Fanfic: A Babá e A Fera *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

Capítulo 18

Alfonso

Assim que entro em casa, eu sei que algo está errado.

Há música tocando...

O barulho estridente de Ópera, todas as cortinas estão fechadas... e há uma forte fragrância vindo da sala de jantar, um cheiro familiar, que faz com que os pêlos na parte de trás do meu pescoço fiquem arrepiados.

No momento em que entro, eu engasgo.

Não só porque vejo Stacey sentada à mesa, vestindo lingerie que não deixa nada para a imaginação, mas também porque ela tem pulverizado o lugar com aquele cheiro horrível que ela costumava usar para mascarar o cheiro de álcool em seu hálito.

— Olá, meu querido marido... — ela diz com uma voz cantada, que faz meu estômago rolar.

Tossindo, eu saio.

Meu primeiro e único pensamento, Anahí.

— Alfonso! — Stacey grita, seguindo-me, cavando suas afiadas unhas em meu braço, para me impedir de subir as escadas.

— Onde está Anahí?

— Quem? Aquela prostituta, a babá?! Mandei embora!

Eu cerro meus punhos ao meu lado.

— Você não tinha o direito de fazer isso!

— Eu sou a sua esposa, e esta é a minha casa!

Ela está completamente delirante.

— Ex-mulher, e você já não vive aqui!

— Ainda estamos casados e eu tenho toda a intenção de voltar. — ela ri, por algum motivo eu sinto como se eu ouvisse a risada da bruxa do Oeste em O Mágico de Oz.

Mas eu não sou a porra da Dorothy e isto não é uma piada!

Aponto o dedo para ela.

— Esta não é a sua casa! Você não pertence mais aqui! Você foi embora, e depois, quando eu tentei encontrá-la, você disse ao investigador particular que quando você morresse, mandaria uma mensagem! Eu levei isso para o tribunal! E adivinha o quê, querida?! Já não estamos mais casados!

Ela começa a gaguejar, a mesma coisa que ela costumava fazer, quando eu costumava colocá-la no lugar dela.

Quando eu fazia ela se sentir tão pouco quanto ela me fazia sentir, através dos últimos sete anos de nosso casamento infeliz.

Ela iria me culpar por passar tanto tempo no escritório, eu perguntaria se ela poderia gastar menos dinheiro, a reação dela seria a mesma coisa que ela está fazendo agora.

— E o dinheiro?! Meu dinheiro?! Pensão alimentícia?!

— Você deveria ter pensado nisso antes de sair. Você desistiu dos seus direitos.

— Alfonso, seu porra de merda, você não pode fazer isso! — ela está correndo atrás de mim quando eu chego ao carro. — Nunca assinei os papéis, e estou de volta! Eu vou contestar o divórcio e eu vou conseguir a custódia!

Eu nunca quis bater em uma mulher mais do que eu faço agora.

Eu inclino-me perto, estreitando meus olhos, dentes cerrados tão apertado que acho que eles podem rachar.

É incrível como uma pessoa que você achou que iria passar o resto da sua vida, pode acabar por ser a única pessoa que você não suporta.

— Você fala com o seu advogado, ele vai falar com o meu. Mas me diga, qual juiz daria a custódia para uma mulher que abandonou a própria filha?! Saia da porra da minha propriedade ou vou chamar a polícia para colocar você para fora, quando eu voltar! — eu bato a porta do carro e canto os pneus enquanto eu corro pela longa entrada, com uma única intenção.

Encontrar Anahí.