Fanfic: Recomerçar - Portiñon - finalizada | Tema: Portiñon

--Licença, boa tarde – Dulce colocou a cabeça na porta e ao ver a morena ali não conseguiu desviar os olhos daquela que ama ali deitada e viva.

-- Ola delegada, entre, está melhor? – O pai de Anahí perguntou preocupado

--Estou sim, obrigada.

Ela disse sem tirar os olhos de Anahí, caminhou ate ela e não segurou as lagrimas e começou a chorar no pé da cama dela.

--Acho que já está na hora de ir, o medico disse que não poderíamos demorar – A mãe de Anahí disse assim que viu Dulce pegar na mão de Anahí.

--Ai mãe só um pouquinho se ele vier reclamar nós saímos – Livia notou o real motivo da implicância da mãe

--Nada disso, vamos lá todos, vamos deixar ela descansa – Disse abrindo a porta e olhando feio para a ruiva.

--Tudo bem vamos lá – Maitê disse não gostando

--Eu gostaria de ficar som mais alguns minutos dona Tisha – Dulce pediu.

--Nada disso estou seguindo as recomendações medicas, quero sempre o melhor para minha filha – Usou de duplo sentido ao pronunciar a frase.

--Tisha deixe de ser mal educada – O senhor reclamou.

--Não é falta de educação apenas quero que minha filha se recupere – Falava olhando diretamente para Dulce.

--Tudo bem, ate mais tarde – Dulce disse saindo de cabeça baixa.

--Não fica assim Dulce ela está confusa e muito tensa por todos esses eventos. – Ucker falou passando o braço pelos ombros da delegada.

--É ruiva, vai para casa, tenho certeza que assim que a Anny acordar vai chamar por você.

--Eu não vou sair daqui, quero está aqui quando ela acordar – Disse sentando em um pequeno sofá que tinha no final do corredor onde estava o quarto de Anahí.

--Tudo bem, eu fico aqui com você – Maitê disse sentando junto com ela.

--Eu também – Ucker sentou no outro lado

--Obrigada.

Ali Dulce pode ver que tinha mais que dois amigos e sim dois irmãos que poderia contar sempre, ela ficou ali falando o que tinha ocorrido no cativeiro, depois de alguns minutos viram a mãe de Anahí aproximando-se

--Olha aqui, eu não quero você perto dela me ouviu, minha filha está confusa, confusão essa feita por você então não se aproxime dela, esse tempo vai ser bom para ela ver a burrice que anda fazendo.

--Não é burrice dona Tisha, é amor o amor mais puro e sincero que se pode existir.

--Não é amor é ilusão – Disse com os olhos cheios de raiva

--Ilusão? Você acha mesmo que uma pessoa que se dispôs a tomar a minha frente em um tiro não senti nada por mim? – A senhora arregalou os olhos e a ruiva continuou –É isso mesmo, aquele tiro era pra mim e ela salvou minha vida por me amar, e não pense que eu faria diferente por ela – Falava firme

--Isso não representa nada ela faria isso por qualquer pessoa, minha filha tem um grande coração. – Alterou a voz

--Mãe para com isso, a senhora tem que aceitar a Dulce faz parte da vida da Anahí e ponto – Lívia disse tentando fazer a mãe enxergar.

--Ela está colocando essas ideias na cabeça dela isso sim e isso eu não permito.

--Dona Tisha me desculpe, eu tenho maior respeito pela senhora, mas isso é uma escolha da Anahí e sua filha é feliz com a ruiva, não a nada que a senhora permitir ou não.

--Maitê você não pode concordar com isso, isso é uma doença está tirando a razão dela.

--Se isso é uma doença pode me considerar totalmente doente e não pense que eu quero me curar, pois sou a pessoa mais feliz desse mundo sendo quem eu sou, se eu sou doente a seus olhos pode ter certeza que nunca terá existirá outra forma para eu ser mais feliz que ao lado da minha esposa. – Maitê falou fazendo à senhora ficar chocada.

--Sua, sua esposa? – Perguntou gaguejando

--Isso mesmo, minha esposa ela que é a pessoa mais maravilhosa que existe nesse mundo, com quem eu vou formar minha família onde sou e serei muito feliz, e a senhora pode ter certeza que esse não é uma coisa unicamente minha, pois sua filha sente a mesma coisa pela ruiva se não com mais intensidade.

--Eu não vou escutar isso.

A senhora disse voltando para o quarto da filha.

--Não fica assim cunhadinha logo logo a ficha dela cai – Dulce esboçou um pequeno sorriso ao ser chamada de “cunhadinha”

--Assim espero, Livia como estão os meninos?  - Ela perguntou ao ver Livia sentando ao seu lado

--Estão bagunceiros e chatos como sempre – Disse sorrindo – Loucos para vim ver a tia.

--Deve ser complicado ter dois meninos em casa mesmo – Dul sorriu

--É e com idades tão distintas que o bicho pega, mas não dou moleza para eles.

