Fanfic: Game of Thrones - O Dono do Trono de Ferro | Tema: Game of Thrones
Capítulo 1 - A Batalha pela Fortaleza da Pedra do Dragão
Em uma terra na qual o ódio sempre conseguirá um lugar na próxima geração, a paz jamais terá uma chance. Quando a morte alcança prematuramente pais e mães, o desejo doentio de vingança encontra abrigo seguro em corações infantis. Então transforme essas crianças em adultos e coloque-as em famílias poderosas e elas farão de tudo para conquistar o poder apenas para satisfazer seus desejos de desforra, alimentando com sangue os descendestes dos mortos que repetirão por mimetismo seus ancestrais. Esse é o destino de quem nasce em Westeros.
Desde o fim da Guerra dos Dragões, os sete reinos haviam se tornado independentes, mas não por muito tempo. Um rei novo, Alfred Lannister, assumira o Trono de Ferro e reivindicava obediência. Agora até o mais duro dos escudos viraria pó se estivesse no caminho de suas tropas. Cada terra conquistada, cada rei subjugado teve para ele um imenso prazer, mas nenhum desejava tanto quanto a fortaleza da Pedra do Dragão, na cidade de Valíria, lar de Aaron Targaryen. Seria o fim daquela dinastia maldita controladora dos monstros cuspidores de fogo, ansiava.
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— Cerquem o castelo, ninguém pode fugir – gritou Lannister. – Quero todos mortos. Mandem a terceira e a quarta cavalaria para a parte de trás. Não ataquem. Apenas evitem as fugas. Diga-lhes para esperar a infantaria chegar e a minha ordem para começar a batalha.
Na fortaleza, Aaron e suas tropas veem os nove exércitos inimigos chegarem.
— Senhor, estamos preparados — disse o general Bathelorph.
— Aqueles bastardos aprenderão o valor de uma estratégia. — Ataquem.
Enquanto as tropas de Lannister ainda se posicionavam no portão traseiro do forte, sua terceira e quarta cavalaria foi surpreendida pelos cavaleiros Dothraki. Apesar de em menor número, a surpresa permitiu que os enfurecidos selvagens passassem pelas tropas vermelhas como uma navalha cortando queijo, derrubando parte da linha de frente de suas montarias. O major Brandon, herói da guerra de Westerlands e um dos melhores militares do exército vermelho, ordenou suas tropas mudarem a formação ao avistar os inimigos dar a volta com suas montarias para nova carga.
— Eles estão vindo diretamente para nós. Idiotas – berrou o capitão Terrier para o major.
O major refletia sobre aquele ataque aparentemente suicida. Apesar das baixas em suas tropas, ainda superavam facilmente em número os adversários e, neste momento, ele estava em boa posição, de frente para o inimigo. Os targaryens planejaram aquele ataque, não cometeriam um erro tolo assim, pensou. Olhando ao redor, avistou uns homens surgindo das matas. Nitidamente os mais adiantados portavam bestas e um punhado de flechas. Mais atrás uma infantaria que certamente pretendia usar suas lanças para terminar o serviço.
— Homens da retaguarda, desmontar — bradou. — Formação de falange!
Formação de falange colocava os homens ombro a ombro protegidos pelos escudos.
— Atacar!
E partiram em linha para cima do inimigo. A ideia do major Brandon era alcançar os atiradores antes que eles descarregassem todas suas flechas nos seus homens.
— Diga para o quarto exército manter fileiras junto as nossas — gritou para o seu comunicador.
Graças à perseverança do major, seu exército era muito bem treinado. Tanto a cavalo, quanto a pé. Ele percebeu que o resto da infantaria adversária estava muito atrás dos flecheiros para lhes dar cobertura antes da chegada de sua primeira tropa.
