Fanfic: Recomerçar - Portiñon - finalizada | Tema: Portiñon

--Caramba filha que mal humor hein foi da delegacia?

--Foi pai mas não se preocupe só foi um mane me aperreando.

O seu pai nada falou e ficaram ali na mesa, quando iam começar a comer chegou sua irmã com seu sobrinho.

--Tia Anny que saudades. -Ele pulou no colo da tia.

--Também meu amor estava morrendo de saudade, você já comeu meu amor?

--Não, a vovó disse que tinha pudim de leite dai pedir a mamãe para me trazer. 

--A não o pudim é meu, nem venha.

--Nada disso é nosso não é vovó?

--Isso mesmo, agora vamos almoçar que estou morrendo de fome.

Comeram em meio as brincadeiras do menino e da Anahí.

--Bem pessoal agora tenho que ir vou pegar o Poncho pra irmos ao hospital.

--Filha a noite vamos lá ver vocês,  vou rezar para nossa senhora proteger ele.

--Reze mãe ele vai precisar, bênção pai, mãe, até mais.

Saiu para pegar o esposo na casa dos sogros logo eles estavam a caminho do hospital.

--Anny, se acontecer alguma coisa comigo você promete se cuidar?

--Alfonso não fala assim, você vai ficar bom e logo logo estará conosco.

--Assim espero mas me promete?

--Prometo sim, agora descansa que a noite vai ser longa.

--Só se for para você eu vou está dormindo mesmo.

Ele falou rindo, ela balançou a cabeça e seguiram, no hospital ele foi se preparar e ela ficou la esperando os seus sogros logo chegaram e ficaram lá fazendo companhia já a noite os pais dela chegaram e também o seu parceiro.

--Nossa Ucker eu estou com medo, já passaram mais de quatro horas e nenhuma notícia.

Eles estavam na lanchonete pegando um café.

--Calma cirurgia de coração é assim mesmo demorada, Anny eu sei que não é hora mas o que aconteceu ontem você foi na casa da Dulce?

--Fui e quem me recebeu na porta de roupão foi a Paola, aquela miss vodu.

--Nossa Anny o que você fez?

--O que você queria que eu fizesse? Ela não me deve nenhuma explicação apenas fui para casa, fiquei com tanto ciúme e raiva de mim mesma, mas foi eu que não a quis então ela seguiu sua  vida.

--E como seu coração está com tudo isso?

--Destroçada meu irmão, acho que os tiros que já levei não doeu tanto, mas tenho que deixa-la, vamos deixar a vida segui agora meu foco é o Alfonso que está naquela sala. 

--Você sabe que estou aqui para tudo não é?

Ela abraçou o amigo e saíram rumo a sala de espera, essa durou mais uma hora e médico saiu para dar esclarecimentos 

--Bem desculpa a demora foi uma cirurgia complicada ele teve algumas paradas, e infelizmente não conseguimos estabiliza-lo e o perdemos, ele se foi sinto muito.

--Como assim se foi você disse que era uma operação simples -Anahí fica sem saber o que fazer

--Não esperávamos que ele enfartasse na mesa, meus sentimentos - o médico abaixou a cabeça 

--Seu idiota, você era para ter previsto, e agora ele se foi, ele se foi.- Ela segurou no colarinho dele o sacolejando.

--Anahí solta ele, filha ele não teve culpa. -Seu pai a segurava junto com Ucker. 

--Calma Anny violência não vai trazer ele de volta,

Ucker a abraçou firme ela começou a chorar se desvencilhou de Ucker e saiu correndo, não gostaria que nada de mal tivesse acontecido com aquele que foi seu companheiro desde da escola, ela o amava tanto que quis tentar viver com ele mesmo ela sabendo que nunca o amaria como homem mas se existisse algum homem que ela poderia amar era o Alfonso, sentou-se na capela do hospital no último banco e ficou ali não conseguia pensar em nada simplesmente sentia dor, e com essa dor abaixou a cabeça e ficou ali.

--Olá mocinha tudo bem? -Uma freira bem velhinha sentou ao seu lado.

--Como se Deus tirou uma das pessoas que mais amei da vida de mim, não eu não estou bem. 

--Calma minha jovem tente entender uma coisa tudo ocorre no momento certo minha querida se a missão dessa pessoa já foi cumprida aqui na terra não tem o porque dela continuar, e geralmente quando continuam ficam infelizes, você queria ele infeliz? 

--Não ele era meu melhor amigo, ele sempre esteve comigo muitas vezes brigando ou reclamando mas sempre esteve ao meu lado.

--Então ele já pode ter cumprido sua missão pense nisso as vezes é melhor ir feliz do que continua infeliz, possivelmente isso iria acontecer não iria?

Ela levantou e saiu deixou Anahí ali pensando, uns minutos depois ela sentiu alguém acariciar seu ombro, ao olhar em seus olhos sentiu-se sensível e começou a chorar.

--Oh minha linda, calma eu estou aqui não chora.

--Está doendo Dulce, doendo muito.

--Eu sei minha linda, chora que essa dor vai passar.

Anahí foi confortando-se e sentiu segurança, quando ela parou de chora a ruiva falou

--Anny vamos sair daqui, vem vamos descansar um pouco, vamos lá para casa.

--Não posso tenho que resolver as coisas.- Ela levantou do banco e saiu andando 

--Anny deixa eu te ajuda? 

--Não precisa se preocupar eu tenho que fazer isso sozinha me entendi? 

--Mas você nunca vai estar sozinha eu nunca vou deixar você sozinha.

--Vai pra casa sua mulher dever está esperando por você, obrigada por ter vindo.

E saiu andando pelos corredores sem ao menos deixar a ruiva falar nada, a noite Anahí não quis ir para casa resolveu providenciar tudo rapidamente e assim no outro dia a tarde ela enterrou seu companheiro, seu irmão, ela não queria parar por nenhum minuto, todas as vezes que desocupava sua mente uma enorme dor caia sobre ela.

--Aninha vamos lá para casa filha não é bom você ficar só em casa, você tem seu quarto la em casa você toma um banho remédio que derruba ate um elefante e só acordo amanhã ao menos ele me traz um falso alivio por um tempo, não se preocupe eu vou ficar bem.

--Você tem certeza? Eu posso ir para lá ficar com você.

--Tenho mãe pode deixar.

Beijou a testa da mãe e foi para casa, lá pode ter a dimensão do que acontecerá, a casa vazia sem mais ninguém só ela, tomou um dos tarjas pretas do próprio falecido e foi tomar um banho, assim que saiu olhou para cama lembrou dele tentando a seduzi-la e ela fugindo de transar com ele, sempre dizendo que estava cansada ou com a cabeça doendo, varias desculpas ele fingia sempre que acreditava, deitou e nem se deu conta de quanto dormiu.