Fanfic: A Babá e A Fera *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

Capítulo 6

Anahí

Eu estou olhando para o leão e me perguntando sobre o que está de pé ao meu lado.

Rei da selva. Nenhum animal me lembra mais de Alfonso.

Orgulhoso. Arisco. Lindo.

E sozinho.

Isso é o que vejo quando olho para ele. Uma fera, que parece tão sozinho.

O que eu não daria para consertar isso...

Enquanto observamos o ritmo do animal em seu pequeno confinamento, Alfonso está de pé, tão perto de mim, que se ele se aproximasse mais, nossos corpos seriam um só.

Ele está tão perto que sinto o seu aroma quente e picante, sua respiração contra minha bochecha.

— Multidões são uma merda. — ele resmunga.

Eu dou risada, mas ela sai tensa.

— Você poderia se mover se você acha que está muito perto...

— Estou bem onde estou. — seu olhar bloqueia no meu, verde e intenso.

Meu corpo está pegando fogo, e quando sua mão roça na minha, eu juro que cada nervo do meu corpo se ilumina.

Luna está com Hannah mais à frente, e embora haja uma multidão de pessoas ao nosso redor, há uma intimidade na forma como seu corpo se inclina para o meu. Ou talvez seja apenas coisas da minha cabeça.

A multidão aplaude quando um dos funcionários do zoológico entra na jaula com o leão.

Ele está o alimentando e nem parece assustado. É impressionante sua paciência com eles.

— Ele não está com medo. — eu sussurro enquanto Alfonso se aproxima mais.

— Ele está acostumado a estar perto de machos alfa.

Eu olho para ele.

Grande erro.

Sua boca está perto da minha e sua respiração quente contra minha bochecha.

— É o que você se considera ser? Um macho alfa?

Ele ri.

— Você quer descobrir, Senhorita Portilla?

Eu engulo a seco, mantendo o seu olhar.

Eu quero?

Sim. Sim. Sim!

É uma proposta? Eu não sei.

Tudo que sei é que estou me apaixonando por ele.

O que é completamente idiota, pois não sei quase nada sobre ele.

Luxúria. É tudo o que é.

Viciante. Perigosa luxúria.

Quando a multidão começa a se dispersar, tento controlar minha respiração rápida, mas não adianta.

Ele fez algo comigo, incendiando meu corpo.

Alguém esbarra em mim, e eu sou empurrada para mais perto dele, suas mãos se estendem para me firmar e o contato é quase demais.

Olhando em seus olhos verdes, que parecem prontos para me devorar, sei que estou perdida.

— Eu acho que... — as palavras falham-me, o pensamento racional turvado por causa da enorme ereção que está pressionando meu estômago.

Ah. Meu. Deus. Ele me quer.

Eu estremeço contra ele.

— O que você acha, Senhorita Portilla? — sua voz é baixa, e desliza pelo meu corpo como uma carícia.

Eu molho meus lábios e o olhar dele cai para minha boca.

Pensar? Não há nenhum pensamento, todo pensamento racional se foi. É apenas sensação, e o que estou sentindo é incrivelmente ligado.

— Eu... Acho que devemos... — eu engulo seco novamente.

— Nós deveríamos o que? — ele está me provocando agora, e eu posso ver o brilho de humor em seus olhos. — O que devemos fazer, Senhorita Portilla?

O que devemos fazer, e o que eu quero fazer, são duas coisas muito diferentes.

Eu posso ouvir Luna nos chamando, eu sei que meus pés devem se mover, mas meus joelhos estão fracos.

— Luna. — eu falo em um sussurro, minha voz travando na minha garganta.

Ele dá um breve aceno de cabeça e se afasta, deixando-me lutando para ficar em pé.

Sinto vontade de entrar na jaula dos leões e perguntar para o zelador como manter um alfa à distância.

Como mantê-los o mais longe possível?

Ele sabe como fazer isso e eu preciso aprender porque agora eu sei que o Alfonso me quer, e não é só para cuidar de sua filha.