Fanfic: Depois de Você | Tema: Danielle Campbell e Justin Bieber

-O que você pensa que está fazendo, vadia!? -Nate gritou irritado, ele era forte e eu parecia não pesar nada quando com facilidade me virou em seu colo de modo que, conseguíssemos fazer contato visual, eu não consegui responder sua pergunta, nem ao menos tive tempo, suas mãos logo foram para meu pescoço apertando ali. -Você está me fazendo perder a paciência, não pense que por gostar de você eu não seja capaz de fazer contigo, o que fiz com Lorena.

-Você não gosta de mim! -Falei com dificuldade. -Isso não é gostar, o que você tem é uma obsessão doentia. -Tossi tentando tirar suas mãos de meu pescoço.

-Que seja. Você é minha, Analú, e se não aceitar isso eu sinto em lhe informar que não será de mais ninguém. -Cuspiu as palavras e senti suas mãos apertarem ainda mais meu pescoço.

-Nate.. -Minha voz saiu baixa, eu varria o chão do carro com uma das mãos enquanto a outra ainda tentava tirar suas mãos de mim. -Por favor.. -Saiu ainda mais baixa. -Me solta..

-O que disse? Desculpe, não consegui te ouvir. -Zombou e então lhe acertei no lado esquerdo do rosto, ele me soltou, salva pela garrafa de cerveja vazia que encontrei, não foi inteligente deixá-la ali.

Assim que me libertei das garras de Nate, pulei para o banco de trás e consegui sair do carro.

-Vadia maltida, eu vou acabar com você! -Ele gritou gemendo de dor, me apressei e corri mato a dentro quando o vi sair apressado do carro.

-Corra, Enzo, corra! -Gritei quando o vi a uns metros à frente, olhando tudo assustado.

Dei uma rápida olhada para trás e vi Nate parar, seu rosto sangrava más não pense que ele estava desistindo, só parou para recarregar a arma com as balas que estavam no bolso que não tive tempo de olhar.

Alcançando Enzo, o peguei nos braços e corri como se nossas vidas dependessem daquilo e de fato, dependiam.

-Mamãe ele está se aproximando. -Enzo avisou. -Corre mamãe, ele está chegando perto. -Se apavorou e eu corri mais.

Meu desespero só aumentou quando ouvi os disparos que Nate começou a fazer. Eu corria tão rápido que eu sentia que a qualquer momento eu teria um colapso, foi então que fui obrigada a parar e fazer uma escolha. Não tinha mais para onde continuar correndo, eu estava diante de um barranco, eu podia pular, não era tão alto, tenha talvez uns doze metros más também tinha algumas pedras e pedaços de trocos de árvore que me faziam repensar.

É isso, o barranco ou Nate, eu precisava fazer uma escolha por mim e principalmente por Enzo.

-Mamãe o que vai fazer? -Enzo me perguntou com receio.

-Você confia em mim? -Perguntei ainda ofegante pela corrida.

-Confio mamãe. -Disse e me abraçou.

-Tudo bem, eu vou fazer uma coisa louca más eu preciso que saiba que é tudo para te proteger, okay? Eu te amo muito. -Disse com as lágrimas já começando a dar as caras.

-Eu também amo você mamãe, não chore. -Pediu.

-Olha só, parece que a vadia não tem mais para onde ir. -Me virei quando ouvi Nate começar a falar, seu rosto ainda sangrava e ele apontava a arma para nós. -Sabe, eu acho que não quero mais vocês vivos, você é muito teimosa, Analú. Eu acho que meu prazer vai ser maior se eu acabar com você ou melhor, com vocês, agora mesmo.

-Vai se foder! -Disse calma e antes que ele pudesse reagir ou dizer mais alguma coisa, protegi Enzo em meus braços e me joguei do barranco, senti dores em diferentes partes do meu corpo, onde algumas das pedras bateram, más ainda estava consciente. Minha única preocupação naquele momento era Enzo, se ele estivesse bem, nada mais importava.

-Enzo meu amor, você está bem? -Perguntei ignorando a forte dor que sentia na barriga, quando finalmente paramos de rolar barranco á baixo. Eu o analisava em cada centímetro de seu corpo, por sorte foram apenas alguns arranhões.

-Estou bem, e você mamãe ?

Abri a boca pronta para mentir e dizer que estava bem, más dois disparos nos chamou a atenção, foi então que ouvi a voz de Bia, ela gritava procurando Enzo e a mim.

-É a tia Bia, nos acharam, mamãe. Podemos voltar para casa agora. -Enzo estava saltitante e eu parecia estar sonhando.

-Bia!! Aqui embaixo. -Gritei e então ela apareceu no topo do barranco, Biel apareceu logo atrás dela, mais lágrimas rolaram pelo meu rosto, eu pensei que nunca mais os veria.

-Anna!- Ele estava aliviado, eu via isso em seu olhar. Sem mais esperar ele desceu o barranco de forma mais jeitosa e segura que a minha, Bia veio logo atrás e enquanto ele me abraçava, ela abraçava Enzo.

-Meu amor, a tia ficou com tanto medo de acontecer algo com vocês. -Ela dizia a Enzo.

-Temos que sair daqui, Nate pode voltar e... -Comecei.

