Fanfic: O Cálice do Desejo e a Divindade do Amor - 3ª Temp [+18] [Hot] (Saint Seiya) - Finalizada | Tema: Saint Seiya

Mansão Kido, Escritório

Julian, com um gesto, sinalizou para que Saga se sentasse.

(Saga) – Não, obrigado, prefiro ficar em pé!

Julian puxou um sorriso e virou a cadeira para ficar de frente para ele.

(Julian) – Como preferir, cavaleiro! Em que lhe posso ser útil?

Saga parou de frente para ele e cruzou os braços.

(Saga) – Eu não confio em você! Nem um pouco!

Julian ficou surpreso.

(Julian) – Bem direto, gosto disso, Sr. Saga... Mas eu poderia, ao menos, entender o porquê dessa desconfiança à minha pessoa?

(Saga) – Sr. Solo, a minha função é proteger a MINHA deusa, e o fato de tê-lo tão próximo dela requer uma atenção reforçada!

(Julian) – Sr. Saga, admiro e entendo o fato de ter que protegê-la, mas tranquilize-se, eu não sou nenhuma ameaça à senhorita Kido!

(Saga) – De acordo com o que me foi passado, o senhor pretende ajudá-la nos nossos projetos sociais... Só tem um problema com essa informação: ou ela me foi repassada em partes ou realmente é uma informação falsa! E isso é muito preocupante, não acha?

Julian, ainda sentado, olhava calmamente para o Saga.

(Julian) – Posso lhe garantir que estou aqui para ajudá-la nos projetos sociais que ela desenvolve, Sr. Saga! Então, obviamente, não é uma informação falsa. Agora, o que faz o senhor pensar que faltam mais dados que não lhe foram repassados, além desse?

Saga olhou direto nos olhos dele e puxou um sorriso sarcástico.

(Saga) – Acha mesmo que eu não percebo como a olha? É claro, para mim, quais as suas reais intenções com a Atena!

Julian puxou um sorriso.

(Julian) – Interessante... E quais intenções o senhor acredita que eu tenho?

Saga passou as mãos nos cabelos.

(Saga) – Ah, por favor... Você, claramente, a deseja! A quer para si! Vai negar isso???

Julian permanecia calmo.

(Julian) – Muito perspicaz da sua parte! E não, não vou negar!

(Saga) – Ótimo!

(Julian) – Mas no que isso o faz acreditar que eu seja uma pessoa não confiável, Sr. Saga? Porque o fato do senhor suspeitar dessa possibilidade, deveria amenizar a sua desconfiança a minha pessoa. Supondo que eu nutria sentimentos pela senhorita Kido, deveria também ter suposto que eu iria querer a segurança e o bem estar dela! Porém, percebo nitidamente, que não é o caso nesta situação! A pergunta é: por que não?

Saga o encarava.

(Saga) – Porque está mentindo para ela! Ela acredita que está aqui unicamente para ajudá-la!!!

Julian puxou um sorriso.

(Julian) – São acusações duras e sem fundamentos, Sr. Saga! De fato, quero e vou ajudá-la nos projetos, faço questão de fazer isso! O fato de ajudá-la, também me permite ficar mais próximo, e isso para mim é um ponto positivo! Eu não condicionei a minha a ajuda aos projetos e jamais faria isso, portanto, não menti!

(Saga) – Se isso é verdade, não precisava esconder os seus sentimentos dela!

(Julian) – Lamento decepcioná-lo, Sr. Saga, mas está misturando as coisas. Eu prometi ajudá-la e vou cumprir com a minha palavra, se eu quero que ela saiba dos meus sentimentos para com ela, é um assunto particular, que cabe somente a mim a decisão de contá-lo ou não! E, se estamos tocando em um assunto tão íntimo, é simplesmente porque eu não quero ser visto como uma ameaça à segurança da senhorita Kido, e porque acho de extrema relevância que, ao saber dos meus sentimentos genuínos a ela, essa desconfiança cesse!

(Saga) – Não pode me pedir que eu confie em você simplesmente porque está dizendo isso!

(Julian) – Entendo perfeitamente, mas se não possui provas ou situações que realmente indiquem que o que estou dizendo é contrário às minhas ações, não vou admitir ficar ouvindo meras suposições porque a desejo como mulher! E para esclarecer de vez esse assunto, eu não desejo a sua deusa Atena, e sim, a senhorita Kido!

Saga ficou processando o que ouvia e Julian prosseguiu:

(Julian) – Eu entendo a sua reação de choque, Sr. Saga. Vocês a veem apenas como uma deusa a quem devem servir e proteger, mas muito antes de ser uma deusa, ela é uma mulher, uma linda mulher. E foi por essa mulher que eu me apaixonei há exatos sete anos e que eu pedi em casamento na minha festa de aniversário!

Saga respirou fundo e cruzou os braços.

(Julian) – Como pode perceber, eu não sou uma ameaça a ela. Jamais machucaria minha futura esposa!

(Saga) – O que você disse???

(Julian) – Sim, naturalmente a quero como esposa! Quero que ela seja a mãe dos meus futuros herdeiros!

Saga balançou a cabeça em negativa e puxou um sorriso sarcástico.

(Saga) – Isso nunca vai acontecer...

Julian olhou sério para Saga.

(Julian) – Sr. Saga, é preciso saber separar as coisas, sua deusa também é uma mulher! Quando a conheci, eu não sabia que ela era a reencarnação de Atena, portanto, separar Atena da senhorita Kido ficou muito fácil para mim. Então, por favor, não me olhe como se eu estivesse cometendo algum sacrilégio por desejar uma deusa virgem!

