Fanfic: A Babá e A Fera *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

Ela expulsou as babás anteriores, através de pequenas táticas brilhantes que desgastariam até o mais paciente dos santos.

Tanto quanto eu odeio admitir isso, tenho que admirar o entusiasmo da garota. E com toda a honestidade, minha opinião é que se você não pode vencer uma criança de seis anos de idade, então você provavelmente deve encontrar uma nova linha de trabalho.

Anahí está me olhando com expectativa. A língua dela corre para fora em seu lábio inferior, e eu tenho que suprimir os pensamentos sujos que passam pela minha cabeça, quando eu penso sobre o que eu quero que essa boca faça comigo agora mesmo.

Ela é a babá da minha filha. Completamente fora dos limites.

— Nos conhecemos. — digo estoicamente, endurecendo o meu olhar e meus pensamentos. — Mais alguma coisa?

— Eu queria falar sobre Luna. Eu notei que ela tem se... esforçado, e pensei...

— Eu aprecio sua preocupação. Agora, se não se importa, eu tenho trabalho a fazer.

A última coisa que eu preciso é que uma estranha entre aqui, para me dizer o que ela acha que está errado com a minha filha.

Eu sei exatamente o que está errado. A mãe dela a abandonou e seu pai é um bastardo egoísta que não tem ideia de como educar uma menina de seis anos de idade por conta própria.

Imperturbável pela minha expulsão, Anahí continuou:

— Eu vou levar Luna ao zoológico amanhã.

— Tudo bem. — eu resmungo, mantendo meu olhar para baixo analisando os arquivos na minha frente.

— Eu pensei que você poderia vir com a gente.

Eu resmungo e olho para ela.

— Por quê?

— Seria bom para Luna. É um passeio escolar e havia uma opção para os pais irem juntos. — ela lambe os lábios novamente e acrescenta: — E eu coloquei o seu nome.

Meu olhar vai para o dela.

— Você não deveria ter feito isso. Eu tenho trabalho a fazer. Trabalho importante.

— Mais importante do que passar um tempo com sua filha?

Quem diabos esta mulher pensa que é?!

Se eu disser “não”, eu sou um idiota por não ter ido, e se eu disser que “sim”, eu sou apenas um imbecil.

Eu talvez tenha encontrado algo que pode coincidir com o comportamento manipulativo da minha filha.

— Já que você perguntou, sim, eu tenho uma reunião com o prefeito de manhã e várias reuniões a tarde.

Escolhendo o momento perfeito, a minha secretaria inútil, a qual tenho tentado me livrar, entra nesse momento.

— Na verdade o prefeito cancelou a reunião e reservei para você o resto do dia, assim você pode ir. — ela coloca um café na minha mesa, em seguida, vira-se para sair mais rápido do que ela entrou. — Você poderia fazer uma pausa. Todos nós poderíamos.

— Maria, volte aqui! — eu grito com ela, mas como de costume a mulher me ignora e desaparece no fim do corredor.

Puta que pariu.

Ela reservou o dia de folga para mim?! E ela se acha uma boa secretária?!

Certo. Outra coisa para levar ao RH.

Anahí está sorrindo para mim e há triunfo brilhando em seus olhos azuis.

— Parece que você está livre...

— Parece. — eu resmungo.

— Ótimo! Luna vai ficar em êxtase. Podemos ir de carro ou no ônibus da escola com o resto da classe.

— De jeito nenhum!

Ela ri, um som leve, brincalhão que provocou um aperto em minhas bolas.

— Acho que não. Luna disse que você não iria, e muito menos andar de ônibus. Pelo menos posso provar que estava errada em um deles.

— Mais alguma coisa, senhorita....

— Portilla. — ela oferece. — Mas pode me chamar de Any.

Eu resmungo.

— Senhorita Portilla está bom.

Ela dá um pequeno aceno, em seguida, a expressão dela fica séria.

— Ela é uma boa menina. Sua mãe disse que ela tem tido alguns problemas comportamentais, mas honestamente, só acho que ela precisa de mais atenção positiva.

— Você é psicóloga, Senhorita Portilla?

As bochechas dela ficaram um tom de vermelho.

— Não.

— Então, eu apreciaria que mantenha suas opiniões para si mesma.

Suas narinas abrem ligeiramente e ela abre a boca, mas antes que solte o comentário que passou por sua cabeça, ela franze a boca e faz um aceno brusco com a cabeça.

— Obrigado pelo seu tempo, Sr. Herrera. Vejo você em casa.

Em casa.

Um pequeno gemido borbulha dentro do meu peito.

Ela se vira para ir embora e não posso deixar de observar seu corpo perfeito e sua bunda firme, enquanto deixa meu escritório, e estou quase tentado a segui-la até em casa.

Eu passo a mão pelos meus cabelos e amaldiçoou os pensamentos sujos que pipocam em minha mente.

Faz muito tempo que eu estive com uma mulher.

Em algum momento, eu vou precisar superar a dor da traição que minha ex deixou. Mas não agora. Ainda não.

E especialmente, não com a babá.