Fanfics Brasil - Capítulo 7 - Asgard - Capítulo Extra O Cálice do Desejo e o Despertar de uma Nova Paixão - 2ª Temp - [+18] [Hot] (Saint Seiya) - Finaliza

Fanfic: O Cálice do Desejo e o Despertar de uma Nova Paixão - 2ª Temp - [+18] [Hot] (Saint Seiya) - Finaliza | Tema: Saint Seiya


Capítulo: Capítulo 7 - Asgard - Capítulo Extra

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Notas do Autor


Fiz esse capitulo extra para mostrar os sentimentos de Lyfia e Aiolia, como continuação de Soul of Gold. Quem não assistiu, terá uma ideia do que aconteceu e, quem assistiu, poderá entender a continuação.


 



 


Asgard – Palácio de Valhalla


 


Hilda


Eu ainda sorria vendo a euforia contida das meninas saindo do quarto. Havia as chamado para passar as últimas instruções sobre nossa longa viagem para a Grécia e responder as mesmas perguntas desde que souberam que iriam conhecer os Cavaleiros de Ouro da deusa Atena. Minhas respostas eram sempre as mesmas: “Meninas, eu não sei quem fará os pares com vocês”, “Sim, meninas são tão lindos quanto foi contado a vocês”, “Vocês são adultas, não irei me intrometer nesses assuntos”, “Sim, se Atena permitir, podem se relacionar com os cavaleiros”, “Por Odin, se comportem nesse baile!”.


Ficamos no Grande Quarto da Sacerdotisa, apenas Lyfia e eu. Me sentei em uma das poltronas que tinha no quarto, ficando de frente para a grande janela que mostrava a paisagem gelada de Argard e a linda lua brilhando no céu. Lyfia estava muito calada.


(Hilda) – Enfim, está tudo pronto para nossa partida, todas estão com as malas prontas para partimos amanhã para a Grécia!


Lyfia andava de um lado para o outro no grande aposento.


(Lyfia) – Que bom...


(Hilda) – Lyfia, eu já disse que Frodi, Sigmund e os cinco Guerreiros Deuses protegerão Asgard em nossa ausência, serão poucos dias e, graças a Odin, não temos problemas há anos!


Ela continuava a andar.


(Lyfia) – Eu sei...


Alguma coisa a incomodava, eu só não sabia o que era.


(Hilda) – Então o que a incomoda tanto?


Ela parou de andar, ficando de costas para mim, abaixou a cabeça e respirou fundo.


(Hilda) – Por acaso não quer mais ir à Grécia? Posso explicar a Atena se...


Ela se virou olhando para mim.


(Lyfia) – Não, eu quero muito ir, senhorita Hilda! Não é isso...


(Hilda) – Lyfia, eu a conheço e confio muito em você, e eu quero ajudá-la, mas preciso que me conte o que a aflige tanto para que...


Ela segurou o medalhão que sempre carregava consigo, o olhou, levou as duas mãos no rosto e começou a chorar. Droga! Me levantei indo na sua direção e a abracei.


(Hilda) – Me perdoe, Lyfia, havia me esquecido completamente! É o Aiolia, não é? Ele é o problema?


Ela confirmou com a cabeça.


(Hilda) – Mas eu não entendo, esse não deveria ser o motivo de você estar feliz?


Levei-a para se sentar na sua cama e puxei uma cadeira para ficar mais perto dela. Esperei alguns minutos para ela se recuperar, e depois ela começou a falar:


(Lyfia) – É que eu ainda não acredito que ele esteja vivo... eu sei que ele está vivo ... é que...


Ela pegou seu medalhão novamente e o apertou. Respirando fundo e de olhos fechados, me disse:


(Lyfia) – Eu nunca me perdoei por não ter dito a ele o quanto ele foi importante para mim, demorei demais... não sabia que não teria tempo... não consegui dizer que ... eu o amava... que ele era o meu... coração... ele simplesmente tinha partido... já era tarde demais... Eu me arrependi de não ter dito essas palavras, revivi essa cena noite após noite e...


Abriu os olhos e olhou para mim.


(Lyfia) – E eu tenho medo de fazer tudo isso de novo... Quando me imagino na frente dele... as palavras na minha mente somem... eu não consigo nem me imaginar falando!


Ela se levantou e começou a andar impacientemente no quarto novamente.


(Lyfia) – Só de imaginar essa cena, minhas mãos suam... eu fico sem graça... eu não me perdoarei se cometer esse erro novamente... mas... simplesmente não consigo! É mais forte do que eu!


Ela parou de costas para mim.


(Lyfia) – E se eu conseguir dizer essas palavras... o que eu espero? Que ele me diga a mesma coisa? E se ele não disser? Já se passaram mais de três anos... e mesmo após esse tempo eu não consegui colocar outro homem no meu coração ... Nem sei se, ao menos, ele ainda se lembra de mim...


Entendi! Me levantei e fiquei de frente para ela, fazendo-a olhar para mim.


(Hilda) – Lyfia, esse medalhão era importante para o Aiolia?


Ela o segurou e falou sem hesitar:


(Lyfia) – Sim, muito importante, era do seu irmão Aiolos. Ele sempre o carregava com ele, e ele deu a mim, e o guardo desde então.