Os flecheiros conseguiram disparar três rajadas contra as forças do exército vermelho. Então tiveram de atirar nas falanges para se defender. Mas os escudos evitaram grandes baixas. Logo as lanças vermelhas rasgavam corpos desprotegidos. Para piorar, as tropas targaryens não eram tão bem treinadas e atacavam desordenadamente e com distâncias grandes entre seus homens. As falanges rompiam facilmente as linhas inimigas, deixando passar alguns poucos para a segunda, terceira e quarta fileiras destroçar. Era um exército profissional, acostumado a guerra, contra outro improvisado.
O major mandou um grupo de cavalaria pelos francos para ajudar as falanges, obrigando o inimigo a recuar para a mata. Os que não fizeram foram dizimados. Então as tropas vermelhas receberam ordem de retornar e reagrupar.
O portão traseiro do castelo se abriu e o major pode ver, para sua satisfação, o famoso exército dos Imaculados sair aninhado. Era para isso que eu estava aqui, pensou Brandon. Os Imaculados eram a força de elite dos targaryens. Via-se neles a formação clássica de marcha acelerada. Quem os estaria treinando, tentava adivinhar o major?
Brandon ordenou suas tropas alterarem a linha de frente para ficar em “L” (éle). Mas primeiro mandou um mensageiro avisar o rei que estavam sob pesado ataque e, pelos seus cálculos, o inimigo estaria usando grande parte das suas forças ali, deixando as outras partes desguarnecidas.
Brandon dispôs de forma coesa as alas externas de seu exército. Estariam próximos da mata, permitindo uma evasão organizada por ela se tudo desse errado e dificultando a perseguição. Três falanges atacaram as tropas targaryens nas matas e as dividiram em duas. Uma pequena parte ficou à direita e foi logo exterminada. A grande maioria à esquerda teve de fugir mata a dentro.
Com um lado vazio, eles poderiam bater em retirada de modo controlado e reagrupar caso fosse necessário. Então o major voltou sua atenção para a formação em “L”. O corpo maior do “L” estava voltado para enfrentar os Imaculados e a base do “L” à esquerda para controlar os inimigos ainda na mata. Pela quantidade de opositores, agora não tinha mais dúvida. Eles estavam usando todas as suas forças.
Brandon pretendia realizar a mesma tática inicial dos targaryens. Dividir as tropas inimigas pelas ondas de choque sucessivas de seus comandados e atacar cada grupo isoladamente com grande vantagem numérica. Agora deveria ter uns cinco soldados targaryens para cada um de seus homens. Mas confiava em suas tropas.
Os cavaleiros Dothraki, ao invés de esperar a infantaria, partiram primeiro contra as tropas do major.
— Arqueiros em posição — gritou. — Atirar.
Sucessivas rajadas de flechas atiradas com o espaço de 3 segundos entre cada fileira, provocaram grandes baixas nos Dothrakis. Mas Brandon conhecia a fama de corajosos daquele povo que preferia dormir ao relento. E eles continuaram atacando.
— Lanceiros à frente — mandou o major.
E as tropas mudaram de lugar. Agora longas lanças apontavam para os cavalos dos selvagens.
— Cavalaria, partir pelos lados.
O general Bathelorph e o rei Aaron observavam da fortaleza, vendo os Dothrakis serem dispersados pela cavalaria adversária.
— É um exército realmente bem treinado. Não esperava menos do major. Pena que os desmiolados dos Dothrakis não obedecem ordens. Com as habilidades deles, seriam uma grande cavalaria.
— Eles vão ser dizimados — disse o rei preocupado. — Não podemos fazer nada?
— Poderíamos fazer mais, se eles seguissem o planejado. Espero que os Imaculados cheguem antes deles se matarem.
Os Imaculados seguiam avançando contra o exército vermelho, porém as tropas de reforço na retaguarda não eram tão bem treinadas e deveriam estar fora de forma, pois deixaram um grande espaço entre as duas frentes. O major poderia repetir seu ataque clássico usando as fileiras de falanges ao centro e pegando o inimigo sem proteção pelos flancos. Depois, fechando o cerco por trás. Era uma chance boa demais para perder a oportunidade.