Saga sorriu debochado e olhou para ele.

(Saga) – Então é isso? Você a quer porque supõe que será o primeiro homem da vida dela?

(Julian) – O que o está sugerindo, Sr. Saga?

Julian se levantou sem cortar o contato visual de Saga e, cruzando os braços, sorriu.

(Saga) – Qual é a graça?

(Julian) – Perdoe-me pela minha ignorância inicial, Sr. Saga! Isso explica sua resistência a minha pessoa! A forma arisca com a qual me tratou, faz todo o sentido agora! O senhor estava me fazendo acreditar que eu estava falando com um cavaleiro preocupado com a segurança dela e que, até então, estava me questionando apenas para garantir a integridade da sua deusa!  Percebo agora que a sua preocupação vai muito além disso! Se o senhor realmente acreditava que eu nutria sentimentos pela senhorita Kido, eu não poderia ser uma ameaça à segurança dela... mas, neste caso, eu sou uma ameaça ao seu caso com ela! Não é isso?

Saga deu um passo à frente em direção ao Julian.

(Saga) – Caso??? Acha que eu tenho apenas um caso com ela??? Eu sou muito mais que um caso para ela, Sr. Solo!!!

(Julian) – Por favor, Sr. Saga, não se eleve a uma importância da qual não me foi apresentada! E, no seu caso, o senhor foi me apresentado duas vezes como nada mais do que o Cavaleiro de Ouro de Gêmeos, não foi? Qual é a relevância disso?

Saga deu um murro na parede ao lado.

(Saga) – Não interessa a forma com a qual ela me apresentou!!! O que importa é que isso não muda o fato de que VOCÊ não será o primeiro homem da vida dela! Então, a sua fantasia de se casar com uma linda donzela, não vai rolar!

Julian sorriu sarcástico.

(Julian) – É isso? Acha que o fato dela não ser mais virgem me faria perder o interesse e desistir dela? Assim, tão facilmente?

Julian se aproximou mais do Saga.

(Julian) – Se é para esclarecer as coisas, eu vou ser bem sincero! Esse era o único ponto negativo que ela tinha em minha opinião, porque eu não fazia ideia de como resolver essa questão de deusa virgem... Portanto, neste caso, Sr. Saga, eu tenho que lhe agradecer! Me tirou um peso das costas! De um modo geral, eu não tenho a menor paciência com iniciantes, prefiro as mulheres com experiência! Então, obrigado!

(Saga) – Ela jamais ficaria com você!!!

(Julian) – Não cabe ao senhor decidir isso! É uma decisão tomada unicamente pela senhorita Kido!

(Saga) – Qual é a parte de que ela já tem a mim que o senhor não entendeu, Sr. Solo??? Tenho que ser mais claro???

Julian sorriu sarcástico.

(Julian) – Não me faça proferir palavras desnecessárias, das quais não gostará de ouvir, Sr. Saga! Em primeiro lugar, eu já disse o que acho do seu relacionamento com ela, para mim é meramente casual! Segundo, uma aventura do passado me faz acreditar que eu tenho chances ainda maiores de transformá-la na senhora Solo! E para que isso aconteça, estou disposto a dar a ela o meu nome, as minhas riquezas, levá-la as quatro cantos do planeta... Darei o mundo, se ela o desejar, os sonhos dela serão o meu limite!

Julian ficou a um metro de distância do Saga.

(Julian) – O que me leva à pergunta: e o senhor, o que tem a oferecer para ela, além de sexo?

Saga ficou chocado e sem ação.

Julian sorriu debochado.

(Julian) – Foi o que eu imaginei... o senhor não tem NADA a oferecer! E ainda assim, está aqui, me afrontando, me questionando! Admiro essa coragem, luta por ela sem arma alguma... Bom, deve ser coisa de guerreiro, não é?

Saga permanecia mudo e estático.

(Julian) – Vou lhe dar um conselho: não me ameace novamente, Sr. Saga. Sei perfeitamente que é um cavaleiro e tem seus poderes, mas, se não percebeu, isso não me abala nem um pouco! Sei que não é um homem de negócios, mas deixe-me esclarecer uma coisa: eu não seria um dos homens mais ricos da Grécia, se eu recuasse para cada ameaça ou empecilho que me apareceu ao longo desses anos! Diante desses novos fatos que o senhor me relatou a respeito da MINHA futura esposa, o que eu posso dizer? Aproveite! Porque quando ela finalmente se tornar a senhora Solo, eu não admitirei que ela tenha amantes! Ela não sentirá a necessidade disso e, além do mais, estaremos viajando pelo mundo e ela estará feliz bem longe daqui, bem distante do senhor!

Julian voltou a se sentar.

(Saga) – Ela NUNCA aceitará isso! Não quando souber o que pretende fazer!!!

(Julian) – Apesar de sermos completamente opostos, estamos ligados à mesma mulher.  Percebo que o senhor tem sentimentos por ela, e não posso culpá-lo por isso, eu mesmo não consegui esquecê-la, mas não espere que eu desista dela porque o senhor resolveu revelar o affair de vocês para mim. Mas eu só peço uma coisa, jogue limpo, senhor Saga!

A porta do escritório abriu revelando Atena, que parou sem reação assim que viu o Saga na sala do escritório de pulsos cerrados e Julian sentado olhando para ele.

(Atena) – Pelos deuses, o que faz aqui, Saga?