Fanfic: Segure-se Firme - Vondy (adaptada - finalizada) | Tema: Vondy, HOT

Presente...

Dulce

Eu queria me preparar para isso. Eu precisava de tempo para pensar nisso. Se tivessem enviado Christopher aqui a olhar para Micah? Para ver se ele era de Dustin? Era isso que era?

Meu estômago virou, e eu tinha certeza que eu ia vomitar aqui aos seus pés. Micah não os conhecia. Eles não tinham feito qualquer tentativa de conhecê-lo. Eu não podia simplesmente deixá-los tentar entrar em sua vida. Não é assim.

— Tem sido um longo tempo. Por que você está aqui? - Eu respondi, sem tirar os olhos de Christopher. Ele ainda era maior que a vida. Mais do que quando eu era adolescente. Ele tinha mais alguns piercings agora e mais um par de tatuagens. Seus ombros eram ainda maiores, e os músculos, com fio grosso de seus braços eram intimidantes. O homem era como uma parede de tijolos.

No entanto, esses cílios ainda eram muito grossos para um homem, e mesmo que ele tenha furado o lábio, não tirava o gorducho que as mulheres pagariam um bom dinheiro para imitar. O jeans desgastado, que parecia precisar de uma boa lavada, abraçou-o de uma forma que eu queria ignorar. Eu tinha que ignorar. Este homem estava fora dos limites para mim.

Ele não era apenas o cara legal que tinha sido meu amigo, quando eu era mais jovem. Ele também era um homem que tinha me abandonado quando eu precisava de mais alguém. Mesmo que ele fosse delicioso e mais do que as fantasias femininas eram feitas, eu nunca iria perdoá-lo. Dustin o tinha adorado, mas o filho de Dustin nem sequer o conhecia.

Ele levantou uma sobrancelha para mim, como se ele ficou surpreso com a minha reação a ele. — Vim para ver quem eram os novos vizinhos. Por causa da merda do carro estacionado em frente. O bairro não é o que costumava ser.

No passado, eu não teria sido capaz de olhar para o seu rosto perfeitamente esculpido e lábios carnudos, e ficar irritada com ele. Esse não era mais o caso. Minhas mãos agarraram ao meu lado, e eu não queria nada mais do que dar um soco no seu nariz. Eu possuía esse carro. Eu tinha trabalhado duro para comprar aquele carro.

— Eu vou manter isso em mente. Posso lhe assegurar que não vou causar nenhum problema, - eu respondi, caminhando até a porta e colocando a mão sobre ela para que ele saiba que esta visita acabou e queria que ele saísse.

Christopher franziu a testa, e seus olhos escuros, que nos meus sonhos me olhavam como ele tinha olhado hoje, quando eu entrei na sala, estavam agora se estreitaram. Ótimo, eu tinha conseguido irritar o enorme, homem tamanho monstro, que poderia me derrubar com um sopro forte. — Onde está aquela garota doce que eu conhecia? Você a perdeu em algum lugar? - Ainda era a voz de Christopher, mas o som baixo, ameaçador, me incomodou.

O que ele espera que eu faça? Bata meus cílios para ele e desmaie como eu fazia quando eu era criança? — Ela aprendeu a endurecer e não confiar em ninguém. - Segurei a porta, lutando contra o desejo de bater em seu rosto. Por que eu tinha certeza que ele poderia rasgá-la fora de suas dobradiças se provocado. — Agradecida pela visita. Agora que você sabe que não estou a ponto de sujar o bairro com a nossa presença, você pode ir de volta para a casa dos seus pais. Nós estamos bem aqui. - Eu comecei a fechar a porta. Christopher recuou. Para minha surpresa, ele se virou e começou a se afastar.

Pelo menos ele entendeu o recado. Eu estava dividida entre estar com raiva e aliviada. Ele tinha saído sem fazer uma cena e perturbar Micah... Mas ele não me perguntou uma coisa sobre ele. Não pediu para vê-lo ou pediu para seus pais para chegar a conhecê-lo. Era uma dor que eu pensei que tinha chegado ao longo de anos atrás. Agora eu percebi que eu não tinha. Viver aqui é como arrancar a crosta fora. Doía algo feroz.

