Fanfic: O Cálice do Desejo e o Despertar de uma Nova Paixão - 2ª Temp - [+18] [Hot] (Saint Seiya) - Finaliza | Tema: Saint Seiya
Mansão Kido
Senti o colchão atrás de mim abaixar e braços quentes e fortes me abraçando na cintura, me inundando com sua maravilhosa essência de lírios. Sua boca macia beijava meu rosto, com vários beijinhos. Eu estava no paraíso chamado Mu e pude ouvir sua doce voz falando baixinho no meu ouvido:
(Mu) – Bom dia, meu anjo!
Me virei ficando de frente para ele, indo ao encontro do seu corpo quente. Ainda de olhos fechados, respondi preguiçosamente:
(Atena) – Bom dia... Quero você aqui na cama, Mu...
Ouvi ele dar um risinho gostoso.
(Mu) – Adoraria ficar o dia inteiro com você aqui neste quarto, mas suponho que esteja atarefada hoje pela manhã.
(Atena) – Mas eu disse que estava livre até às dez da manhã, então, volte para a cama... – pedi manhosa.
Ele sorriu e beijou minha cabeça.
(Mu) – Sim, eu me lembro disso, mas são nove e meia! E você precisa se alimentar.
Como as horas voam!!!
(Atena) – Dormi demais...
(Mu) – Não, dormiu o necessário, você precisava descansar... Está melhor? Descansada?
(Atena) – Estou ótima, graças a você!
Ele sorriu novamente.
(Mu) – Que bom, trouxe seu café da manhã. Pode se sentar?
Mu não existia!
Abri meus olhos e olhei para o lindo cavaleiro de olhos verde-escuros que cuidava de mim, como uma joia rara!
(Atena) – Você é perfeito, Mu!
Ele sorriu mostrando a sua covinha no rosto.
(Mu) – Vem, meu anjo.
Mu me ajudou a me sentar, colocou o travesseiro nas minhas costas e trouxe meu café da manhã em uma bandeja cheia de frutas, pães e suco. Ele se sentou na ponta da cama, ficando de frente para mim. Estava vestido apenas de calça preta de seda, como ele era lindo!
Sorri. Olhei para a bandeja.
(Atena) – Parece delicioso, obrigada!
Peguei o suco e tomei um gole, uma delícia!
(Atena) – Deixa eu adivinhar, você já comeu?
Ele sorriu.
(Mu) – Sim, comi mais cedo, mas garanto que assim que terminei, voltei e fiquei ao seu lado.
Sorri.
(Atena) – Obrigada, tenho certeza que por isso dormi como um anjo em seus braços.
(Mu) – Você parecia mesmo um anjo dormindo...
Suspirei.
(Atena) – Mu, eu troco toda essa bandeja de comida para ficar em seus braços de novo.
Ele sorriu, mostrando os lindos dentes brancos.
(Mu) – Oferta tentadora...
Mu saiu da ponta da cama e veio em minha direção. Tirou o travesseiro, a bandeja e me afastou da cabeceira. Sentou-se atrás de mim, me puxou para ficar entre as suas pernas, trouxe a bandeja de volta para o meu colo, me abraçou pela cintura e me beijou no ombro.
(Mu) – Agora, você me tem em seus braços, então preciso que se alimente.
Apoiei a cabeça no seu peitoral e virei o pescoço para vê-lo. Ele me olhava com seus lindos olhos verdes.
(Atena) – Te amo, Mu.
Ganhei um selinho.
(Mu) – Também te amo.
Voltei a minha atenção para as opções, peguei um pão ainda morninho e comi – estava muito gostoso! Fiz “hummmm”, de tão bom! Mu riu com a minha reação ao pão. Depois comi algumas frutas.
(Mu) – Vejo que você e o Afrodite estão bastante ocupados, estão tendo tempo ao menos para jantar?
Confirmei com a cabeça. Tomei um gole de suco.
