Fanfic: Recomerçar - Portiñon - finalizada | Tema: Portiñon

--Não posso te dizer que nunca fui feliz, tinha horas que eu era sim esquecia de tudo que minha cabeça e meu corpo me faziam sentir e me abria, mas na maioria do tempo eu me escondia disso tudo, dai me enterrava no trabalho, acho que um dos motivos de eu gostar tanto de trabalhar infiltrada é isso, eu sou outra pessoa, tenho que atuar para os outros e isso eu sempre fiz desde muito nova. – Falava e as lagrimas não cessavam.

--E por que com a delegada é diferente? Por que você não se segurou como fez das outras vezes?

--Não conseguir mãe, desde primeiro momento que eu vi a Dulce. eu me desmanchei, não sei, foi como se algo que estava trancafiado dentro de mim se libertasse, eu lutei tentei fugir, mas com apenas um olhar dela eu me desmanchava, todas as correntes caiam, isso foi pior de que todso os outros sentimentos que eu sentia antes, agora eu não conseguia esconder e também não sabia lidar com tudo isso, e quando por um minuto eu baixei a guarda e me abrir isso me fez a pessoa mais feliz desse mundo me sentir livre, imensuravelmente feliz. – Deu um leve sorriso.

--Filha eu não entendo nada disso, não posso dizer de uma hora para outra que vou entender, mas quero que você saiba que vou me esforçar muito para isso. – Levantou e pegou na mão da filha que apenas chorava feliz com o que a mãe tinha dito.

--Eu te amo mãe, e prometo que estarei aqui para esclarecer todas as suas duvidas.

--Eu também te amo filha, mas saiba que eu só quero te ver feliz. – beijou a testa da filha.

--Mãe eu sei que é cedo para pedir sua ajuda, mas eu quero contar para o papai, a senhora acha que vai ser muito complicado?

--Não sei exatamente filha, ele tem aquele lado compreensivo para vocês, mais ele pensa igual a mim não acho que vai ser fácil.

--Imagino, mas vou tentar mãe não quero mais me esconder, assim que sair daqui eu vou conversar com ele.

--Você sabe o que faz, agora tenta descansar amanhã logo cedo o medico disse que iria vim te examinar.

--Tudo bem, mãe. – Acomodou a cabeça no travesseiro. – Mãe?

--OI Anny. 

--Eu te amo – Disse fechando os olhos.

--Eu também te amo filha.

Ela ficou um tempo parada olhando para ela e logo notou a filha dormindo, tentou entender se tudo o que estava acontecendo era por algum erro seu ou não seria um erro e sim algo não tão ruim, a senhora revirou a noite naquele pequeno sofá entre pequenos cochilos, logo viu o sol surgir.

--Bom dia. – Viu a ruiva entrando no quarto.

--Bom dia – Tisha disse um pouco incomodada, porem sem aquela raiva da delegada.

--Ela dormiu bem? 

Aproximou-se e fez um carinho nos cabelos da morena.

--Sim, eu que penei um pouquinho graças a esse sofá minúsculo – Levantou movimentando os braços.

--Bom dia olha a hora do banho – Disse uma enfermeira entrando na sala. – Ela ainda está dormindo? – Disse olhando Anahí que não dava sinal que estava despertando.

--Essa ai se deixar dormi ate ás onze da manhã – Dulce disse com um pequeno sorriso.

--É a Anahí sempre me deu trabalho para acordar e olha que sempre fiz questão de colocar ela para estudar de manhã para ver se ela melhorava, mas não teve jeito.

--Então vou dá banhos nas outras, vou deixar ela por ultimo. 

A enfermeira disse sorrindo e logo saiu empurrando uma pequena mesinha com matérias.

--Simpática ela

--É acho que ela está de plantão foi ela que veio a noite dá a medicação, vou lavar o rosto 

A senhora foi para o banheiro do quarto, Dulce puxou uma cadeira e sentou-se ao lado da cama de Anahí, que dava sinal de quem despertaria

--Bom dia minha anjinha – Disse ainda abrindo os olhos.

--Bom dia meu amor – Levantou-se e pegou na mão da outra. – Como está se sentindo?

--Estou bem, acho que vou levantar e puxar uns ferro na academia depois correr um pouco – Disse sorrindo.

--Anny deixe de ser palhaça!

--E você deixe de ser chata e me der um beijo – disse encarando os olhos da sua ruiva que apenas abriu um largo sorriso e a beijou levemente.

--Já estava com saudades.

--E só ganhei esse beijinho mínimo desse? – Fez bico.

--Sua mãe pode entrar, é melhor não exagerar agora que ela está me deixando te ver– Fez carinho nos cabelos moreno.

--Ela chegou a não deixar?

--Não é que agora ela está mais aberta – Não quis comentar todo espetáculo que Tisha tinha feito durante o tempo que estava desacordada.

--Ontem conversamos ela vai tentar. – Pegou a mão da ruiva e a beijou, logo viram a mais velha saindo do banheiro.

-- Vou tomar um cafezinho, já volto – Olhou para as mulheres que estavam de mãos dadas depois olhou para filha. –Quer um Dulce?

--Não dona Tisha, não precisa preocupa-se já tomei antes de vim para aqui.

--Tudo bem, cuida dela – Disse e saiu.

--Olha isso, ela me parece mais aberta mesmo.

