Fanfic: A Lenda do Dragão | Tema: Original

Acordo no dia seguinte, animado com meu “encontro” com Umika, porém, tenho que focar em descobrir como posso me curar dessa maldição, tenho apenas 12 dias para descobrir algo que me ajude.

Tento levantar, mas, novamente sinto aquele cansaço extremo, ao ponto de não conseguir sair da cama, me vendo obrigado a pedir ajuda para o Marco.

Ele me ajuda a chegar na enfermaria, onde sou medicado e recebo um atestado de UMA SEMANA! Ao questionar o motivo, sou respondido com um singelo “Você não me ouviu ontem, então, se não descansar, irá ter” problemas físicos futuros”, ou seja, terei que descansar, o que me deixa com mais tempo para pesquisar como me salvar, mas, por onde começar? Sei que, provavelmente meu pai deve saber de algo, porém, ele é a última pessoa a quem eu quero pedir ajuda.

Segundos depois, antes de sair da sala médica, encontro Umika, sentada na cama, em dúvida, me aproximo.

– Umika? -

- Bom dia... Sashi -

– Eu também estou aqui – Reclama Marco, sendo ignorado.

Ao encurtar o meu nome, ela faz os dois corarem

- Bo...Bom dia, está tudo bem? -

Percebo um leve incomodo da jovem.

– Sim, depois do que ouve ontem, achei melhor passar aqui e fazer um novo check-up, e você? O que faz aqui? -

– A mesma coisa, acredita? -

– E está tudo bem? -

– Sim, tenho a cabeça de ferro -

Ambos rimos, me despeço, planejando seguir para a biblioteca, mas antes, sou abordado por Marco.

– Você não veio aqui para isso, tudo bem não contar para ela? -

– Sim, estou apenas cansado, não é nada que ela deva se preocupar -

– Entendo, então, eu vou para a aula, vê se descansa -

– Pode deixar -

Me separo de Marco e sigo para a biblioteca.

O médico repara que ambos já foram, e, questiona Umika:

– Tudo bem não contar a esse menino o que está acontecendo? -

– Sim, ele é a última pessoa que deve saber disso -

– Tudo certo para a viagem? - o médico indaga a jovem

– Ainda estou em dúvida sobre a data, não podemos adiar um pouco mais? -

O médico a encara com um olhar preocupado.

– Não, seu estado é crítico, devido ao seu histórico familiar, não poderemos atrasar além dessa data, em outras palavras, para evitar o mesmo que o Rio -

– Eu sei, estarei pronta até esse dia, apenas queria ver a final do campeonato -

– Entendo -

O sinal para a primeira aula toca.

– Está tudo em ordem, não se desenvolveu mais até agora -

Ambos se despedem e Umika segue para a sala.

Necessito de provas ou algo que me ajude, sigo para a biblioteca para procurar lendas antigas, mas sem muito sucesso, após as aulas Marco surge para me ajudar, gastamos o primeiro dia sem muitas evidências

O segundo dia segue o parâmetro do primeiro, sem muitas descobertas, me vejo em um beco perdido, apesar da grande biblioteca não consigo nada de novo e assim se segue até o fim da semana.

No sábado tenho minha segunda crise de dor, meu corpo parece estar cada vez mais pesado e difícil de se movimentar, o colar trinca um pouco mais.

Ao tentar sair do quarto me encontro com Umika, que me ajuda a retornar para a cama, mostrando desespero ao me ver, tento agradecê-la, mas preciso seguir minha pesquisa, ao tentar me levantar sou impedido pela mesma que me questiona:

– Tenho reparado que você não está descansado, você precisa ficar na cama! –

Entendo a preocupação dela, mas não tenho tempo a perder.

– Umika, eu não queria ter que te contar isso, mas eu não posso perder tempo deitado!

Eu retiro meu colar de dentro da minha blusa, a deixando assustada devido à mudança no mesmo.

– Você se lembra de quando o viu pela última vez? Eu preciso de informações sobre isso, estou correndo contra o tempo.

- Sashi...-

– Preciso de ajuda, não queria te contar isso, nos conhecemos a pouco tempo e não queria jogar essa carga em cima de você.

Ela se inclina levemente para frente e me abraça, me deixando sem palavras

– Você não precisa carregar o mundo sozinho, você tem amigos para te ajudar! –

Não consigo conter minhas lágrimas.

– Eu estarei aqui com você o tempo que eu puder, divida o peso do mundo comigo, quero poder te ajudar – Ela começa a chorar

– Você sabe que eu posso me transformar em um monstro, né? Não serei mais eu mesmo, serei uma aberração -

Ela fica levemente corada e me diz:

– Você será você mesmo, não importa se será um monstro ou um humano, é com você que eu quero estar -

Ambos nos encaramos e ficamos muito vermelhos e ela tenta se corrigir.

– COMO AMIGO! QUERO ESTAR COM VOCÊ COMO AMIGO! –

Começo a rir, e ao mesmo tempo fico levemente desapontado.