--Imagino que não, a Anny é louca pelos sobrinhos.

--É sim ela sempre amou crianças se prepare que tenho certeza que com você ela vai querer encher a casa – Livia disse e todos sorriram com a cara que a Ruiva fez.

--Calma ruiva não precisa se desesperar – Maitê disse também sorrindo.

--Ela nunca falou de filhos

--Também não tiveram paz nos últimos meses, mas eu mesmo que dois afilhados duas meninas para eu ensinar a elas de maquiagem e também sair para paquerar uns bofes, isso se não puxarem as mães – Ucker disse

--Eu também quero dois afilhado um menino e uma menina – Maitê disse sorrindo

--Ei calminha ai, ao menos deixa as mães dos seus afilhados pensarem sobre isso antes – Dulce disse sorrindo, mas seu sorriso se desfez ao ver uma movimentação de médicos entrando apressadamente no quarto de Anahí.

--O que está acontecendo? – Ucker perguntou ficando de pé

-- Vamos lá saber.

  Saíram correndo para o quarto.

--O que houve? – Dulce perguntou entrando e logo seus olhos encontraram com o de uma Anahí agitada.—anny. – Ela correu para junto dela pegando em sua mão

--Anjinha – Anahí esboçou um pequeno sorriso e voltou a dormir 

--Ela acordou e ficou um pouco agitada, isso é normal, injetei um calmante fraquinho, daqui a algumas horas ela acorda. – Disse o medico

--Nossa pensei que era outra coisa – Lívia disse suspirando.

-- Agora já passou vamos deixar ela descansar – Tisha disse querendo novamente expulsar a ruiva do quarto.

--Dona Tisha eu poderia falar com a senhora um instante? – Dulce propôs, a mais velha olhou para a cara de reprovação da outra filha e foi ver o que a delegada queria

--Diga logo o que você quer e vá embora. – Disse assim que saíram do quarto

--Eu não vou embora e se a senhora quiser que eu saia daqui vai ter que arranjar uma ordem judicial para isso, e pode ter certeza que isso ira ser bem difícil, pois eu tenho provas suficientes para provar que sou companheira dela a senhora aceitando ou não e outra tenho certeza que nem a Anahí nem a senhora quer que seu marido descubra da sua filha por um advogado, estou certa? – Disse olhando firme para os olhos da senhora que ficou sem saber o que falar. – Ótimo que a senhora não tem oposição pois eu vou entrar nesse quarto e só sairei se for realmente necessário – Deu as costas e entrou no quarto, ao entrar puxou uma cadeira que estava ao lado da cama de Anahí pegou uma de suas mãos e ficou ali velando o sono da sua amada.

--Mãe, pai vamos aproveitar que ela vai demorar a acordar e vamos comer alguma coisa – Lívia chamou

--Mas ela vai ficar aqui sozinha?

--Não dona Tisha nós vamos ficar aqui, não se preocupe – Ucker disse.

--É Tisha precisamos de um banho e comer algo descente, estamos desde ontem aqui. – O senhor disse

--Tudo bem, mas vamos voltar rápido – Ela disse olhando com raiva para Dulce.

--Menina o que você disse para a mulher que ela abaixou a bola? – Ucker disse assim que eles saíram

--Só que eu iria ficar e pronto e se ela quisesse me tirar daqui apenas com uma ordem judicial, acho que ela se assustou – A delegada disse sorrindo

--É mais foi bom, ela estava passando dos limites. – Maitê afirmou.

May e Ucker passou a contar de forma divertida sobre algumas aventuras que viveram com Anahí e isso levou algumas horas.

--Agora mudando de assunto o que houve para a Cleo está quase matando a sua ex quando entramos no quarto não me diga que ela estava dando encima de você – Maitê perguntou

--Não foi isso, foi que... – Ela iria continuar a falar, mas sentiu um aperto leve em sua mão. –Anny amor? – Passou a levemente a mão no rosto da morena.

--Se ela não matou aquela loira azeda eu mesma o farei – Anahí disse baixinha abrindo os olhos lentamente.

--Oi amor, como você está se sentindo? Vou chamar o medico – Dulce não segurou a emoção ao encara-la e deixou uma lagrima escorrer.

--Não chora anjinha.

Estendeu a mão amparando a lagrima.

--Eu tive tanto medo – Dulce  se entregou a um choro mais intenso

--Não chora, eu estou aqui não estou? – Falava baixinho

--Por que você fez aquilo, não poderia ter se jogado assim na minha frente.

--Eu não poderia deixar ele ti machucar, você não entende que se você morresse eu morreria junto mesmo ficando viva – Anahí falava afagando aqueles cabelos acobreados que tanto amava.

--Nunca mais faça isso me escutou? – Beijou a mão da ruiva.

--Sim senhora delegada. – Deu um risinho de canto de boca

--Ai que lindo eu estou tão emocionada – Ucker disse chorando