(Atena) – Sim, temos jantado no escritório, estamos correndo contra o tempo! Mas tudo é por culpa minha, estou exigindo muito em um espaço de tempo muito curto. Afrodite é único, consegue fazer milagres! E o mínimo que posso fazer é ajudá-lo dando o meu melhor para amenizar tanto trabalho que eu repassei a ele. E jantar no escritório facilita nossa correria.
Ele beijou a minha cabeça.
(Mu) – Tenho certeza de que vocês farão um ótimo trabalho!
Sorri.
(Atena) – Obrigada, estamos almejando exatamente isso!
Comi quase toda a comida, porque de acordo com o Mu eu não estava comendo o suficiente! Ouvi o barulho de água enchendo a banheira. Sorri. Ele se levantou, recolheu a bandeja e voltou para perto de mim. Me pegou no colo e me levou para a sua banheira, a água estava perfeita.
(Mu) – Já sabe o que vai vestir hoje?
(Atena) – Dite falou sobre o vestido verde-água curto em camadas e de alça fina, e sapatilha, já que vamos andar bastante hoje pela mansão na área externa.
Mu estava no banheiro em pé, perto da banheira que eu estava relaxando e, de repente, desapareceu por alguns segundos. Reapareceu segurando o vestido verde-água e uma sapatilha nas mãos. Com um sorriso no rosto, me perguntou.
(Mu) – Seriam esses?
Sorri.
(Atena) – Exatamente estes! Você não para de me surpreender, Mu!
Ele sorriu.
Minutos depois, eu estava banhada e vestida, pronta para um novo dia! Graças ao Mu eu estava relaxada, alimentada e me sentindo muito amada.
Mu me sentou na cama e se abaixou ficando de frente para mim, pegou as minhas sapatilhas e, pegando o meu pé, o calçou. Fez o mesmo com o outro. Ainda abaixado, me olhou nos olhos e sorriu. Passei a mão em seu lindo rosto, ele virou a cabeça para beijar a mão que eu deslizava em sua pele, fechou os olhos e disse.
(Mu) – Obrigado pela noite maravilhosa, meu anjo!
Suspirei.
(Atena) – Pelos deuses Mu, eu que tenho que agradecer por tudo!
Puxei seu rosto para perto do meu, deslizei meu nariz em sua face, cheirando sua pele para registrar esse aroma que tanto amava, e o beijei, saboreando o seu gosto de cereja madura mais uma vez. Ouvimos batidas na porta, desconectei o beijo maravilhoso e, ao abrir os olhos, vi o copo, o prato, uns pães e frutas voltarem para os seus respectivos lugares. Mu abriu os olhos e sorriu:
Sorri de volta, passei a mão em seu rosto.
(Atena) – Você é simplesmente perfeito...
Mais batidas na porta.
(Mu) – Pode entrar.
Dite abriu a porta, mas não entrou.
(Afrodite) – Bom dia, Mu! Bom dia, mocinha, vi sua mensagem na mesa de cabeceira do seu quarto.
(Mu) – Bom dia, Afrodite.
Olhei uma última vez para o meu lindo Cavaleiro de Áries.
(Atena) – Obrigada mais uma vez.
Dei um selinho em sua boca macia.
(Atena) – Te amo!
(Mu) – Também te amo! Tenha um bom dia.
Sorri.
(Atena) – Graças a você, terei!
Me levantei da cama e fui ao encontro de Dite.
Dite me olhou e sorriu.
(Atena) – O que foi?
(Afrodite) – Nem parece que trabalhou horrores ontem! Está ótima!
Sorri.
(Atena) – Chama-se de “Efeito Mu”!
(Afrodite) – É, eu sei, já o vi fazer esse milagre antes com você! Vamos?
(Atena) – Espera! Me dá um minutinho! Estou sem calcinha!
Inicialmente, fomos para o escritório, Dite já havia mandado os vestidos para a finalização e na quarta-feira estariam prontos para fazerem as correções finais no corpo. Revisamos as listas dos objetos que chegariam amanhã. Pegamos uma planta da construção da mansão e visualizamos toda a propriedade, precisávamos decidir até onde seria liberada a área e quais locais fariam parte da decoração.
