Fanfic: Segunda Chance Meio-Irmão - Trendy (finalizada) | Tema: Trendy, HOT

Eu passei muitos dos últimos dias aqui no lago. Apenas observando a água, pensando. Desejando o que poderia ter sido. Sabendo que agora é tarde demais, uma tarefa impossível demais para superar. Alfonso acha que podemos fazer isso funcionar de alguma forma, mas ele não conhece meu pai. Não sabe quanto tempo papai demorou para encontrar a verdadeira felicidade, felicidade duradoura. Não há como eu tirar isso dele. Não depois de tudo que papai sacrificou por mim, criando-me sozinho, dando-me todas as vantagens da vida.

Dois dias antes de sairmos, papai me acha assim. Empoleirado no final da doca, pernas pendendo para o lado, olhando para a água. Ele se senta ao meu lado em silêncio por um tempo, copo de limonada na mão. Por um momento, apenas finjo que nada mudou. Que ainda é esse verão, 6 anos atrás, quando nós viemos aqui pela primeira vez, e eu não sabia que eu tinha uma chance com Alfonso ainda, quanto mais o quão horrivelmente seria esse tiro. Tudo ainda está à nossa frente - tudo pode acontecer.

É o que estou ocupado fingindo quando papai me alcança e me toca na parte inferior do queixo. O jeito que ele costumava quando eu era pequeno e deprimido.

Eu limpo minha garganta.

"Tudo bem aí, Dul?"

"Sim. Ótimo.” Eu forço um sorriso. Eu vou ter que mentir melhor que isso, eu sei. "Só um pouco triste o verão está chegando ao fim, isso é tudo. Tem sido ótimo, não é?”

Papai sorri de volta para mim. Ele parece feliz o suficiente, embora estranhamente, esse sorriso não parece atingir seus olhos. Ele se vira para olhar a água novamente e toma um longo gole de sua bebida.

"Realmente," ele finalmente concorda.

Eu sorrio. "Você está feliz aqui?"

"Eu estou." Ele suspira. "E estou feliz por ter todos vocês aqui. Você e Alfonso e Susan. Parece certo, não é? Nós quatro.”

Minha garganta gruda. Eu a forço a abrir com uma forte inspiração de ar. "Sim. Realmente faz.”

“Como nos velhos tempos.” Ele está sorrindo de verdade agora, a nostalgia acentuada em sua expressão.

"Então você fez a escolha certa, hein?" Eu sorrio. "Casar com aquela velha chama?"

Ele ri. "Oh, não havia uma chama naquela época. Mas isso surpreende você, o que pode surgir com o tempo.”

Eu não sei disso.

Papai está me olhando de novo, um pouco perto demais, então eu me viro para estudar a grama atrás de nós, fingindo que estou checando o sol.

“E você, Dul?”

"O que você quer dizer?" Eu pergunto, muito rapidamente, minha voz muito alta. Droga.

"Você ficou quieto nos últimos dias. Não vi você e Alfonso saindo por aí. Não vi você fazendo muita coisa, para ser honesto.”

"Estou cansada", eu minto.

Ele me dá uma cotovelada. “Você vai ter que fazer melhor que isso com o cara que criou você, querida. Eu te conheço quase tão bem quanto me conheço agora.”

Eu suspiro, e isso se transforma em um gemido frustrado no final. “Não é nada, papai. Mesmo. Apenas um pouco de melodramática estúpida... qualquer coisa.”

"É sobre um menino?" Seu tom vai sério, repreendendo, mas eu sei que ele está brincando. Ele gosta de fingir que vai esmagar qualquer cara que me cruze, mesmo que ele seja a pessoa mais gentil de todas.

"Não é sobre um menino", eu asseguro a ele.

"Uma menina então?" Ele pergunta, seu tom cuidadosamente neutro.

Eu rolo meus olhos e o cotovelo. "Eu não jogo para esse time, então não."

"Só dizendo, se você tivesse, eu estaria completamente atrás de você."

"Oh meu deus, pai."

"Bem, você ainda não trouxe um namorado para casa..."

Eu rolo meus olhos e olho para ele. Pelo jeito que ele está sorrindo, eu sei que ele está apenas brincando. “Não há ninguém, pai. Não é sobre isso."

"Então, o que é?"

