Fanfic: O misterio do cálice de prata | Tema: far west
No final do século 19, o estado do Colorado nos Estados Unidos vivia tempos de revolução industrial. Os magnatas da indústria de minério, investiam em prata com a finalidade de vender para o governo na fabricação de moedas. O maior de todos os industriais era John Pilcher, um homem bem sucedido, sério e aparentemente solitário. John perdera a esposa no parto de sua única filha, Alicia Pilcher. Alicia, uma mulher de 22 anos, olhos azuis e um pouco acima do peso estudava direito na primeira e mais cultuada universidade do país, em Harvard, Boston. Suas maiores alegrias eram quando sua filha chegava para visitá - lo e jogar golf com os colegas da alta roda do estado. A família Pilcher morava em uma mansão um pouco afastada da cidade de Denver, capital e a maior cidade do Colorado. Sua mansão era composta por 15 mil metros quadrados, sendo metade apenas dedicados ao jardim. Havia 30 empregados na casa. Alicia iria passar o natal com seu pai e lhe mandou um telegrama avisando sobre sua chegada.
Pai, minhas aulas entrarão em recesso mais cedo neste natal. meu trem desembarca às 8 horas da manhã no domingo. Alicia Pilcher 22 de Dezembro de 1890
John Pilcher, ansioso em ver sua única filha, ás 7 horas da manhã, já estava esperando pela sua chegada na estação da rua 17, no centro de Denver. Quando o trem chegou, John estava segurando seu chapéu na mão, ansioso esperando cada passageiro descer do trem. _ Com licença, a minha filha pegou este trem em Boston e não vi ela descer. O funcionário da empresa de viagens Golden Wagon respondeu com o olhar na prancheta… _ Na verdade, nós saímos de São Francisco na Califórnia, sua filha deveria ter embarcado nesse trem em Fort Collins, uma pequena estação as uns 50 km daqui. Nós paramos lá, alguns passageiros desceram e ninguém entrou nesse trem. _ Será que ela se enganou e pegou o trem errado ? _ Acredito que não, o trem que partiu de Boston parou em Fort Collins, ela apenas deveria ter trocado de locomotiva. John ficou perplexo por alguns minutos sentado em um banco da estação. Chamou seu funcionário e foram de carruagem até sua casa. Resolveu ligar na estação de Boston e para sua surpresa, John fora informado que Alicia embarcou e que todos os passageiros foram avisados que a locomotiva desembarcaria em Fort Collins e lá trocariam de trem para que chegassem em Denver. John ligou para Calvin Pilcher seu sobrinho e braço direito na empresa.
_ Calvin...aconteceu alguma coisa com a Alicia, era pra ela ter chegado hoje de manhã. _ Não teve nenhuma notícia dela ? _ Só que ela foi vista embarcando no trem ontem a tarde. _ Calma que vou até a sua casa para nós conversarmos sobre o assunto. Ao chegar na casa de John, Calvin se deparou com seu tio fumando um charuto e tomando um copo cheio de whiskey com algumas pedrinhas de gelo. _ Nós precisamos ir atrás dela Calvin, se eu não tiver noticias dela, logo a imprensa vai vir aqui querendo notícias _ Mas tio John...estamos em pleno inverno, como vamos atrás dela com essa nevasca ? _ Vou contratar alguém ! _ Mas quem ? _ Isso eu resolvo ! Volte ao trabalho...eu lhe dou notícias. _ Mas tio… John levantou a mão com um gesto de pare. Não era preciso ser inteligente para saber que o magnata não gostava de ser questionado sobre suas decisões. Após ter finalizado seu copo de Scotch, John escreveu três cartas e chamou um de seus criados. _ Entregue essas três cartas a essas respectivas pessoas, todas possuem nomes e onde eles provavelmente vão estar. O funcionário simplesmente assentiu com a cabeça e saiu da sala do seu patrão. Uma hora depois John fora informado que as três pessoas estavam lhe esperando na sala de visitas. Bill Lucker, um metro e 90 de altura, cabeça raspada, filho de um ex escravo, onde seu pai lutou na guerra civil americana para o fim da escravatura no país. Simon Crosby, um vaqueiro, onde uma vez liderou 30 homens a levarem 9 mil cabeças de gado até o estado do Texas. Foram pouco mais de 1000 km de percurso. Simon era de estatura média e com um bigode volumoso que parecia de uma morsa. Julian Mondego, mexicano, alto porém um pouco menor que Bill, barba por fazer e sempre com um chapéu mexicano que os mariachis usam na suas serestas. _ Vocês não se conhecem senhores, mas todos possuem algo incomum. Vocês me devem um grande favor. Minha filha está desaparecida e preciso que vocês descubram o paradeiro dela, antes que a polícia comece a busca e a imprensa cerque minha casa. Os meus funcionários lhe passarão todas as informações. Serão 1000 dólares para cada um se me trouxerem alguma informação. Os três se olharam entre si com um rosto de não estarem entendendo nada e John saiu da sala. O cocheiro entrou na sala e avisou que a carruagem estava pronta. A viagem iria ser um pouco longa, apesar do fiacre possuir seis cavalos puxando, seria 50 km de viagem. Simon, Bill e Julian Mondego eram homens de poucas palavras. Além de estarem prestando um favor a John...ambos tinham outra coisa em comum. _ Ai mexicano !
