Fanfic: Everything Has Changed | Tema: Ponny (AyA)

E assim a semana foi passando, no decorrer dela as coisas não iam muito diferentes que o normal, tirando o fato de Poncho ter se afundado mais no trabalho esquecendo do mundo a sua vota. Já era quinta-feira, faltava um dia para completar doze anos do falecimento de Ruth. Any ficava preocupada com o amigo, todo ano era a mesma coisa, a data se aproximava e Poncho se isolava. Era doloroso ver a maneira como ele sofria e guardava tudo para si, em todos os anos em que esteve com ele nesse momento difícil, nunca o viu chorar, nunca.

Ela procurava ligar a cada instante que podia, não sempre, pois sabia que ele precisava desse tempo. Não gostava de deixá-lo só, não conseguia ficar sem saber como ele estava. Por isso não pensou duas vezes quando a noite ele ligou pedindo para que ela fosse ficar em seu apartamento.

Quando chegou ao edifício de Poncho olhou no celular, eram nove da noite, ele já devia ter chegado. Deixou seu carro no estacionamento e passou pela portaria, cumprimentando o simpático senhor que era síndico do prédio. Quando saiu do elevador, pegou as chaves e entrou. O apartamento de poncho ficava na cobertura, era grande, luxuoso e cada parte da decoração fora feito com a ajuda dela.

Deixou sua pequena mala de mão que levou com algumas roupas, ao lado do sofá e tirou o casaco.  As luzes da sala, dos corredores e da escada que levava ao segundo andar estavam acessas, confirmando que ele já estava em casa. Devia estar no banho. Com esse pensamento, Any foi direto à cozinha preparar algo para comerem assim que ele descesse, ela ainda não tinha comido nada e com certeza ele também não.

Logo ele apareceu, bagunçando os cabelos molhados, vestido com uma camiseta branca e calça abrigo preta.

Anahí:  Ah, apareceu! – Sorriu quando se virou e o viu.

Alfonso:  Tudo bem? – Foi até ela, beijando sua testa.

Anahí:  Tudo bem. E você, como está?

Alfonso:  Indo...

Anahí:  Sentimos sua falta, não apareceu a semana toda, nem ligou.

Alfonso:  Desculpe por não ligar, por não aparecer. Eu só estava trabalhando. – Deu de ombros. – Eu só queria me ocupar e não precisar pensar em mais nada.

Anahí:  Eu sei que ta difícil, por mais uma vez está sendo difícil, não é? – Ele assentiu e ela o abraçou.

Alfonso:  E parece que sempre vai ser... Não consigo me conformar que ela não está mais aqui. Já se passaram anos, mas a dor é a mesma e não passa.

Anahí:  Imagino o quanto dói, e sei que nada que eu diga vai diminuir essa dor, mas eu queria poder tira-la de você. – O apertou. – Já está cansado de saber disso, mas eu vou lembrar quantas vezes for preciso, que eu sempre vou estar com você, não importa o momento, seja ele feliz ou triste, eu vou estar sempre aqui segurando sua mão e oferecendo meu abraço. – Falou, enlaçando seus dedos.

Ele se afastou um pouco para encará-la, olhou em seus olhos em silêncio. Ela tinha o poder de acalmar sua alma, suas palavras pareciam acariciar seu coração de tão ternas que eram.

Alfonso:  Você não existe. – Negou com a cabeça. – Como eu faria se não tivesse você aqui? Muito obrigado, por tudo.

Anahí:  Para de me agradecer, não tem que ficar fazendo isso.

Alfonso:  Você me traz toda calma que eu preciso. – beijou sua testa a abraçando apertado e ela somente sorriu, acariciando suas costas.

Anahí:  Te adoro viu? – Segurou seu rosto e ele assentiu.

Alfonso:  Também te adoro muito.

Anahí: Agora que tal comermos a comida que eu preparei, antes que esfrie.

Alfonso:  O que foi que você preparou? Comida congelada? – Apontou para mesa. – Nossa ta de parabéns! – Ironizou.

Anahí:  Para ta! – Fez bico, batendo em seu ombro. – É a única comida que ficaria pronta rápido. Não reclama!

Alfonso:  Ok, ok... – Levantou as mãos. – Vamos comer então essa lasanha que eu tenho certeza que está ótima, porque não teve chance de ter erro. – Brincou.

Anahí:  Palhaço! – Olhou feio para ele, que riu.