Fanfics Brasil - Capítulo 31 - As Recordações O Cálice do Desejo e o Sabor Amargo da Traição - 4ª Temp [+18] [Hot] (Saint Seiya) - Finalizada

Fanfic: O Cálice do Desejo e o Sabor Amargo da Traição - 4ª Temp [+18] [Hot] (Saint Seiya) - Finalizada | Tema: Saint Seiya


Capítulo: Capítulo 31 - As Recordações

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* * * Mansão Kido – Atenas, Grécia * * *


 


 


Área Externa, Jardim dos Fundos


 


 Pólux se aproximou e ficou de frente para o cavaleiro que estava sentado e pensativo próximo ao jardim. Sentou-se de frente para ele e inclinou a cabeça para o lado, como se perguntasse o que havia acontecido.


Kanon, olhando para os olhos castanho-escuros do Pólux, fez carinho nos pelos negros da sua cabeça.


(Kanon) – Oi, amigão...


O cão abanou o rabo ao receber o carinho, ainda sem desviar o olhar de Kanon.


O cavaleiro respirou fundo.


(Kanon) – Estou bem... Não, não estou, mas vou ficar... Na verdade, não faço a menor ideia de como estou...


Kanon puxou um sorriso e, ainda fazendo carinho no pescoço do Pólux, disse:


(Kanon) – Se eu não estou entendendo nada, imagina você, né?


Pólux começou a lamber o rosto do Kanon.


(Kanon) – Valeu pela força, amigão!


Pólux voltou a olhar para o Kanon.


(Kanon) – Eu já te disse, não sei explicar como estou... é que... você já se apaixonou perdidamente por alguém?


Pólux balançou o rabo e o Kanon sorriu.


(Kanon) – Então sabe o quanto é bom, né? Pois é... é a melhor das sensações... Eu nunca tinha me apaixonado antes, sabe? Para ser sincero, pensei que nunca sentiria isso... mas quando eu estava arrasado e sendo consumido pela culpa, vi que um eclipse se iniciava em plena luz do dia, eu sabia que era obra de Hades. Então, vi a oportunidade de me redimir com ela, eu resolvi arriscar e fui para o Santuário conversar com a Atena. Não seria nada fácil, eu teria que passar pelas doze casas, até conseguir chegar à Casa do Grande Mestre. Talvez houvesse luta até alcançar meu objetivo. Eu tinha certeza que ela não me receberia, ou no máximo, se me ouvisse, iria me matar por tudo o que fiz! Na época, não me importava nem um pouco, na verdade tinha plena convicção de que o meu fim deveria mesmo ser a morte, não havia perdão pelo que eu havia feito, Atena não merecia passar por tudo aquilo, então morreria tentando chegar à sua presença... Sabe o que aconteceu?


Pólux latiu em resposta e Kanon puxou um sorriso.


(Kanon) – Me lembro de cada detalhe como se fosse ontem...


 



Três anos antes


 


* * * Santuário de Atena – Arredores de Atenas, Grécia * * *


 


Casa do Grande Mestre, Sala do Mestre


 “(Mu) – Atena?”


“(Atena) – Sim, Mu.”


“(Mu) – Desculpe o incômodo, mas creio ser de extrema importância. Tem um cavaleiro aqui na Casa de Áries. Diz que precisa falar com você, quer ajudar na batalha contra Hades. Infelizmente ele não quer se identificar, está encapuzado, apenas diz ser um aliado.”


“(Atena) – Que estranho, por acaso não o reconhece?”


“(Mu) – Ele tem um cosmo muito poderoso, mas apesar disso, não consigo ver hostilidade ou ameaça.”


“(Atena) – Bom, neste caso, deixe-o passar, Mu, estamos mesmo precisando de reforços.”


“(Mu) – Não quer que eu o acompanhe, por segurança?”


“(Atena) – Adoraria, Mu, mas creio não ser possível, estou com poucos cavaleiros e preciso muito que cuide da Casa de Áries. Não podemos permitir o avanço de nenhum inimigo. Não sei o que o Hades está tramando.”


“(Mu) – Não se preocupe, não permitirei que nenhum inimigo passe por esta Casa.”


“(Atena) – Obrigada, Mu! Sei que posso contar com você. Vou passar uma mensagem para que os outros Cavaleiros de Ouro para permitam a passagem deste cavaleiro que está em sua presença.”


“(Mu) – Como quiser, Atena!”


 


Casa de Áries


 


Mu voltou a sua atenção para o homem encapuzado e ficou de lado, dando-lhe passagem.


Kanon, de cabeça baixa, falou baixinho, incrédulo:


(Kanon) – Então, ela vai mesmo me receber?


(Mu) – Sim, a Atena o aguarda na Casa do Grande Mestre. Ela o autorizou a passar pelas Doze Casas.


