Fanfics Brasil - Capítulo 21 - A Atração O Cálice do Desejo e o Despertar de uma Nova Paixão - 2ª Temp - [+18] [Hot] (Saint Seiya) - Finaliza

Fanfic: O Cálice do Desejo e o Despertar de uma Nova Paixão - 2ª Temp - [+18] [Hot] (Saint Seiya) - Finaliza | Tema: Saint Seiya


Capítulo: Capítulo 21 - A Atração

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Área externa da Mansão Kido


 


Nos dirigíamos para o almoço na área externa – onde foram colocadas mais mesas para dispor as convidadas – e todos já estavam acomodados, apenas me aguardando. Eu sentei, como de costume, na cabeceira da mesa. Do meu lado direito estavam todos os cavaleiros e do meu lado esquerdo todas as convidadas, os pares continuavam formados até na hora do almoço, com um de frente para o outro. O primeiro ao meu lado direito era Dite, e a cadeira de frente para ele estava vazia. Parei e respirei fundo:


(Atena) – Dite, eu não sobreviverei a esses dias!


Dite sorriu.


(Afrodite) – É claro que sobreviverá! Vai dar o gosto de morrer e deixar eles nas mãos delas?


A ideia fez meu sangue ferver.


(Atena) – Tem razão, não morrerei, mas, no mínimo, eu enlouquecerei! Na verdade, acho que isso já aconteceu...


(Afrodite) – Escuta, não quero que enlouqueça, preciso de você muito lúcida! Como você não está na sua razão, eu vou te falar: na parte da tarde você vai continuar recebendo as últimas peças para o leiloeiro avaliar amanhã. Enquanto isso, eu estarei no ensaio novamente, apenas com os casais com maiores dificuldades, ou seja, vou estar de olho nos espectros Lilya, Lya, Cler e Nesly.


(Atena) – Mas a Nesly se saiu muito bem e...


Dite cruzou os braços.


(Afrodite) – Alguém tem que ficar de olho nele! Não quer que ele apronte nada, correto?


(Atena) – Ops, entendi... me desculpe, prossiga.


Dite parou na minha frente e me olhou com seus lindos olhos azul-celeste.


(Afrodite) – O que eu quero dizer é que hoje não é o problema, pois todos esses estarão ocupados com atividades, te garanto isso! Agora, preciso que você entenda que o problema é amanhã...


(Atena) – O que tem amanhã?


Dite levantou uma sobrancelha.


(Afrodite) – Esqueceu que você autorizou o Máscara da Morte a fazer uma festa na piscina para recepcioná-las?


Fiquei pálida na hora.


(Atena) – Pelos deuses...


(Afrodite) – O que faremos é acelerar o máximo possível nossos afazeres de hoje e amanhã, para estarmos disponíveis na hora em que ele começar com isso! Suponho que iniciará no final da tarde.


(Atena) – Dite, onde eu estava com a cabeça???


(Afrodite) – Eu te disse...


(Atena) – Dite, me prometa que, enquanto vivermos, você me lembrará de nunca, jamais, em hipótese alguma, fazer nada parecido com isso, por favor!


(Afrodite) – Não precisa pedir, eu sempre vou fazer questão de te lembrar do dia em que resolveu trazer os espectros de Hades para conviver conosco!


Me aproximei da mesa e todos se levantaram, pedi que se sentassem e o almoço foi servido. E como eu esperava, não tinha fome, e pelo jeito eu não era a única, Dite também não havia mexido no prato.


Era uma pena eu não comer, pois pelo menos estaria me distraindo mastigando ao invés de ouvindo os risinhos irritantes delas! Quem comia daquele jeito, em câmera lenta??? Mil anos para tirar o garfo da boca! Com certeza, a sutileza não era amiga delas!


Olhei para os pares perto de mim e fiquei observando enquanto fingia que eu comia algo. O casal mais próximo era Aiolia e Lyfia. Eram muito discretos, falavam baixinho um com o outro e sorriam de forma contida.


(Aiolia) – Ainda não acredito que está aqui, Lifya. Acho que vou acordar a qualquer momento!


(Lifya) – Tenho a mesma impressão, Aiolia.


Aiolia olhou para mim e perguntou baixinho e sorrindo:


(Aiolia) – Atena, se importa se eu sentar na cadeira vazia ao seu lado?


(Atena) – Fique à vontade, Aiolia.


Aiolia arrastou a cadeira, se dirigiu ao meu lado esquerdo e se sentou no lugar que estava vazio bem em frente ao Dite, ficando lado a lado com a Lyfia.


