Fanfic: Infalível Destino | Tema: VONDY

-Vai mesmo continuar essa história com o idiotinha rei do mundo? - Christian perguntou a Dulce na manhã seguinte, os dois estavam tomando café.

-Eu meio que não tem escolha - ela respondeu sem humor - e ele não é o rei do mundo - ela viu Christian revirar os olhos - Chris... Sei que não gosta dele mas...

-Nem vem Dul, eu te amo, vou te apoiar em tudo mas não me pede pra ser amigo dele, nem nada disso, ele não gosta de mim e eu não gosto dele, simples assim.

-Tá, tudo bem - ela suspirou - só que não vou me afastar de você mesmo que esteja com ele e não quero ficar separando nenhuma briga de vocês.

-Não precisa se preocupar Ariel, vou ficar na minha, também não quero me afastar de você - ele levantou indo até a pia e deixando seu copo, sentiu quando Dulce lhe abraçou por trás, ele sorriu virando e a abraçando também.

-Tenho pensado em uma coisa - Dulce falou se afastando um pouco de Christian, ela respirou fundo - Lembra de Ramón Gonzalez?.

-Uou - Christian falou um pouco assustado - Você não vai atrás desse cara Dulce, você nem sabe quem é esse homem e eu não vou te deixar se envolver nessa história e ir atrás dele sem nem ao menos saber quem é, não adianta...

-Calma - ela o interrompeu - Não estou pensando em ir atrás dele, nem sabemos mesmo se ele existe, tenho pensado em levar os documentos sobre as contas para o Christopher.

Christian a olhou sem gostar muito daquilo.

-Se fizer isso, vai estar declarando que confia muito nele e eu não acho que você confie.

-Não confio - ela disse triste - Mas, e se ele descobrir alguma coisa? Pelo menos essa história vai ter me servido de alguma coisa, o nome desse homem foi o mais próximo que eu consegui chegar dos esquemas sujos do Pablo.

-Tudo bem, você tem razão, pra alguma coisa o idiot... - ele parou vendo Dulce o olhar seria - O Christopher deve servir.

...

No outro dia Dulce mais uma vez andava pelos corredores da empresa Uckermann, diferente da última vez ela estava mais calma, mas isso não a impedia de estar concentrada, ela estava ali por um motivo, ia dar um grande passo, não estava pronta pra confiar em Christopher mas queria respostas e sabia que com ele seria mais fácil de conseguir, ela não conhecia os contatos dele, mas ela tinha demorado um bom tempo pra descobrir tudo o que sabia sobre ele, Ucker no entanto, em pouco tempo tinha descoberto muitas coisas, não só sobre ela mas sobre Christian também.

Ela chegou no andar onde ele ficava, os seguranças a olharam de cara feia, pelo visto eles lembravam da última vez, ela fingiu não estar nem um pouco abalada e foi direta até a mesa da secretária que também a olhou como se não gostasse.

-Bom dia - ela falou parecendo doce, mas não adiantou porque a mulher a sua frente não respondeu nada - Eu ainda não sei seu nome - tentou puxar conversa.

-Melissa - a mulher afirmou sem muito humor, tinha os cabelos loiros presos em um coque, aparentava quase uns quarenta anos e parecia séria e bem concentrada.

-Bom Melissa, sou a Dulce... - ela parou de falar quando a mulher pegou o telefone, olhou para trás pra saber se ela não estava chamando os seguranças mas pelo que escutou ela falava com Christopher, em poucas palavras ela voltou a colocar o telefone no mesmo local.

-A senhorita pode entrar - ela disse simplesmente.

Dulce assentiu entrando na sala, Christopher estava encostado em sua mesa, sem o paletó e com as mãos no bolso, ele a observava.

-Oi - ela disse dando um breve sorriso.

-Oi - ele respondeu no mesmo tom - não esperava te ver.

-Eu sei - ela suspirou - eu também não esperava vir aqui.

-Aconteceu alguma coisa? - ele perguntou preocupado - Você quer que a gente continue saindo ou algo assim?

-Está tudo bem, e sim eu acho que a gente tem que sair, o Pablo já deve saber sobre a gente mas não é sobre isso que eu vim falar.

-E sobre o que seria? - ele perguntou curioso, viu a ruiva abrir a bolsa e tirar de lá um pen drive, estendendo a ele - O que tem aqui? - ele quis saber - Isso não é algum tipo de vírus inventado pelo seu amiguinho que vai invadir o sistema da minha empresa, é?

-Não - Dulce disse rindo - Bem que ele faria e acho que ele ia adorar fazer isso principalmente com você - ela viu a rosto de Ucker se tornar ainda mais sério - mas ele é bonzinho, acredite em mim, o Christian tem valores, ele sabe para quem trabalhar.

