Fanfic: Infalível Destino | Tema: VONDY

Dulce dormia tranquilamente até que Christian entrou no seu quarto feito um furacão.

-Ariel acorda - ele a chamou mexendo nela.

-Sai Christian - ele pediu com a voz sonolenta - Eu quero dormir.

-Você não pode dormir enquanto o mundo inteiro fala de você - ele disse indignado mas a ruiva pareceu nem ligar, ele se jogou na cama dela puxando o edredom que a cobria - Vamos lá meu amor, não seja chata.

Dulce abriu um pouco os olhos e depois foi se aproximando do amigo e se aconchegando nele, ultimamente sentia falta de carinhos, Christian pareceu perceber porque a trouxe para os seus braços dando um beijo na testa dela.

-Tem várias revistas de fofocas falando de você, achei que você gostaria disso.

-Eu não gosto Christian, você sabe disso - ela disse agora já estava acordada.

-Aconteceu alguma coisa ontem entre você e o Christopher? Você parecia tão decidida.

-Não aconteceu nada, ele não acredita em mim, eu sei que ele não vai aceitar, ele não tem motivos pra aceitar - ela suspirou - E mesmo que aceite, eu não sei mais se estou disposta.

-Mas... como assim?

-Não sei se sou forte pra isso Christian - Dulce disse com lágrimas nos olhos - Lembra quando você disse que a gente podia fugir? - ele assentiu - Eu aceito, vamos fugir Christian, fingir que nada disso aconteceu, eu só quero esquecer tudo isso...

-Ei - Christian a abraçou quando a ruiva não conseguiu mais segurar as lágrimas - Não fica assim, me diz o que aconteceu você não mudaria de ideia assim.

-Eu tive um pesadelo - ela disse por fim.

-O mesmo de sempre?  - ele a olhou preocupado - Fazia tempo desde que você não tinha... Por que não me chamou? Você sabe que adoro dormir com você - ele disse tentando arrancar um sorriso da ruiva mas ela apenas limpou as lágrimas se aconchegando mais a ele.

-Eu não queria ser tão fraca mas a verdade é que eu sou e se eu não consigo lidar com um pesadelo, como vou lidar com o Christopher ou o Pablo?

-Você não é fraca amor, você é uma das mulheres mais fortes que eu conheci e eu não gosto de te ver assim - ele a abraçou forte - Você ficou muito mal com o pesadelo?

-A mesma sensação de sempre - ela disse sem forças - O mesmo aperto no peito mas essa noite foi mais forte, foi como uma lembrança, mas ainda confusa.

-Eu sempre te falei que esses pesadelos podiam ser lembranças.

-Eu sei, mas do que adianta, eu sempre os tive e nunca lembrei de nada - ela suspirou - eu não me importaria de tê-los desde que eu lembrasse nem que fosse um pouquinho de alguma coisa de antes dos meus cinco anos ou da minha mãe.

-Seu pai nunca falou o que aconteceu?

-Não, ele disse que algumas coisas deviam ficar apenas no passado - ela se afastou um pouco olhando o amigo nos olhos - Eu sei que eu deveria ter perguntando mais vezes mas eu estava tão feliz por ter ele do meu lado que eu não queria estragar esses momentos, e acho que no final eu tenho medo da verdade.

-Medo? Por que Ariel?

-Eu não gosto de pensar nisso, a sensação que me dá, toda vez que eu sonho com isso é a mesma coisa, sempre a sensação de estar presa, o medo, o meu próprio choro, eu me sinto sufocada, e por mais que eu escute a voz de alguém querendo me ajudar eu nunca consigo chegar até ele.

-Ele? Você nunca me falou que era um homem? 

-Bem... Não é um homem, é uma criança, ontem eu tive a impressão de que era um menino, mas eu não sei, é tudo tão estranho e confuso

-Calma amor, talvez seja só a pressão que você está passando esses dias, você precisa relaxar - ele sorriu a puxando para mais um abraço - Deve ser por isso que o pesadelo voltou, tenta não pensar nisso, eu sei que não é fácil, mas você é forte Dul, sempre foi, ele vai aceitar.

-Não vai - ela murmurou.

-Ele vai - Christian disse certo - Por você, não sou idiota vi o jeito que ele te olhou, com posse, ele vai querer descobrir tudo de você Dulce, e é isso que você precisa, ele vai te proteger do Pablo e por mais que você esteja com medo do casamento, ao menos desejo vocês sentem um pelo outro, não será tão difícil.

-É tão mais fácil falar do que agir - ela murmurou - queria tanto que meu pai estivesse aqui ou a minha mãe, sinto tanta falta deles.

-Eu sei - Christian continuou a acariciá-la - Mas você tem a mim e terá ao Christopher, seremos sua família.

-O Christopher não vai ser minha família - ela disse rápido - vai ser temporário, você é minha família Christian, sempre foi e sempre será.

-Você é linda Ariel, qualquer um se apaixonaria por você, se não for o Christopher será outro, você vai ser feliz meu amor, eu tenho certeza disso.

-Mesmo que eu tenha outra pessoa, vamos sempre ser amigos.

-Sempre, minha linda - Christian a beijou no rosto sorrindo.

...

Ucker havia acordado cedo, assim que chegou a empresa, foi direto para a sua sala, Any e Poncho o esperavam lá.

Ucker não estava de bom humor e se limitou a apenas contar o que Dulce havia falado.