Mondego olhou meio com desconfiança. _ Você mesmo cara...foi você que arrancou um dente de um assaltante de banco daquela gangue “ Los Locos” ? _ Sí señor ! _ E você criolo...foi o cara que levou o chefe do “Los Locos” pra ser enforcado ? Bill acendeu seu cigarro, soprou a fumaça para cima. _ E você é o vaqueiro que tinha fugido com uma índia ? _ Esse mesmo...só que um capanga dessa mesma gangue matou ela em uma emboscada há uns anos atrás. Mondego pediu um cigarro a Bill e completou… _ Qual deles matou a índia ? _ O irmão do chefe da gangue...todos mortos ! Bill olhou pela janela do fiacre, franziu a testa por causa da tempestade e voltou aos seus companheiros. _ Parece que temos bem mais de uma coisa em comum. Após um leve sorriso dos três, o fiacre parou. Simon foi o primeiro a questionar batendo a mão no teto da carruagem, onde na parte de cima estava o cocheiro guiando os cavalos. _ O que houve ? Não estamos nem na metade ! E temos uma longa jornada até Fort Collins ! _ Tem uma pessoa morta ali na frente ! Mondego que estava cochilando, acordou no instante em que o cocheiro trouxe a notícia. Todos desceram na medonha esperança de ser Alicia. A vítima era um homem com longos cabelos e barba, estava nu e deitado de barriga para cima. Mondego fez um sinal da cruz seguindo a tradição de sua família católica. Simon tirou seu fumo de mascar Copenhagen e Bill tirou seu chapéu de lebre em respeito ao cadáver. O cocheiro assustado resolvera ficar no seu posto mas não segurou sua curiosidade. _ É Alicia ?! _ Non muchacho...és un hombre
! Bill olhando para o chão repleto de neve, viu um objeto brilhar, abaixou a mão para apalpá - lo… _ Ei...achei alguma coisa ! Bill estendeu um cálice todo feito de prata e manchado de sangue. Simon cuspiu seu fumo espantado com a cena. _ Que diabos é isso ? _ É uma taça...mas por quê raios alguém andaria pelado carregando uma taça de prata em plena nevasca ? Simon e Bill olharam esperando alguma opinião de Mondego. _ Non mi miran compañeros ! Estoy asustado iguale ustedes ! Bill guardou o cálice e os pistoleiros levaram o corpo e deixaram na parte de cima da carruagem. _ O patrão quer esconder essa confusão da imprensa...mas acho díficil.
