Fanfic: A Babá e A Fera *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

Mas assim que ela se vai, outra professora se aproxima de mim, esta é alta e loira com pernas compridas, sua intenção ainda mais óbvia do que a anterior.

Em qualquer outra situação, talvez ela teria tido uma chance, mas com Anahí por perto nenhuma outra mulher se comparava a sua beleza natural.

Eu nunca senti falta de atenção feminina, mas agora há somente duas que quero estar por perto, e ambas estão me observando com sorrisos correspondentes, como se estivessem se divertindo com a minha situação.

— Você está gostando disso? — pergunto para Anahí, quando eu finalmente consigo fugir.

Ela ri.

— Parece que alguém está chamando a atenção das professoras, e não são as crianças...

Eu solto um gemido.

— Elas estão agindo como se eu fosse o único pai que está aqui hoje.

— Mas você é.

Eu pisco, olhando ao redor do pequeno grupo e percebo que ela está certa.

— Mas, mesmo se você não fosse, tenho certeza que elas ainda estariam em cima de você.

— Sério? — eu levanto uma sobrancelha para ela.

Como se percebendo o que ela disse, ela morde o lábio inferior e olha para longe.

— Acho que vamos entrar agora.

Um celular toca e pensando que é o meu, levo a mão para o bolso do meu terno.

Mas eu não estou usando um terno, estou vestindo a porra de uma camiseta, e meu celular não está aqui.

— Merda... — eu bato em meus bolsos traseiros.

Nada.

— O que está errado? — Anahí pisca para mim.

— Eu devo ter deixado meu telefone no carro.

A culpa se insinua em sua expressão.

É só por um breve segundo antes de ser substituído por um desafio teimoso.

— O quê...? — eu rosno para ela.

— Está na minha bolsa.

— Por que meu telefone está na sua bolsa, Senhorita Portilla?! — eu tento manter a frustração fora da minha voz, mas até eu posso ouvi-la.

— Eu não queria que você se distraísse.

— Você roubou meu telefone?!

Ela vai levar uma surra tão mal, que nem vai perceber que vai estar gritando meu nome, me implorando por mais.

— Eu não o roubei. Você vai recebê-lo de volta, assim que chegarmos em casa.

Ela está agindo como se ela estivesse no comando.

Ela é a babá da minha filha, não minha!

Arrasto meus dedos pelo meu cabelo e solto uma respiração frustrada.

Eu abro a boca para acabar com ela, mas Luna me interrompe quando corre para mim, intercalando seu olhar entre Anahí e eu, com preocupação em seus olhos verdes, como se ela pudesse sentir a tensão entre nós.

— Papai... Você ainda vem conosco?

Eu sei agora que ela deve ter pensado que eu a deixaria. Que eu estava apenas indo ao zoológico e saindo, como eu fiz em todas as atividades das quais ela tem participado, com a ideia de voltar ao trabalho ou até mesmo ficar o mais longe possível das coisas de criança.

Eu não sou bom nessas coisas de pais. Essa deveria ser a função de Stacey.

O que diabos eu sei sobre crianças? Mesmo quando eu era uma, eu nunca fiz coisas de criança.

Eu nasci e fui criado para comandar a empresa multibilionária do meu pai, não para jogar jogos bobos, infantis ou ir ao maldito zoológico.

Mas a maneira que Luna está olhando para mim agora, eu queria ser diferente. Que eu não fosse sempre tão obcecado pelo trabalho.

— Papai? — ela diz novamente, esperança começando a desvanecer dos olhos dela.

Eu sorrio enquanto me inclino e olho para minha filhinha.

— Sim, princesa, eu vou ver os animais também.

Ela não hesita em envolver as mãos em volta do meu pescoço.

— Obrigada, papai.

Meu coração aperta.

Então ela corre de volta para suas amigas, rindo animadamente.

Eu me levanto devagar e solto uma respiração difícil.

Anahí está me observando.

— Isso deve valer seu peso em ouro, em comparação com seu telefone celular. Você realmente quer ele de volta?

Sacudo minhas cabeça, emoções pressionando no meu peito, mas não vou deixar ela saber.

Ela ainda vai ser punida, mas eu vou fazer isso por diversão. Não porque ela merece.