Fanfic: Aún Hay Algo | Tema: REBELDE; PONNY; AYA
Aquela noticia me deixou cheia de dúvidas, o que eu iria fazer a respeito a Velasco, se eu colocaria meus amigos a parte de minha situação, e o porque Poncho fora até ali, tão preocupado, tão disposto a ficar ali... por que? Ele parecia ter algo muito mais importante que eu naquele momento especifico.
Me olhava no espelho e não reconhecia a mulher com olhar distante, lábios pintados de vermelho e um coque alto na cabeça. O vestido preto não combinava com ela, por mais bonito que fosse, não seria a opção dela. Suspirei fundo e coloquei o par de brincos de esmeralda que um dos seguranças deixara comigo mais cedo. Ele era lindo, mas sujo, eu sabia com que dinheiro aquilo foi comprado. O vestido longo caia perfeitamente em meu corpo quando me levantei do banco que havia na penteadeira do closet. Tentei sorrir para minha imagem refletida no espelho, e não conseguia. Meus pensamentos iam a todo instante para Poncho e o possível bebê. Meu coração doía tamanha a angustia que me assolou durante todo o dia. Peguei a echarpe preta no cabide e sai do closet pegando meu celular e verificando a hora. Eu tinha de descer, era hora do teatro. Pus a echarpe sobre meus ombros e sai do quarto direcionando-me para o elevador.
O elevador como sempre vazio, chegou... adentrei e de forma robótica teclei o botão para o térreo. Chegando lá um Velasco carrancudo me esperava. Por Deus, o que fiz dessa vez? Abri um sorriso irônico e me aproximei dele.
- Boa noite, querido. – Disse irônica.
Ele me olhou da cabeça aos pés o que me fez puxar mais a echarpe numa tentativa de cobrir-me mais daqueles olhos.
- Está bonita e engraçadinha... – Ele disse dando um sorriso de canto que em outrora me deixaria encantada com seu galanteio.
- O que você tem a me dizer? – Perguntei enquanto o fotografo se aproximava.
Ele me puxou pela cintura e sorrimos para a foto.
- Você já me conhece tão bem não é meu amor? – Disse ao pé do meu ouvido.
Outra foto tirada.
- Fala logo. – Disse sorrindo para câmera com a mão no ombro de Velasco.
O fotógrafo se afastou.
- O que seu amiguinho Alfonso está fazendo na lista do jantar beneficente? – Ele disse me puxando para o carro.
Oi? Franzi o cenho olhando para Velasco.
- Como vou saber? – Disse me sentando no carro. – Vai ver ele doou alguma quantia significativa para o Estado de Chiapas e os seus assessores consideraram convida-lo. – Disse enquanto o carro saia.
Velasco ao meu lado olhava-me nos olhos buscando qualquer vestígio de mentira. Mas, eu não sabia de nada.
- Você está certa..., mas não é ele o revolucionário que odeia o governo mexicano? – Disse irônico, ele sabia a resposta.
Mantive-me em silencio. Eu não era obrigada a me comunicar com ele. Chegamos no grande centro de convenções de Tuxtla alguns minutos depois, ao sairmos do carro andamos pelo tapete vermelho sem dar as mãos e adentramos o evento. Velasco as vezes esquecia de que tinha que ser apaixonado e eu me dava ao luxo do esquecimento dele.
Um dos repórteres me chamava insistentemente e não sei porque fui atende-lo.
- Anahí, está bela esta noite, você convidou o Poncho? – Ele perguntou direto.
Olhei para ele sem saber o que responder quando soltei.
- Eu não preciso convida-lo ele é sempre bem-vindo. – Disse sorrindo e me afastando.
Que ninguém me entenda mal. Pedia mentalmente. Velasco me esperava a frente com cara de poucos amigos, apressei meu passo e entramos no extravagante salão que não tinha nada haver com a capital de Chiapas. Ficamos em silencio e seguimos cumprimentando alguns interesseiros e comparsas de corrupção de Velasco. Sempre ouvindo muitos “elogios” desagradáveis ao meu respeito e tendo que me fazer omissa aquela situação.
Uma música soava no salão, lenta, daquelas que pediam para que alguém te puxasse para dançar. Eu estava envolvida com a melodia de olhos fechados quando senti uma mão me puxar pelo braço virando-me para encarar a pessoa. Era Poncho em um terno impecável, de barba feita e os olhos verdes sorridentes. Meu coração novamente parecia querer sair pela boca. Nos encaramos alguns segundos.
City of stars
Are you shining just for me?