— Formação de falange, dezoito fileiras. Atacar.
As duas tropas se chocaram no meio do caminho sem nenhum dos dois lados levar vantagem nítida. Então o major olhou para seus cavaleiros. A infantaria inimiga não chegaria a tempo de evitar a derrota dos Imaculados. Estavam liquidados.
— Cavalaria, formação pelos francos em duas colunas. Quatrocentos cavaleiros de cada lado. Carga!
À medida que sua cavalaria se aproximava dos Imaculados, mais confiante ele ficava da vitória. Mas quando as tropas se encontravam a duzentos metros das fileiras inimigas, arqueiros surgiram às centenas da mata e de buracos no chão. Era uma armadilha, claramente os targaryens haviam cavado túneis ligando seu forte aos campos de batalha. O major deu ordem de recuar, mas era tarde. Em vez de pegar as tropas inimigas pelos francos, foram seus cavaleiros alvejados pelos lados. Rapidamente estavam sendo abatidos. Agora um monte de infantes saia dos tuneis com suas lanças e espadas. Mas, ao invés de avançarem contra o exército do major, eles partiram para pegar as falanges pelas costas.
Brandon pressentiu a derrota. Então deu ordem de avançar, precisava salvar suas tropas antes que fosse tarde. Os cavalos partiram a toda para alcançar a infantaria inimiga. Havia uma chance, caso chegassem antes dos targaryens. Mesmo no desespero, teve orgulho de seu exército, eles partiam de forma ordenada e sincronizada. Tinha certeza de que era o melhor exército treinado.
Antes de conseguir chegar, começaram a ser alvejados por pedras disparadas pelos trabucos e catapultas do castelo. Não havia dúvida, o inimigo sabia que seu rei não começaria o ataque até cercar o castelo. Alguém os havia traído. Não fazia sentido desguarnecer a entrada principal com a maior parte do exército vermelho à frente, exceto se soubessem dos planos.
Uma saraivada de pedras atingiu suas tropas e fez grande parte cair do cavalo. As falanges estavam perdidas, grandes buracos foram abertos em suas fileiras, facilitando o abate como touros sendo espetado em uma arena.
Com o cessar das pedras, o exército inimigo avançava em sua direção. O major deu ordem de retirada. Se sobrevivesse, teria de enfrentar o rei. Da esquerda e da retaguarda, vinham flechas. E de trás, mais homens saindo de túneis. Até que distância teriam cavado, o major se perguntava.
Mas então viu uma chance. Os targaryens não haviam se reagrupado ainda. Forçou o galope e rompeu a linha inimiga, seguido por uns trinta homens. Outros passaram pela mata. Havia partido com quase quatro mil soldados e retornava com pouco mais de duzentos.
— Meu rei — disse ajoelhando. — Tenho certeza de que fomos traídos, o inimigo sabia de nossos planos de cerco.
— Cale-se, incompetente — esbravejou o rei.
— Senhor, eles posicionaram várias catapultas na parte de trás do castelo.
— Prendam esse homem — ordenou ao seu comandante da guarda — Levem-no daqui. Jupcoh, aproxime-se.
O menino não parecia ter dezoito anos ainda. O rei colocou a mão em seu ombro como se fosse dizer algo em seu ouvido, mas sacou sua adaga e matou o garoto a sangue frio ali mesmo.
— Está aí o traidor. O mensageiro nos traiu. Ontem encontraram um saco de moedas de ouro com ele — disse sem esboçar emoção com a morte brutal do adolescente.
O general se aproximou do rei e sussurrou.
— Senhor, foi sua ideia que o garoto entregasse nossos planos aos targaryens.
— E eu não sei?
— Então por que o matou?
