Fanfic: A Babá e A Fera *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

Mas ela só tem vinte e dois. Quase dez anos mais nova que eu.

E ela é a babá de Luna.

Por mais tentador que seja essa bunda doce e curvilínea, preciso que ela tome conta da minha filha, mais do que eu preciso dela tomando conta do meu pau dolorido.

Se ela me visse rondando o quarto dela, eu provavelmente acabaria com um processo por assédio sexual nas costas, mas foi ela quem deixou a porta aberta, enquanto ficava pulando ao redor seminua.

Como se sentindo minha presença, Anahí para de dançar e olha em minha direção.

Seus olhos se arregalam, suas bochechas ficam rosadas e ela solta um pequeno grito antes de pegar uma calça de pijama que estava no fim da cama dela.

Merda.

— Você deve manter sua porta fechada. — eu rosno, incapaz de afastar o meu olhar enquanto ela se esforça para vestir as calças.

— Eu... Eu não sabia que você estava em casa! Me desculpe!

— Você tem o hábito de dançar seminua na frente da minha filha?

— Eu não sou... Eu não estava... — obviamente perturbada, ela respira fundo e endireita os ombros antes de dizer mais calmamente: — Luna já está dormindo há horas. Eu estava me preparando para dormir. E se quer saber, eu mantenho a minha porta aberta porque Luna tem pesadelos, e quero ter certeza de que a ouço se ela precisar de mim.

Desde quando Luna tinha pesadelos?

Esfrego a parte de trás do meu pescoço e estremeço.

Eu estive muito longe.

— Apenas feche a partir de agora em diante, quando você estiver se trocando. — eu falo mais duro do que eu pretendia.

Ela dá um breve aceno com a cabeça.

Eu deveria ir embora, mas em vez disso eu fico parado olhando para ela como um maldito perseguidor, minhas bolas doendo, meu pau mais duro do que tem estado em anos.

Por que diabos essa mulher tem esse efeito em mim?

Não é como se eu não tivesse mulheres para escolher. É apenas a minha sorte que eu quero a única que eu não posso ter.

— Há mais alguma coisa, Sr. Herrera? — indaga, me olhando com desconfiança.

Eu tusso.

— Eu vim perguntar sobre o itinerário de amanhã.

— Partimos às nove. — um pequeno sorriso se espalha em seu lindo rosto. — Eu acho que você vai realmente gostar de ir!

Eu duvido disso.

Na verdade, passar tempo com ela e não poder tocá-la parece mais uma tortura do que diversão.

Na mesinha de cabeceira ao lado de sua cama, o telefone acende com uma mensagem de texto recebida.

Eu olho para baixo e franzo a testa quando vejo a captura de tela que foi salva como plano de fundo.

É uma foto dela e de Luna.

Mas não é o que chama a minha atenção. É o sorriso no rosto da minha filha que faz meu coração bater mais forte, porque é a primeira vez desde que a mãe dela foi embora, que eu vi aquele olhar em seu rosto.

Ela está sorrindo tanto que suas covinhas estão aparecendo, assim como a enorme falha onde seus dois dentes da frente deveriam estar.

Eu pego o telefone e estudo a foto.

— Ela perdeu os dentes da frente?

— Na semana passada. — Anahí diz, se movendo em minha direção.

— Eu não sabia... A fada dos dentes?

— Ela foi muito generosa. Quem diria que um dente era tão valioso hoje em dia? — seus lábios se erguem em um pequeno sorriso.

Eu aceno com a cabeça e lhe devolvo o telefone.

Nossos dedos escovam quando ela o pega de mim, e eu vejo o pequeno tremor que corre através dela.

— Boa noite, Senhorita Portilla.

Melhor ir embora agora antes de fazer algo de que eu vou me arrepender.

— Boa noite, Sr. Herrera.

Tenho um pressentimento que vai ser uma noite muito longa.

Porque eu não tenho ideia como diabos eu vou dormir sabendo que a mulher está há apenas alguns quartos de distância.