Fanfic: A Babá e A Fera *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

Capítulo 1

Alfonso

— Quem diabos é Anahí?! — eu grito pelo interfone para minha secretária enquanto eu examino a minha agenda de compromissos para o dia.

Só tem uma nota na minha agenda: “Reunião com Anahí 10:00hrs”, com uma maldita carinha ao lado dela.

Se eu conseguisse alguma ajuda neste escritório, eu seria um trilionário, porra, ao invés de um bilionário.

— Sou eu. — diz uma voz feminina, fazendo-me olhar para cima.

Merda.

À primeira vista, a mulher parecia uma típica estudante americana, vestida com um moletom folgado da Notre Dame e um par de jeans.

Nada de especial, até que meu olhar pousou sobre o rosto dela.

Ela é linda. Pela aparência, não é a típica modelo sem graça, que come apenas salada como minha ex-mulher. Mas, uma beleza impressionante, de uma mulher confiante em si mesma e em suas curvas.

Lábios carnudos, exuberantes, que praticamente imploravam para estarem envolta do meu pau. Olhos grandes e doces, que poderiam fazer qualquer homem se derreter em uma poça romântica com um único olhar.

Graças a Deus, eu não sou qualquer um.

Eu sou Alfonso Herrera, porra. Filho de um homem insensível cujas emoções são bloqueadas por trás de uma jaula de aço.

A mulher se move através do cômodo grande em minha direção.

Meu pau diz: “Olá Anahí.”

Mas minha boca diz outra coisa.

— O que você quer?

Ela não hesita como a maioria das pessoas o faria. Em vez disso, ela fala calmamente:

— Sua secretária disse que você estava livre para conversar.

Eu tenho que me controlar para não rolar os olhos, porque não tenho tempo nem paciência para tudo o que a minha secretária fala.

Despedi a mulher três vezes, mas o RH insiste que é uma demissão ilegal.

Besteira. Ela é inútil. Como pode ser ilegal?

Tenho certeza que meu pai colocou algo em seu contrato que torna impossível se livrar dela, foi ele quem a contratou. Por que razão, não faço ideia.

Às vezes, fico paranoico e penso que ela é uma espécie de espiã para ele. Mesmo que ele esteja semi aposentado, o homem está constantemente no meu negócio, nunca confiando em mim totalmente, apesar dos bilhões que fiz nesta empresa.

Mas nunca é o suficiente. Não para ele. E não para mim.

Isto é onde eu prospero. Trabalho. Ganhar dinheiro.

Negócio é o que eu sei. E eu sou bom nisso. Mais que bom. Eu sou o melhor naquilo que faço.

É com as pessoas que tenho problemas.

A maioria são covardes, sem força, com nenhum pensamento próprio, independente.

Ou elas estão te apunhalando pelas costas, trapaceiras que estão dispostas a jogar fora seis anos de casamento e o amor de uma menina de cinco anos, por uma aventura sem sentido com o rapaz da piscina.

Meu estômago torce quando penso na minha ex-mulher. Já passou um ano desde que ela me deixou, mas ainda é uma ferida no meu ego.

Agora, em vez de dor, tudo o que sinto é raiva e amargura.

E é isso que eu projeto, quando eu rosno:

— Não fique parada aí. Me diga porque você está aqui, para que eu possa voltar ao trabalho.

Seus olhos azuis se estreitam com as minhas palavras e seus lábios franzem ligeiramente.

— Eu vim falar sobre Luna.

Merda.

Ela deve ser a nova babá. A mulher que minha mãe contratou em meu nome, depois que a última babá saiu.

Meu pau endurece dolorosamente quando eu penso sobre a beleza na minha frente dormindo debaixo do meu teto durante três semanas.

Como diabos eu não a tinha visto até agora?

Culpa arrasta-se em meu peito.

Eu sei como. Porque eu trabalho muito.

Já faz tanto tempo assim desde que eu tinha visto a minha filha?

Foda-se. Não vou receber nenhum prêmio de pai do ano, isso é certo.

— E...? — pergunto, arrastando meus dedos pelo meu cabelo e solto um suspiro profundo.

— Bem, eu tenho trabalhado com ela por quase um mês, e nunca o conheci.

Levanto uma sobrancelha em expectativa para uma desculpa melhor para ela interromper o meu dia.

— E...? — eu repito.

Pela primeira vez desde que ela entrou no meu escritório, eu vejo um traço de hesitação.

Ela desloca o peso de um pé para o outro.

— Eu pensei que seria bom para nós nos conhecermos.

Não sei por que ela acha que é tão importante.

Não tenho dúvidas que ela vai embora no final do mês ou até antes. Um mês parecia ser o ponto de ruptura das babás anteriores que eu contratei para cuidar de Luna.

Minha filha herdou de mim além da boa aparência, ela também tinha minha habilidade e astúcia para manipular e controlar as pessoas.