Fanfic: O Cálice do Desejo e o Sabor Amargo da Traição - 4ª Temp [+18] [Hot] (Saint Seiya) - Finalizada | Tema: Saint Seiya
*** - Mansão Kido – Heliponto - ***
Atena
Shaka desceu primeiro do helicóptero e me ofereceu a mão para que eu descesse. Me olhando com seus lindos olhos azuis me ofereceu um sorriso reconfortante.
(Shaka) – Estamos em casa agora!
Respirei fundo e olhei para a mansão. Várias luzes começaram a acender nos quartos. Nunca havia ficado tão aliviada em chegar em casa! Sorri de volta para ele.
(Atena) – Sim, estamos em casa!
“(Atena) – Cavaleiros, estou bem, estou retornando com o Poseidon e em breve ele adormecerá. Não se preocupem, podem voltar a dormir, está tarde!”
Ouvi de volta várias expressões de alívio dos meus cavaleiros e todos me desejaram boa noite. Foi muito bom ouvi-los.
Durante o percurso até a mansão, eu segurei a mão do Shaka, ele estava sendo meu porto seguro. Poseidon falava com o Sorento sobre uma tal convocação, provavelmente ao conselho, para ir e lhe passava as instruções de como proceder até lá. Poseidon olhou para mim e me perguntou:
(Poseidon) – Atena, por questão de segurança, preciso que o Sorento fique por perto, teria algum quarto sobrando na mansão?
(Atena) – Sim, o quarto ao lado direito do quarto do Julian está vazio, Sorento pode ficar nele.
Sorento fez uma reverência com a cabeça para mim.
(Sorento) – Obrigado, Atena!
Poseidon olhou para mim.
(Poseidon) – Fico agradecido pela sua cooperação, Atena! Tenho certeza que de Hades virá atrás de mim novamente! Ele sabe ser insurportavelmente incômodo quando quer!
Entramos na mansão, e eu vi o Dite correndo em minha direção, me abraçou forte e não falou nada. Retribuí o abraço caloroso.
Respirei fundo e senti o seu cheiro maravilhoso de rosas.
“(Atena) – Obrigada por esse abraço, Dite! Mas se continuar me abraçando vou começar a chorar!”
“(Afrodite) – Me desculpe, mas eu estava aflito! Só queria ter certeza que estaria inteira! Bom, inteira por fora, pelo menos...”
Dite se afastou e sorriu para mim. Peguei na sua mão e subimos as escadas. Dite parou na minha frente e me deu um beijo no rosto.
(Afrodite) – Só queria desejar uma boa noite, nos falamos amanhã?
Sorri de volta, mostrando uma falsa calma.
(Atena) – Boa noite, Dite! Nos falamos amanhã!
Dite desejou boa noite a todos e foi para o seu quarto.
Poseidon e eu fomos em direção ao quarto do Julian, queria ver com os meus próprios olhos a hora em que ele adormecesse! Precisava disso! Entreguei minha concha para o Shaka. Ele e o Sorento ficaram do lado de fora do quarto, Poseidon e eu entramos e ele fechou a porta.
Poseidon começou a tirar a roupa perto da cama, ficou sem camisa, começou a desabotoar a calça, me olhou e sorriu.
(Poseidon) – Poderia me trazer a roupa de dormir do Julian, que está nessa poltrona ao seu lado?
Olhei para o lado e um conjunto de seda preto estava em cima da poltrona, peguei e fui entregar a ele. Poseidon agora estava apenas de cueca box preta, me aproximei e estendi a mão com a roupa para que ele pegasse. Poseidon segurou a minha mão e me puxou para cima do seu corpo e me olhou nos olhos.
(Poseidon) – Atena, quero que saiba, que independente do que acontecerá naquele conselho, eu não mudaria nada do que aconteceu entre nós dois!
Poseidon olhou para os meus lábios.
(Poseidon) – Você foi perfeita!
Forcei um sorriso.
Poseidon ainda me olhando na boca, deslizou o seu polegar nos meus lábios.
(Poseidon) – Você foi feita para um deus, Atena! Por que isso é tão difícil de você entender?
Antes que eu respondesse, Poseidon encostou os seus lábios nos meus e começou a me beijar. Para evitar maiores conflitos, logo no finalzinho, retribuí o beijo. O acordo só acabaria com ele dormindo, não podia arriscar! Poseidon me exigiu um beijo, quente! Colou o seu corpo no meu e senti sua ereção encostando em mim. Terminei o beijo ele estava ofegante.
(Atena) – Perdoe-me, Poseidon, mas preciso repousar!
Ele deslizou a sua mão pelo meu rosto.
(Poseidon) – Eu te amo, Atena!
Minha nossa!
Fiquei parada olhando para os seus olhos azul-claros.
Poseidon sorriu malicioso e deslizou seu polegar nos meus lábios.
(Poseidon) – Qual a surpresa? Sempre fui apaixonado por você! Sempre a desejei, a quis! Agora entende o quanto foi importante para mim o nosso momento juntos? Eu te daria qualquer coisa para que você fosse minha, Atena!
Eu tentei falar mas a minha boca abria, porém, não emitia som nenhum!