City of stars
There's so much that I can't see
Minha garganta se fechou. Ele estava tão lindo e estava ali. Que perigo.
Who knows?
I felt it from the first embrace
I shared with you
- O que você está fazendo aqui? – Perguntei preocupada.
Ele sorriu fraco.
- Vim te ver... está bonita. – Ele me olhava como se nunca tivesse me visto, cheio de admiração nos olhos.
That now
Our dreams
They've finally come true
- Alfonso Herrera. Que honra. – Velasco disse puxando-me pela cintura.
Pude ver os olhos de Poncho mudarem da admiração para o ódio.
City of stars
Just one thing everybody wants
There in the bars and through the smokescreen
Of the crowded restaurants
- Manuel, querido. – Disse olhando para Velasco tentando parecer feliz ao lado dele. – Esse é o Poncho, meu amigo. – Disse gentil com a mão em seu peito, sentindo que aquilo doía tanto em mim quanto em Poncho.
- O famoso Poncho... – Disse irônico estendendo a mão para Poncho para cumprimenta-lo.
Poncho sorriu para ele com o ódio perceptível nos olhos.
It's love
Yes, all we're looking for is love
From someone else
- Não posso dizer o mesmo de você, Velasco. – Disse cumprimentando-o.
A tensão era palpável, quase dava para ve-la em forma de pessoa.
- Bem, vamos nos sentar? – Perguntei divertida.
Poncho percebeu que eu estava tentando afastar qualquer possibilidade de conflito para mim mais tarde. Olhou-me solidário se aproximando de mim dando-me um beijo na bochecha e se cumprimetando Velasco com mais um aperto de mãos.
- Muito bom te ver, Any. – Disse se afastando.
Olhava ele se misturar em meio a multidão. Velasco puxava-me para mesa e eu percebi que aquele momento não passara desapercebido pelos fotógrafos presentes.
A rush
A glance
A touch
A dance
Sentamos na mesa e ele parecia querer estar afastando o assunto para sua mascara não cair. Eu apenas balançava a cabeça para algumas perguntas, posava para fotos com algumas pessoas, sorria para outras, ria... fingia estar ali. Procurava o olhar de Poncho em meio a multidão. Jantamos, ou eu pelo menos tentei. Velasco olhava-me o tempo todo tentando me fazer participar mais daquele teatro, ora beijando-me na bochecha, ora segurando minha mão sobre a mesa para que todos vissem. Então ele fora chamado para receber um prêmio pelas bem feitorias em Chiapas.
- Gostaria de agradecer a todos que confiam no meu trabalho e dizer que é uma honra receber este prêmio! Quero fazer muito ainda pelo nosso estado! – Disse sorrindo. – Gostaria de agradecer em especial a minha noiva, Anahí! – Disse levantando a taça de champanhe e olhando-me. Sorri de volta para ele e levantei a taça fingindo estar lisonjeada. – Nosso casamento será em breve e ela tem feito muito para ser uma primeira-dama maravilhosa. – Ele disse feliz e descendo do palco.
Uma música animada começara a tocar. Casar em breve, aquilo ecoava em minha cabeça. Que loucura era aquela?
- Vamos dançar? – Velasco perguntou-me ao pé do ouvido com sua mão estendida para mim.
Levantei da cadeira num salto e aceitando a dança de bom grado. Ele definitivamente não levava jeito, estava todo duro tentando conduzir-me num ritmo de foxtrote o qual ele não nasceu para dançar. Fingíamos estar felizes, sem trocar nenhuma palavra, quando Poncho se aproximou de nós com as mãos para trás sorrindo para mim sem que Velasco o visse. Eu não consegui reprimir meu sorriso e sorri verdadeiramente para ele que tocou o ombro de Velasco quando ele me girou.
- Posso ter uma dança com sua noiva? – Poncho disse a palavra noiva com certo desprezo.
Velasco no seu teatrinho não iria negar, iria?
Afastando-se de nós enquanto Poncho pousava sua mão sobre minha cintura e tomava a outra me conduzindo para uma dança lenta.
Eu sorri para ele olhando em seus olhos sem saber o que dizer. Eu estava em casa.
To look in somebody's eyes
To light up the skies
To open the world and send me reeling
A voice that says
I'll be here, and you'll be alright
- Você está muito linda. – Ele disse ao pé do meu ouvido me fazendo arrepiar.
Eu podia sentir os flashes sobre nós. O olhei rindo, leve, como não fazia a tempos também com a melodia cada vez mais acelerada atrás de nós, nos fazendo entrar num ritmo mais acelerado, curiosos nos olhavam, alguns admirados e outros em negativa.