Ainda sem acreditar que passaria sem lutar, Kanon deu os primeiros passos dentro da Casa de Áries, parou e, com sua visão periférica, olhou para o guardião dela.


(Kanon) – Obrigado.


(Mu) – De nada. Se quer um conselho, é melhor se apressar, sinto que em breve estaremos lutando para protegê-la dos ataques de Hades.


(Kanon) – Darei a minha vida para protegê-la!


(Mu) – Acredito em você!


Kanon ficou paralisado com o que ouviu.


(Kanon) – Não pode acreditar em mim, você nem ao menos me conhece, Cavaleiro de Ouro, não sabe o que fiz.


(Mu) – Não, não o conheço, mas acredito no que eu sinto! E para mim, importa o que está fazendo agora.


Kanon voltou a olhar para frente e iniciou sua corrida por dentro da Casa de Áries.


 


Casa de Touro


 


Kanon seguiu por dentro do templo e, no meio do caminho, encontrou um grande cavaleiro de braços cruzados parado na sua frente, bloqueando sua passagem.


(Aldebaran) – Então é você que a Atena aguarda.


Kanon, ainda de cabeça baixa para não revelar o rosto, respondeu:


(Kanon) – Sim, a Atena me aguarda.


Aldebaran sentiu o cosmo poderoso do visitante.


(Aldebaran) – Vejo que tem um grande cosmo! Na verdade, até me parece um pouco familiar...


(Kanon) – Nunca nos vimos antes, posso garantir!


(Aldebaran) – Hum... não vou tomar o seu tempo. Por mais estranha que me pareça essa situação toda, se meu amigo Mu o deixou passar, ele deve ter os seus motivos...


Aldebaran ficou de lado, dando passagem para o cavaleiro encapuzado.


Kanon passou pelo Cavaleiro de Touro e agradeceu. Acelerou seus passos pelo local e prosseguiu para a próxima Casa.


 


Casa de Gêmeos


 


Kanon admirou por alguns instantes a grandiosa Casa de Gêmeos.


(Kanon) – Então essa era a Casa do meu irmão...


Mas o tempo era curto e ele não poderia demorar, então acelerou os passos seguindo para a próxima Casa.


 


Casa de Câncer


 


Kanon não sentiu nenhum cosmo enquanto entrava no Templo de Câncer.


(Kanon) – Estranho... não há nenhum cavaleiro guardando essa Casa... bom, também não vou perder tempo aqui.


Correu, seguindo escadaria acima.


 


Casa de Leão


 


Antes de chegar na entrada da Casa, encontrou seu guardião, o aguardando na porta.


(Aiolia) – Quem é você, afinal? E o que quer com a deusa Atena?


(Kanon) – Infelizmente, cavaleiro, não poderei responder a essas perguntas.


Aiolia foi se aproximando de Kanon, que abaixou a fronte para que ele não o visse.


(Aiolia) – Por qual motivo se esconde atrás desta capa? Como saberei que não é um inimigo? Que está a serviço de Hades?


Kanon puxou um sorriso.


(Kanon) – Se realmente acredita nisso, não acha que seus companheiros teriam me detido?


(Aiolia) – O motivo pelo qual o Mu deixou um cavaleiro com tamanho poder entrar no Santuário sem se identificar e, ainda por cima, ir ao encontro da deusa Atena, é um mistério para mim... Aldebaran não vai contra as ordens do Mu, então, como pode perceber, não posso usar meus companheiros como referência de bloqueio.


(Kanon) – Então, neste caso, está me propondo uma luta? Porque não espere que eu retorne, vou me encontrar com a deusa Atena, nem que seja a última coisa que eu faça!


Kanon elevou seu cosmo e Aiolia olhou para aquele grande poder.


(Aiolia) – Ora, ora, vejo que é mais poderoso do que pressupus...


(Kanon) – Então,, cavaleiro, o que vai ser?


Aiolia puxou um sorriso.


(Aiolia) – Sabe que estamos à beira de uma Guerra Santa, não sabe? Espero que use esse seu poder a favor da deusa Atena.


(Kanon) – É o que eu pretendo fazer, se parar de me impedir, cavaleiro!


(Aiolia) – Eu adoraria lutar com você, mas tenho ordens expressas da deusa Atena para não o fazê-lo... então...


Aiolia ficou de lado, dando passagem para o cavaleiro encapuzado.


Kanon prosseguiu correndo para atravessar a Casa de Leão.


 


Casa de Virgem


 


Kanon, antes de entrar, já sentiu o grande cosmo do guardião da Casa. Adentrando o recinto, viu o Cavaleiro de Ouro, levitando em posição de lótus no meio do salão, de olhos fechados.


Kanon continuou andando em direção ao Guardião de Virgem.


(Kanon) – Tenho autorização para me encontrar com a deusa Atena.


(Shaka) – Sim, Atena me informou...


(Kanon) – Então posso prosseguir?