(Aiolia) – Bem melhor!


Ela sorriu meigamente para ele.


(Aiolia) – Me permite?


Aiolia cortou a carne, juntou um pouco de purê de batata, colocou no garfo e levou próximo à boca de Lyfia. Ela o olhava completamente apaixonada, seus olhos brilhavam, piscou algumas vezes e desviou o olhar do dele, olhou para o garfo e sorriu, abrindo a boca. Ele a serviu.


Olhei para Dite e sorrimos discretamente, ele também tinha visto a cena mais linda de duas pessoas que se amavam, fiquei tão feliz em ver essa cena que só voltei do mundo dos apaixonados para a realidade depois que ouvi um riso fino, estridente, insuportável! A tal Cler que me tirou do transe, que inferno!


(Cler) – Ai, Milo... Você, além de lindo e ótimo dançarino, é muito engraçado... Por acaso tem algum defeito? Porque, para mim, você é perfeito!


Só podia ser piada mesmo!


Milo, com um sorriso puxado, respondeu:


(Milo) – Que isso, Cler, sou longe de ser perfeito!


A infeliz suspirou, colocando o dedo indicador na boca.


(Cler) – E ainda por cima é modesto...


Nessa hora estava com inveja de não ter o poder “Outra Dimensão” – do Saga – porque, com certeza absoluta, o teria usado nesse momento.


Dite encostou a sua mão no meu braço para me tirar dos pensamentos de ódio, que estavam ótimos! Percebi que Dite olhava discretamente para um casal em especial: Máscara da Morte e Nesly, que estavam trocando bilhetinhos um com o outro. Nesse momento, ela lia um que ele tinha acabado de escrever, sorriu e, com a caneta na mão, escreveu alguma coisa no papel que leu instantes atrás, o dobrou e o entregou para ele. Máscara da Morte leu, sorriu e colocou a mão no coração.


(Máscara da Morte) – É sério? Jura?


Ela confirmou com a cabeça sorrindo.


(Máscara da Morte) – Assim meu coração não aguenta, Nesly!


Ele voltou a escrever no papel e entregou para ela. Ela leu e sorriu abertamente.


(Nesly) – Você não existe, Mask! Adoro seu senso de humor.


Percebi que Dite pegou o copo de água e bebeu num gole só. Eu não era a única a estar com ciúmes por aqui!


Retiraram os pratos e serviram a sobremesa: rocambole de chocolate com recheio de creme branco. Pelo menos iria experimentar essa delícia! Peguei o garfo com um pedaço generoso, coloquei na boca e curti a sensação deliciosa do doce na minha boca.


Infelizmente, foi o único pedaço da sobremesa que eu consegui curtir... Eu peguei meu copo para beber um pouco de água e parei no meio do caminho, em estado de choque com a ceninha que as irmãs “por favor me devorem” estavam fazendo para os MEUS gêmeos! Tiveram a audácia de uma darem sobremesa para a outra e fazerem caras e bocas ao experimentarem! E faziam isso olhando e sorrindo para eles, enquanto lambiam os dedos lentamente.


Afastei a minha cadeira e me levantei. Todos na mesa se levantaram.


(Atena) – Fiquem à vontade para aproveitarem a sobremesa. Dite, me acompanha?


(Afrodite) – Com muito prazer!


Dite se virou e falou com todos.


(Afrodite) – Aos casais: Saga e Lilya, Kanon e Lya, Máscara da Morte e Nesly e Milo e Cler, estarei esperando para o ensaio, não demorem.


Nos retiramos da mesa, não aguentaria mais um segundo vendo aquilo!


 


Minutos depois, Saga, Lilya, Kanon e Lya se levantaram da mesa e foram para dentro da mansão ensaiar. Milo e Cler foram minutos depois. Na mesa, por último, ficaram Máscara da Morte e Nesly.


(Máscara da Morte) – Posso mesmo chamá-la de Ly?


Nesly sorriu.


(Nesly) – No bilhete dizia MINHA Ly...


Ele sorriu.


(Máscara da Morte) – Também gosto, mas pensei que tivesse apenas pensado, e não escrito “minha Ly”.


(Nesly) – Bom, eu gosto de minha Ly, Mask.


Ele colocou os dois cotovelos na mesa e apoiou o queixo sobre as mãos.


(Máscara da Morte) – Você é muito linda, sabia? Não vou negar que, desde a primeira vez que a vi, eu me senti atraído por você!


Ela sorriu.


