Fanfic: A Babá e A Fera *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

Capítulo 17

Anahí

Alfonso voltou a trabalhar hoje, depois de passar uma semana inteira com ele, eu já sinto falta de tê-lo por perto.

Ele disse que voltaria às seis para o jantar, algumas semanas atrás eu não acreditaria nele, mas com as mudanças que ele fez recentemente, eu faço.

Ele está realmente tentando, com Luna... e comigo.

Eu sei que não devia esperar por isso, mas é como se ele tivesse me aceitado em sua vida, não apenas como a babá. Como algo mais, algo mais permanente.

Eu olho meu reflexo no espelho do meu banheiro e termino de aplicar a maquiagem.

Ele vai estar logo em casa.

Comprei um vestido, vermelho "sexy" espero que ele goste.

Eu mesma já fiz o jantar, pensei que seria uma boa mudança para nós dois, e para mim, para parecer mais do que apenas uma estudante universitária desmazelada. Para tentar parecer que eu realmente pertenço ao mundo dele.

Não que ele tenha me feito sentir como se eu não pertencesse.

Na verdade, ele fez o oposto completo. Ele me fez ter esperança.

Luna está na casa da avó dela para a noite, por isso só vai ser nós dois.

Eu pretendo falar com ele sobre nós, no jantar.

Sou mais nova que ele, mas isso não significa que eu não sei as coisas, eu sou apenas menos experiente.

Ele tem uma década a mais que eu, uma que ele passou gerenciando uma empresa multinacional de bilhões de dólares, enquanto eu estou tentado apenas sobreviver.

Nós viemos de mundos completamente diferentes. Mas eu me sinto segura quando estou com ele.

Talvez isso realmente possa funcionar, se ele tem outras expectativas então é melhor saber agora, antes que meu coração se apegue mais.

Eu decido amarrar meu cabelo em um coque, eu vi alguns vídeos no YouTube sobre como fazer isso.

Com o cabelo encaracolado selvagem que recebi de minha herança mexicana, e nesse vestido que mostra muito bem minhas curvas...

A mulher da loja disse que o vestido combinava comigo. Olhando para o meu reflexo, eu tenho que concordar, eu perdi alguns quilos, resultado de todo o sexo que tenho tido.

É como se com apenas um estalar de dedos, Alfonso já me deixava ligada. Ele nem precisa me tocar. Eu só tenho que pensar sobre ele e eu fico toda molhada e o querendo.

Estou descendo as escadas e prestes a ir para a cozinha para me certificar de que está tudo pronto para quando ele chegar em casa, quando ouço a porta da frente abrir.

Ele chegou em casa mais cedo do que o esperado, eu me viro pronta para recebê-lo, mas congelo.

— Quem diabos é você?! — uma mulher está na porta da frente olhando para mim.

Stacey. Eu a reconheço imediatamente a partir da foto no quarto de Luna.

Merda. O que eu faço?

— Eu te fiz uma maldita pergunta! Quem é você e que diabos está fazendo na minha casa?!

Casa dela?!

— Eu sou a... Anahí. A babá de Luna.

Por que eu não disse “a namorada de Alfonso”?

Talvez porque eu nem soubesse se eles estavam legalmente separados.

Claro, ela foi embora, isso foi há mais de um ano, mas era oficial?

— Onde está a minha filha e o meu marido?!

Se olhar pudesse matar, então eu estaria morta.

Marido.

— Eles não estão aqui... — minha voz quebra nas palavras e posso sentir as lágrimas queimando atrás dos meus olhos.

Então, eles ainda são casados.

— Você parece uma prostituta, não uma babá. — ela diz me olhando com desdém. — Não admira que o Alfonso tenha contratado você, mas estou de volta agora, então você pode ir fazer as malas. Eu quero você fora daqui antes que meu marido volte para casa. A última coisa que preciso é uma vagabunda correndo em minha casa quando eu estou tentando colocar meu casamento de volta nos eixos.

As lágrimas queimam meus olhos.

Isto não pode estar acontecendo.

Humilhada e com o coração partido, eu me viro para subir, mas a mulher ainda está gritando enquanto eu subo as escadas até o meu quarto, mas pelo menos ela não me segue.

Eu faço as malas rapidamente, porque Alfonso vai estar em casa logo.

Eu preciso ir embora ante disso, não posso deixá-lo me ver assim.

Não quero estar aqui quando ele se encontrar com sua esposa.

Limpando furiosamente as lágrimas que caem sobre minha bochecha, eu desço as escadas do fundo, que vai para a garagem.

E assim, de repente, acabou o meu conto de fadas.