"É..." Eu esfrego minhas têmporas. O que posso dizer para consertar isso? "É algo sobre o qual não posso falar, ok? É um problema pessoal, e eu sei que você sempre diz que eu posso te dizer qualquer coisa...”

"Você realmente pode, você sabe", ele interrompe.

Eu falo sobre ele, “Mas às vezes, há apenas segredos que são melhores mantidos em segredo e tratados com você mesmo, sabe? Às vezes você não está pronto para falar sobre eles para as pessoas ainda.”

"Eu entendo isso", ele responde, para minha surpresa. Desta vez, quando olho para ele, ele finalmente parou de me examinar. Ele está olhando através da água em vez disso, bem na nossa cabana. Embora, na verdade, ele pareça estar a um milhão de milhas daqui ou da cabana agora.

"O que você quer dizer?" Eu pergunto baixinho. Agora é minha vez de bisbilhotar, porque ele está balançando a cabeça já. Eu o cutuco. "Papai?"

"E se..." Ele suspira, engole a última de sua limonada em um grande gole e coloca de lado. Quando ele se vira para me encarar de novo, com as mãos nos joelhos, sinto um novo nó se formando no meu estômago. Por que ele parece tão nervoso, tão penitente? Isso faz meu coração doer ao vê-lo assim, triste e pensativo. Sou eu? Ele descobriu sobre Alfonso e eu?

"E se eu te dissesse que eu também mantive um segredo?" Papai finalmente pergunta.

Eu pisco. Isso me joga tanto que por um momento, eu não sei o que dizer. Então eu encontro minha voz novamente e estendo a mão para tocar seu ombro. "Eu diria que está tudo bem, pai. Todo mundo precisa fazer isso de vez em quando.”

"Sim, mas... Bem, este afeta mais do que apenas a mim." Ele limpa a garganta. Balança sua cabeça. "Estou começando a me perguntar se talvez a verdade não estivesse melhor desde o início."

“Geralmente é, eu acho. Mesmo que seja estranho. Eu olho para ele. Embora, na verdade, eu esteja pensando sobre o quão hipócrita eu pareço agora, dando-lhe esse tipo de conselho. Droga, eu.”

"Dul, eu odeio fazer isso, quando o verão está indo tão bem, mas eu só... eu tenho que dizer isso."

Oh Deus. Aqui vem. Meu estômago se transforma em gelo, minhas veias bombeando esse nitrogênio gelado por todo o meu corpo. Ele sabe.

"Eu fiz alguma coisa. O verão em que ficamos aqui por último. Eu acho que pode ser por isso... Por que Susan e Alfonso não falam conosco por um longo tempo.”

Eu pisco. Olhe para ele. "O que?"

“Eu apenas, parecia que você e Alfonso estavam ficando muito próximos naquela época, e eu sabia que eles iriam se afastar. Além disso, você sempre foi impulsiva e rápida para se preocupar com as pessoas - e isso é ótimo, Dul, realmente é, mas pode levar a ferimentos fáceis, então eu... eu queria evitar isso, se possível.”

Eu cruzo meus braços lentamente. "O que você fez, pai?"

"Eu disse a Alfonso para ficar longe de você."

Eu posso me sentir de pé, embora eu não esteja realmente ciente disso. "Você fez o que?"

“Você tinha tanta coisa acontecendo, Dul - sua arte, candidaturas a faculdade, decidindo aonde queria ir e o que queria fazer. Se você fosse derrubado por um garoto que estava prestes a se mudar algumas centenas de quilômetros de distância, o que aconteceria então?”

“Derrubada? Você acha que sou tão irresponsável?

"Você era tão jovem..."

"Isso não faz bem para você se intrometer assim!"

“Eu sei, Dulce, e sinto muito. Eu só queria ficar limpo e te dizer para você entender de onde eu venho e por quê...” Ele fecha os olhos e balança a cabeça. “Por que Alfonso parece um pouco estranho às vezes. Eu vou falar com ele também, pedir desculpas. Obviamente eu ultrapassei onde vocês dois estavam preocupados de qualquer maneira.”

Eu me afasto dele, não dignificando isso com uma resposta.

"Me desculpe, Dul", papai chama depois de mim. Mas eu não estou pronto para falar com ele ainda. Não. Eu preciso encontrar Alfonso primeiro.