Fanfic: Recomerçar - Portiñon - finalizada | Tema: Portiñon

--Agora é só esperar ele nos dá alguma pista, o rapaz está  trazendo amanhã o material para termos acesso a interceptação

--Ok vamos voltar ao trabalho, o Cleiton conseguiu algo da tal ONG.

--Ótimo. 

Cleo disse e eles voltaram ao trabalho, o dia passou-se e Anahí tentou ocupa-se para não pensar em sua ruiva, mas foi impossível ao sair passar na frente da sala dela, pode ver Cleo sentada na mesa dela, enquanto sorriam divertidamente.

--Anny vamos pra casa? – Ucker disse ao notar o motivo da inércia dela próximo a janela da delegada

--Vamos sim.

--Já te disse que você está entregando-a de bandeja para outra.

--Não enche meu saco. 

Saiu deixando o amigo novamente para trás, ao chegar em casa repetiu o ato das ultimas noites, após embriagar-se  escutou a companhia tocar, levantou cambaleante para abrir.

--Aninha te liguei algumas vezes e você não atendeu – Livia entrou na casa e logo notou que a irmã estava bêbada. –Mas que merda é essa? Novamente Anahí? Você está louca se embriagando todos os dias.

Segurou o braço da irmã que a olhou nos olhos e não deixando as lagrimas caírem.

--Por que dói tanto Liu? Estou sufocando – Disse aos prantos.

--Oh minha irmã, vem aqui – A levou ate o sofá e a deitou em seu colo.

--Dói Liu não sei se vou conseguir ficar sem ela.

--Eu não sei nem o que dizer, não imaginava que você poderia ficar assim tão fragilizada – Fazia carinho na cabeça da irmã

--Eu amo minha anjinha de cabelo de fogo, Liu não vou suportar ver ela com outra, prefiro me isolar do mundo ou nunca mais a vê-la, mas não vou conseguir ver outra beijando-a, abraçando-a.  – Falou sonolenta

--Shiii, Descansa minha irmã descansa – Fez um carinho na cabeça da irmã até ela adormecer.

--May tem alguém na porta.

--Vai lá Bambi acho que é a Anny.

Gritou da cozinha Ucker que foi acertar alguns detalhes da festa com a Angelique e estava a esperando, pois ela tinha saído com a ruiva para comprar algumas coisas

--Livia? Você aqui? – Ucker perguntou sem entender ao ver a irmão da sua amiga na porta.

--Oi Uckermann a May está? – Perguntou de cabeça baixa?

--Livia? Aconteceu algo? – Maitê aproximou-se

--Gostaria de conversar com você sobre a Anny – Falou ainda envergonhada

--Aconteceu algo com ela? – Ucker perguntou e Livia ficou um pouco desconfortável, entendendo isso Maitê adiantou

--Pode falar ele já sabe, alias ele soube primeiro que ela mesma.

--Pelo que vejo sou a ultima pessoa que soube, que legal – Sentou no sofá desolada.

--Sim, mas o que está acontecendo com a Anny? Ela não saiu muito bem da DP – Ucker sentou ao lado de Livia.

--Ela está completamente bêbada, não sei o que fazer, nem quando o Poncho morreu ela ficou assim.

--É quando o Poncho morreu ela já estava abalada Dul não a quis enquanto ela estivesse com ele.

--Então quer dizer que ela traiu o Poncho?

--Isso eu não sei, mas sei que elas se apaixonaram assim que se viram isso pode ter certeza.

--Eu não sei o que fazer. – Colocou o rosto entre as mãos

--Livia você vai apoia-la? – Ucker perguntou olhando-a

--Isso é uma loucura, como isso aconteceu? Eu não sei o que fazer, tenho medo que ela se machuque nunca a vi tão vulnerável, será que esse mundo não vai transformar minha irmã em uma... – Parou de falar olhando para Maitê.

--Lesbica? Sapatão? Livia sua irmã é lesbica sim e durante muito tempo se retraiu e lutou fortemente contra isso, coisa que não é nada fácil, esconder daqueles que amamos verdadeiramente quem somos, dói ao ver que aqueles que deveriam nos amar incondicionalmente poderão nos dá as costas por sermos alguém que não pedimos pra ser, ou você acha que é fácil ter dedos apontados constantemente ou ser humilhado? A nossa sexualidade não é uma opção Livia somos gay, mas não pedimos para sermos, não é safadeza, falta de educação quando criança ou algo do tipo é o que somos – Livia olhou espantada para Ucker.

--O que somos? Você é? – Não concluiu

--Gay? Sou e choro todo dia antes de dormir por não poder gritar isso ao mundo, apenas para não perder o contato da minha sobrinha que amo como uma filha, pois tenho um irmão que diz que prefere ter um familiar morto a ter um viado na família, você não imagina a dor que isso causa toda vez que ele diz, mas mesmo me machucando eu me seguro por saber que ele é capaz de me proibir de ter contato com minha sobrinha.

--Nossa eu, eu nem sei o que dizer.

--Apenas ame sua irmã Livia ela tem muito amor e orgulho pela família dela, não a julgue apenas a ame – Livia abaixou a cabeça nas mãos deixando as lagrimas escorrerem

--Eu estou tão perdida sabe, não sei como lidar com isso em contrapartida eu amo minha irmã e quero ajuda-la, ela estava repetindo que não iria conseguir ver a delegada com outra, ela está com outra é isso?

