Fanfic: A Babá e A Fera *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

Capítulo 10

Alfonso

Ela não tem ideia do que eu vou fazer com ela.

Eu tenho toda a intenção de castigá-la pelo que ela fez hoje.

Ela vai ter sorte se ela puder levantar, quanto mais andar com Luna na escola, amanhã.

Mas eu vou ter certeza que ela goste de cada minuto disso.

Enquanto caminhamos para o carro, eu olho para ela e percebo que ela está olhando para mim pelo canto do olho, e posso dizer que ela está nervosa.

Bom... Ela deve ficar nervosa.

Sim, foi uma coisa de idiota eu ter esquecido de pegar Luna, mas não havia nenhuma razão para Anahí trazê-la para o escritório, me fazendo parecer um idiota na frente dos meus parceiros e da minha filha.

Luna passa para o meu lado quando entramos no carro.

— Podemos ir tomar sorvete novamente?

Eu sorrio para ela.

— Sim, por que não?

Não é como se eu tivesse perdido um 1 bilhão de dólares em um dia de merda. Por que não deveríamos tomar sorvete?

— Você está bem, papai? — Luna olha acima, preocupação em seus olhos.

Ela sempre foi muito esperta para seu próprio bem.

Eu a puxo para mais perto.

— Melhor agora que estou com você.

Mas a pura verdade é que eu saí tão fora do rumo que esqueci de apreciar as pequenas coisas.

Talvez eu sempre tenha sido um idiota.

Mas a última coisa que quero é que minha filha me odeie tanto quanto eu odiava meu próprio pai enquanto eu estava crescendo.

Ele era tão obcecado por trabalho na época quanto eu sou agora.

Ele sempre me dizia que eu estaria no comando dos seus negócios um dia. Era isso que jogava em mim o tempo todo, não podia nem pensar em ser apenas um menino e me divertir. Eu tinha tudo entregue a mim em uma bandeja de prata, e eu deveria me deleitar com isso.

Como se o dinheiro de alguma forma pudesse substituir os pais que nunca estavam por perto.

A história tem um jeito de se repetir.

Eu não estava tentando empurrar Luna fora da minha vida, estava apenas tentando deixá-la de fora de tudo isso. Era a única maneira de tentar protegê-la e não trazê-la para o meu mundo.

Meu telefone toca novamente, mas desta vez faço mais do que apenas deixá-lo no meu bolso, eu o desligo.

Anahí está me observando.

No momento em que chegamos em casa, ela não trocou mais que algumas palavras comigo ou com Luna, mas a garota está tão feliz por estar comigo, que parece não notar, mas eu faço.

Quando Luna entra em casa, eu paro Anahí na porta da frente.

— Você não deveria ter levado ela para o meu escritório!

— E você devia ter se lembrado de ir buscá-la! Você deveria ter visto ela quando pensou que você a tinha esquecido! Eu não me importo quanto você vale Sr. Herrera, mas não tem o direito de tratar uma criança assim!

Deus, por que ela é sempre tão argumentativa?!

— Não é o seu trabalho me dizer como criar a minha filha! — eu rosno para ela.

— O problema é que você não está criando ela! — ela grita de volta. — Você pode muito bem ter saído da sua vida, tal como a mãe dela, pelo péssimo papel de pai que está fazendo!

Suas palavras são como um tapa na cara, porque eu sei que ela está certa.

As mãos de Anahí vão para a boca e os olhos dela se arregalam.

— Eu sinto muito... Não deveria ter dito isso.

— Você está certa. Você não devia.