou assim depois de ler isto. -Pegou a folha de caderno da mão da amiga e entregou a ele que franziu o cenho más a pegou, logo começou a ler.

"Eu sinto muito estar me despedindo de vocês assim más eu não sabia como encará-los depois de ter feito o que fiz.

Anna, você foi tão boa comigo e eu sinto tanto pelo que está passando, você me acolheu e me abrigou junto a sua família e eu aprendi tanto com vocês, gostei tanto de vocês más Bia tinha razão, eu não sou uma pessoa confiável, não cheguei aqui com boas intenções, na verdade eu não cheguei, fui mandada! Lembra da Lorena? Ex do Gabriel? Ela e o pai estão armando e eu os ajudei, não me orgulho disso más agora é tarde demais, eles já sabem onde estão, então assim que ler esta carta dê o fora com sua família.  Eu sinto muito mesmo, espero que consigam escapar. 

Até breve em outras circunstâncias, eu espero. Alana!. "