— Quem foi aclamado como herói na guerra de Westerlands? O major Brandon. Você é um militar, tem muito o que aprender em matéria de política. Se quiser continuar no trono, o rei deve sempre ser o herói adorado pelo povo.
E olhou para seus artilheiros.
— Os tagaryens vão pensar que eu não vou ordenar o ataque aguardando o cerco se completar. Eles imaginam que cometerei o erro de mandar outra tropa para a retaguarda, onde nos esperam. Eu vou invadir agora o castelo.
— Mas o rei Aaron fugirá.
— E será caçado pelas matas como uma lebre selvagem. Eu vou adorar isso. Fogo!
Bolas de chamas verdes varreram os ares da entrada principal ainda desguarnecida. O domínio exclusivo do fogovivo lhe dava vantagem. Poucas pedras retornavam em resposta. Alfred Lannister sorria. Eles realmente pensaram que eu mandaria outros pelotões para a retaguarda. Nem têm trabucos suficientes para responder os nossos tiros, cretinos. O fogo verde arderá essa noite por muito tempo no que sobrar.
Aaron Targaryen ouviu o estrondo vindo da parte frontal da fortaleza. Eram as chamas verdes certamente. Não tinha como fazer frente ao fogovivo. Tinha ouvido falar que o exército vermelho havia transportado o explosivo de dia na guerra de Westerlands. Mesmo sendo verdade, jamais imaginou que eles pudessem viajar tão longa distância de forma segura. Os cretinos dominavam uma tecnologia terrível. Se eu tivesse ao menos um dragão, mandaria todas as suas tropas pelos ares, pensou.
No alto do monte Athor, outro personagem observava o ataque.
— Meu senhor, o que pretende?
— Está vendo as chamas verdes?
— Sim, meu senhor. Temos de aprender a fazer esse fogo se quisermos vencer os Lannisters. Não só aprender a fazer, como descobrir de qual forma eles conseguem transportar o fogovivo em plena luz do dia sem explodir. Essa é a questão mais desafiadora. Eu quero os nossos alquimistas coletando os restos depois da batalha para estudar. Subornem os soldados do exército vermelho se for preciso.
— Então viemos aqui para isso, senhor?
— Não só para isso. Prometi me juntar ao exército de Alfred, mas chegaremos atrasados. No entanto, selar nossa união não é o meu objetivo principal.
— E qual é, senhor?
— Em breve, a fortaleza estará perdido. Meus espiões me alertaram do plano de fuga de Aaron Targaryen pelos túneis. Quero capturá-lo.
— Para quê, senhor?
— Se dominarmos as chamas verdes e os dragões, quem poderá nos deter? O Trono de Ferro será meu.
O conselheiro olhou para o rosto determinado de Colb Tyrell. Admirava aquele olhar de quem sabe o que quer.
— Então meu senhor pretende capturar Aaron Targaryen?
— Exatamente.
— Mas que serventia ele teria? Se ele tivesse um dragão já teria usado.
— Dizem que ele sabe onde estão guardados os últimos ovos de dragão. Mandei uma tropa para ficar de olho na saída dos túneis comandada por Jack Liam, eu o quero vivo.
— Jack Liam é confiável, senhor?
— Enquanto estiver sendo bem pago.
— Partimos em direção à fortaleza, meu senhor?
— Não, Gilbratar. Aguardaremos um pouco mais. Deixe que apenas os Lannisters tenham baixas.
Na fortaleza Pedra do Dragão, George Reece, principal conselheiro do rei, estava preocupado com a vida de Aaron Targaryen.
— Senhor, deve fugir. Eles não estão mandando novas tropas para a parte de trás como pensávamos. Agora nos atacam com tudo pela frente. O fogo já queimou a madeira do portão principal e, em pouco tempo, derreterá o ferro.
— Eu deveria saber que era um truque de Alfred. Ele sacrificaria até sua melhor força para me vencer. Canalha!
