Fanfics Brasil - Capítulo 35 - A Cura - Capítulo Final da Temporada O Cálice do Desejo e o Sabor Amargo da Traição - 4ª Temp [+18] [Hot] (Saint Seiya) - Finalizada

Fanfic: O Cálice do Desejo e o Sabor Amargo da Traição - 4ª Temp [+18] [Hot] (Saint Seiya) - Finalizada | Tema: Saint Seiya


Capítulo: Capítulo 35 - A Cura - Capítulo Final da Temporada

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Notas do Autor


Aos meus queridos leitores,
Só tenho que agradecer a companhia de cada um, por essa longa jornada ao longo das temporadas desta Fanfic. :)
Como informado anteriormente, a escrita é uma terapia para mim, gostaria de ter mais tempo como antigamente para escrever, mas ainda assim, não pretendo desistir de manter esse hábito!
Venho convidá-los para a 5ª Temporada - O Cálice do Desejo e o Retorno do Passado. (Em breve postarei o primeiro capítulo)
Boa Leitura!



* * * Mansão Kido – Atenas, Grécia * * *


 


 


Casa Principal, Sala de Jantar


 


- Atena –


 


Eu tinha acabado de jantar, levava o meu guardanapo à boca, quando o Sorento entrou na sala de jantar.


(Sorento) – Perdoe-me o atraso, Atena, mas achei melhor esperar o senhor Julian terminar o jantar para descer.


(Atena) – Sente-se, não se preocupe, vou pedir para o servirem.


Ele se sentou. Sinalizei para que o servissem.


(Atena) - Como está o Julian?


Ele me olhou preocupado.


(Sorento) – Bastante confuso e as dores de cabeça ainda persistem, ele não conseguiu jantar direito.


Sabíamos exatamente o porquê dele estar assim.


(Atena) – Eu terminei, mas fique à vontade, Sorento. Acho melhor ir vê-lo.


(Sorento) – Obrigado, Atena! Sei que ele se sentirá melhor ao vê-la.



Eu dava o último gole de água quando ouvi:


“(Shaka) – Tem certeza que quer ir vê-lo? Não está muito recente?”


Olhei para o meu lindo cavaleiro de virgem, que estava sentado logo a frente, com o olhar preocupado.


“(Atena) – Não se preocupe, eu consigo separar bem o Julian do Poseidon. Apesar de serem a mesma pessoa, são como a água e vinho para mim!”


“(Shaka) -  Fico mais tranquilo em saber, mas promete me chamar se algo der errado?”


“(Atena) -  Prometo sim! A propósito, obrigada por se preocupar comigo.”


Ele puxou um sorriso.


“(Shaka) – Sempre me preocupo com você!”


Sorri.


“(Atena) – Sou muito felizarda em tê-lo na minha vida, Shaka! Te amo!”


“(Shaka) – Também te amo, vida!”



Me levantei e todos os cavaleiros levantaram.


(Atena) – Podem ficar à vontade cavaleiros.


Eles se sentaram e voltaram a terminar as suas refeições.


Fui em direção as escadas, coloquei a mão no corrimão e senti uma mão quente e macia em cima da minha.


Sorri, eu amava aquele cheiro, não precisa me virar para saber quem era.


(Mu) – Quer companhia para subir?


Me virei ficando de frente para ele. Toquei no seu rosto lindo.


(Atena) – Adoraria, Mu.


Ele sorriu mostrando as covinhas no rosto e me ofereceu o seu braço.   


(Mu) – Vamos?


Sorri e coloquei minha mão no seu braço e subimos os degraus juntos. No meio do caminho, tirei a mão do seu braço e o abracei pela cintura o puxando para ficar pertinho de mim.


(Atena) – Você tem um cheiro maravilhoso que eu amo...


Olhei para os seus olhos.


(Atena) – Na verdade, amo tudo em você, sabia? Dá vontade de ficar assim, abraçadinha em você, sentindo o seu calor e o seu cheiro...


Ele sorriu timidamente corando as maçãs do rosto. Me deu um beijo no topo da cabeça.


