Fanfic: Infalível Destino | Tema: VONDY

Já era noite, Christian estava na cozinha, pensando em como preparar um jantar que fosse animar a ruiva, o único problema era que ele tinha dificuldades até para ferver uma água, escutou batidas na porta e tirou o avental para ver quem era.

Christopher não conseguia tirar a ruiva da cabeça, por mais que tentasse, a arrogância e o jeito que ela havia o tratado, tinham mexido com ele.

Ele bateu na porta do apartamento dela, mas ao invés da ruiva, um homem havia atendido a porta, ele estava descalço e vestia apenas uma calça jeans que mostrava parte da sua cueca.

Os dois se olharam por um bom tempo.

-Eu quero falar com a Dulce - Ucker disse sério.

-E quem é você? - Christian rebateu no mesmo tom.

-Christopher Uckermann.

Christian o analisou de cima a baixo, era estranho, vestido daquele jeito, com um jeans surrado e uma camisa qualquer ele nem parecia controlar uma empresa do tamanho da que ele controlava.

-Gata... - Christian gritou dando passagem pra Ucker que entrou, por algum motivo sem gostar nada daquele homem, principalmente dessa intimidade com Dulce

Christian ficou apenas observando Ucker, os dois se fitavam como machos querendo marcar território, até que ele sentiu duas mãozinhas o abraçando por trás e alguém encostando o rosto na suas costas.

-Você devia parar de gritar desse jeito parece até que é algo importante - ela falou divertida.

Ucker viu o sorriso sincero nascendo no rosto de Christian e notou a diferença na voz de Dulce, era tão doce, tão diferente da maneira fria que ela tinha falado com ele naquela manhã.

-É porque é algo importante - Christian falou acariciando as mãos dela que estavam em seu corpo.

Ucker apertou o maxilar, essas demonstrações de carinho o afetavam, já havia se acostumado com Poncho e Anahi, mas qualquer um diferente dos dois o deixava tenso.

-Você tem visita Ariel - Christian disse por fim.

Então Ucker perdeu o fôlego, de trás de Christian saiu uma mulher completamente diferente da que havia visitado ele aquela manhã, quer dizer, era a mesma, mas...

Ela estava ainda mais linda, os cabelos presos em um choque frouxo deixavam algumas mechas caídas por seu rosto, sua blusa era folgada e ela vestia um shorts que mostrava ainda mais das suas lindas pernas torneadas e estava descalça.

Ucker quase sorriu ao vê-la assim, tão pequena e delicada, mas a expressão dela mudou no mesmo instante em que a ruiva o viu, o brilho que antes ela tinha no olhar agora era apenas frieza.

-Vou estar na cozinha - Christian falou dando um beijo na bochecha de Dul e deixando a sala.

-E então... - Dulce falou assim que ficou sozinha com Ucker - A que devo a honra da sua visita?

-Precisamos conversar - ele disse sério odiando aquele tom de voz dela.

-E posso saber sobre o que?

-Bom... Até onde eu sei você queria casar comigo - Dulce olhou pra ele e então riu.

-Querer casar com você? - ela disse com desdém - A única coisa que quero é vingança.

-E para isso você precisa casar comigo - Ucker falou tentando arrancar algo dela, Dulce apenas assentiu indo até a janela, estava ficando tensa demais, aquele homem ali a afetava e o melhor era se afastar pelo menos por enquanto - Por que eu? É meu dinheiro que quer?

-Já disse a você hoje que não me interessa o seu dinheiro.

-Então o que?

-Poder - ela disse de uma vez apesar de estar omitindo boa parte das suas motivações ao escolher ele.

-É pouco - ele se aproximou dela - sei que está mentindo, quero uma resposta.

-Você não manda em mim - ela o olhou nos olhos tão intensa que algo dentro de Ucker se incomodou.

-Quer mesmo casar comigo? É disso que precisa? - ele disse com raiva - eu não sou bom Dulce, acha mesmo que fez a escolha certa?

Para surpresa dele a ruiva sorriu voltando a sua postura calma.

-Eu não quero que você seja bom - ela o olhou nos olhos - Você sabe que seu pai foi assassinado e estou te dando uma oportunidade de fazer o verdadeiro assassino pagar, você acha mesmo que sou uma menina que espera que isso seja um conto de fadas e que no fim das contas a gente jogue um feitiço e destrua a vilã? - ela perguntou com desdém.

