Fanfic: Depois de Você | Tema: Danielle Campbell e Justin Bieber

-Porra! Isso só pode ser brincadeira. -Bufou. -Onde encontrou isto? -Perguntou com a carta ainda em mãos.

-No quarto, na cama dela. Maria pediu para chamá-la para o almoço, quando cheguei só estava a carta. -Bia explicou. -O que faremos com ela? -Olhou para Anna que ainda estava na mesa.

-Pode descer pro almoço, não conte nada a ninguém ainda, vou conversar com ela. -Pediu.

-Tem certeza? Eu posso tentar ajudar com ela se quiser. -Ofereceu.

-Não, obrigado pode deixar.

-Tudo bem. -A ruiva suspirou, saiu e fechou a porta os deixando a sós.

(Pov Analú)

Agora tudo era caos outra vez. Eu me sentia tão burra, tão idiota por ter confiado em alguém que não conhecia, me sentia tão culpada por tudo estar voltando, porque eu sei que vai. Passava tanta coisa em minha mente, tanta coisa e nenhuma delas era boa. É isso, então? Tudo vai voltar? De novo vão haver fugas, lugares novos, despedidas? Qual o sentido de tudo isso, continuar viva? Bom, se para continuar viva eu tenha que passar por tudo isso, eu não sei bem se está valendo a pena.

(Pov off)

-Ei, está tudo bem? -Ele a encarou, estava de frente para ela, segurando suas mãos, só então ela "acordou" e notou sua presença ali, más ela nada respondeu, apenas o abraçou, forte.

-Eu me sinto tão tola. -Ela disse depois de um bom tempo em silêncio.

-Você é boa, só quis ajudar. -Confortou afagando seus cabelos.

-Bia percebeu que ela não era boa pessoa.

-Bia só estava com ciúme por você ter feito uma amiga nova, não se culpe, não tinha como você saber..

Apesar de tudo, Anna não chorava, o que era estranho. Em seu rosto se via o quão debilitada e perto de desmoronar ela estava, más parecia querer se manter forte, mesmo estando em cacos por dentro.

-Quem ligou pra você? -Ela perguntou desfazendo o abraço para encará-lo, ele suspirou e ela soube ali que coisa boa não viria.

-Vem, vamos sentar. -Ele a guiou até a cama, os dois se sentaram ali um de frente para o outro, e ele mantinha suas mãos unidas as dela. -Se lembra do Ben? -Perguntou e ela negou. -Um dos caras que mandei para investigar e ir atrás de quem vem nos perseguindo. -Tentou e ela assentiu lembrando. -Bom, ele me ligou para dizer que não vai continuar.

-Por que? -Perguntou.

-Porque Scott, um dos caras, foi morto. -Disse e ela se espantou. -Estavam quase chegando a um nome, marcaram um encontro com outras pessoas que estavam ajudando, más quando chegaram lá, descobriram que eles já estavam trabalhando para o outro lado, então foram ameaçados. Ben e Scott não deram ouvidos e mesmo depois da ameaça, continuaram investigando então "apagaram" Scott, Ben desistiu e eu não o culpo. Acho que voltamos a estaca zero. -Ele suspirou.

-Acho que não, agora temos dois nomes pelo menos. -Ela disse. -Lorena e o pai. Alana nos deixou uma pista pelo menos.

-Tem razão, já temos algo.

-Vamos ter que nos despedir de todos e fugir outra vez, não é? -Perguntou, sabia exatamente qual seria a resposta más precisava ouvir, ter certeza de que não teria mesmo escapatória.

-Vamos. -Não era bem a resposta que ele gostaria de dar más não havia escolha.

-Então, para onde vamos agora? -Perguntou.

-Não sei ainda más é melhor irmos logo, não sabemos quanto tempo temos. -Lembrou e ela suspirou. -Vai ficar tudo bem, vamos conseguir, okay? -A encorajou.

-Eu já não tenho tanta certeza. -Foi sincera.

-Pense positivo. -A puxou para um abraço. -Vou conversar com Maria e minha mãe, vou explicar tudo e dizer que precisam voltar para casa.

-Tudo bem, vou arrumar nossas coisas e já desço para as despedidas.

-Eu prometo que essa será a última vez, okay? -Desfez o abraço e a encarou, seus olhos que até noite passada eram tão vivos, tão brilhantes agora já não tinham motivos para brilhar.

