Fanfics Brasil - Capítulo 10 - A Recompensa O Cálice do Desejo e o Sabor Amargo da Traição - 4ª Temp [+18] [Hot] (Saint Seiya) - Finalizada

Fanfic: O Cálice do Desejo e o Sabor Amargo da Traição - 4ª Temp [+18] [Hot] (Saint Seiya) - Finalizada | Tema: Saint Seiya


Capítulo: Capítulo 10 - A Recompensa

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* * * Cidade de Heraclião – Ilha de Creta, Grécia * * *


 


Hotel Megatower, Restaurante


 


Descemos para o restaurante do hotel, Mu, Dite e eu, e nos encontramos com o Julian e o Pierre para tomarmos juntos o café da manhã.


(Atena) – Bom dia!


Julian sorriu.


(Julian) – Bom dia, querida Saori!


Todos se cumprimentaram dando “bom dia”. E voltando sua atenção para mim, falou:


(Julian) – Bom, a partir de agora, serei todo seu! E teremos que nos programar para a oferta na hora do almoço!


(Atena) – Tudo bem, Julian! Estou à sua disposição.


Ele puxou um sorriso.


(Julian) – Fico feliz em ouvir isso!


Fizemos nossa refeição enquanto o Julian me repassava as ideias dele para conseguir o terreno. Basicamente eu não daria nenhum lance, mas deixaria que o Julian conduzisse as negociações, ele dispensou a presença do seu advogado, queria fazer do jeito dele. Eu simplesmente concordei, estava ansiosa com essa compra e era melhor não correr o risco de atrapalhar!


 


Hotel Megatower, Suíte de Atena


 


Próximo da hora do almoço, eu havia acabado de colocar um vestido longo azul-marinho e Dite terminava de escovar os meus cabelos, quando ouvimos uma batida na porta.


(Atena) – Pode entrar.


Julian apareceu na porta e entrou.


(Julian) – Com licença, atrapalho algo?


Nem tive tempo de responder e meu Cavaleiro de Peixes foi logo tomando a dianteira.


(Afrodite) – Não, não atrapalha! Na verdade eu já acabei! Vou deixar vocês dois a sós. – voltou-se para mim. – Se precisar de algo, Atena, me chame!


Dite saiu do quarto e Julian se aproximou. Eu ainda estava sentada de frente para o espelho.


(Julian) – Te trouxe um presente, querida Saori!


Me virei para ele e ele me entregou uma caixa de tamanho médio de veludo na cor azul-marinho, assim como o meu vestido. Não pude deixar de notar a coincidência.


(Atena) – Julian... não precisava se incomodar!


Julian sorriu.


(Julian) – Mas não foi incômodo algum!


Sorri para e abri a caixa, revelando um lindo colar de diamantes com uma grande pedra de safira azul no centro. Era lindíssimo!


(Atena) – Minha nossa, Julian! É muito lindo!


Julian pegou o colar da caixa e olhou para mim.


(Julian) – Posso?


Confirmei com a cabeça que sim, me virei para o espelho e afastei o cabelo. Julian colocou o colar e o fechou.


(Julian) – Ficou magnífico em você, Saori!


Sorri sem jeito, colocando a mão na pedra azul e olhando pelo reflexo.


(Atena) – Obrigada.


Julian sorriu.


(Julian) – Vamos? Temos um almoço de negócio nos esperando!


(Atena) – Sim, vamos!


Julian me ofereceu a mão, eu a peguei e me levantei. Ele olhou para mim e puxou um sorriso.


(Julian) – Está nervosa? Sua mão está gelada! É o seu sinal de nervosismo, não é?


Respirei fundo.


(Atena) – Me desculpe, mas estou um pouco nervosa, sim!


Julian se aproximou mais de mim e pegou as minhas duas mãos. Beijou o dorso de cada uma.


(Julian) – Não quero que se preocupe, Saori! Tenho certeza que vai dar tudo certo! Confie em mim, está bem?


(Atena) – Mas eu confio, só estou lembrando que levei muitos “nãos” ao tentar comprar esse terreno!


Julian sorriu confiante.


(Julian) – Desta vez estou à frente da negociação! Vai ser diferente, ainda que tenhamos que oferecer muito além do valor de mercado!


Sorri e respirei fundo.


(Atena) – Tem razão, agora vai ser diferente! – falei já mais confiante.