Ele respirou fundo e passou as mãos no cabelo e a olhou nos olhos.


(Máscara da Morte) – Sabe, Ly, acho que além do fato de ser muito bonita, você tem a mesma cor azul-celeste de olhos e cabelos e o mesmo cheiro de rosas de uma pessoa muito importante para mim... Eu não esperava encontrar essas características em mais ninguém, talvez por isso você tenha me arrebatado rápido demais nos meus sentimentos... Ainda estava me recuperando da rejeição e, de repente, você aparece na minha vida... Acho que não estou conseguindo separar as duas coisas, entende?


(Nesly) – Entendi, você gosta de mim, mas não sabe se apenas está refletindo o amor que você sente por outra pessoa em mim...


(Máscara da Morte) – Eu gosto de você, de verdade, além de linda você é encantadora, alegre, meiga, inteligente e adora meu senso de humor, além de me achar um gato, o que levanta muito minha autoestima... Como não te adorar?


Ela sorriu.


(Nesly) – No bilhete não estava só gato, eu elogiei a cor do cabelo, que é no mesmo tom dos seus olhos azul-escuros, falei do seu cabelo curto e repicado, que acho um charme... não mencionei o seu corpo porque dizer que amei o seu corpaço nem era necessário... acho que você já percebeu isso pela forma que eu o olho...


Máscara da Morte suspirou.


(Máscara da Morte) – É disso que eu estava falando... como não me apaixonar? Você é incrível, Ly!


Nesly sorriu e se levantou do seu lugar, indo se sentar na cadeira ao lado do Máscara da Morte, se posicionando de frente para ele.


(Nesly) – Fico feliz que tenha me contado que está saindo de um relacionamento recente.


(Máscara da Morte) – Na verdade, nunca consegui ter um... Eu só fui rejeitado por tantas vezes pela mesma pessoa que perdi a conta do número de “nãos” que recebi, por esse motivo nunca consegui iniciar o nosso relacionamento... Acho que só funciona quando as duas pessoas querem, não é?


Nesly sorriu.


(Nesly) – Você é incrível, consegue relatar uma tragédia de uma maneira tão sutil... Amo essa sua capacidade de encarar a vida de um jeito leve...


Ela passou a mão no rosto dele, delicadamente.


(Nesly) – Não consigo imaginar você recebendo um “não”! Imaginar vários, então, não dá...


(Máscara da Morte) – O meu problema é que, quando eu amo uma pessoa, é difícil eu desistir dela, por isso insisti tanto e recebi tantas respostas negativas...


(Nesly) – Mesmo sabendo do seu “não relacionamento” terminado, eu não me importo em ser sua Ly... Se você me quiser, é claro...


(Máscara da Morte) – Qual homem em sã consciência rejeitaria uma mulher linda e, cá pra nós, muiiitooo gostosa como você!


Nesly sorriu. Máscara da Morte a olhava fixamente nos olhos, pegou uma mecha de cabelo dela e inalou...


(Máscara da Morte) – Está falando sério? Quer mesmo ser a minha Ly?


Ela passou o polegar nos lábios dele.


(Nesly) – Adoraria ser a sua Ly, Mask! Você é encantador! Já te falei que te acho inteligente, com um senso de humor que encanta qualquer pessoa e que te acho lindo...


Olharam para a boca um do outro, aos poucos se aproximaram e viraram os seus rostos para tocarem seus lábios...


(Afrodite) – Acho que fui claro quando disse que, assim que terminassem, era para se dirigirem ao ensaio!


Se assustaram com a interrupção do beijo que não ocorreu.


(Nesly) – A culpa foi minha, acabei enrolando na sobremesa...


(Máscara da Morte) – Claro que não! A culpa foi minha, fiquei conversando e perdemos a hora. Desculpe, Dite, não vai se repetir!


Afrodite cruzou os braços e respirou fundo.


(Afrodite) – Pelos deuses... façam a gentileza de se levantarem e irem, os outros estão esperando!


Máscara da Morte se levantou e Nesly também, ele passou na frente dela e inclinou seu tronco para frente.


(Máscara da Morte) – Sobe nas minhas costas, minha Ly, vou te carregar até a mansão!


Nesly sorriu e subiu nas costas dele, encostou o rosto no seu ombro.


(Nesly) – Mask, você tem um cheiro maravilhoso de flor de maracujá com baunilha!


Ele riu e beijou o braço dela, que estava acima do seu peitoral.


(Afrodite) – Andem logo! Estamos atrasados!



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Autor(a): Kelly Tavares

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