(Mu) – Anjo...


Ao chegar no andar superior, olhei por todo o andar e estava vazio, fiquei de frente para ele.


(Atena) – Obrigada pela companhia, Mu.


(Mu) – De nada, foi um prazer acompanhá-la.


Coloquei meus braços no seu pescoço e olhei para sua boca e sussurrei:


(Atena) – Posso te dar um beijo?


Ele me ofereceu um sorriso lindo.


(Mu) – Sempre que quiser, meu anjo.


O beijei suavemente, sentindo seu sabor doce e o cheiro delicioso da sua pele no meu nariz.


(Atena) – Como eu te amo, Mu... você é maravilhoso...


(Mu) – Também te amo, anjo.


Dei um selinho nos seus lábios e olhei nos seus olhos verde-escuros.


(Atena) – Obrigada mais uma vez, meu noivo.


Ele me retribuiu o selinho e ganhei um sorriso encantador deles.


(Mu) – Disponha, minha noiva.


Sorri e fui em direção ao quarto do Julian enquanto o Mu descia as escadas.


Fiquei de frente para a porta do quarto do Julian, dei duas batidinhas, abri a maçaneta devagar e entrei na suíte. Olhei para a cama dele e estava vazia.


(Atena) – Julian?


Estava no meio do quarto quando ouvi um barulho de vômito vindo do banheiro que estava com a porta aberta. Me aproximei da porta e vi o Julian inclinado em direção ao vaso sanitário, com uma mão na parede da frente e a outra no estômago.


Peguei uma toalha de rosto e entreguei para ele. Passei a mão nas suas costas, esperei diminuir a ânsia de vômitos. Voltei no quarto e peguei um copo com água que levei para ele também. Ele bebeu um pouco e me devolveu o copo que coloquei em cima da pia do banheiro. Julian me respondeu baixinho:


(Julian) – Obrigado, Saori.


Julian foi para a pia e jogou um pouco de água no rosto, ele havia suado. Escovou os dentes e terminou de beber água que eu havia trazido.


(Julian) – Me desculpe por isso, mas não estou muito bem...


Peguei no seu braço.


(Atena) – Venha, é melhor você ficar na cama.


O guiei até a cama, ele mal abria os olhos. Ele se sentou e apoiou as costas na cabeceira da cama. Ele levou a toalha e cobriu os olhos da luz, mesmo fraca do quarto, estava o incomodando. Me sentei na beirada da cama, mantendo uma certa distância.


(Julian) – Perdoe-me por não ter descido para jantar com você, Saori. Infelizmente minha dor de cabeça estava incomodando, e agora, piorou e acabou virando uma enxaqueca. Perdoe-me por isso também.


(Atena) – Julian, não precisa se desculpar, você não está bem...


Ele dobrou a toalha e colocou em cima dos olhos.


(Julian) – Obrigado, pela ajuda.


(Atena) – De nada. Me permitiria tentar aliviar a sua dor?


Ele levantou uma parte da toalha que estava nos olhos, e me olhou com apenas um olho semicerrado.


(Julian) – Consegue mesmo fazer isso?


Sorri sem jeito.


(Atena) – Consigo curar muitas coisas, creio que uma dor de cabeça seja simples...


(Julian) – E como faria isso?


(Atena) – Eu simplesmente colocaria a minha mão na sua testa e elevaria o meu cosmo.


Ele tirou a toalha dos olhos.


(Julian) – Bom, seria ótimo... mas, só para ter certeza, você vai conseguir ler os meus pensamentos?


Sorri.


(Atena) – Não possuo tal poder, garanto!


Julian puxou um sorriso.


(Julian) – Me desculpe pela pergunta, mas enquanto eu dormia, tive um sonho muito real com você, e não gostaria que o visse...


Eu imaginava que Poseidon tivesse deixado as cenas do ocorrido como em um sonho para o Julian.


(Julian) – Bom, então, nessas circunstâncias, pode tentar sim, por favor, ficaria extremamente grato se o conseguisse!


Me aproximei mais dele, ele fechou os olhos, e eu coloquei a minha mão direita em sua testa.


