Fanfic: A Babá e A Fera *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

Capítulo 20

Alfonso

Eu não tenho a menor ideia de por onde começar a procurar por Anahí, mas começo com o único lugar que eu acho que ela pode ir, ver Luna.

Solto um suspiro de alívio quando eu vejo seu pequeno Toyota na garagem, mas o olhar em seus olhos de puro desespero absoluto, quando ela sai da casa e começa a descer as escadas em direção ao carro, faz a minha garganta apertar.

Merda.

Não faço ideia do que diabos Stacey disse a ela, mas sei que não foi bom.

Eu saio do carro, batendo a porta atrás de mim e vou em direção à ela.

— O que você está fazendo aqui? — ela sussurra quando me aproximo.

Seus olhos estão vermelhos e eu posso dizer que ela esteve chorando.

— Procurando por você. — eu removo a distância entre nós, tomando seu osto na palma das minhas mãos.

— Por quê? — ela congela ao meu toque, seu corpo inteiro ficando tenso.

— Eu não sei exatamente o que Stacey disse para você, mas você tem que saber que ela é uma mentirosa patológica!

— Ela é sua esposa...

— Ex-mulher. Você sabe disso.

Ela olha para o chão como se estivesse lutando para acreditar em mim.

— Vocês têm uma filha juntos. Se ela quer você de volta...

— Eu não quero ela de volta, porra! — eu rosno, a apertando com um pouco de força demais.

Ela se move para longe de mim e posso dizer que ela não acredita.

A linguagem corporal dela está na defensiva, quando ela cruza os braços.

— Não posso fazer isso. Eu não vou ser essa mulher.

Medo se agita dentro de mim.

Ela está me deixando?

— Não faça isso...

— Fazer o quê?! Seja honesto! Viemos de mundos diferentes e você mal me conhece, eu mal te conheço!

— Isso é besteira e você sabe disso! Podemos não saber tudo um sobre o outro, isso leva tempo, mas você me conhece aqui... — pego sua mão e coloco sobre o meu coração.  — É isso o que importa!

— Até quando?! Até você encontrar outra pessoa?! Ou você decidir que está entediado comigo?! — ela balança a cabeça e puxa a mão para trás. — Ou Stacey se empurrar de volta para sua vida?!

— Isso não vai acontecer!

Um pequeno sorriso triste toca seus lábios.

— Você pode me prometer isso?

Arrasto meus dedos pelo meu cabelo, tentando encontrar as palavras que irão mantê-la aqui.

As palavras que vão provar o quanto eu gosto dela.

Mas minha garganta se contrai, eu nunca fui bom em ser romântico...

— Eu tenho que ir. — diz ela em voz baixa, passando por mim em direção ao seu carro.

— Onde?

— Eu não sei. Talvez fique em um hotel hoje à noite. Então vou para a casa dos meus pais amanhã, posso ficar com eles até eu conseguir um novo emprego.

As lágrimas estão escorrendo de seus olhos agora, ela abre a porta do carro, mas me coloco atrás dela e fecho, em seguida, coloco as palmas das mãos sobre o carro prendendo-a.

Eu pressiono contra suas costas e a sinto tremer.

— Você não vai a qualquer lugar. Luna e eu precisamos de você.

— Você encontrará outra babá.

— Talvez, mas eu não vou encontrar outra você.

Ela se vira ficando de frente para mim e pisca, suas lágrimas escorrendo pelo seu rosto.

— Eu te amo, Anahí....

— Você não pode. É muito cedo... — ela diz, mas eu posso ver a esperança retornando ao seu lindo rosto.

— Eu posso e faço. Acho que desde a primeira manhã em que você entrou no meu escritório, exigindo que eu fosse um homem melhor para minha filha. Eu precisava disso. — eu seguro seu queixo entre meus dedos. — Eu preciso de você.

— E Stacey? Ela é mãe de Luna...

— Ela quer dinheiro, depois que eu pagar, ela vai embora. O que Luna precisa é de estabilidade, uma mãe que a ama, e eu quero que você seja isso para ela.

Seus olhos se arregalam.

— O que você está dizendo?

— Case comigo, Anahí.

Ela está lá olhando para mim, seus lindos olhos grandes e arregalados e temo que ela vai dizer “não”.

— Você está falando sério?

— Mais sério do que já falei alguma vez na minha vida.

Ela começa a chorar novamente, mas desta vez seus braços envolvem meu pescoço e ela começa a me beijar.

— Isso é um “sim”? — pergunto, enterrando meus dedos em seus cabelos.

— Sim! — ela me beija de novo. — Sim... Sim... Sim...

— Então eu sugiro contar a uma pequena garota, de muita sorte, que seu maior desejo acabou de se tornar realidade.