– Eu sei, mas isso já é muito bom -

Ela sorri.

– Você não pode deixar isso te vencer, lute até não poder mais, deve ter algum jeito de mudar isso, virar um monstro não deve ser a única opção -

Após essas frases algumas lembranças da minha mãe surgem em minha mente, será que ela também passou por isso? Será que ela teve apenas essa opção? Uma única opção…. única opção? ÚNICA OPÇÃO? ÚNICA OPÇÃO? É ISSO!

Abraço fortemente Umika antes de me direcionar ao corredor.

– Você me deu uma ideia! Sei exatamente o que fazer –

Ela fica surpresa e tenta evitar de eu sair do quarto

– Você não está bem para sair! -

– É uma coisa que eu tenho que fazer sozinho, volto logo, você pode orar por mim até eu voltar? -

Uma forte lembrança retorna aos pensamentos da jovem.

– Irmão... -

– Umika? Você está bem? -

– Sim, acho que estou muito preocupada com você -

Dou o meu maior sorriso em dias o que a faz corar

– Promete que ficará bem? –

– Sim, prometo -

Saio correndo, eu jurei não depender dele, mas eu preciso tirar essa dúvida para continuar a minha pesquisa.

Chegando na ComercMax passo pela portaria sem pegar minha identificação indo em direção a sala do presidente.

– Garoto, é preciso identificação para acessar essa área! -

Chuto a porta e entro na sala da diretoria, meu pai começa a rir ao me ver.

– Você voltou mais rápido do que eu imaginei, resolveu aceitar a minha ajuda? -

Começo a encará-lo friamente.

– Nem no meu pior pesadelo quero depender de você! Preciso que me diga uma coisa, se quer ser útil é melhor que seja uma boa resposta -

Ele começa a rir mais ainda.

– E ainda por cima quer colocar pressão em cima de mim? - Ele se levanta e vem em minha direção, me fazendo recuar.

– A minha mãe, eu não lembro de ter visto ela virar um monstro psicótico, isso chegou a acontecer? -

– Sim, apenas uma vez –

– E como ela conseguiu sobreviver mesmo com o colar em pedaços? -

– Você queria uma resposta e não duas, agora já pode se retirar –

Perco levemente o controle, fazendo minha aura se libertar.

– Acho bom você ajudar, eu não estou com paciência para aguentar as suas atitudes –

Ele se assusta e retorna para sua mesa.

– Ao perder o controle ela descobriu que poderia evitar que o poder que estava contido dentro dela fosse liberado fazendo o processo reverso da energia, assim acumulando toda a energia dentro de sua origem -

– E aonde era essa origem? - Me enfureço, enquanto ele aponta para o meu peito.

– Coração, ela guardou tudo em seu coração, tentando encontrar uma forma de se livrar disso, mas não deu tempo –

– E por que ela nunca me contou sobre isso? Esse dom? -

Ele começa a ficar incomodado.

– Esse dom é despertado após um grande trauma, ela foi a causadora disso despertar em você -

Me enfureço e meu dom cresce ainda mais.

– Não fale assim dela, ela foi uma grande mãe, muito diferente de você, mas te devo um obrigado pelo que me disse – Digo indo embora.

– Não vai me perguntar se há registros ou pesquisas? Se ela deixou algum tipo de registro? –

– Não, o que você me disse é o suficiente, esse colar não deveria ser usado antes de estar completo, agora sei o que fazer para atrasar o efeito –

Ele segue em direção a estante e retira um livro.

– Pega -

– A lenda do dragão? -

Ele começa a rir.

– É um livro que ela lia toda noite antes de ir dormir, nunca entendi o porquê, ela dizia que esse livro precisava de um final feliz -

– E por que quer que eu fique com ele? -

– Talvez você consiga fazê-lo ter um final diferente, agora levem-no para fora por invasão sem autorização -

Retorno ao dormitório e vejo Umika me aguardando, sou recebido por um grande sorriso

– E então Sashi? -

– Ganhei um livro, parece ser algo que minha mãe lia, não parece ser uma prova muito boa, mas agora sei exatamente o que fazer para impedir, meu dom -

Ela fica muito feliz e surpresa.

– Me conta, o que é? –

Sorrio levemente.

– Ainda não tenho certeza se funcionará, preciso praticar, mas será o fim ou um grande começo para mim –

Ficamos juntos durante mais algumas horas, ela me ajudando com o que eu precisava devido ao meu cansaço extremo, nos despedimos e ela retorna para casa, reflito levemente, tão pouco tempo mas tanta preocupação, não queria ter que colocar tudo sobre ela, mesmo sendo a pessoa que está mais próxima de mim neste momento, desde aquele dia no jogo até o dia da praça ela faz uma nova energia surgir dentro de mim, mas, ao mesmo tempo, quero sumir para não causar mais problemas, estou confuso, possuo a chave para me libertar desse mal mas sei que ainda não sei como usá-la, acho que só me resta aprender isso antes de qualquer decisão.