Fanfic: A Babá e A Fera *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

Capítulo 7

Anahí

Foi um longo dia, e quando chegou ao fim, não pude deixar de me sentir um pouco irritada e talvez com um pouco de ciúmes quando a Sra. Dabney entregou para Alfonso o cartão dela, enquanto seus dedos percorriam o peito dele descaradamente.

Ela era bonita e poderia facilmente ser um dos clones que trabalhavam em seu escritório.

Do jeito que eu imaginava que sua ex-esposa seria. A figura perfeita, cabelo, rosto e tudo o mais.

Nada parecida comigo.

Não me lembro a última vez que eu trabalhei fora, e meu armário é composto por uma dúzia de pares de jeans em tons diferentes e de camisetas que compro principalmente em brechós.

Não falo muito durante o trajeto para casa e nem Alfonso. Talvez ele esteja lamentando nosso encontro íntimo mais cedo.

Claro que está. Eu sou apenas a babá. E ele, bem... Ele é Alfonso Herrera.

— Ela está exausta. — Alfonso diz assim que coloca Luna na cama dela.

Ele nunca pareceu tão sexy para mim como agora, enquanto a beija na testa, tira os sapatos dela e por último coloca o cobertor ao redor de seus ombros.

Eu vou para o corredor em direção a meu quarto, quando ele me para.

— Senhorita Portilla...

Eu me viro quando ele está fechando a porta do quarto de Luna, seus olhos verdes experientes em mim.

— Sim? — eu engulo seco com a intensidade de sua expressão.

Ele anda em minha direção, o músculo em sua mandíbula latejando.

Merda. Ele vai me demitir?

— Eu queria te agradecer por hoje.

— Eu...

Um “obrigado” era a última coisa que eu esperava dele.

— ... Não fiz nada.

— Sim, você fez. Você me lembrou que eu tenho mais responsabilidades do que apenas trabalhar.

— Sei que Luna gostou de ter você lá.

Ele está perto. Muito perto e ainda assim muito longe.

Eu começo a girar, mas ele agarra a minha mão, me impedindo.

— E você? — ele dá um pequeno empurrão, me puxando contra ele, sua outra mão, envolvendo em torno de minha cintura. — Gostou de me ter lá?

Um tremor patina sobre a minha pele.

— Sim... — eu sussurro.

Seus dedos deslizam pelas minhas costas, em seguida, envolvem a parte de trás da minha cabeça, os dedos se emaranhando em meu cabelo e os polegares levantando o meu queixo, de modo que nossas bocas estão próximas e eu quase posso sentir seu beijo.

— Deus, você é linda... — ele rosna, o som enviando um arrepio de necessidade por todo meu corpo. — Tem alguma ideia do quanto eu quero te beijar agora?

Eu também o quero.

Eu sei que não vai acabar bem, mas não me importo. Eu o quero, mais do que eu já quis alguém.

Seus olhos se contraem e vejo a guerra dentro deles.

Tenho medo que ele vai se afastar, então me inclino e pego o que quero. Na ponta dos pés, pressiono meus lábios contra os dele.

Ele congela. Sinto todo o seu corpo tenso, e eu imediatamente me arrependo.

— Desculpe... — eu falo me afastando, mas ele não me deixa ir.

A próxima coisa que sei, é que minhas costas estão contra a parede, seus lábios estão devorando os meus e suas mãos estão por todo meu corpo.

Ele me beija com tanta fome que é quase assustador.

Nossas línguas exploram a boca um do outro, enquanto provo o sorvete de baunilha e chocolate que ele comeu mais cedo.

Os únicos sons são dos nossos lábios se conectando, e suas mãos perdem todo o senso de decoro enquanto se movem por cima da minha bunda, passando pelos meus quadris e subindo mais ainda para apertar os meus seios.

A ereção está dura e pesada, pressionando contra minha barriga.

Todo o meu corpo está pegando fogo com necessidade, e estou pronta para ele me levar.

Eu sinto como se o tempo tivesse parado, quando minha respiração acelera e eu choramingo.

Mesmo se eu quiser, não posso resistir ao toque dele. Tudo o que posso fazer é me dissolver em seus braços, aproveitando cada sensação ardente.

Ele se afasta e rosna.

— Boa noite, senhorita Portilla. Espero que você durma bem.

Ele foi embora antes de eu ter a chance de recuperar o fôlego.

O. Que. No. inferno. Foi. Isso?

Estou aqui para cuidar de sua filha, mas há algo entre nós que queima tão forte que não conseguiria apagar nem com um extintor de incêndio.

Não sei por que ele me deixou na mão.

Tudo o que sei é que eu vou precisar de um banho frio esta noite, e julgando pela protuberância grossa nas calças enquanto ele ia embora, eu não vou ser a única.