-Eu não sei se acredito nisso - Any se pronunciou - Nunca vi o Pablo mas ele só parece mais um empresariozinho comum.

-Mais aí é que tá, é um belo disfarce - Poncho interveio - Nós dois sabemos que os bandidos podem estar em qualquer lugar, e sinceramente eu não acho que essa Dulce Maria tenha vindo atrás do Christopher sem ter certeza da informação.

-Nada se encaixa nessa história - Ucker murmurou sério - Não entendo por que matar meu pai e o da Dulce, se eles sabiam sobre esses negócios ilegais do Pablo eles poderiam ter denunciado.

-Talvez eles não tivessem provas, a própria Dulce quer sua ajuda para conseguir algo que o incrimine - Any comentou. 

-Sim, mas não podemos esquecer da sociedade? Você acha que a Dulce sabe? - Poncho perguntou a Ucker.

-Não, se ela soubesse teria me falado, isso aumentaria minhas suspeitas sobre o Pablo.

-Isso é estranho, o seu pai, o pai da Dulce e o pai do Pablo tinham uma sociedade, e então o seu pai e o da Dulce são assassinados.

-Eu sei - Christopher suspirou - Quando comecei a investigar a morte do meu pai e descobri sobre essa parceria que os três tinham pensei logo neles como assassinos do meu pai, só que o pai do Pablo estava morto, então só sobrou o da Dulce.

-Você nunca nos contou como foi essa sua conversa com o Fernando que fez você parar de achar que ele era o assassino.

-Ele me provou que não tinha sido ele - Christopher suspirou mais uma vez - Os dois eram melhores amigos...

-Mas... Tudo bem - Poncho falou - Eu não esperava por isso, mas o fato dos dois terem sido melhores amigos não impede ninguém de cometer assassinato.

-Não foi só isso Poncho, o Fernando me provou que ele não estava aqui quando meu pai morreu e por mais estranho que pareça a verdade é que ele estava cuidando da filha - Christopher falou preferindo omitir parte da última conversa que tinha tido com Fernando.

-A Dulce Maria que veio atrás de você? - Any perguntou e ele assentiu.

-Ele não disse só isso, me mandou ter cuidado, me disse que não confiasse em ninguém e que ficasse atento aos meus inimigos por mais pequenos que eles fossem, mas depois da nossa conversa eu quis esquecer essa história, era doloroso pensar nisso, ainda é, não sei se quero continuar...

-Vocês estão pensando o mesmo que eu? - Poncho se pronunciou de repente e os dois o olharam negando - Eu posso estar viajando mas quem é a única pessoa que vem te desafiando nos últimos tempos?

-Me desafiando como? Não tem ninguém me desafiando.

-Não? Quem que estava disputando a compra das ações da usina na europa? Quem que tentou comprar o software do programa que você estava gerenciando?

-Sem falar nos prédios que você tentou abrir filial - Any completou já entendendo o raciocínio do marido - Christopher, eu realmente preciso concordar, em todos esses tempos o Pablo sempre veio tentando comprar as mesmas coisas que você como se seguisse seus passos.

-Mas isso são apenas negócios...

-Mas o Fernando disse isso mesmo a você, que não confiasse nos inimigos por mais simples que eles parecerem, ele estava falando do Pablo - Poncho disse certo.

-Eu tenho minhas dúvidas - Christopher falou ainda incerto.

-Bom... Sendo assim só te resta uma alternativa - Any falou simples.

-Qual?

-Voltar a se encontrar com a Dulce.

Ucker fez uma careta, não conseguia manter uma conversa com ela por muito tempo, tudo entre eles era intenso demais, mas Any tinha razão, ele precisava voltar a falar com ela.

-Bom... - Poncho voltou a falar - Se vocês vão se encontrar de novo então é melhor continuar com esse teatrinho de serem um casal.

-Ele tem razão Christopher, se Pablo for mesmo um bandido, e tiver matado os pais de vocês, ele não vai gostar nada de ver os dois juntos.

-Mas nós já fomos em um jantar, já está rolando por aí que ela é meu mais novo envolvimento amoroso.

-Por isso mesmo, agora vocês dois tem que dar a entender que são realmente um casal apaixonado.

-Bom então é só ele levar a Dulce em um restaurante em que algum paparazzi possa fotografar os dois juntos, se beijando ou algo do tipo - Poncho sugeriu.

-Tem razão mas não pode ser qualquer restaurante, tem que ser um bem simples.

-Por que? - Ucker perguntou a Any confuso.

-Porque em um restaurante simples vai parecer que vocês estão tentando manter o relacionamento em segredo, se vocês fossem para um local mais público, seria como se vocês estivessem tentando mostrar que realmente estão juntos.

-Mas nós estamos - Ucker falou.

-Sim, mas não querem que o Pablo desconfie disso, não é mesmo?

-Minha boneca tem razão...

-Tudo bem - ele se rendeu - Vou marcar algo com a Dulce.

-Ótimo - Any sorriu - Vou encontrar o local perfeito e dar um jeito de que algum paparazzi esteja por lá, e então vocês serão o mais novo casal do momento.

Manuzinhaa: hahahaha Esse casal não vai ter sossego mesmo, e eles não vão deixar barato não, vai ser bala mesmo, que bom que está gostando ;)

Já que amanhã é fim de semana, vou tentar voltar com mais de capítulo de presente para vocês... Comentem!!