Julian passou a mão no meu rosto e olhou no fundo dos meus olhos com seus olhos azuis, tão brilhantes como a safira do colar que eu havia acabado de ganhar dele.


(Julian) – É esse olhar seguro que quero ver naquela mesa!


(Atena) – Está bem!


Julian e eu saímos do meu quarto e fomos direto para o restaurante do hotel encontrar o Sr. Drivas e o advogado dele.


 


Hotel Megatower, Restaurante


 


Como iríamos embora para a mansão assim que fechássemos o negócio, pedi que o Mu ajudasse o Dite com a arrumação das malas e que ambos ficassem prontos para partimos. Prometi que, ao sinal de qualquer problema, me comunicaria com eles imediatamente.


Minha garganta estava seca, peguei o copo de água à minha frente e tomei um gole. Não consegui tocar na minha comida!


Eu nunca fiquei tão aflita com uma negociação como fiquei com essa. A cada minuto que passava e o Sr. Drivas negava a venda pelo valor oferecido, eu tentava disfarçar o meu nervosismo. Ainda bem que o Julian estava à frente disso! Ele permanecia calmo e continuava a negociar, falava claramente dos valores devidos à compra, ignorando as especulações que o advogado impunha.


Julian pegou seu copo de água e deu um gole.


(Julian) – Senhores, unicamente porque eu não quero me desgastar mais com essa negociação, eu ofereço trinta por cento a mais em cima da última oferta oferecida pela senhorita Kido, aceitam?


O advogado sorriu e olhou para o Sr. Drivas. Por alguns segundos conversaram baixinho um com o outro.


Eu coloquei as duas mãos unidas no meu colo e balançava as pernas em sinal de nervosismo.


Julian, ainda olhando para os dois, colocou a sua esquerda em cima das minhas mãos e fez um carinho, um sinal para me acalmar.


“(Atena) – Obrigada!”


Julian abaixou a cabeça e olhou de lado para mim, com um sorriso no rosto.


“(Julian) – Eu esqueço desse poder que você tem! É impressionante!”


Puxei um sorriso para ele.


Voltamos a nossa atenção para os dois à nossa frente e parece que não chegaram a um acordo. Mas que droga!


(Drivas) – Não posso negar que a oferta é muito boa Sr. Solo, mas acho que pode melhorar.


Julian puxou um sorriso incrédulo e cruzou os braços.


(Julian) – Estou oferecendo o dobro do que vale o seu terreno e o senhor pretende que eu aumente ainda mais essa oferta?


Sr. Drivas encostou as costas na cadeira, cruzou os braços e olhou para mim de cima a baixo, praticamente me desnudando com o olhar.


(Drivas) – A senhorita Kido poderia me convencer a aceitar essa oferta!


Fiquei em estado de choque!


O Sr. Drivas sorriu com malícia.


(Julian) – Perdão, o que disse?


(Drivas) – Afinal, é para isso que ela está aqui, não é?


O advogado estava como eu, não acreditava no que ouviu!


(Advogado) – O que pensa que está fazendo?


Julian respirou fundo e olhou nos olhos do Sr. Drivas.


(Julian) – A senhorita Kido está nessa mesa porque eu tinha que me lembrar da promessa que fiz a ela, do porquê de oferecer os valores acima do valor de mercado. Fiz isso UNICAMENTE porque prometi que compraria esse terreno, não importasse por quanto!


Julian arrastou a cadeira, se levantou e apoiou as duas mãos em cima da mesa.


(Julian) – Por ELA estar aqui, ignorei toda a informação falsa que o senhor, Dr Edgar, trouxe a essa mesa de negociação! Porque o motivo de terem marcado essa reunião com tanta urgência tem a ver com a única empresa que operava perto do terreno e que há cinco dias fechou, ou seja, hoje o seu terreno não está valendo a metade do valor avaliado anteriormente! Estou retirando neste momento todas as ofertas oferecidas por mim nesta mesa de negociação! Eu não sou tolo, senhores, acham mesmo que eu fecharia um negócio sem, ao menos, me informar a respeito?


Julian ficou do meu lado e me ofereceu a mão, que eu prontamente segurei e me levantei.


(Advogado) – Sr. Solo, o senhor tem interesse nesse terreno, que tal se...


