Fanfic: Adorável Impostora *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA
Capítulo VIII
Com uma imprecação, Alfonso soltou Anahí e desceu os degraus correndo, indo direto para o estábulo.
Ela ficou ali parada, sem saber o que fazer, com aquela roupa, não poderia ajudar em nada.
Correu então para o quarto e tirou rapidamente o vestido. Vestiu o jeans, apanhou uma camiseta na cômoda, e ficou em pé, imóvel, sentindo-se de repente trêmula e desorientada.
Já não conseguia controlar as emoções daquela noite, reprimidas até aquele momento.
Caiu sentada na cama e escondeu o rosto nas mãos.
Oh, meu Deus, não entendo mais nada. O que devo fazer?
Amo esse homem, mas se continuar assim, vou acabar enlouquecendo. Ele vai me rejeitar, quando souber a verdade. Não é assim, que os homens fazem? Não foi isso que fez meu próprio pai?
Mas que escolha eu tenho, na verdade, a não ser arriscar?, pensou com amargura. Seria impossível deixá-lo agora.
Levantou-se e vestiu a camiseta.
Não se permitiria perder o controle. Havia coisas a fazer, naquele momento.
Antes de sair, parou na dispensa, onde vira pendurado um velho suéter de lã grossa, que já não tinha cor nem forma e cheirava a cavalos, mas era quente, e o vestiu com rapidez, levantando bem a gola.
O estábulo era uma grande estrutura escura contra o céu sem estrelas e apenas uma estreita faixa de luz indicava o lugar da porta.
Abriu-a o suficiente para escorregar para dentro, fechando-a em seguida contra o ar frio da noite.
À luz forte de um lampião, viu Alfonso e Juan inclinados sobre Belle, que, deitada de lado, respirava com dificuldade.
Aproximou-se com cuidado, procurando não se fazer sentir, a pequena Candy os observava a um canto, muito quieta.
— Você acha que vamos perdê-la, Poncho? — perguntou Juan, preocupado.
— Não se eu puder evitar. Pegue a seringa e aquela ampola grande no lado direito do armário. Sim, essa mesmo... — Alfonso encheu a enorme seringa com um líquido espesso e hesitou, descobrindo Anahí: — Mia, isto vai demorar, e não será agradável de ver. Acho melhor você ir para casa...
— Prefiro ficar, Alfonso, se não se importa. Talvez eu possa ajudar em alguma coisa...
Anahí sentou-se num grande fardo de feno, abraçando os joelhos para tentar se aquecer, e preparou-se para esperar.
Além da injeção, Alfonso aplicou uma sangria em Belle, que ela não viu porque virou o rosto, impressionada.
Horas de intensa atividade passaram-se lentamente, quando Alfonso deu o trabalho por encerrado, olhou para Juan e Anahí e suspirou, exausto.
— Os remédios começaram a fazer efeito, ela vai ficar boa. Por segurança, vou ficar por aqui até amanhecer, mas vocês podem ir para casa. Mia, por favor, pode me trazer aquelas mantas?
Anahí levantou-se. Suas pernas doíam, entorpecidas, mas ela não sentia cansaço.
Quando entregou as cobertas, notou o sorriso de Alfonso, que, inesperadamente, inclinou-se e a beijou na boca.
— Pelo apoio moral. — ele disse, ampliando o sorriso.
Enrubescida, Anahí gaguejou um "boa noite" a Juan, que correu para abrir-lhe a pesada porta.
Quando a manhã chegou, Anahí serviu panquecas quentes para comemorar a recuperação de Belle.
Todos pareciam cansados, mas felizes, Juan, em particular, sorria a todo momento, parecendo congratular-se pelo sucesso de suas táticas casamenteiras.
O que mais ele poderia pensar, depois de presenciar aquele beijo?
Antes de sentar-se à mesa, ela percebeu que Alfonso a olhava com insistência.
Sorrindo, perguntou:
— O que há, não está gostando do meu estilo, hoje? — referia-se ao velho suéter que ainda estava usando.
— Você não trouxe muita roupa, não é? — ele comentou com ar pensativo.
— Bem... Não. — ela respondeu, surpresa.
— Não acha que vai precisar de roupas quentes para o inverno? No seu estilo, quero dizer. — completou, com um sorriso.
Ela o serviu de mais café.
— Você sabe que eu só trouxe aquela maleta. O resto de minhas roupas ficou em Denver.
— Não poderia pedir que alguém as enviasse para cá?
— Acho que sim... — ela concordou, pensando que isso representava um compromisso de permanecer na fazenda durante o inverno que se aproximava.
Alfonso percebeu sua incerteza.
