Fanfic: Everything Has Changed | Tema: Ponny (AyA)

No dia seguinte, Any acordou com o movimento ao seu lado na cama, abriu os olhos e, imediatamente, a luz machucou sua visão e sentiu uma pontada insuportável na cabeça. Levou a mão na testa prontamente, apertando os olhos e soltando um gemido de dor.

Alfonso:  Sentiu a pressão da arte que fez né? – Tinha a cabeça apoiada em seu braço para olhá-la.

Anahí:  Ai não! Pode me dar bronca depois, mas agora não, por favor.

Alfonso:  Não vou dar bronca em ninguém, você já é bem grandinha e sabe o que faz. – Levantou-se. – Vou pegar um comprimido pra sua dor de cabeça. – Saiu coçando os olhos de sono.

Claro que a vontade que tinha era de falar poucas e boas com ela. Quando voltou, entregou o comprimido e o copo com água. Ela o olhou por cima do copo, com aqueles olhos azuis grandes tentando passar inocência. E então ele já sabia que ela começaria com as chantagens.

Anahí:  Tá bravo comigo? – Perguntou com a voz baixa.

Alfonso:  O que você acha?

Anahí:  É, você ta. – Terminou sua água em silêncio, voltando a falar depois. – Eu não lembro exatamente como fiquei, mas tenho certeza que não fiquei de uma maneira legal. Fiz alguma coisa errada?

Alfonso:  Realmente você não ficou legal e ainda bem que reconhece isso. – Ela massageou a testa novamente. – Ta doendo, né? Isso é pra você pensar bem antes de exagerar como ontem. Nunca te vi daquele jeito, Any, o que você tem na cabeça?

Anahí:  Eu sei, passei da conta.

Alfonso:  Passou, passou muito além. Mas sobre ter feito algo errado, isso vai ter que perguntar para as meninas, ou melhor, EU faço questão de perguntar o que foi que você aprontou, porque alguma palhaçada com certeza saiu disso tudo. Lembra o que prometeu pra mim na sexta?

Anahí:  Sim. – Baixou a cabeça.

Alfonso:  Descumpriu. Sabe que seus pais não iriam gostar nada, não é?

Anahí:  Eu sei. Você sabe que não sou de fazer isso... Ta muito bravo? – Fez uma careta.

Alfonso:  Olha, não vou negar, fiquei sim quando apareceu daquele jeito. Não sabe como me preocupei quando Ucker me falou da ligação da Mai avisando que você tinha passado mal.

Anahí:  Poncho, me desculpa por preocupar você. – Levantou-se indo tentar um abraço. – Fui irresponsável.

Alfonso:  Muito! – Olhou sério.

Anahí:  Mas não acredito que eu tenha feito alguma coisa errada... Poxa, não me repreende. Prometo que isso não vai acontecer de nevo. - Ele a olhou de canto. – Falo sério! Me desculpa por ontem? – Encostou o rosto em seu peito e o olhou com carinha fofa.

Alfonso:  Desculpada. – Ela sorriu, beijando seu rosto apertado. – Mas se fizer de novo digo pra deixarem você dormir em qualquer calçada por aí.

Anahí:   Ai malvado! – Bateu em seu braço.

Alfonso:  Quem sabe assim aprende... Me preocupei muito. – Cheirou seus cabelos. – Ta melhor, princesa?

Anahí:  Um pouquinho. – Fez manha o apertando. – Eu devo estar horrível.

Alfonso:  Hum minha bebadazinha. – A apertou também, rindo e acabou levando outro tapa.

Anahí:  Não sou bebadazinha.

Alfonso:  Não. – Beijou seu nariz.

Anahí:  Pensei que a dor de cabeça seria pior. Ta doendo, mas não como pensei que estaria.

Alfonso:  Agradeça a mim por isso. E se não quiser outro banho frio, não repita o que fez.

Anahí:  Ai... O banho. – Fechou os olhos lembrando dessa parte, ficando meio envergonhada.

Alfonso:  Ah, nem vem! Quantas vezes te vi de biquíni? – Riu.

Anahí:  Para, é diferente. – Fez careta, escondendo o rosto no peito dele.

Alfonso:  Bobinha. – Beijou sua cabeça.  – Se troca que vamos tomar café fora, Quer? Se sente bem pra ir?

Anahí:  Eba, quero! Onde?

Alfonso:  Você escolhe. Vai logo se arrumar, mas não demora, ainda vou passar lá em casa pra me trocar.

Anahí:  Tudo bem. – Saiu correndo entrando no banheiro.

Enquanto isso ele desceu para esperá-la na sala. Uma hora depois e, depois de vários gritos a apressando para irem, ela desceu. Vestia short jeans, com uma camisetinha cinza e no pé sapatilhas. Tinha os cabelos presos em um rabo alto, fez uma maquiagem levinha e colocou óculos escuros.

Anahí:  Prontinho, senhor apressado.

Alfonso:  Meu Deus, quanta demora. – Pegou as chaves do carro e saíram.

Anahí:  Eu to com olheiras horríveis, não posso sair desse jeito.

Poncho virou os olhos e entraram dentro do carro. Passaram no apartamento de dele para ele se arrumar e em seguida foram em um café que Any escolheu. Tomaram café da manhã tranquilos, a manhã estava agradável e a conversa se prolongou por horas.

Quando saíram de lá, passaram na casa de Dulce e Ucker, todos os amigos estavam lá. Os rapazes ficaram assistindo jogo pela TV e as meninas conversavam na beira da piscina. Any ficou com a cara no chão quando as amigas a lembraram do que tinha feito, não lembrava de quase nada. O assunto sobre a noite anterior na balada não foi relembrado quando estavam todos juntos na sala, as meninas sabiam como Poncho era ciumento e protetor com Any e, a pedido da mesma, elas não tocaram no assunto e nem responderam nada a respeito quando eles perguntaram como foi a balada. Conseguiram despistar as coisas.

No finalzinho da tarde Poncho teve que ir embora, pois no outro dia tinha varias coisas para resolver na empresa. Any foi com ele até seu prédio pegar seu carro, pois Chris havia deixado lá na noite anterior.

No dia seguinte a rotina voltou com tudo e, como toda segunda-feira, o dia começou com aquele ar preguiçoso, parecendo ser mais sobrecarregado que o normal.