Comentou Simon perplexo com a cena. Mondego bateu no teto do fiacre com o sinal para seguirem viagem. Bill resolvera dormir, Simon ainda estava em choque com a cena. O cálice de prata junto ao cadáver dava um aspecto de algum ritual de bruxaria. O objeto possuía uma serpente personalizada que se envolvia por todo o objeto. O corpo da vítima não sofreu nenhuma lesão corporal. O inverno do Colorado foi quem o tirou a vida. Simon vendo que Mondego acendia um cigarro. _ Você me empresta seu fósforo ? Mondego lhe serviu o que Simon havia lhe pedido e aproveitou a situação para iniciar uma conversa. _ Então compañero,
não consegue dormir ? _ Essa viagem está muito estranha, como uma pessoa desaparece assim e aparece outra morta no meio do nada ? _ Isso não importa agora. Vamos focar em achar a garota e avisar o xerife sobre esse morto. Os três pistoleiros eram homens lacônicos, de poucas palavras. A cada hora que passava, dava a impressão que a temperatura abaixava, dificultando a vida do cocheiro. De repente houve um breque. _ Chegamos ! Era o cocheiro avisando sobre a missão dos pistoleiros. A estação de Fort Collins era pequena, com uma escada de oito degraus que a separava do chão coberto de neve. Bill, como estava dormindo a mais tempo e acordou com o breque do fiacre teve uma dúvida. _ Onde está a cidade ? _ Uns dois km daqui, essa estação quase não é usada pelas linhas de trem. Respondeu o cocheiro. Os pistoleiros sacaram suas armas. Bill foi pelos fundos. Simon e Mondego foram pela entrada da frente. O piso do lado de fora era de madeira velha, os passos soavam como estivessem entrando em uma casa fantasma. Ao entrarem no recinto, tiveram uma pequena surpresa. O lugar estava vazio, mas bem aparentado. Havia cadeiras estofadas para que os passageiros pudessem aguardar a quem iria chegar ou a locomotiva que iria guiá-los. A pequena estação de Fort Collins parecia uma sala vip. Havia um pequeno bar no canto esquerdo da sala e um lustre bem sofisticado no teto. No entanto, não havia ninguém no local. Bill guardou seu revólver Winchester e acendeu um cigarro. _ Esse lugar me lembra a sala de jantar onde meu pai foi escravo no Mississipi. Mondego que olhava o lugar de um lado para outro apenas com o desvio do olhar. _ Dios mio !
Um lugar tão belo no meio desse inferno ! Simon olhando o bar no canto esquerdo. _ Acho que uma dose não vai fazer mal a ninguém.
Simon tirou uma garrafa de whiskey, encheu seu copo e o virou em menos de um segundo. Colocou a língua para fora e fez uma pequena careta, talvez por ser a primeira dose. Encheu novamente o copo mas antes de virar outra dose, resolveu acender seu cigarro. Quando ia pegando o copo para finalizar sua dose, sem querer Simon deixa seu isqueiro cair. _ Ouviram isso ? Mondego e Bill fizeram um sinal de negação. Simon bateu o pé no chão com força. _ O piso está oco ! Parece que tem um fundo falso aqui ! Simon deu alguns passos para trás, sacou sua Smith & Wesson e atirou no chão. A parte oca do piso se desfez quase por inteira. A bala do calibre 44 de Simon provocou um buraco no chão, deixando um bom espaço para uma pessoa passar. Bill e Mondego sacaram seus revólveres mas um odor muito forte tomou conta do lugar. Simon por estar mais perto do buraco, foi o primeiro suspeitar o que provocava o cheiro. _ Isso é cheiro de morte ! Depois de alguns segundos se acostumando com o odor, Simon acendeu o isqueiro e os três ali presentes desceram o alçapão. Ao pisar na escada, veio aquele mesmo barulho de um local mal assombrado. Era uma escada caracol e quando chegaram no piso do porão, havia um pequeno armário no canto esquerdo. A direita estava uma prateleira com alguns potes e uma lamparina feita de cobre. Simon fez uma observação enquanto acendia o pavio da lamparina. _ Mas da onde está vindo esse cheiro ?! Os três se entreolharam e depois foram em direção ao pequeno armário. Bill foi quem puxou as portas. Era uma moça, de cabelos morenos, com um vestido azul e uma faca enterrada no abdômen. Mondego fez o sinal da cruz em misericórdia a vítima. _ In nomine patris, et filii, et
spiritus sancti. Amen ! Simon olhou com ironia para Mondego. _ Que merda de língua é essa ? _ Eu sei lá ! É assim que o padre rezava na minha igreja. Bill acendeu seu cigarro e fez uma observação junto com a fumaça que saia de sua boca. _ Deve ser a filha do homem, se encaixa na descrição. Simon ia guardando sua arma, mas Bill percebeu um objeto familiar. _ Olha só ! Outra taça igual a que homem pelado estava carregando ! A taça estava embaixo da mão da vítima, novamente feita de prata e banhada de sangue. Simon tirou o chapéu, passou a mão no cabelo, pegou um pouco de fumo para mascar e trouxe um dilema. _ Será que aquele sujeito que encontramos na viagem fez isso com ela ? Antes que alguém pensasse em responder, os pistoleiros foram surpreendidos por uma voz vinda da parte de cima. _ O que houve aí embaixo ?