— Bem, não há pressa. Amanhã iremos à cidade e você poderá comprar o mais necessário.
Juan aprovou, entusiasmado.
— Grande ideia, Mia! Uma das coisas de que você mais precisa é, sem dúvida, um bom par de botas, tênis não servem para montar. Alfonso, por que não leva a Mia à Jackson's Rock? É lá que as moças elegantes fazem compras, não é?
Alfonso e Anahí trocaram um olhar divertido.
Na manhã seguinte, foram até Prospect.
A cidade não tinha um grande centro comercial, mas o estoque de suas lojas era mais do que suficiente para suprir as necessidades básicas de Anahí.
— Parece que caminhonete é a única forma de transporte por aqui. — ela observou, enquanto estacionavam ao lado de várias outras pickups, em frente a uma grande loja de dois andares.
— Esta não é uma região muito adequada para outro tipo de veículo, especialmente no inverno. — Alfonso explicou. — As famílias grandes em geral precisam de um automóvel, mas esse não é o meu caso, ainda.
Parecendo divertir-se com a confusão dela, ele tomou-lhe a mão e depositou um beijo solene na palma macia.
— Venho te buscar em uma hora. — avisou. — Enquanto você compra o que precisa, vou até o consultório do veterinário. Encontrará as melhores botas da região no segundo andar da loja. Acha que tem dinheiro suficiente?
Anahí bateu no bolso traseiro da calça, bem-humorada.
— Claro, patrão. Acho até que você foi generoso demais, pagando um salário tão alto... Não devo ficar desconfiada?
Os olhos verdes brilharam.
— Espere até a hora do almoço e terá sua resposta. Enquanto isso, pense no que vai querer comer, comida mexicana, chinesa ou hambúgueres, é claro.
— Ah, cozinha internacional... É assim que eu gosto! — Anahí acenou, rindo, e entrou na loja.
Seguiu a sugestão de Alfonso e subiu direto para o segundo andar, onde havia uma enorme quantidade de artigos de couro.
"Nunca imaginei que existisse tanto equipamento para cavalos", pensou, notando a variedade de selas, arreios e mil outros artigos que ela não sabia identificar.
Encantou-se de imediato com um par de botas estilo western, de couro muito macio, eram caras, mas decidiu comprá-las assim mesmo.
Pediu ao vendedor que embrulhasse os velhos tênis e desceu para o térreo, orgulhosa de sua aquisição, sentindo-se uma autêntica fazendeira.
— Oh, desculpe! — murmurou distraída, quando bateu num homem que surgiu de repente à sua frente.
Quase perdeu o equilíbrio, mas ele a segurou com firmeza, na verdade, com força demais.
Era Gerald!
— Que sorte encontrar você... Estava achando que teria de subir a maldita montanha para podermos continuar nossa conversa.
Ele começou a arrastá-la para fora, e, para evitar uma cena, Anahí deixou-se levar.
Quando chegaram à rua, puxou o braço que ele ainda segurava, como se receasse que ela escapasse.
— Muito bem, Gerald. Agora pode me soltar. Não acha que está levando as coisas um pouco longe demais?!
O brilho das lentes escondia os olhos dele, mas a boca se retorceu num sorriso mau.
— Você veio longe demais, minha querida, tenho de admitir que mesmo eu não encontraria um esconderijo melhor.
Anahí desistiu de tentar adiar a explicação que ele exigia.
Havia uma pequena praça no meio daquele quarteirão, e foram para lá.
Sentaram-se num banco de madeira, ao lado de um canteiro de petúnias, isolados da rua por um grande arbusto.
Tomando fôlego, ela começou a falar.
— Vamos começar pelo que de fato lhe interessa. Você quer as opções, certo? Mas elas não estão comigo. Vou poupar seu tempo e o meu e repetir o que já lhe disse, eu as enviei para Petter, há vários dias. Portanto, é inútil continuar me perseguindo. E se alguém deve explicações, é você, seu gângster, que as roubou descaradamente!
Gerald riu alto, e a olhou com admiração:
— Você não tem medo de mim, não é, minha gatinha? Sabe que ainda acho que faríamos um belo par?
Recostou-se no banco, tendo o cuidado de acertar o vinco das calças.
A mão pousada no joelho era curta e branca, e Anahí não pôde deixar de compará-la às mãos que ela amava, grandes, calejadas e bronzeadas, nunca havia notado esse aspecto nédio da pele de Gerald, o que lhe causou um certo asco.
— Não faríamos um belo par, Gerald. Eu nunca poderia amá-lo.
A mão branca se enrijeceu e ele endireitou-se no banco.