Poseidon voltou a me beijar, talvez achasse que o meu silêncio fosse algo positivo. Mas eu não respondi porque temia que ele voltasse atrás no nosso acordo, se eu dissesse outro não a ele!
Poseidon desconectou o nosso beijo.
(Poseidon) – Você é maravilhosa!
Eu piscava várias vezes, tinha que me manter calma, ele não voltaria atrás! Falei baixinho:
(Atena) – Obrigada, você também!
Ele me olhou de cima a baixo e sorriu malicioso:
(Poseidon) - Exigi muito de você esta noite! Deve mesmo estar cansada!
Poseidon pegou a roupa de dormir e a vestiu. Voltou a se aproximar de mim e me deu um selinho.
(Poseidon) – Obrigado pela noite inesquecível, Atena!
Forcei outro sorriso.
Poseidon se deitou na cama, respirou fundo e fechou os olhos. Aos poucos o seu cosmo foi abaixando, até que finalmente adormeceu. Foi o suficiente para os meus joelhos cederem e eu caí de joelhos no chão, comecei a suar frio, meu coração disparou e comecei a respirar com dificuldade. Meu corpo me cobraria cada minuto de estresse do que aconteceu com Poseidon e senti que começou agora!
Senti braços quentes e fortes me abraçando e eles me levantaram do chão.
(Shaka) – Venha, Atena! Vou cuidar de você! Sua missão acabou!
Shaka me conduziu para fora do quarto do Julian e fomos para o meu quarto. Ele me sentou na minha cama e vi que ele colocou a minha concha branca em cima do criado-mudo.
Ele se sentou na minha frente e me olhou preocupado.
(Shaka) – Você está pálida! Respire fundo!
Olhei para as minhas mãos e elas começaram a tremer!
Droga!
Respirei fundo.
Shaka segurou as minhas mãos.
(Shaka) – Eu estou aqui!
Shaka me abraçou.
Comecei a chorar, chorei por todas as lágrimas que havia segurado! Ainda me abraçando disse com calma:
(Shaka) – Como eu gostaria de tirar isso que está sentindo!
Não sei por quanto tempo fiquei assim, abraçada com ele, mas consegui diminuir o choro. Shaka então me olhou e deslizou suavemente a mão pelo meu rosto e falou sério:
(Shaka) – Ele a machucou?
Com as lágrimas ainda caindo, só consegui olhar nos seus olhos azuis e dizer baixinho:
(Atena) – Não... não intencionalmente!
Shaka me olhava esperando que eu continuasse. Respirei fundo e continuei.
(Atena) – A culpa foi minha, eu não consegui... eu estava o tempo todo tensa, pensava que a qualquer momento ele diria que não era a noite que ele esperava e tudo o que eu estava fazendo estava sendo em vão! Que não conseguiria evitar uma guerra!
Shaka me olhando preocupado:
(Shaka) – Não se culpe, Atena! Você fez muito além do que qualquer um de nós teria permitido!
Olhei nos seus olhos e disse com lágrimas nos olhos.
(Atena) – Eu sei o que fiz e faria tudo de novo para salvá-los! Mas por que isso está doendo tanto, aqui dentro? Por que estou angustiada? No fim deu tudo certo, não é?
Os olhos do Shaka brilharam com dois arcos luminosos e ele respirou fundo.
(Shaka) – Ainda que tenha sido por uma causa nobre, ainda que tenha permitido que ele usasse o seu corpo, isso está atingindo a sua alma! O preço que você ofereceu, já foi muito alto, não aumente mais o valor, por favor!
(Atena) – Não sei como fazer isso...
Ele me puxou para os seus braços quentes. Isso, só fez com que eu chorasse ainda mais no aconchego do seu colo. Fazendo carinho nos meus cabelos disse calmamente:
(Shaka) – Não se prenda ao que passou, aos detalhes, aos momentos de aflição... lembre-se do motivo que a levou a tomar essa decisão, o que a motivou foi o seu amor por cada um de nós! Se prenda a esse amor, estamos aqui por você! Te devolveremos toda a força e amor que você vai precisar agora! Pelo menos nos permita curá-la, por tudo o que fez por nós!
(Atena) – Sim, eu os amo demais!
Deixando meu corpo lavar minha alma, fiquei quieta nos seus braços, apenas ouvindo o seu coração bater, sentindo o seu cheiro maravilhoso de flor de cerejeira e sândalo. Sei que estava tarde, era de madrugada e com certeza ele precisava descansar. Falei baixinho, encostando meu corpo ainda mais no dele.
(Atena) – Por favor, não vá embora!
Shaka beijou a minha cabeça, me abraçou mais firme e respirou fundo.
(Shaka) – Venha, preciso que durma, vai se sentir bem melhor depois de uma boa noite de sono! Não se preocupe, estarei aqui com você!
Ele se posicionou na minha cama, deitando-se. Me deitei ao seu lado, sem nos encostarmos, olhá-lo me trazia segurança.
(Atena) – Obrigada por tudo, Shaka! Boa noite!
Ele sorriu.
(Shaka) – Não precisa agradecer, descanse! Boa noite!
E assim olhando nos seus olhos azuis me entreguei ao completo sono, tendo a plena certeza de que não estava sozinha.
* * *
Autor(a): Kelly Tavares
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