Trancando a porta, me mudei para espreitar por entre as cortinas e vi Christopher conversando com seu pai, enquanto ele caminhava para dentro de sua casa. Por que eles são assim? Eu os amava como minha própria família. Às vezes, crescendo, eu desejava que fosse a minha família. Tabby sempre teve um sorriso e braços abertos quando eu precisava para me jogar neles. Eu nunca iria imaginar que o filho do filho que tinha adorado seria completamente ignorado.

Micah era tão especial. Ele tinha o charme de seu pai, e ele era tão inteligente. Ele era como um pequeno homem adulto no corpo de uma criança. Todo mundo que já conheci, se apaixonou por ele. Assim como seu pai. Seu sorriso era de Dustin, e assim era a sua risada. Era como ter uma parte de Dustin comigo o tempo todo. Micah era sua própria pessoa, e ele tinha qualidades maravilhosas que seu pai não tinha. Ele era perfeito.

Dustin teria querido que Micah tivesse seu sobrenome. Isso nunca aconteceria. Eu fiz a única coisa que eu podia fazer e dei-lhe o nome do pai, em seu lugar.  Micah Dustin Espinoza foi o que eu coloquei em sua certidão de nascimento. Naquela época, eu tinha a esperança de que um dia os Uckermann me permitissem mudar seu sobrenome para Falco. Esse sonho já passou, faz anos.

— Mamãe? - A voz de Micah estava cheia de preocupação.

Fui até ele e agachei-me ao seu nível do olho. Ele sabia que não deveria ter respondido a porta. Era algo que eu tinha perfurado em sua cabeça desde que nos mudamos para fora da tia Cathy. Nós ainda tínhamos que falar sobre isso. Só porque ele se sentia seguro aqui não significava que não havia perigo.

— Você sabe que não deve abrir essa porta, - disse ele.

Seus ombros caíram e ele concordou. — Sim. Eu sei. Eu esqueci. Mas o homem era bom. Ele não era um cara mau, era, mamãe?

Eu pensei sobre isso. Christopher não era um cara mau da maneira que Micah quis dizer. Mas ele não era um bom homem. Um homem de bem teria ligado para o filho de seu irmão. — Ele não é alguém que precisamos para passar o tempo. Ele não vai nos machucar ou qualquer coisa, mas eu não confio nele. Nosso negócio é o nosso negócio. É isso aí. Ok? Nós não compartilhamos nosso negócio com ninguém. Quando alguém entrar em nossa vida, que eu sentir que podemos confiar, eu vou deixar você saber. Até lá, é só eu e você.

Micah assentiu. — Tudo bem. Só eu e você.

Eu levantei meu punho. — Dupla Dinâmica, - eu disse.

Ele agarrou a mão e bateu a minha. — Dupla dinâmica, - repetiu ele. Então ele jogou os braços em volta de mim e me abraçou com força. — Amo você, mamãe.

— Eu também te amo, baby boy.

Agarrei-me a ele, até que ele me deixou. Quando ele terminou, ele deixou cair os braços e ficou para trás.  — Eu vou voltar para o meu quarto e jogar.

Levantei-me e dei um beijo em sua cabeça. — Eu vou preparar um jantar, - eu disse a ele.

— Mac e queijo, - ele gritou quando ele correu para o seu quarto.

— Não. Você vai se transformar em queijo mac, - eu liguei de volta para ele, rindo, antes de ir para a cozinha. Hoje à noite, vamos comer pizzas de pão. Era algo que eu tinha aprendido. Como fazer uma refeição barata e interessante. Fatias de pão de sanduíche com pasta de tomate, queijo, pepperoni, cogumelos, não custam muito e faz várias refeições.

— Você vai fazer pizzas de pão, não é? - Ele disse, quando colocou a cabeça para fora de seu quarto e olhou pelo corredor em direção à cozinha.

— Sim. Você vai me ajudar?

— Sim, - ele respondeu. — Você não coloca queijo suficiente, - ele explicou, quando ele veio correndo na minha direção.