O voz causou um susto nos pistoleiros, que no reflexo os três apontaram a arma para cima. _ Calma aí rapazes, sem mim vocês não guiam o fiacre. O cocheiro havia ficado esperando os pistoleiros do lado de fora. Ao ouvir o tiro efetuado por Simon, o cocheiro resolveu esconder na parte de dentro da carruagem, onde ficam os passageiros. _ Tenemos otra muerte mi amigo ! Simon colocou o isqueiro para que iluminasse o corpo, no mesmo instante, o cocheiro entrou aos prantos. _ Meu Deus ! O que fizeram com a Srta. Pilcher ?! Uma alma incapaz de fazer mal a alguém ! Pobre Sr. Pilcher, vai ficar arrasado ! Bill fez um sinal para que o ajudasse a carregar o corpo indicando o procedimento que deveria ser seguido. _ Nossa missão era achar a filha do Sr. Pilcher, vamos voltar para Denver e deixar que o xerife e o patrão resolvam essa confusão. Mondego desenterrou a faca do abdômen de Alicia. A arma branca era um punhal, de fina espessura mas com uns 20 cm de comprimento. Mondego limpou o sangue fazendo uma observação. _ É uma bela faca...vejam...o cabo é feito de marfim e a lâmina foi cuidadosamente afiada pelo ferrero. Bill olhou a faca e quando iria expressar sua opinião, foi interrompido pelo choro do cocheiro. Os rapazes resolveram carregar Alicia até o fiacre. O cocheiro estava sentado em seu posto enxugando as lágrimas. Simon se lembrou do seu maior amor, Nayeli, uma jovem e bela índia apache que fora morta nos braços do pistoleiro, quando ambos fugiam da tribo em que Nayeli pertencia. Bill e Mondego foram para o compartimento dos passageiros e Simon resolver conversar com o cocheiro. _ Ei parceiro, como você se chama ? _ Evans...Carl Evans. _ Acha que consegue guiar o fiacre ? _ Creio que sim. _ Os Pilchers têm muitos inimigos ? _ Alguns anos atrás, o Sr. Pilcher se envolveu em uma disputa de terras com dois banqueiros da Filadélfia. Mas tudo foi resolvido no tribunal. Não acho que isso tenha desencadeado a crueldade que fizeram com Alicia. _ Também acho que não Carl, podemos seguir viagem ? _ Claro senhor. Simon voltou para dentro do fiacre. Os pistoleiros adormeceram e o cocheiro deu a partida de volta a Denver. Os cavalos estavam um pouco fatigados pela viagem de ida. A volta deveria ir de forma mais lenta, para que os bretões não tivessem a saúde comprometida.
Ao chegarem na cidade, na boca da noite, os comércios estavam fechados, não se via ninguém perambulando pelas ruelas de Denver. Na porta da mansão dos Pilchers, era possível ver no fundo do jardim, uma mansão feita de pedra. A residência parecia um castelo medieval. No entanto, “os guerreiros” traziam a triste notícia para o rei sobre a morte de sua princesa. O cocheiro foi na frente e pediu para que os pistoleiros aguardasse do lado de fora. Evans voltou ao jardim com passos acelerados e ofegante. _ Tem alguma coisa errada, não encontro nenhum criado na casa ! Todos sacaram suas armas e Bill aconselhou o cocheiro que fosse avisar o xerife. Os pistoleiros foram caminhando devagar, Mondego abriu a porta, dando passagem para que Simon e Bill fossem tomassem a frente. A mansão tinha um aroma agradável, devido a essência de jasmim. Havia um banquete preparado para a chegada de Alicia. O copo de whiskey ainda tinha algumas pedras de gelo e a bituca do charuto ainda estava acesa. Subindo as escadas, os pistoleiros perceberam que o aroma foi desaparecendo e outro cheiro estava invadindo o lugar. Era o mesmo odor sentido na estação de Fort Collins. Simon foi na frente e arrombando portas e mais portas do corredor até chegarem na última porta a direita. Quando entraram, estava o Sr. Pilcher amarrado na cama, com vários furos no corpo. Outro sinal da cruz fora feito por Mondego. Quando todos abaixaram