--Não, é a cabeça dura da sua irmã, a Dulce se sentiu humilhada por ter sido expulsa da sua casa daquela maneira, e quando ela foi conversar disse que não queria sofre então sua irmã colocou na cabeça que se ela ficasse com ela iria a fazer sofrer, acabou que ela nem toma a iniciativa de conversar com Dul e a ruiva está apenas com medo que isso se repita, então ficam as duas sofrendo nessa quebra de braço invisível. – May resumiu a historia dessa forma

--Eu vou pra casa os meninos estão com o pai, mas daqui a pouco ele vai ter que sair, obrigada e desculpa incomodar – Levantou

--Ela está dormindo?

--Sim está, porem não conseguir fazê-la ir pra cama.

--Eu vou lá e a levo fica tranquila. – Ucker se prontificou

--Obrigada. – Maitê a levou ate a porta

--O que ela queria dessa vez? -  Perguntou Angelique após cumprimentar Livia na saída do elevador.

--Estava conversando, a Anny bebeu novamente.

--Conversei bastante com a Dulce, ela está morta de saudade, só não correu atrás da Anahí porque está com medo dela ter escolhido a família.

--Eu sabia que ela estava pensando isso, a Anny também não a procura – Ucker disse.

--É Ucker ela acha que ela escolheu deixa-la e fingir para sua família que nada aconteceu.

--Como elas podem tirar tantas conclusões sem ter certeza de nada, nunca vi, duas cabeças duras, vida o que você e a Dulce estavam planejando?

--Nada demais só fomos escolher o bufê e compramos algumas coisas.

--É? O que ? – Foi em direção as bolsas

--Não mexa ai, é uma surpresa. – Angelique colocou as mesmas no colo

--Agora ela vai infernizar você durante dias para saber o que tem ai – Ucker disse rindo

--Então vai ficar infernizando em vão, não vou contar, vou tomar banho e dormir, boa noite Ucker – Saiu empurrando a cadeira de rodas.

--Boa noite eu também já vou.

--Ucker amanhã vá ver aquilo que te falei com a Anny.

--Tudo bem May, até mais. 

Ucker antes de ir para casa, foi na casa da amiga com a chave que May o emprestou e a levou para a cama.

--Droga estou atrasada – Anahí disse saindo de casa as pressas

-- Bom dia Anny, ressaca?

--Oi May um pouco. – Disse entrando no elevador.

--Hum quero ver se essa bebida toda vai te dá coragem de procurar à ruiva

--Ela não quer que eu a procure, e me diz você conseguiu algo?

--Ainda não o agente da PF vai começar hoje, irá ficar junto comigo, e porque você mudou de assunto?

--Eu não mudei de assunto, ate mais tarde eu estou atrasada – Saiu do elevador correndo.

--Bom dia Ucker alguma novidade?

--Não, só que vamos para a universidade daqui a pouco a May conseguiu o contato com um rapaz que foi convidado para a tal ONG

--Ótimo o cerco está se fechando hoje vamos ate... – Parou de falar pois a porta foi aberta.

--Eu quero saber o que é isso aqui? – Dulce perguntou jogando uma pequena caixa na mesa dos detetives.

--Não sei do que se trata – Anahí disse antes de pegar a caixa

--Delegada isso é meu – Cleo entrou na sala interferindo

--E por que temos o nome de “para a detetive Anahí, interceptação” eu não solicitei nenhum mandato para nenhuma interceptação e você também não Cleo.

--Eu não pedi e nem iria, e outra a detetive não tem nada a ver com isso. – Pegou a caixa da mão dela

--Eu não sou burra, sei que tem o dedo de vocês duas nisso e vai ser cancelado agora, Anahí eu já disse que não aceito esses tipos de condutas, da Cleo eu espero tudo ela sabe muito bem se virar das enroladas dela, mas você não, não vou arriscar você ser processada futuramente por atos ilegais, essas interceptações serão cancelas agora, entendido? – Olhou com raiva para Anahí que estava espantada por aruiva agir tão duramente

--Não se preocupe, nós iremos cancelar as Interceptações. – Cleo disse pegando o celular.

--Droga Anahí eu já tinha te falado sobre os risco disso.

--Risco maior corremos ao ter pessoas como esses bandidos na rua – Saiu de seu silencio e falou – Se eu estou fazendo isso é por que não quero ver mais nenhum corpo naquela rua, não podemos deixar que pessoas como nós sejam mutiladas, quem me garante que daqui a algum tempo não seja eu, você o Ucker a está naquela situação.

--Não é dessa maneira que vamos conseguir isso, e outra isso não iria acontecer com alguém que está protegido em seu armário quentinho como você -  Dulce disse com a cara fechada, deixando uma Anahí sem saber o que falar. –Sabe de uma coisa, deixa pra lá, Cleo quero falar com você agora. – Deu as costas e saiu pisando duro.

--Eu avisei que ia dá merda – Ucker disse

--Deixa comigo, não se preocupem, e não deu merda em completo, ela não sabe das escultas ou seja ainda temos algo – Cleo disse sorrindo como se nada houvesse acontecido

--Você ouviu Ucker ela acha que tenho medo de me assumir. – Anahí falou triste.

--E será que não tem Anny? – Questionou

--E o pior que tenho, mas vamos deixar isso quieto, vamos conversar com o garoto – levantou para espantar os pensamentos e saíram da sala.