--Está agora eu mereço um beijo digno agora?

--Um só?

A ruiva desceu a cabeça e a beijou ternamente.

-- Credo isso é um hospital sabia? – Ucker disse entrando no quarto e assustando as mulheres.

--Droga Ucker que susto – Dulce colocou a mão na cintura.

--O que foi? Vocês que deveriam prestar mais atenção e fechar a porta quando estiver fazendo essas safadezas.

Ele aproximou-se rindo e logo emendaram um uma conversa sobre o caso.

--Ola! Vamos para o banho?

Uma linda enfermeira com pele morena, seios fartos e roupa justa disse entrando no quarto.

--Banho? Mas ela pode levantar-se? – Ucker perguntou curioso

--Não senhor, eu irei fazer uma higienização nela, ainda não é recomendado ela levantar – Disse mostrando o seu melhor sorriso. – Vamos lá?  - Puxou um carrinho com o que precisaria 

--Claro.

Anahí desviou o olhar para o decote dela por menos de um segundo, olhar esse que não passou despercebido pela ruiva.

--Então agora peço que vocês saiam um pouquinho  - Disse para Ucker e Dulce.

--Você vai despi-la?- Dulce perguntou com a cara de poucos amigo

--Sim senhora, ela não pode fazer nenhum movimento brusco ao menos nos próximos dias, e farei questão de vim cuidar dela.

A ruiva faltou matar ela com o olhar.

--Ucker você sai eu não vou sair – Bateu o pé e encostou na parede.

--Não se preocupe será rapidinho – A enfermeira insistiu

--Pode durar um segundo daqui eu não saiu.

Olhou feio para Anahí que estava prestes a sorrir.

--A senhora é da família?

--Não se preocupe, pode deixar ela – Anahí disse sorrindo.

--Eu é que vou sair, nunca vi bicho para ser mais ciumento que mulher, vou para a delegacia, xauzinho amiga fica bem.

Ucker saiu deixando as três mulheres ali, a enfermeira trancou a porta e foi em direção a Anahí que tentava segurar o sorriso, quando a enfermeira despiu a detetive e começou a passar um lenço úmido nela os olhos da delegada contorcia-se de pura raiva, enquanto a morena segurava o riso.

--Pronto, está cheirosinha, eu me mato na academia para ter umas pernas definidas assim e ate agora não consegui, amei as suas – Disse descartando as luvas no lixeiro.

--É tem que malhar mesmo, mas não se preocupe logo você conseguir – Anahí resolveu provocar.

-- Assim espero, então ate mais tarde.

Olhou para a ruiva encostada na parede com pose de poucos amigos, deu um sínico sorriso e saiu, assim que ela abriu a porta Lívia entrou no quarto com uma sacola de roupas na mão, olhou para a cara das duas estranhou a distancia, mas nada disse.

-- Bom dia, como você está?

--Bom dia Liu, estou melhorando.

--Estava tomando remédio?

--Não estava tomando banho, agora estou cheirosinha.

Falou com uma cara safada olhando para a ruiva.

--Que bom então – Disse olhando novamente para as duas sem entender nada. –A enfermeira é diferente da que estava ontem não é?  – Falou olhando para a ruiva a fim de puxar assunto

--Pergunta para sua irmã ela parece que gostou bastante dela – Disse fazendo bico

-- Eu não nem prestei atenção, só tenho olhos para uma certa ruiva – Disse segurando o riso

--Deixe de ser descarada Anahí, eu vi você olhando para o peito daquela vadia siliconada, pensa só por que está doente não vou notar?

--Não acredito nisso, Anny você olhou para os peitos da enfermeira? Sua safada.

--Pronto agora duas. – resmungou –Eu não olhei, vem aqui minha anjinha de cabelo de fogo, você fica tão linda assim com raivinha, vem aqui. – Levantou a mão chamando

--Não vou, para você aprender.

--É isso mesmo Dulce, onde já se viu, dê um gelo nela,  safada –Xingou a irmã

--Pronto agora complô – Respirou fundo olhando as duas no canto do quarto fingindo conversar sem dá atenção a ela.  – Ai ai – Disse teatralmente

--Anny? O que houve amor? – Dulce correu para junto dela.

--Está doendo aqui, mas só passa se você me dê um beijinho – Segurou o braço da ruiva

--Anahí, não brinca com isso, me solta.

--É Anahí, isso não é brincadeira.

--Lívia ver se eu estou na esquina e Dul não fica assim vai, eu não olhei para ela, se olhei foi de relance, não fica brava – Fez cara de cachorro que caiu da mudança

--Olha Anahí se eu pegar você de gracinha com aquela enfermeira novamente, vou ficar viúva antes de casar entendeu?

--Entendi, e meu beijinho? 

A delegada abaixou-se e a beijou.

--Mulheres, sempre se deixa levar por uma conversa bonita. -Lívia disse olhando as duas beijarem-se.

Logo alguns familiares de Anahí chegaram para visita-la  Dulce foi para a delegacia, chegando lá tomou as rédeas da sua delegacia e assim passou a semana, quando não estava na delegacia estava ia para o hospital,Tisha começou a respeitar o namoro da filha, começou ate a se reservar com a ruiva nas noites no hospital, após completar dez dias do ocorrido a Anahí teve alta e pode ir para casa, foi para a casa dos pais, pois ainda precisaria de cuidados.