Fanfic: Defendendo um criminoso | Tema: Herroni e Vondy

Os dias foram passando, e nesse tempo Maite e Alfonso não se encontraram mais, a morena ia direto na delegacia para resolver o caso e conversava com Herrera apenas por e-mail quando era algo extremamente necessário.
Nesse período Maite e Christopher se encontraram poucas vezes, mas sempre trocavam mensagens carinhosas pelo celular. Dulce e Christopher começaram a ficar bem próximos também, porém Maite não se importava muito com essa aproximação repentina.

- Nossa, a que devo essa ilustre presença? - Perguntou Christopher brincalhão

- Não posso ver meu namorado?

- É claro que pode, meu amor - Falou puxando a mulher para si em um rápido beijo, e depois entraram para dentro

- Eu estou exausta - Disse a mulher se jogando no sofá

- Por que?

- O caso do Herrera está acabando comigo fisicamente e psicologicamente, cada dia a polícia encontra mais provas contra ele, eu vivo mais na delegacia do que na minha casa. Esses dias quebraram minha janela, e me deixaram um recado

- Que recado?

- Se eu conseguir deixar Alfonso livre, quem pagará as consequências do crime dele será eu

Christopher se aproximou dela e a abraçou

- Eles só querem te amedrontar, já contou a Herrera sobre isso?

- Não...

- Pois devia, ele quem deve dar um jeito nisso, qualquer coisa ele mata esses caras também

- Pelo amor de Deus Christopher, não fale besteiras

- Você realmente acredita que ele é inocente?

- Eu não sei...

- Por que você não passa esse caso para outro advogado?

- Ele tá me pagando super bem

- E vocês andam se encontrando? - Perguntou como quem não quer nada com nada

- Não se preocupe, não vejo ele desde... Bem aquela noite...

Antes que Christopher pudesse responder seu celular começa a tocar

- Alô! Oi Dul, tudo bem e você? A Mai veio me ver hoje não vai dar, tá? Beleza, outro dia a gente vê, tchau - E desligou, quando se virou encontrou Maite o encarando com os olhos semicerrados - Você sabe que eu e Dulce viramos amigos

- O que ela queria?

- Me chamou pra almoçar com ela

- Até agora eu realmente não me importei Christopher, mas isso já tá saindo do controle

- O que?

- Isso Christopher - Gesticulou com as mãos - Ser amigos tudo bem, mas desde quando vocês saem pra almoçar? E o melhor, ninguém me convida, o certo seria então algum dos dois me ligar e me chamar pelo menos também, não acha?

- Maite eu juro pela minha vida que eu e ela somos apenas amigos, mas você tem razão

- Christopher eu realmente estou tentando fazer esse namoro dar certo

- Eu também estou Mai, vamos parar de discutir e vamos aproveitar esse tempinho que estamos tendo depois de tantos dias - Falou se aproximando e começaram a se beijar, sem perder tempo os dois já foram rumo ao quarto.

Quando anoiteceu Maite se despediu do namorado, entrou em seu carro mas ainda faltando alguns quilômetros de sua casa o carro para

- Droga de carro velho - Falou dando um leve soco no volante, pegou seu celular e ligou para o mecânico que não tardou a chegar - Desculpa te incomodar essa hora Júlio

- Sem problemas Dona Maite, mas pela fumaça que tô vendo ali atrás não tenha nada que eu possa fazer para entrega-lo hoje

- Ah tudo bem

- Eu vou chamar meu cunhado com o guincho para levar o carro até a oficina, ele deve demorar em torno de uns 50 minutos, se a senhorita quiser esperar depois te damos uma carona até em casa

- Obrigada, mas minha casa está apenas uns 30 minutos daqui, uma caminhadinha não faz mal a ninguém não é mesmo? - Disse sorrindo

- Bom a senhorita que sabe

- Obrigada Júlio, quando ficar pronto me liga, boa noite. - Falou e saiu andando

Maite se xingou mentalmente quando o guincho com seu carro a ultrapassou e ela não estava ainda nem na metade do caminho

- Droga de salto - Disse e acabou tirando os sapatos. Continuou andando, porém com mais cuidado para não machucar os pés

- Entra aí

Ela não precisou olhar para o carro que estava ao seu lado para saber de quem se tratava aquela voz

- Obrigada, mas estou bem

- Está indo para casa?

- Sim

- Ainda deve faltar uns 4 Km

A morena parou, olhou para seus pés sujos e doloridos, e por fim cedeu

- Obrigada - Disse sem o mirar

- Que lástima ver minha advogada nessa situação, as pessoas irão achar que eu sou um mão de vaca que te pega uma miséria

- Eu tenho uma coisa chamada dívidas, e não posso fazer nada se a merda do meu carro de 20 anos atrás fica dando problema

- Eu estava justamente indo para sua casa

- Por que?

- A polícia foi me procurar

- Para que?

- Eles querem fazer logo o julgamento

- Merda, esse julgamento não pode acontecer por enquanto, se ele ocorrer você será preso Alfonso

- Você tem que resolver isso logo

- Eu... Estou pensando em abrir mão do seu caso - Quando a frase terminou o carro freiou bruscamente fazendo Maite se assustar

- Você não pode

- Isso tá acabando comigo Alfonso

- Você fez tudo certo até agora, conseguiu me livrar todas as vezes em que fui preso, está se saindo bem, não pode abandonar o caso

- Eu me sinto muito... Desgastada

- Maite você sabia o que esperar quando decidiu seguir tal carreira

- Só não imaginei que de cara me cairia um caso como o seu

- Não pode abandonar o caso, você foi a única que topou me defender nessa micro cidade

- Eu vou tentar arrumar alguém para que prossiga com seu caso, não irei te deixar totalmente desamparado

- Não, eu quero você, outra pessoa não irá se dedicar igual você se dedica

- E o que te faz pensar que eu estou me dedicando?

- Porque eu gosto de você, e sei que você também gosta nem que seja um pouco de mim - Falou olhando- a nos olhos

- Nada haver, não misture as coisas

- Eu não consigo parar de pensar em você, eu tento esquecer da sua boca, do seu corpo, mas não dá - Disse em um tom meio nervoso

- Liga o carro, me leva pra casa

- Eu não quero

E de repente Alfonso grudou sua mão nos cabelos da morena e a puxou para baija-la, ele a deixou totalmente livre para interromper o beijo quando quisesse, porém não foi isso que ela fez, Maite apenas explorava cada vez mais a boca do homem com sua língua. Alguns minutos se passaram até que eles se separassem, sorrindo Herrera olhou para Maite que tinha uma expressão de culpada

- Se te serve de consolo, imagina o tanto de bocas que ele já beijou no tal relacionamento aberto, nosso beijo foi apenas fichinha comparado ao que ele te fez durante todo esse tempo

Maite não respondeu nada, então ele deu partida em direção a casa da jovem novamente. Quando chegaram Maite já desceu rapidamente

- Não vai nem me chamar pra entrar?

- Vai pro inferno Alfonso - Respondeu e adentrou sua casa com pressa

O homem então foi embora com um sorrisinho satisfeito.