Fanfic: Volver [chaverroni, vondy, ponny] | Tema: RBD

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_ Eu só não quero ficar sem você! – era, agora, seu único argumento. As lágrimas já a impediam de falar, a ideia de Chris morar em Londres por dois anos simplesmente a fazia mal.

_ E você acha que eu quero?

_ Sinceramente, é o que parece.

Ele olhou para o chão, parecia procurar as palavras certas.

_ Não quero te deixar, não quero terminar a faculdade na Inglaterra. Eu quero ficar com você, Mai. Mas eu não sei se vai ser possível.

_ Christian você tem 21 anos, pode muito bem decidir o que é ou não é bom pra você, pode muito bem decidir sozinho o que quer e não esperar que o teu pai decida tudo por você.

_ As coisas não são bem assim.

_ Então faça o que você quiser. – ela deu de ombros, como se não se importasse com mais nada, e virou as costas, estava decidida a ir para casa quando ele segurou seu pulso, impedindo-a de andar.

_ Eu prometo que não vou pra Londres, eu juro que eu vou ficar aqui com você.

Ela não disse nada.

_ Eu te amo Mai.

_ Eu também te amo Chris. – eles se beijaram e ela foi embora.

Foi a última vez que se viram.

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Mai foi acordada de seus pensamentos por algum motorista que buzinava atrás dela, o sinal de trânsito já estava verde e ela estava bloqueando a passagem de todos os outros carros.

Chegou em casa pensativa. Não sabia o porquê de aquela lembrança surgir de repente, depois de tanto tempo. Tentando não pensar nisso, ela entrou na portaria do prédio e parou para conversar com o porteiro enquanto esperava o elevador.

_ Boa noite seu João.

_ Boa noite Mai. Como foi seu dia?

_ Cansativo, como sempre. O que é toda essa bagunça aqui?

_ Estão fazendo mudança. Morador novo no 1502.

_ Hm, tenho um vizinho novo. Só me garanta que não tem crianças barulhentas pra ficar gritando de noite. – ela riu.

_ Não não, o rapaz mora sozinho.

Mai não disse nada enquanto entrou no elevador.

_ Boa noite seu João, bom trabalho.

_ Obrigado Mai, boa noite.

Quando a porta do elevador se abriu, não houve tempo nem para dar dois passos para fora, quando Mai percebeu, já estava no chão e todos os papéis que segurava tinham caído. Era mesmo ótimo trombar com um idiota e cair no meio do corredor.

_ Ah, era só o que me faltava.

_ Desculpa, não vi você, tudo bem?

Apesar de a voz lhe parecer familiar, ela não olhou para o homem que falava com ela, estava ocupada juntando suas coisas.

_ Sim, tudo bem.

_ Deixa eu te ajudar, é o mínimo que posso fazer.

Quando o estranho se abaixou a seu lado e eles se olharam, Mai não teve reação nenhuma a não ser deixar todas as coisas caírem de novo. Ela o encarou por um tempo, presa ao escuro dos seus olhos, que agora lhe traziam tantas lembranças. Isso não estava certo.