(Julian) – Por mera curiosidade, esta é uma técnica indolor?


Sorri.


(Atena) – Acredito que seja, depois você conta.


Elevei o meu cosmo.


(Atena) – Tudo bem, por enquanto?


Ele puxou um sorriso.


(Julian) – Maravilhosamente bem! É incrível! E o melhor, totalmente indolor.


Sorri.


(Atena) – Fico feliz em saber.


Fiquei assim por uns minutos e depois tirei a minha mão da sua testa.


(Atena) – Como se sente?


Ele me olhou com os olhos azul-claros e puxou um sorriso.


(Julian) – Como se nunca tivesse sentido dor! Você não para de me surpreender, Saori!


Sorri sem jeito.


(Atena) – Que bom que pude ajudar.


Ele pegou a minha mão direita e beijou o dorso.


(Julian) – Obrigado, é uma honra tê-la como médica Saori!


Sorri.


(Atena) – De nada, como eu disse, estou feliz em ajudar.


Me olhando nos olhos, disse.


(Julian) – E eu estou feliz que esteja aqui, querida Saori.


Desviei o meu olhar do dele. Olhei para a bandeja cheia de comida.


(Atena) – Sente-se melhor para comer?


Ele olhou para a comida.


(Julian) – Talvez... mas eu comeria apenas uma fruta, melhor não arriscar.


Me levantei e peguei uma maçã, me aproximei da cama e ele me olhava de cima a baixo. Me olhei e eu estava com o vestido curto branco. Nossos olhos se cruzaram e eu desviei o olhar do dele e olhei para o colchão.


Ele disse sorrindo.


(Julian) – Perdoe-me a indelicadeza, não quis deixa-la sem jeito... está maravilhosa nesse vestido, Saori, simplesmente encantadora.


(Atena) – Obrigada.


Entreguei a maçã para ele. Ele bateu a mão no colchão sinalizando que eu me sentasse novamente.


(Julian) – Obrigado, fique à vontade, por favor.


Me sentei novamente na beirada da cama.


(Julian) – Sei que soará estranho, mas eu tivesse um sonho tão real que é como se eu já estivesse íntimo de você...


Olhei para ele novamente. Suponho que ele estivesse tendo alguns relances do acontecido naquele iate. Ele pegou a minha mão e deslizou o nariz pela a minha pele.


 (Julian) – Nunca tive um sonho tão real... o seu cheiro na minha mente é exatamente esse... rosas e morango...


Ele olhou para mim, não, ele olhava para a minha boca.


(Julian) – Por que estou com essa sensação tão forte?


Pelos deuses!


(Atena) – Hãm, tem sonhos que realmente parecem ser bem reais...


Ele sorriu.


(Julian) – É, tem sim... Infelizmente, é apenas um sonho...


Delicadamente tirei a minha mão das mãos dele.


(Atena) – Eu tenho que ir, tenho algumas coisas para resolver, mas eu queria saber como você estava.


Ele sorriu para mim.


(Julian) – Muito gentil da sua parte, se preocupar comigo! Agradeço imensamente pela ajuda, querida Saori!


Me levantei.


(Atena) – De nada, Julian, foi um prazer, se precisar de algo me avise, com licença.


Saí do quarto dele e fui direto para o meu, tinha algo importante para guardar e pegar também. Guardei a linda aliança com a pedra de topázio do Mu e peguei duas outras lindas alianças e levei comigo.



Nas escadas me encontrei como Sorento subindo.


(Sorento) – Como ele está?


(Atena) – Agora está bem melhor, não se preocupe.


(Sorento) – Obrigado, Atena.


(Atena) – De nada.



Antes de chegar ao último degrau da escada, ouvi vozes na sala de estar e vi Mask e Dite sentados no sofá grande e no sofá de dois lugares o Saga estava sentado enquanto a Antonela estava atrás do sofá mexendo nos cabelos longos dele, fazendo uma espécie de penteado.


Respirei fundo.


“(Atena) – Saga de gêmeos, o que é isso agora?”