Sorri.


(Hilda) – Então ele não daria esse medalhão para qualquer pessoa, não é?


(Lyfia) – Acredito que não...


(Hilda) – Então, de alguma forma, você é importante para ele! Olha, Lyfia, eu entendo o que quer dizer. Passei por algo semelhante uma vez, há muito tempo, mas ficou marcado até hoje e, por experiência própria, eu vou te dar um conselho.


Ela me olhava atentamente.


(Hilda) – Não esconda o que sente, diga a ele! Ainda que seja difícil, e eu sei que é, abra o seu coração, seja sincera com você! Se ele é tão importante na sua vida, ainda que ele não retribua tal sentimento, ele precisa saber que é importante na vida de alguém! E se for recíproco, você terá a chance de viver um momento único ao lado de quem ama!


Percebi que seus olhos se encheram de água. Por Odin! Respirei fundo, mas não consegui conter as minhas lágrimas, e continuei:


(Hilda) – Lyfia, não cometa o mesmo erro que eu, eu daria tudo para poder dizer ao Siegfried o quanto eu o amava, mas eu não posso mais fazer isso... porque...


Respirei fundo, doía demais lembrar:


(Hilda) – ele morreu... por minha causa... e infelizmente... sem saber que eu o amava... que ele era muito importante para mim... que ele tornou meus dias maravilhosos pelo simples fato de estar ali comigo...


Enxuguei as lágrimas que embaçavam minha visão.


(Hilda) – Eu queria muito que ele soubesse do meu amor por ele, de tudo isso que te contei... assim como ele me permitiu saber que ele me amava... mas eu não disse... Temos a tendência de achar que temos tempo, Lyfia... mas eu não tive... perdi a chance...


Coloquei a mão nos seus ombros.


(Hilda) – Percebe? Você tem uma segunda chance! Lyfia, por favor, não a desperdice por medo!


(Lyfia) – Senhorita Hilda...


Nos abraçamos e choramos.


(Lyfia) – Obrigada...


 


Grécia - Área Externa da Mansão Kido


 


Aiolia, Aiolos, Camus e Shura estavam na academia.


(Shura) – Sim, Lyfia se parece e é tão linda quanto Atena!


(Camus) – Então deixa eu ver se eu entendi corretamente: Aiolia conheceu a Lyfia em uma das prisões de Asgard, fugiram, ela o convenceu a ficar para que a ajudasse a salvar Asgard, ficaram juntos todos os dias e se apaixonaram no percurso, mas não tiveram tempo de concretizar esse novo amor, correto?


(Aiolos) – Bom, de acordo com Aiolia, a parte de que ela se apaixonou por ele é criação minha, não é?


Aiolia estava nas barras trabalhando os músculos dos braços e peitoral.


(Aiolia) – Com certeza.


(Shura) – Mas claramente ele está apaixonado por ela.


(Aiolos) – Eu não tenho dúvidas, deu até o meu medalhão para ela!


(Aiolia) – E não me arrependo.


(Camus) – Então ao menos ela vem sabendo que você está aqui?


(Aiolia) – Talvez.


(Aiolos) – É claro que ela sabe que você está aqui! Atena deve ter explicado isso no convite quando pediu nossos pares.


(Shura) – Eu concordo, certamente deveria estar especificado que somos doze Cavaleiros de Ouro.


(Aiolia) – Provavelmente...


(Camus) – Bom, se ela sabe que você estará aqui, então qual o seu medo, afinal? Ela confirmou que vem, não é o suficiente? Se ela não quisesse vê-lo, teria dado uma boa desculpa para não vir, não acha?


(Aiolia) – Não sei...


(Shura) – Está preocupado que ela simplesmente não sinta o mesmo que você sente por ela? Porque o pouco que vi, acho que ela sente, sim, algo por você!


Aiolia desceu das barras, pegou uma toalha e passou no rosto. E respirou fundo.


(Aiolia) – Estou enlouquecendo com isso, não quero criar expectativas! Não entendem? Eu digo para mim mesmo a mesma coisa: “Aiolia, ela vem, será o seu o par no baile, ela vai embora e pronto!” E estou tentando me convencer disso!


(Aiolos) – Não sei, irmão, me pareceu que ela sentia algo por você...


(Aiolia) – Sim, gratidão!


(Aiolos) – É, pode ser gratidão, afinal, você acreditou nela, salvou Asgard e se tornou o herói dela! Logo, deve haver algo aí, além de gratidão!


Aiolia passou a mão na cabeça.


(Aiolia) – Sabem quando eu chamei vocês para me acompanharem, para jogarmos papo fora para que eu pensasse em outra coisa sem ser na Lyfia??? Adivinhem? Vocês estão se saindo péssimos nisso!


Aiolos se aproximou do irmão e colocou o braço no ombro do Aiolia.


(Aiolos) – Relaxa, irmãozinho, estamos apenas tentando entender o porquê de você querer fugir desse assunto, porque entendemos que vimos algo que você não está vendo! Mas, para o seu bem, vamos mudar de assunto, ok?


(Aiolia) – Obrigado!



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Autor(a): Kelly Tavares

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