(Afrodite) – Acho melhor decidirmos isso depois do almoço, assim teremos a tarde toda para visualizar melhor ao olho nu.
(Atena) – Concordo. Podemos aproveitar e verificar a casa onde as convidadas ficarão, não quero que falte nada.
A festa iniciaria às dez horas da noite, às onze horas seria a grande dança do baile, à meia-noite iniciaria o leilão e, posteriormente, os convidados ficariam à vontade. Estávamos programando quatro horas de evento.
Pegamos a lista de convidados e fomos demarcar os lugares onde cada um ficaria no leilão. Dite lia os nomes e eu escrevia no mapa das mesas.
(Afrodite) – Ok, os próximos são da família Solo, um lugar.
Parei na hora.
(Atena) – Família Solo?
(Afrodite) – Bom, você me disse que mandasse os convites para as famílias mais ricas da Grécia! De acordo com o jornal, a família Solo é a família mais rica de todo o país, não os conhece? Na resposta ao convite que enviei, quem vem é o Sr. Julian Solo.
Derrubei a caneta no chão.
(Afrodite) – Atena??? Pelos deuses! Você está pálida! Fale comigo!
Dite pegou um copo de água e me entregou.
(Afrodite) – Beba!
Bebi e respirei fundo.
(Atena) – Me desculpe, Dite!
(Afrodite) – Pelos deuses! Quer me matar? O que aconteceu com você, afinal?
(Atena) – Julian Solo é a reencarnação de Poseidon, assim como sou de Atena...
Afrodite sentou na hora.
(Afrodite) – Poseidon, o Deus dos Mares? O mesmo que enviou as Armaduras de Ouro para os Campos Elísios?
(Atena) – Sim...
(Afrodite) – Hum, isso explica algumas coisas, como o porquê de serem a família mais rica e que teremos um convidado mais que ilustre, que aparentemente é um deus aliado. Ainda assim, não explica o motivo da sua reação.
Passei a mão nos cabelos.
(Atena) – Há mais de seis anos atrás Julian me pediu em casamento e eu disse não. Posteriormente, Poseidon foi despertado pelo Kanon e, quando me dei conta, eu havia sido sequestrada por ele. Por diversas vezes ele tentou que eu mudasse a minha resposta, mas isso não aconteceu e eu fiquei prisioneira de Poseidon por dez longos dias! Até que conseguimos selá-lo novamente na urna.
(Afrodite) – Uau!! Bom, é a lei da vida que eu te disse, um deus, rico, e apaixonadíssimo... e feio!
Sorri.
(Atena) – Dite, ele é lindíssimo!
(Afrodite) – É grosseiro?
(Atena) – Educadíssimo!
(Afrodite) – Certo, qual o defeito desse homem?
(Atena) – Bom, eu não saberia dizer, conheci a versão dele como Poseidon, mas creio ter conhecido ele em uma versão manipulada pelo Kanon porque, posteriormente, ele nos ajudou a ganhar a batalha contra Hades...
Respirei fundo.
(Atena) – O pouco que vi de Julian não sei... mas eu disse “não” a ele porque com dezesseis anos eu não pensava em ser esposa de ninguém, muito menos de quem eu tinha acabado de conhecer!
Sorri para Dite.
(Atena) – Mas é bobagem minha, Dite, eu só me assustei porque me lembrei de tudo que passei com Poseidon, e, além do mais, já se passaram mais de seis anos, com certeza o Julian já arrumou uma esposa!
(Afrodite) – Desculpe, mas só está confirmada a presença de uma pessoa e não de duas.
Tamborilei os dedos na mesa.
(Atena) – Dite, ele tem alguém, com certeza! De repente ela não poderá comparecer, só isso!
(Afrodite) – Ok, se você diz... Vamos continuar com as marcações de lugares.
Suspirei.
(Atena) – Sim, por favor.
Autor(a): Kelly Tavares
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