— Muito bem. Então, vamos esquecer o lado romântico e falar de coisas práticas. Escute, Anahí, posso até perdoar você ter se intrometido em meus negócios particulares, mas se eu não recuperar logo esses papéis, vou perder muito dinheiro. Compreende? Quero encontrar Petter e lhe propor um acordo, que será vantajoso para nós dois. Se você o persuadir a falar comigo, prometo deixá-la fora disso.
— Ora, não seja pretensioso! Seus capangas sabem muito melhor do que eu onde encontrá-lo! Eles seguiram Petter até o advogado dele, que é a pessoa a quem você deve procurar!
— Não acredito nisso. Como você disse, estou bem informado sobre os passos de Petter e ele não procurou advogado algum. Você está tentando protegê-lo, mas sei como fazê-la mudar de ideia, minha querida. Eu poderia contar ao seu namorado uma história interessante sobre Anahí Portilla, melhor ainda, poderia contar-lhe sobre os casacos de pele e o apartamento que comprei para ela...
Autor(a): Mila Puente Herrera ®
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Anahí o encarou, furiosa, com os olhos azuis faiscando. — Ora, Gerald, pensa que Alfonso é ingênuo a ponto de acreditar num absurdo desses?! — Eu não teria tanta certeza. Os amantes sempre foram ciumentos, e duvido que esse Herrera seja diferente, aliás, ele parece ser um homem bastante violento. Apesar de um pouco intimidada ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 48
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ponnyforever10 Postado em 01/12/2018 - 18:55:54
Muito bem, Anahí Portilla... Parece que, mais uma vez, você terá de mudar seu nome. Que tal "Sra. Herrera"? Mas agora, meu amor, é melhor acostumar-se, porque desta vez é para sempre. AAAAA *-----*. AMEII A FIC AINDA ELA FICOU GRÁVIDA *----*
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caah29 Postado em 01/12/2018 - 00:15:15
Ahhhhh não acreditou que acabou !!! Que história linda
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ponnyforever10 Postado em 30/11/2018 - 20:10:53
Aii eu confesso que essa confusão me fez rir kkkkkkk. A verdadeira história sobre mia e Oscar ele foi tão bondoso com mia :). Que dó da Anahi ela acha que vai ter que ir :(.
Mila Puente Herrera ® Postado em 30/11/2018 - 23:25:29
Não tem como não rir com a *trupe* KKKKKKKKK Poisé :/ Será que vai? :x
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caah29 Postado em 29/11/2018 - 23:57:04
E agora ??? A verdadeira mia apareceu ... ele precisa deixar a Anahi se explicar
Mila Puente Herrera ® Postado em 30/11/2018 - 23:16:44
Tá aí :3 Quem esperava essa né? :/ Poisé...
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ponnyforever10 Postado em 29/11/2018 - 20:36:47
Quando Poncho chegou furioso pensei ele já sabe mas me enganei ... . Morta que Juan sabia kkkk adoro ele tão compreensivo *---*
Mila Puente Herrera ® Postado em 29/11/2018 - 23:41:25
Poisé... Temos o susto junto com a Narrí :3 Juan é ótimo *--*
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ponnyforever10 Postado em 26/11/2018 - 20:14:38
Gerald é um cretino e tão patético .... . Anahi contou um pedaço da verdade kkkk ja é um começo :)
Mila Puente Herrera ® Postado em 27/11/2018 - 23:09:08
MUITO :@ Pois é, devia ter contado tudo logo...
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ponnyforever10 Postado em 24/11/2018 - 13:40:02
Eu to morta de amor com esses dois Poncho td fofo *-------*. Gerald maldito achou ela !!!!. Ai o que será que aconteceu agora :0
Mila Puente Herrera ® Postado em 26/11/2018 - 19:46:58
Será que agora ele *baixa a guarda* de vez? :3 Poisé :@ Olha aí... :/
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caah29 Postado em 24/11/2018 - 09:22:44
Não acredito que o Gerald Lasker achou ela
Mila Puente Herrera ® Postado em 26/11/2018 - 19:45:30
Poisé... Achou ¬¬
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ponnyforever10 Postado em 23/11/2018 - 20:39:47
Juan melhor pessoa kkkkkk. Ai Anahi devia ter contando .. . Será que ela vai embora :0
Mila Puente Herrera ® Postado em 23/11/2018 - 23:29:49
SIM, super cupido KKKKKK Pois é, deveria msm :/ Será? :X
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caah29 Postado em 23/11/2018 - 08:33:38
Ela não pode ir embora ;(
Mila Puente Herrera ® Postado em 23/11/2018 - 23:28:58
Será que vai? :/