(Julian) – Dr. Edgar, ainda que para cumprir o propósito da minha promessa eu tenha que realocar essas famílias da área de risco para o outro lado do país, assim eu o farei! Boa sorte em achar alguém que se interesse a pagar pelo menos a metade do valor que vocês querem! Com licença!


Nos afastamos da mesa e fomos em direção ao elevador exclusivo de acesso à cobertura. Julian, ainda que aparentasse calma, estava possesso de raiva! Eu coloquei as minhas duas mãos no seu rosto.


(Atena) – Julian, me desculpe, eu não sabia que iria atrapalhar a sua negociação, eu...


Julian colocou o indicador nos meus lábios e fechou os olhos, respirou fundo e me olhou nos olhos.


(Julian) – Não me peça desculpa por algo que você não tem culpa, Saori! ELE tem culpa da negociação não ter saído!


Droga! Não tinha como eu não me culpar! Mesmo ficando quieta consegui atrapalhar a negociação! É muito azar!


(Julian) – Por favor, não chore!


Nem havia percebido que chorava até o Julian me dizer. Fiquei tão desapontada comigo mesma por ter falhado com aquelas famílias necessitadas e sofridas, que as lágrimas pesadas insistiram em cair.


 (Julian) – O que eu disse foi verdade, não me importo com o quanto irei gastar. Eu te prometo que realocarei todas aquelas famílias! Elas não ficarão sem o nosso amparo.


Julian me abraçou e aceitei o seu abraço.


(Advogado) – Com licença, Sr. Julian! Quero lhe falar sobre a negociação do terreno.


Me afastei dos braços do Julian e enxuguei o meu rosto.


(Julian) – Pensei ter sido claro que retirei todas as minhas ofertas da mesa, Dr. Edgar!


(Advogado) – Sim, o senhor foi claro! Quero fazer uma contraproposta que creio ser muito vantajosa!


Julian olhava seriíssimo para o advogado. Dr. Edgar deu uma pequena tosse e prosseguiu.


(Advogado) – Bom, aceitamos a compra do terreno pela metade do valor.


Julian cruzou os braços.


(Julian) – Qual dos valores de avaliação? O valor correto ou o superfaturado que vocês apresentaram?


(Advogado) – O valor correto, é claro! – respondeu envergonhado, não sei se pela mentira ou pelo comportamento do seu cliente.


Julian olhou para mim e voltou a olhar para o advogado.


(Julian) – E o que mais?


Advogado ficou parado tentando achar o que mais poderia oferecer.


“(Atena) – Julian, pelos deuses! Está mais que bom! O que você quer mais?”


“(Julian) – Quero tirar tudo o que eu puder nessa negociação! Eles têm que pagar caro pelo que fizeram com você!”


(Advogado) – O que o senhor quer mais? Não está boa a oferta?


(Julian) – Está sim, mas pode melhorar! Quero um pedido de desculpas convincente do Sr. Drivas à senhorita Kido! Não terei nenhum gasto com as despesas de cartório! E quero essa escritura pronta na sexta-feira! E qualquer uma dessas exigências não cumpridas, eu recuso a negociação!


Advogado ficou sem ação.


(Advogado) – O que o senhor está me pedindo está além do meu alcance... O pedido de desculpas é muito justo, é claro, mas não posso prometer se vai ou não ser convincente, isso é muito relativo!


(Julian) – Peça para o seu cliente se esforçar, Dr. Edgar!


O advogado soltou um pouco a gravata.


(Advogado) – Quanto às despesas de cartório, creio que podemos pagar, mas o prazo para a escritura é de trinta dias, é padrão nos cartórios!


(Julian) – Fale com o tabelião do Cartório de Registros, convença-o a acelerar o prazo!


(Advogado) – Vou precisar falar com o meu cliente... O senhor volta para a mesa de negociação?


(Julian) – Prefiro aguardar aqui, Dr. Edgar. Quero ver novamente o Sr. Drivas somente se necessário for!


(Advogado) – É claro, com licença, eu já volto com uma resposta final!


O advogado saiu e nos deixou a sós novamente.


Meu coração estava acelerado, tão perto e tão longe de conseguir esse terreno.


Julian caminhou até o telefone que ficava próximo do elevador exclusivo e fez uma ligação.


(Julian) – Dr. Harris? É o Solo! Preciso que me encontre no restaurante, traga as procurações minha e da senhorita Kido, por gentileza!