(Shaka) – É claro, mas antes, gostaria de saber uma coisa... Usa esse capuz para não ser confundido com o seu irmão?


Kanon ficou parado e, mesmo sabendo que o cavaleiro à frente estava de olhos fechados, abaixou a fronte na hora.


(Kanon) – Não sei do que está falando.


Shaka puxou um sorriso.


(Shaka) – Seu cosmo é bastante semelhante a um dos cavaleiros de Atena... Saga de Gêmeos!


Kanon ficou sem reação.


(Shaka) – Fez bem em usar o capuz, isso poderia gerar bastante confusão entre os meus colegas, então, permaneça com ele.


(Kanon) – Como... soube? Você nem ao menos me olhou!


Shaka puxou um sorriso.


(Shaka) – Não preciso estar de olhos abertos para enxergar. Na verdade, ficar de olhos fechados me permite vislumbrar aquilo que meus olhos não veriam.


Kanon ficou impressionado.


(Kanon) – Mesmo sabendo disso, vai me permitir encontrar com a sua deusa?


(Shaka) – Disse que está aqui como aliado e não como inimigo... e, como poderá perceber, terá apenas mais um cavaleiro o aguardando, estamos mesmo precisando de ajuda.


Kanon puxou um sorriso incrédulo.


(Kanon) – Está levando em consideração a minha palavra? Eu poderia estar mentindo!


(Shaka) – Sim, poderia, mas não está! E, caso estivesse, eu não o deixaria atravessar esse recinto, portanto, apresse-se!


Kanon piscou algumas vezes tentando voltar a si e logo passou ao lado do poderoso cavaleiro que levitava.


(Shaka) – Eu poderia ao menos saber o seu nome?


Kanon parou e, olhando para o Cavaleiro de Virgem, respondeu:


(Kanon) – Meu nome é Kanon.


(Shaka) – Prossiga, Kanon, a Atena o espera!


(Kanon) – Obrigado.


(Shaka) – Disponha.


Kanon deixou o Templo de Virgem.


 


Casa de Libra


 


Como não havia cavaleiro, Kanon correu para a próxima casa.


 


Casa de Escorpião


 


O irmão gêmeo de Saga seguia por dentro da casa, quando se deparou com o seu guardião.


(Kanon) – A deusa Atena me aguarda.


(Milo) – É, estou sabendo, você quer se juntar a nós na guerra que se inicia, correto?


(Kanon) – Sim, se assim a deusa Atena me permitir!


(Milo) – Certo, então se apresse, a qualquer momento a guerra alcançará o Santuário.


(Kanon) – Obrigado.


Kanon correu por dentro da casa e logo saiu.



Como Shaka havia dito, não havia mais cavaleiros guardando as demais casas.


(Kanon) – Minha nossa! Preciso muito ajudá-la!


Kanon acelerou por dentro das casas de Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes.


 


Casa do Grande Mestre


 


Kanon correu por dentro da Casa e se deparou com dois guardas, segurando suas lanças e protegendo a entrada da Sala do Grande Mestre. Conforme ele se aproximou, os guardas permitiram a sua passagem.


O cavaleiro entrou na grande sala de piso de mármore branco e parou no meio do caminho quando Atena, sentada no trono, se levantou.


 


- Kanon -


 


Meu coração disparava, afinal, era tudo ou nada!


Pude ouvir sua doce voz:


(Atena) – Aproxime-se, cavaleiro!


Eu não conseguia olhá-la nos olhos, fui me aproximando de cabeça baixa. Ao chegar perto do trono, coloquei um joelho no chão e fiz uma reverência.


(Kanon) – Atena, obrigado por me receber!


 


- Atena -


 


O cavaleiro alto e encapuzado se aproximou de mim e fez uma reverência.


(Kanon) – Atena, obrigado por me receber!


Meus pelos dos braços se arrepiaram na hora! Essa voz eu conhecia muito bem! Mas... não podia ser!


Tentando manter a calma, eu disse.


(Atena) – Bom, agora que está aqui, gostaria de pedir que tirasse esse capuz, afinal, quero saber com quem estou falando!


Ainda na posição de reverência, ele parecia hesitar no meu pedido, até que levou suas mãos ao capuz e lentamente foi revelando os cabelos azuis. Quando levantou o seu olhar para mim e vi aquele rosto de beleza única, dei um passo para trás, incrédula com o que os meus olhos viam. Senti minhas pernas falharem.


(Kanon) – Atena!!!


E, em segundos, senti braços fortes me impedindo de ir ao chão. Eu o olhava sem acreditar! Eu o vi morrer! Não pode ser!


(Kanon) – Você está bem?


Só podia ser fruto da minha imaginação! Levei a minha mão ao seu rosto e pude sentir o calor da sua pele.


(Atena) – Pelos deuses, você está mesmo aqui... Saga!


 


 


*   *   *



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Autor(a): Kelly Tavares

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