Fanfic: Everything Has Changed | Tema: Ponny (AyA)

Ao entrar dentro de casa Any foi direto para seu quarto, deixou a bolsa na poltrona que tinha ali e os sapatos perto da mesma. Tirou sua roupa e foi tomar um banho rápido antes de se deitar. Era bom estar em casa novamente depois dessas longas férias, estar com seus amigos, estar com Poncho. Suspirou. Muito mais que seu melhor amigo, era seu melhor companheiro, seu maior confidente e seu maior amor.

Sim, seu amor, desde muito tempo e que continuaria sendo, somente em seu coração. Não correria nunca o risco de por a perder a amizade que tinham contando seus mais profundos sentimentos que nutria por ele. Seria doloroso se acabasse com tudo que passaram juntos, com a grande amizade construíram. Já era doloroso pensar, se acontecesse então, seu mundo desabaria. Seus sentimentos por Poncho seria um segredo nunca revelado a ele, o único que ele não saberia entre todos que já dividira com ele.

Depois do banho, se vestiu com uma camisola curtinha de seda e deitou-se, demorou um pouquinho até que pegasse no sono.

***

Poncho já havia chegado em casa, tomou um banho, comeu alguma coisa e foi se deitar. Estava difícil dormir com tantas coisas rodando sua cabeça. Virou-se de lado, de olhos abertos na escuridão. Estava exausto, mas mesmo assim o sono não vinha, era perturbador pensar que em uma semana completariam doze anos que sua mãe falecera. Doze anos que ela o havia deixado.

Ele só tinha quatorze anos quando ela se foi, devido a um problema no coração que lhe causou um infarto. Lembra perfeitamente como ficou quando tudo aconteceu, como se sentiu desamparado vendo seu chão se abrir diante de si. Tinha seu pai, mas este antes de sua mãe falecer ele havia ficado distante, não era o mesmo de antes, aquele pai presente e companheiro, simplesmente desapareceu e se afastou, dando lugar à uma pessoa fria. Tudo isso só ajudou para que se visse ainda mais sozinho.

Porém, quando tudo parecia perdido e vazio, apareceu em sua vida o anjo mais perfeito. Sorriu recordando. Nunca imaginaria que esbarrar naquela garota distraída, que passava perto de sua casa, iria mudar toda a situação em que estava passando. Se lembrava perfeitamente.

Flashback

Alguns dias depois da morte de sua mãe ainda se sentia desnorteado, as únicas pessoas que tinha por perto eram os empregados. Seu pai não estava em casa, ficara ainda mais distante e com certeza estaria na empresa como sempre. Quando uma de suas empregadas o viu sair do quarto se sentiu aliviada, há dias ele não saia e pouco ligava para as refeições. Poncho somente avisou que iria dar uma volta e saiu, resolvendo circular somente  pelo condomínio.

Ao sair de casa e descer as escadas, começou a caminhar lentamente, tinha a cabeça baixa e os pensamentos longe quando sentiu esbarrar em alguém. Viu a menina sentada no chão, segurando o joelho direito com uma mão, fazendo uma expressão leve de dor.

Alfonso:  Perdão! – Abaixou-se ao lado dela.

Anahí:  Ta tudo bem.

Alfonso:  Machucou? – Ela tirou a mão e ele viu, havia um leve ralado.

Anahí:  Um pouquinho só.

Alfonso:  Levanta, me dá a mão. – Levantou-se para ajudar. – O que estava fazendo parada aí?

Anahí:  Amarrando meu tênis, não e possível que não tenha me visto. Passou quase por cima.

Alfonso:  Me distraí, Desculpe. – Passou a mão nos cabelos, um pouco envergonhado.

Anahí:  Tudo bem, nem ta doendo tanto. – Fez uma caretinha quando flexionou o joelho e ardeu. – Tenho que passar alguma coisa, não sei como vou fazer minha casa está uma bagunça com a mudança. – Falava olhando para o machucado. – Acha que só lavando está bom? – O encarou.

Alfonso:  Se quiser pode ir até minha casa, lá você lava e passa algum remédio.

Anahí:  Pode ser, me ajuda?

Alfonso:  Vem. – Pegou sua mão e foram andando. Nas escadas ele a ajudou a subir. Entraram e ele chamou Dolores, que trabalhava lá.

Dolores:  O que aconteceu? – Apareceu rapidamente. – Quem é essa mocinha?

Alfonso:  Tem como ajudar? Sem querer trombamos e ela caiu – Torceu a boca, apontando o machucado.

Dolores:  oh, claro! Qual seu nome?

Anahí:  Me chamo Anahí, eu acabei de me mudar aqui pro condomínio.

Dolores:  Ah sim! Vem comigo lindinha. – Deixou ela sentada na sala com Poncho e foi buscar algumas coisas para resolver aquilo. – Aqui! Vamos cuidar disso. – Fez todo cuidado necessário. Limpou o pequeno ferimento, passou um remédio em spray e colocou um band-aid por cima. – Printinho! Viu só? Nem doeu. – Sorriu para menina.

Aanhí:  Muito obrigada... Dolores, né?

Dolores:  Isso mesmo. – Sorriu. – Então quer dizer que agora é a nova vizinha aqui no condomínio?

Anahí:  Sim, meus pais e eu chegamos agora pouco. Resolvi andar um pouquinho pra conhecer e acabei sendo atropelada. – Brincou e olhou para o lado. – E você, qual seu nome?

Alfonso:  Alfonso.

Anahí:  Ah prazer então, Alfonso! – Estendeu sua mão e ele pegou meio sem entender. – Anahí Portilla, mas pode me chamar de Any. Temos que nos apresentar direitinho depois disso né. – Riu.

Alfonso:  Pode me chamar de Poncho.

Anahí:  Ok então. – Piscou. – Você conhece tudo por aqui? – Ele assentiu calado. – Que tal você me mostrar então? – Pediu animada. – Esse condomínio é muito grande e eu não sabia nem pra onde estava indo quando sai sozinha. – Dolores olhava os dois, sorrindo.

Alfonso:  Tudo bem, pode ser. – Deu de ombros.

Dolores:  Por que não esperam um pouquinho para comerem um pedaço de bolo que acabei de fazer e tomarem um suco antes de irem? – Sorriu sugestiva.

Anahí:  Ah eu topo. – Bateu palmas.

Dolores:  Então venham comigo.

Alfonso:  Precisa de ajuda? – Esperou Any se levantar.

Anahí:  Não, eu to bem. – Sorriu os acompanhado.