as armas, foram surpreendidos com um som de uma arma sendo carregada. _ Quietinho os três ! Joguem suas armas ali no canto esquerdo ! Ainda de costas, Bill ficou curioso para saber quem tinha armado aquela armadilha. _ Quem é você ? _ Cala a Boca crioulo de merda ! Logo em seguida, Bill levou uma coronhada, fazendo-o cair desacordado. _ Agora vocês dois virem bem devagar ! Ao se virarem, Simon reconheceu a figura. _ Ei...eu te conheço ! Você é o sobrinho do Sr. Pilcher ! _ Isso mesmo cowboy ! Calvin Pilcher, agora único herdeiro e proprietário do império da prata ! Aos poucos, Bill foi retomando sua consciência. Mondego o arrastou para perto do seus companheiros. Calvin começou um discurso com discurso com uma calibre 12 apontada para os três. _ Vocês são uns idiotas. ir atrás de uma menina mimada, que comia igual a um boi castrado por míseros 1000 dólares. Eu mesmo teria pago 5000 para que vocês deceparam aquele toicinho. Eu construí a estação de Fort Collins para que a empresa levasse prata até a costa leste dos Estados Unidos. meu tio nunca me deu voz ativa na empresa, eu vi o testamento que ele fez. A rolha de poço ia herdar 95% da empresa, sem nunca ter feito nada ! Chegamos a namorar na adolescência, eu fazia cálices de prata para lhe presentear. Fiz dois cálices e disse que o terceiro seria para pedi-la em
casamento. Só que ela começou a namorar um canalha de um comunista na faculdade. Vocês imaginam isso ? A filha de um industrial capitalista namorando socialista ? Bill olhou ainda meio tonto para Calvin. _ Socio o que ? _ Socialista seu crioulo de merda ! Bill recuperou a consciência, mas seus olhos agora estavam em ódio pela coronhada que havia tomado. _ Pois bem. Paguei outros homens mais espertos do que vocês para levar a “porquinha” para o abate e pedi que soltasse o comuna para o inverno do Colorado congelasse sua alma. Já meu pobre tio, como gostava de uma garota de programa, eu a paguei para que na hora do ato, fizesse uma brincadeira e o amarrasse na cama… Enquanto Calvin dava explicações de suas atitudes diabólicas, Mondego mostrou de forma discreta uma pequena arma de baixo calibre. _ … Assim consegui eliminar todos, deixando o cálice que fiz para aquela vagabunda, onde já jurei meu amor ! Infelizmente vocês serão os próximos. Simon tentou ganhar tempo. _ A polícia já está a caminho, o cocheiro foi avisar ! _ O Sr. Evans está tão vivo quanto meu tio ali na cama ! Meus homens o pegaram com os corpos no fiacre...bem...aí vocês já sabem o resto ! _ Bem agora que o senhor é o novo Sr. Pilcher e vai nos matar. Podia nos deixar apenas fumar um cigarro. Com um sorriso irônico e macabro Calvin quis ser misericordioso. _ Não vejo o porque não. Simon acendeu seu cigarro, passou o isqueiro para Bill. Bill acendeu seu fumo e jogou a binga pro lado esquerdo, desviando o olhar de Calvin. _ Adios hijo de puta ! Mondego acertou um tiro certeiro na cabeça de Calvin com sua pequena arma escondida. Alguns minutos depois, a infantaria comandada pelo delegado regional estava cercando a casa. O Sr. John Pilcher havia comprado a carta de alforria do pai de Bill, libertando sua família de serem escravos. Comprou as 9 mil cabeças de gado que Simon conduziu de pequenos pecuaristas, no qual estavam arrasados financeiramente devido a guerra civil. Bandidos mataram a família de Julian Mondego na divisa com o México. O Sr. Pilcher soube da história e o colocou em um colégio de padres em San Antonio, Texas. Os três pistoleiros do Colorado havia pago os seus favores, mas o Sr. Pilcher não sobreviveu o tempo suficiente para desfrutar desse único favor que pediu aos cowboys.
Autor(a): o_misterioso_bardo
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