Julian voltou a ficar ao meu lado. Com certeza eu estava nervosa, o advogado não voltava e para mim isso era um péssimo sinal!


Julian me olhou e sorriu.


(Julian) – Você disse que confiava em mim.


Sorri sem jeito.


(Atena) – E confio, me desculpe!


O advogado finalmente retornou.


(Advogado) – Tudo bem, iremos cumprir todas as suas exigências, Sr. Solo! Podemos voltar à mesa de negociação?


Julian olhou calmamente para mim.


(Julian) – Senhorita Kido, se importa em voltar?


Balancei a cabeça em negativa.


Julian me ofereceu a mão e voltamos para a mesa de negociação.


Julian obrigou o Sr. Drivas a fazer cinco pedidos de desculpas porque não estava achando convincente o suficiente! E depois ainda o proibiu de olhar para mim.


Ele preencheu dois cheques, um como entrada e o outro quando a escritura estivesse pronta. O Dr.Harris apareceu e sentou-se à mesa de negociação.


(Julian) – Bom, senhores, a partir de agora, o Dr. Harris assumirá a parte burocrática desta negociação. Tenho uma viagem daqui a pouco e não pretendo me atrasar. Se nos derem licença...


Mais uma vez saímos da mesa de negociação e voltamos para o hall do elevador exclusivo. Desta vez eu estava saltitante de alegria! Esqueci as formalidades, pulando no seu pescoço para abraçá-lo e ele me retribuiu.


(Atena) – Pelos deuses, Julian! Você conseguiu!!!


Julian sorriu confiante.


(Julian) – Eu disse que conseguiria!


Eu estava muito feliz.


(Atena) – Sim, você disse! Muitíssimo obrigada! Eu nem sei como posso te agradecer! Se tiver qualquer coisa que esteja ao meu alcance para fazer por você, eu prometo que farei!


Julian sorriu e olhou para mim.


(Julian) – Para ser bem sincero, tem uma coisa que você pode fazer por mim... mas é algo muito valioso!


(Atena) – É justo, você fez muito por mim... O que seria?


Julian se aproximou de mim e deslizou o seu polegar nos meus lábios.


(Julian) – Nada é mais valioso para mim do que um beijo seu, Saori.


(Atena) – Minha nossa, Julian... eu sou muito grata por tudo o que você fez e está fazendo por mim, mas eu preciso te falar uma coisa, não seria justo da minha parte te dar falsas esperanças e...


Julian sorriu e colocou o seu indicador nos meus lábios, me silenciando.


(Julian) – Eu não estou pedindo promessas! Meu pedido é simples! Quero apenas um beijo, Saori!


Olhei nos seus olhos azul-claros e ele deslizou o seu nariz na lateral do meu rosto, me fazendo sentir o seu cheiro maravilhoso de narciso e lírios! Falou sussurrando no meu ouvido:


(Julian) – Sou digno o suficiente para receber tal preciosidade sua?


Eu fiquei sem fala! Depois de tudo o que ele havia feito por mim, senti que não poderia negar aquele pedido. Imaginei que, por anos, ele tenha esperado por esse momento. Tenho que admitir que Julian era um estrategista habilidoso e sempre conseguia o que queria.


Ele olhou novamente para mim e sorriu aproximando os seus lábios dos meus, e sussurrou.


(Julian) – Posso entender o seu silêncio como um “sim”?


Respirei fundo, é apenas um beijo! Emudecida, apenas confirmei com a cabeça.


Julian colocou suas mãos na minha nuca, encostou os seus lábios nos meus e me beijou lentamente, como se degustasse uma iguaria fina. Senti sua língua macia encostar na minha e pude sentir o sabor da sua boca! Um gosto de uva, do vinho mais doce! Ele não estava com nenhuma pressa de saborear os meus lábios! E como ele beija bem! O que começou como um simples beijo, terminou com ambos sem fôlego.


Julian desconectou nossas bocas e me fixou seu olhar no meu. Deslizou seu polegar pelos meus lábios, sorriu e falou ofegante:


(Julian) – Seu beijo é muito melhor do que eu imaginava, Saori!


Ele deu um selinho nos meus lábios.


(Julian) – Obrigado! Foi maravilhoso!


Passei os dedos nos meus lábios e olhei nos olhos dele. Eu não sabia o que dizer. Muito menos o que sentir.


 


*   *   *


 



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Autor(a): Kelly Tavares

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