Com um leve aceno de cabeça ela concordou, ele selou os lábios nos dela, lhe dando um selinho, se levantou e desceu.

Quando Gabriel chegou na cozinha, todos já estavam lá, sentados somente esperando que ele e Anna se juntassem a eles para começarem a comer. Como ele havia pedido, Bia não contou nada, somente que Alana tinha ido embora, por isso não almoçaria com eles.

-Onde está Anna? -Dulce perguntou assim que o viu entrar desacompanhado na cozinha.

-Mãe, será que podemos conversar na sala? Venha também Maria, preciso conversar com as duas. -Pediu e foi para sala, as duas se entreolharam más o seguiu.

-O que está havendo? Por que todo esse mistério? -Dulce perguntou quando se juntou a ele na sala, com Maria logo atrás.

-Preciso contar uma coisa....

E ele contou tudo, absolutamente tudo, deixou ambas a par de tudo o que estava acontecendo e claro, elas ficaram espantadas, Gabriel até levou uma bronca por ter escondido tanta coisa da mãe. Foi questionado por Maria por ainda não ter envolvido a polícia e ele explicou que não tinham nenhuma prova e uma carta deixada por uma estranha que sumiu não serviria. 
A conversa durou tempo suficiente para Anna terminar com as malas, ela as deixou no quarto e desceu, assim que chegou na sala recebeu um olhar de zelo da sogra, que lhe deu um abraço e lhe disse coisas positivas. Depois da breve conversa com palavras de conforto, foram para a cozinha e chegando lá, botaram o melhor sorriso que tinham naquele momento no rosto e almoçaram juntos, em família. Não era toda de sangue e se reparar bem era até um tanto desajeitada, más ainda assim era família.
Anna sabendo que aqueles minutos ali na mesa com todos reunidos estavam contados, aproveitou o máximo que podia, brincou com Lucas, elogiou a vaidosa Mia e até mimou Enzo, pensar que logo ela teria novamente que se despedir deles a quebrava ainda mais por dentro. Almoço acabado e as crianças correram para a sala puxando a mãe para brincar. Gabriel buscou as malas e as carinhas de dúvida que as crianças fizeram quando as avistou, foi de cortar o coração. Anna explicou que teria novamente que "viajar" com Gabriel e por isso eles teriam que voltar com Maria, Bia e Dulce para casa, e então começou tudo, Enzo foi o primeiro a começar a chorar, logo veio Mia e até Lucas que não aguentou todo aquele clima, Anna enfim derramou algumas lágrimas, não aguentou mais segurar, não tinha como se manter forte diante daquilo tudo. 
Depois de alguns minutos se despedindo em meio a abraços, beijos e promessas que nem sabiam se cumpririam, Gabriel levou as malas para o carro com ajuda de Anna que já não chorava mais, deram um último "adeus" e partiram de carro, sem rumo, sem saber agora onde parariam.

....

(Pov Analú)

Acordei e sinceramente não sei em que momento peguei no sono, o sol já estava se pondo, então presumo que dormi por boas horas. Uma das blusas de zíper de Gabriel estava sobre meu corpo, servindo de corbertor. O carro estava estacionado  más ele não estava no banco ao meu lado, eu estava sozinha. O pânico já percorria meu corpo, não pensei duas vezes e desci, olhei em volta e o único estabelecimento que tinha ali, naquela rua deserta, era um posto de gasolina com uma lojinha, a poucos metros de onde o carro estava, em passos largos caminhei até o local, não precisei entrar, logo o avistei, ele entregou dinheiro ao caixa e veio em minha direção com uma sacola cheia de coisas em uma de suas mãos. Um alívio por ele estar bem me invadiu, senti minhas pernas bambearem, respirei fundo e ele veio ao meu encontro.

-O que foi? -Perguntou, notou o quão assustada eu estava, minha única reação foi lhe acertar um soco no peito. -Au! -Gemeu com o susto.

-Nunca mais faça isso, não me deixe sozinha e saia assim! -Disse o encarando.

-Desculpe, não quis acordar você. -Disse arrependido. -Fui comprar água e algumas besteiras pra comermos, está com fome?

-Sim, estou. -Respondi ainda com bico.

-Desculpe, te assustar não era minha intenção. -Me puxou para um abraço e beijou meus cabelos, eu me sentia estranhamente protegida em seus braços.

-Tudo bem, vamos voltar pro carro.

-Okay. -Disse e voltamos..