— Precisa ir, senhor. Antes que seja tarde.
— Onde está a bruxa?
— Em seus aposentos.
— Ela virá comigo e você também. Quero mais 5 homens de confiança e Bathelorph.
— Senhor, sem o comandante, os homens ficarão confusos.
— Ele é muito importante para morrer aqui. Não existe outro estrategista como ele. Quando reerguermos, ele liderará nossas tropas. E que a força de Khal Drogo nos proteja.
No acampamento do exército vermelho, um homem abre a porta da cela.
— Major?
— Capitão Terrier, o que faz aqui?
— Eu subornei um guarda. O outro tive de apagar. Ofereci vinho, mas ele não bebia.
— Se o rei descobrir, ele vai te matar.
— Eu sei, comandante. Mas eu já era um homem morto mesmo. Um rei que não valoriza suas tropas é um risco constante para homens como nós. Se o melhor comandante que já vi é tratado assim, imagina o que ele faria comigo.
— Conseguiu cavalos?
— Não senhor. Em cima de um cavalo, o senhor seria reconhecido facilmente. Teremos de fugir pela floresta. Tome o uniforme do guarda.
— Tenho uma ideia. Vamos para a parte traseira da fortaleza.
— Quer ganhar a guerra sozinho? — brincou o capitão.
— Pretendo encontrar Aaron Targaryen.
— Acha que o rei o perdoaria se o prendesse?
— Certamente. Mas quero descobrir que rei é Aaron.
— Todos os homens estarão buscando Targaryen. Por que acha que o encontrará primeiro?
— Observei os túneis. Na fuga, passamos pela Floresta Negra. Tinha uma saída por lá que dava bem atrás de nós. Por que eles não a usaram?
— Não sei.
— Talvez porque ela estivesse reservada para um propósito maior.
— Ninguém deve ficar na Floresta Negra à noite.
— Você acredita nisso? Bem, Targaryen é supersticioso também. Ele não iria à floresta, exceto se tivesse uma bruxa.
— A bruxa! — exclamou o capitão. — Ele planeja fugir no escuro com a bruxa.
— Vamos. Estamos atrasados.
Enquanto o exército vermelho avançava pelas ruelas da fortaleza em direção ao castelo, Aaron e seu grupo saia pelo túnel que o levaria até a Floresta Negra carregando um pequeno baú.
— É o que eu estou pensando, senhor? — perguntou um dos guardas à Bathelorph
— Cale-se. Mantenha o silêncio.
Os túneis eram escuros. A trupe pegou o túnel principal, o único que não precisavam se curvar. Bathelorph ia à frente com um arqueiro. Ele havia supervisionado as construções e conhecia de cor o caminho. No final do túnel, fez sinal para que todos se abaixassem. Abriu cuidadosamente o alçapão que dava para o lado de fora. Um a um eles foram saindo. A bruxa beijou seu amuleto.
— Vamos rápido e em silêncio — ordenou Bathelorph.
O general inspecionou o terreno ao redor. Ouvia tropas do exército vermelho vasculhando a área. Certamente estavam procurando por eles.
— Hei, tem alguém ali! — gritou um soldado.
O arqueiro logo o abateu com uma flecha certeira atravessando o pescoço. Mas outros soldados apareceram. O arqueiro recarregou e alvejou outro e depois mais outro infante. Fez sinal para os demais seguirem. Quando os soldados se aproximaram, ele sacou a espada. Golpeou uns dois antes de cair.
Bathelorph guiou os demais para a parte mais escura, amaldiçoando a lua cheia.
— Eles estão fugindo pelo desfiladeiro — alertou outra voz.
O general atirou uma pedra para o outro lado esperando enganar os perseguidores com o barulho das folhas. Mas eles foram cercados. Os quatro soldados restantes e Bathelorph sacaram as espadas. Doze soldados inimigos caíram sobre eles. Bathelorph e sua equipe conseguiram rechaçar o ataque. Porém, mais guardas chegaram e pegaram Aaron e a bruxa. Não houve outro jeito, exceto se render. Era o fim, pensou Bathelorph.