Ele virou a cabeça de lado para me ver na escada onde eu ainda estava parada e sorriu.


“(Saga) – Estou apenas conversando com os recém-casados da casa.”


“(Atena) – Sabe muito bem o que estou perguntando! Não se faça de desentendido!”


“(Saga) – Nesse caso, não seria melhor perguntar para ela?”


“(Atena) – Saga, esse seu jeito sínico me irrita!”


“(Saga) – Desculpe, amor! Mas estou de costas para ela e realmente não sei o que ela está fazendo.”


Ceeerrtoooo.


Desci as escadas e fui em direção deles. Antonela se virou vendo a minha aproximação.


(Antonela) – Atena, por que não se junta a nós? Está extremamente divertido as histórias do Mask!


(Máscara da Morte) – Vem, minha deusa!


Olhei para o Dite.


“(Atena) – Dite, me diz que você sabe o que está fazendo!”


“(Afrodite) – Querida, por mim, estaria nesse momento no meu quarto aproveitando tudo o que o meu marido tem a me oferecer, mas em consideração a você, estou fazendo companhia para o seu macho alfa, para que ele não fique sozinho com essazinha! Gosto dela tanto quanto você!”


Respirei fundo.


“(Atena) – Desculpe, Dite. Obrigada! O Saga está tentando me enlouquecer e creio que ele está conseguindo!”


(Atena) – Desculpe, mas não posso me juntar a vocês, tenho umas coisas para resolver.


Olhei para o Saga e depois para Antonela, tentando manter uma voz calma eu perguntei enquanto ela fazia tranças no cabelo dele.


(Atena) – O que está fazendo no cabelo dele?


Antonela ainda fazendo a traça, não me olhou e me respondeu sorrindo.


(Antonela) – Nada de mais, estou fazendo uns penteados aleatórios... que cabelo maravilhoso ele tem, não é?


Encostando a boca no ouvido dele e sorrindo ela disse baixinho, mas consegui ouvi:


(Antonela) – Não só o cabelo, não é, Saga?


Saga segurou um sorriso.


Essa era a minha deixa para sair antes de fazer besteiras!


Olhei para a mesa de jantar e não haviam mais cavaleiros.


(Atena) – Vocês por acaso viram o Kanon?


(Máscara da Morte) – Se eu entendi certo, o Nonon foi para a garagem... mas pode chamá-lo, minha deusa, para não ficar procurando em todos os lugares.


(Atena) – Tudo bem, Sol, se ele não estiver lá eu o chamarei para me encontrar. Se me derem licença.


Passando pelo mini auditório, eu conseguia ouvir ao longe o som da linda voz do Kanon, enquanto tocava uma música.  


 


 


Casa Principal, Garagem


 


Entrei na garagem, tinham seis carros no momento, e o vi sentando no Bentley conversível branco.  Ele estava com a cabeça no encosto olhando para o teto branco, ele ouvia e cantava junto:


 


“ (...) Não me deixe, eu não sei o que fazer


Por favor perdoe-me, eu não posso parar de te amar


Eu não posso parar... de te amar.” *


 


Ele então sentiu a minha presença, rapidamente desligou o som e se levantou do banco do carro.


Passando a mão nos cabelos, ele estava sem jeito em me ver.


(Kanon) – Me perdoe, Atena, eu não sabia que estava aqui... pensei que me chamaria...


Olhei meu cavaleiro de 1,88m, de calça jeans e camiseta preta, lindo e maravilhoso como sempre. Respirei fundo.


(Atena) – Não precisa se desculpar, Kanon. Eu realmente deveria tê-lo chamado, mas preferi te procurar...


Ele se afastou do carro e vinha na minha direção para sairmos da garagem.


(Atena) – Podemos conversar aqui mesmo, não se preocupe.


Ele então voltou e encostou no capô do carro, cruzou os braços e ficou me olhando, esperando que eu começasse a falar.


Que os deuses me ajudassem...             


 


*   *  * 


*Música: Please forgive me - Bryan Adams



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Autor(a): Kelly Tavares

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