-Abrirá mão de tudo Dulce? Até do seu namoradinho?

A ruiva arqueou uma sombrancelha o olhando.

-Seus contatos não parecem ter feito um bom trabalho? - ele a olhou confuso.

-Por que diz isso?

-Se sabe onde moro então é porque mandou me investigar, e com certeza isso deve ter incluído o Christian, você deveria saber que ele não é meu 'namoradinho'.

-Só porque ele já transou com metade da cidade desde que vocês chegaram aqui não significa que ele também não possa enfiar o pau em você.

Dulce respirou fundo, voltando a olhar para as estrelas tentando se acalmar. Estúpido! Isso que ele era, ninguém tinha o direito de falar desse jeito sobre a amizade que ela tinha com Christian, mas seu momento de raiva logo passou e ela se recompôs.

-Ciúmes Uckermann? - ela disse sem fita-lo e foi a vez de Christopher se irritar, ela morava sozinha com esse tal de Christian e os dois se olhavam com tanto carinho, não, ele não gostava dele mas isso não significava ciúmes.

Ele se aproximou de Dulce a passos largos a ruiva continuava a olhar o céu pela janela e estava de costas pra ele, a ruiva sentiu seu corpo se arrepiar e virou como um instinto dando quase de cara com o peito musculoso dele mesmo que coberto pela camisa que usava.

Dulce recuou um passo, assustada e acabou ficando presa entre ele e a parede, Ucker colocou as mãos de cada lado do corpo dela, enquanto assistia Dulce levantar o rosto e lhe fitar com aqueles olhos, merda... Não achava mais olhos azuis ou verdes bonitos, nenhuma cor se comparava ao castanho dela, nenhum olhar guardava tanta coisa como o dela, por um momento ele se sentiu perdido ali, até que Dulce abriu um pouco os lábios e suas mãos tocaram em seu abdômen, não era uma carícia, era como se ela apenas quisesse se apoiar nele, mas Ucker quase teve um colapso, o calor que sentiu quando as mãos dela o tocaram, droga, ele estava vestido, havia o tecido da sua blusa entre eles e ele quase podia sentir a maciez daquelas mãos.

Seu rosto baixou até ficar a centímetros do dela, suas respirações misturadas e seus olhares presos um no outro.

-Terá que ser minha Dulce - ele disse em tom de ameaça, querendo não sentir tudo o que sentia do lado dela - Nenhum outro te tocará a não ser eu.

-Não tenho medo de você - Dulce sussurrou e viu os olhos de Ucker escurecerem de desejo.

No momento seguinte ela foi quase esmagada entre a parede e o corpo dele, sua boca tomou a dela, e Dulce quase cedeu ao sentir aqueles lábios macios entre os seus, teria caído se as mãos dele não tivessem lhe apertado com força pela cintura, as mãos dela foram ao pescoço dele o puxando cada vez mais perto contra ela.

Suas bocas duelavam, o ar quase estava no fim, os dois não paravam, Ucker percorria a boca dela tentando absorver tudo, seu gosto era delicioso e ele não conseguia pensar em mais nada que não fosse aquilo, seu corpo estava incendiando e quando enfim tiveram que se afastar um pouco ele continuou mordiscando os lábios dela.

Mas então foi como se a consciência retornasse a eles e os dois se afastaram ainda confusos com tanta intensidade.

-Vai haver um jantar beneficente amanhã - Ucker falou tentando mudar o assunto.

-Eu soube - Dulce respondeu, já que aquele parecia o melhor caminho a seguir.

-Quero que vá comigo.

-Como um teste drive?

-Eu não diria dessa forma - ele comentou e então a olhou, foi uma péssima escolha, os lábios dela ainda estavam vermelhos pelo beijo e ele desejou ver o corpo dela inteiro marcado daquele jeito, mas tinha que ser com os beijos dele - Mas é isso mesmo, não sou idiota, você tem razão, sei muita coisa sobre meu pai e uma delas é que ele não se suicidou, mas se vamos entrar nessa precisamos confiar um no outro, o que me parece bem longe de acontecer.

-Tudo bem - Dulce concordou indo até a porta e a abrindo, em um convite silencioso para que ele saísse - Estarei pronta amanhã.

-Certo - foi a única coisa que ele conseguiu falar antes de sair.

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