Os guardas levavam Aaron Targaryen e os demais de volta ao acampamento, quando foram interceptados.
— Alto! — ordenou Jack Liam, o líder do grupo de busca de Colb Tyrell.
— Com que autoridade o senhor nos ordena parar. O exército azul não tem autoridade sobre nós.
— Com a autoridade do rei, Alfred Lannister.
Os guardas empertigaram-se ao ouvir o nome do seu rei.
— Diga-me — continuou Jack. —Quem vocês prenderam?
— Acreditamos ser o rei Aaron Targaryen, senhor. Temos ordem de levá-lo a presença de nosso rei.
— Não se preocupe, a recompensa pela prisão dele será sua, eu mesmo vou me assegurar...
— Não posso lhe passar meus prisioneiros mesmo assim.
— Calma, amigo. Estamos do mesmo lado — disse piscando para seus armeiros. — Vou lhe mostrar a ordem escrita do rei. Você sabe ler, não sabe? — falou ciente que quase todos os guardas eram analfabetos.
— Sei, sim senhor.
Jack desmontou do cavalo e se aproximou do chefe dos guardas. Colocou a mão no bolso e entregou um bilhete para o guarda.
— Espere isso...
Jack sacou sua adaga e acertou as costas do guarda. Seus companheiros derrubaram os outros com as flechas de suas bestas.
— Olha quem está aqui — disse Jack olhando para Bathelorph. — General, há quanto tempo! Acho que você mandou me açoitar da última vez.
— Você roubou a carga de ouro.
— Supostamente eu fiz isso, senhor. Não se esqueça dessa palavra — e piscou para seus correligionários para os ouvir gargalhar.
— Não tinha nenhuma dívida — mas antes de terminar, o general levou um soco no estômago.
— Que pena, general. Se o senhor não tivesse me expulsado de suas tropas, ainda estaríamos no mesmo time.
Jack olhou os demais prisioneiros.
— Acho que não vamos precisar deles também.
Seus companheiros esfaquearam os demais soldados de Bathelorph.
— Uma bruxa, que interessante! Deixe-me adivinhar, você é vidente, mas como todas as bruxas, não previu o que está acontecendo — disse enquanto segurava a mulher pela boca — Vamos, vocês terão um encontro com o meu chefe.
— Senhor, eles têm um baú.
— Abra!
Um soldado rompeu a fechadura com sua adaga.
— Ora, vejam só. Acho que nossa recompensa acabou de aumentar — disse para a diversão de seus companheiros e olhando para seus homens, falou: — Os exércitos vermelhos vão procurá-los à noite inteira. Vamos nos esconder nas cavernas. Vistam eles com nossos uniformes e a bruxa com roupas brancas. Eu a quero parecendo a mais santa das enfermeiras. Amanhã marcharemos para encontrar o exército azul como se fôssemos uma tropa de apoio.
A uns 50 metros de distância o major Brandon e o capitão Terrier observam o que estava acontecendo.
— O que vamos fazer? — perguntou o capitão.
— Aguardar um momento melhor para agir.
— Acha que vamos matar catorze homens sozinhos?
— Confio em você.
— Muito engraçado. Acabei de lembrar ter deixado uma puta me esperando em Yunkai. Volto mais tarde.
— Precisamos descobrir o que tem naquele baú.
Autor(a): warriorT
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Capítulo 2 – O Lar dos Dragões — Vossa majestade é só um vaidoso — disse Jack Liam curvando-se para o rei Aaron em tom zombeteiro. — Quanta vida pouparia caso tivesse se rendido? — Se você fala isso com credulidade é porque não conhece Alfred Lannister. A única coisa certa ao servir ...
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