- Você já disse isso hoje, mas, muito obrigada. – Disse entre uma gargalhada enquanto ele me rodopiava tirando meus pés do chão.
I don't care if I know
Just where I will go
'Cause all that I need, this crazy feeling
Ele sorria para mim com os olhos felizes. Era ele ali, me conduzindo numa dança agradável e inesquecível.
- Eu não quero causar problemas para você. – Disse tombando meu corpo para trás e trazendo-me de volta para ele lentamente. – Mas preciso ensinar o seu projeto de marido a dançar com você. – Ele disse irônico.
Ra-ta-tat of my heart
I think I want it to stay
As pessoas haviam parado de dançar para nos ver.
- Obrigada, esta dança será inesquecível, Ponchito. – Disse com voz de bebê para ele enquanto ele sorria largamente e acelerava os passos, o fim se aproximava.
- Eu vou te tirar dessa eu juro. – Ele disse puxando-me mais para perto sob os olhos de todos ali.
City of stars
Are you shining just for me?
City of stars
You never shined so brightly
Então me rodopiou, uma, duas, três vezes e a musica acabou.
O salão inteiro nos aplaudiu de pé. Eu estava vermelha de vergonha e fui tirada de minha bolha de sentimentos bons quando encontrei um Velasco com sorriso sádico aplaudindo a nossa dança. Poncho me abraçou e afastou-se de mim. Eu fiquei parada vendo-o ir embora sem fazer nada, ensudercida pelos aplausos quando Velasco se aproximou de mim beijando-me firme frente a todas as pessoas segurando meu quadril com uma força desnecessária. E assim acabou nossa noite. Poncho fora embora e eu ao menos tive oportunidade de pergunta-lo sobre o seu possível bebê, mas eu estava imensamente feliz.
Velasco deixou-me no hotel sem trocar uma palavra comigo. Eu tinha medo do que poderia vir. Joguei-me cama esquecendo do medo e lembrando da dança com Poncho. Eu ria enquanto rolava na cama ao lembrar de cada detalhe. Curiosa com o que estaria sendo noticiado na internet peguei meu celular que estava enlouquecido.
Mensagens de Maite, Christian, minha mãe... Todos querendo saber como Poncho fora parar no jantar beneficente. Eu não respondi nenhum deles, apenas fui direto ao meu twitter e lá estava uma loucura.
Traumadas compartilhavam a foto do beijo que ele me dera na bochecha, fotos da nossa dança, vídeos.... tudo o que podia-se imaginar. Eu salvei todas as fotos que tinham, me sentindo uma menina. Eu sabia que teria problemas e sabia que não sabia nem um terço do que Velasco me faria, mas aquilo me deu gás para enfrentar tudo. Eu simplesmente adormeci depois de limpar a maquiagem e livrar-me daquele vestido como não conseguia a tempos. Feliz.
E ai??? Me digam o que acharam! No proximo Mai e Chris chegam a Chiapas e Velasco, sera que vai deixar essa dança passar batida}?
Autor(a): cecilqv
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 10
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hittenyy Postado em 09/10/2018 - 23:48:23
Poncho descubrindo o crápula que o Vv é,Anny ver se ajuda tmb né
cecilqv Postado em 12/10/2018 - 20:44:31
Ainda vamos ter muita coisa que o Poncho vai descobrir! Capítulo novo já está postado ❤️
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hittenyy Postado em 04/10/2018 - 23:33:59
Ava até a vaca da Diana tmb vai atrapalhar aff já não basta o Velasco
cecilqv Postado em 09/10/2018 - 21:54:17
Não sei, será que ela vai atrapalhar? Capítulo postado!
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hittenyy Postado em 30/09/2018 - 19:43:08
Esse Velasco é um crapula o Poncho tem que ajudar a Anny ele e a Mai,cnt
cecilqv Postado em 04/10/2018 - 13:20:18
ainda vamos passar muita raiva com ele! Capítulo novo postado!!
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dudavondysiempre Postado em 28/09/2018 - 23:55:37
Cnt
cecilqv Postado em 04/10/2018 - 13:19:46
capítulo novo postado!!
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dudavondysiempre Postado em 28/09/2018 - 11:55:34
OMGGGGGG CONTINUAAA
cecilqv Postado em 30/09/2018 - 11:33:24
Eeeeh temos uma leitora ❤️ Já tem mais dois capítulos postados!!!