-Então o que é isso? - ele perguntou mais uma vez levantando e sentando em sua cadeira, viu Dulce morder o lábio como se estivesse em dúvida de falar, não queria ter prestado atenção nisso, mas ela parecia adorável, tentou não pensar nisso e acabou conectando logo o pen drive ao seu computador, quando ele abriu haviam alguns arquivos - É uma ótima hora pra você começar a explicar.

Ela se aproximou da cadeira dele ficando do seu lado e olhando a tela a sua frente.

-Tive acesso a alguns documentos do Pablo - ela começou a falar meio incerta.

-Imagino que não vai me dizer como fez isso, não é? - Pelo jeito que a expressão dela mudou e pelo traço de vulnerabilidade que ele viu em seu rosto ele soube que ela não ia dizer - Por que não senta e me conta - ele disse mudando um pouco o foco, sem gostar de vê-la mal, a sugestão dele pareceu surtir efeito porque um sorriso se desenhou nos lábios dela quando ela olhou para baixo, realmente o único lugar em que ela podia sentar e ter acesso ao computador para mostrar as coisas a ele era no seu colo, ele sorriu com isso e a olhou desafiante - Não vou te morder, não precisa ter medo.

Dulce tentou não sorrir sabia que ele estava tentando brincar com ela e por mais que ela tentasse negar parte dela também gostava.

-Não tenho medo de você - ela disse confiante enquanto sentava no colo dele.

-Bom - ele se limitou a responder enquanto envolvia a cintura dela com um dos seus braços e começou a falar bem perto do seu ouvido - Então, pelo que estou vendo isso são recibos de pagamentos.

-Essas primeiras fotos sim, algumas estão borradas, eu... - ela mordeu o lábio um pouco indecisa - ...estava com pressa.

-Com pressa? Por acaso tirou essas fotos escondida e estava com medo de ser pega? - ele perguntou alarmado - Você não pode ter se arriscado tanto - Christopher estava exasperado, não queria que ela tivesse feito a besteira de ir atrás desses arquivos sem o mínimo de proteção e não sabia porque isso o incomodava.

-Isso não vem ao caso - ela disse por fim - só quero que veja que tem um nome em comum, não só nessas fotos mas nos outros documentos.

Christopher começou a olhar as fotos, apenas rápido e depois viu os documentos, eram acordos e contratos, ele não chegou a ler o conteúdo do que se tratava precisava avaliar com calma, mas Dulce tinha razão um nome se repetia: Ramón González.

-Você sabe quem é esse homem? - ele quis saber.

-Assim que tive acesso a isso, pedi ao Christian que investigasse.

-O que encontrou?

-Não foi difícil descobrir que ele tinha contas em paraísos fiscais, não queria que o Christian se envolvesse nisso mas ele estava preocupado comigo e foi mais fundo, as informações que ele achou é que esse Ramón é empregado em uma fazenda na Colômbia.

-Não duvido que essas informações sejam falsas, ninguém que tem conta nesses lugares dá informações verdadeiras.

-Eu sei, pensei nisso, mas talvez só estejam usando o nome dele e pelos documentos tem muito dinheiro entrando e saindo pelos dois países isso não é tão fácil.

-Imagino - ele disse pensativo - É um bom jeito de esconder sujeira - ele a olhou - Quer minha ajuda então?

-Você não foi minha primeira alternativa - ela começou a falar - tentei arrumar um jeito de ao menos chegar perto de conseguir provas concretas contra o Pablo, tenho meus contatos, mas demorei muito até conseguir saber tudo o que sei sobre você.

-São bons contatos então.

-Sim - ela afirmou o olhando - Mas quando você quis saber informações sobre mim, conseguiu elas em menos de um dia.

Uma manhã para ser mais exato, ele pensou.

-Teve acesso a muita coisa em tão pouco tempo - ela continuou - Acho que pode conseguir mais do que eu tenho.

Ele a olhou nos olhos, parecia tão calma, mas era como se fosse uma fachada, ele queria conseguir ver mais sobre ela, decifrar aqueles lindos olhos mas ela estava sempre tão fechada dentro de si mesma.

-Vou tentar descobrir mais informações, mas não posso garantir nada.

-Eu sei - ela suspirou - Obrigada.

O sussurro dela agradecendo e aqueles olhos calmos que continuavam a olhá-lo, era como se ele se sentisse enfeitiçado, viu ela se aproximando mais do seu rosto e ele também seguiu o mesmo caminho, as mãos dela foram até seu pescoço e quando seus lábios estavam roçando a porta se abriu.

Dulce se assustou e teria levantado se um braço forte não continuasse em volta de sua cintura, um homem com um sorriso divertido os olhava da porta...

Ellafry: pois é, ele e o Christopher ainda vão implicar bastante um com outro...

Comentem!!