-Nate não vai mais nos incomodar nunca mais. -Biel disse. -Ele está caído lá em cima. -Preferiu não ser tão direto já que Enzo poderia escutar. Eu estava tão aliviada que eu só conseguia chorar enquanto o abraçava forte.
Passamos por tanta coisa, vivi com tanto medo nos últimos meses e agora finalmente vou poder viver livre, sem medo de poder estar sendo observada.

-Acabou tudo meu amor, agora vamos poder ficar todos juntos sem medo de acontecer alguma coisa. -Ele afagou meus cabelos e levantou meu rosto para olhá-lo. -Você está muito pálida, está se sentindo bem? -Perguntou más sua voz estava longe.

-Eu estou.. -Eu não tive forças sequer para completar a frase, senti as mãos de Gabriel me segurar com firmeza e foi quando tudo ficou escuro.

-O que aconteceu? -Bia se preocupou.

-Ela desmaiou. Precisamos levá-la a um hospital.

-Então vamos logo, por ali dá para sair. -Apontou para um lugar mais baixo e mais acessível do barranco. 

Com certa dificuldade, conseguiram sair e correram para o carro ou melhor, viatura roubada, Enzo viu Nate caído no chão más não comentou sobre, só voltou a falar quando percebeu que Anna sangrava o todo o pânico e desespero de todos aumentou.

Quando chegaram ao hospital, Anna ainda estava desacordada e quase sem pulso, estavam todos desesperados, principalmente Gabriel que ficou inquieto na sala de espera, onde foram obrigados a ficar. Enzo também foi examinado e já que estava bem, não fizeram nada além de uns curativos nos arranhões então o mesmo, depois de liberado ficou com Bia e Biel na sala de espera.

As horas passavam lentamente, aumentando ainda mais a angústia de Biel que era o mais apreensivo, a única coisa que ele sabia era que ela estava na sala de cirurgia e só.

-Vou levar Enzo para comer alguma coisa e aproveitar para avisar sua mãe e Maria, quer que eu te traga alguma coisa da cantina? -Perguntou Bia.

-Não, estou bem. -Respondeu.

-Okay, já voltamos. -Disse e saiu com Enzo.

-Acompanhante de Analú Herrera. -O médico chamou.

-Sim, sou o namorado. -Biel levantou.

-Me acompanhe por favor. -Pediu e levou Gabriel para uma sala vazia.

-Como ela está? Por favor me diga. -Pediu.

-Infelizmente as notícias não são as melhores possíveis. Você disse que ela caiu, foi isso? -Perguntou.

-Sim, encontrei ela ainda consciente más estava na parte baixa de um barranco, provavelmente ela se jogou com o filho, estavam fugindo do pai do menino, é uma longa história. -Explicou.

-E era muito alto?

-Acho que uns dez metros, também tinha umas pedras.

-Entendi. Bom, tivemos que levá-la para a cirurgia por que ela tinha algumas lesões no fígado que precisavam ser tratadas, talvez a suposta queda tenha resultado nisso.

-Conseguiram reparar o dano?

-Sim, más ela teve uma complicação durante a cirurgia, sofreu uma parada cardiorrespiratória. -Gabriel precisou se sentar para continuar escutando. -Conseguimos trazê-la de volta más ela está desidratada e muito fraca, tanto que chegou aqui quase sem pulso.

-Anna é forte, eu sei que ela vai se recuperar. -Garantiu.

-Torcemos por isso. Quando estávamos prestes a iniciar a cirurgia, percebemos que ela estava grávida, por que não nos contou? -Questionou.

-Grávida? -Gabriel estava mais surpreso que o próprio médico. -Espere, você disse estava, no passado.

-Lamento, más ela chegou com o bebê já sem vida. -Esclareceu. -Se precisar de um tempo, eu posso voltar depois para falarmos mais sobre o caso da sua namorada.

-Não. Bom, eu não estava sabendo dessa gravidez, era muito recente?

-Sim, calculamos três semanas. Eu sinto muito.

-Tudo bem, obrigado. -Respirou fundo. -Podemos voltar a falar de Anna.

-Certo, como eu ia dizendo, ela está muito fraca e debilitada. Não respira bem sem os aparelhos então achamos melhor induzí-la ao coma para ver se assim ela se recupera melhor.

-Acha que vai funcionar, doutor? -Era visível o baque que Gabriel sofreu com tanta notícia ruim.

-Estamos esperançosos, más temos que deixá-lo ciente que talvez ela não reaja bem. Vamos esperar algumas noites e ver como ela se sai. Vocês são daqui?

-Não, não somos.

-Aconselho que ela fique aqui por pelo menos duas noites e depois se quiser podemos transferí-la para onde quiser. -Disse.

-Tudo bem, doutor. Obrigado por tudo. -Agradeceu.

-Disponha. Bom, vou atender outros paciência, estão levando ela para o quarto, daqui a pouco já poderá vê-la.

-Está bem.

Gabriel agradeceu mais uma vez ao doutor e voltou para sala de espera, eram tantas notícias ruins que ele se sentia perdido.

-Gabriel! -Bia voltou eufórica com Enzo e após deixá-lo sentado distraído em uma cadeira mais afastada, enquanto comia um sanduíche, a ruiva se aproximou de Biel para que pudesse falar sem Enzo ouví-la.

-O que foi? -Perguntou calmo, nenhuma notícia seria tão ruim o bastante a ponto de piorar o que já estava ruim a beça.

-Nate, acabou de ser levado as pressas em uma maca. Ele não está morto!.

....