Fanfics Brasil - Capítulo 2 – O Lar dos Dragões Game of Thrones - O Dono do Trono de Ferro

Fanfic: Game of Thrones - O Dono do Trono de Ferro | Tema: Game of Thrones


Capítulo: Capítulo 2 – O Lar dos Dragões

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Capítulo 2 – O Lar dos Dragões


 — Vossa majestade é só um vaidoso — disse Jack Liam curvando-se para o rei Aaron em tom zombeteiro. — Quanta vida pouparia caso tivesse se rendido?


— Se você fala isso com credulidade é porque não conhece Alfred Lannister. A única coisa certa ao servir a um tirano é a perda da sua liberdade e a eterna escravidão às vontades e aos caprichos do déspota.


— Guarde seu discurso para seus puxa-sacos. Eu nasci pobre, tive de roubar para sobreviver. Quando era pego, batiam em mim sem dó. Nunca vi um rei ter piedade de um maltrapilho. Você não sabe o que é a fome. Sempre teve comida, cama quente e empregados à disposição. Diga-me, qual a diferença entre seus escravos e os de Lannister?


— Os meus podem buscar outro emprego sem temerem.


— Outro emprego? Não me faça rir, seu cretino — Jack golpeou a face do rei.


O general ameaçou revidar, mas o próprio rei fez com a mão para ele se conter.


— Até chegar ao meu senhor, sentirá fome. Verá como uma barriga vazia derrete a mais sólida das convicções — vociferou Jack.


O major e o capitão observavam a cena.


— Tenho um plano — disse o major. — Preciso pegar cordas.


— Claro, por que você não vai até lá e pede emprestadas? Se pedir com jeitinho, eles dão.


— Muito engraçado. Eles não sabem da nossa presença.


— E daí? Pensei que só bruxos ficassem invisíveis.


— Pensei em aceitar você como voluntário.


— Pensei no meu arrependimento por tê-lo livrado da cela.


— Com o seu tamanho, capitão. Um elefante chamaria menos atenção. Pode deixar, eu vou. Quando eles amarrarem os cavalos e entrarem na caverna, eu irei pegar as cordas.


Jack e seu bando seguiram em direção à entrada das cavernas que ficavam aos pés do monte Khal Drogo seguidos, a certa distância, pelo major e pelo capitão.


— Deixe os cavalos na caverna maior — ordenou Jak. — Vamos nos esconder em uma das grutas pequenas.


— Ouviu isso, major — sussurrou o Capitão Terrier. — Eles vão facilitar nosso trabalho.


— Bom para nós. Pegue alguns cocos no chão. Depois eu explico.


O major Brandon se arrastou até os cavalos, pegou algumas cordas presas nas celas e voltou.


— Vamos armar nossos fantasmas e torcer para eles serem supersticiosos.


O major entrou pela outra gruta, havia inspecionado o terreno antes do ataque. Sabia como elas se ligavam. Então amarrou uma corda de um lado a outro das grutas deixando uma ponta um pouco mais alta. Fez dois buracos e uma boca em cada coco e cortou umas estopas onde guardavam a comida para fazer as roupas dos bonecos. Com um pouco das cordas ainda montou um pavio dentro de cada coco.


— Para que o pavio? — perguntou o capitão.


— Verá.


Duas horas depois, quando apenas um homem vigiava, o capitão o atacou por trás com um golpe certeiro na cabeça.


— Acho que este aqui vai ter um pouco de dor-de-cabeça amanhã — disse o capitão.


— Se ele acordar. Não precisava bater tão forte.


— Prefiro garantir.


— Vamos para o outro lado soltar nossos bonecos.


— E acha que só isso vai assustá-los?


— Não. De dentro da gruta, você urrará como se fosse o último de seus dias. Se não funcionar, jogarei um coco no seu mindinho e aí ouviremos de fato um grito assustador.


— Da próxima vez, eu me alistarei com outro comandante.


Cada um lançou um boneco com o pavio acesso dentro dele e começaram a gritar. O que nenhum dos dois sabia era que despertariam uma série de morcegos. Os gritos, os bonecos e os morcegos colocaram os homens de Jack Liam para correr, menos ele próprio.


— Voltem idiotas.


— Melhor não tentar pegar sua espada — disse o capitão com uma adaga no pescoço de Jack.


— Pensei que estávamos no mesmo lado — sorriu Jack ao ver os uniformes do exército vermelho nos dois homens.


— Você matou alguns de nossos soldados. Acho que o rei não vai ficar muito contente — interviu o major. — Amarre-o, capitão. Solte os demais.


— O senhor tem certeza, major? Aquela ali me assusta — disse apontando para a bruxa.


— Não tanto quanto você a assusta, capitão.


— Qual o seu nome? — perguntou o major para a bruxa.


— Ela não fala. Deve ter feito um juramento, ninguém sabe. Meu nome é Aaron Targaryen. Estou curioso por que está me soltando.


— É uma longa história. Mas vamos sair daqui primeiro — disse o major enquanto verificava o baú.


— Por que não matamos esse patife? — perguntou o general apontando para Jack Liam.


— Que isso, general. Não vai matar um homem amarrado — falou Jack Liam.


— Para você, eu faço uma concessão — sorriu falsamente de volta o general.


— Não, deixe-o vivo. Seus homens vão voltar e o resgatarão. Ele não vai poder contar nada. Nem para o seu rei, pois terá de justificar como me perdeu, nem para o exército vermelho.


A bruxa se aproximou de Jack Liam. Chegou seu rosto perto dele como se fosse beijá-lo, mas meteu a mão no bolso do mercenário.


— Que papel é esse? — perguntou Jack.


A bruxa sorriu e abriu para ele ler. Estava escrito: na gruta, cuidado com o major.


— Desgraçada. Quer que eu acredite que adivinha o futuro? Vai dizer que colocou esse bilhete quando eu te peguei pela boca? Você é uma farsante. Pode enganar o imbecil do rei, não eu.


— Cuidado com a boca — advertiu o general. — Aliás, já ouvi sua voz por demais hoje — e deu uma coronhada no mercenário que caiu desmaiado.


— Vamos embora, os amigos de Jack podem voltar. Vamos levar todos os cavalos — disse o major.


Enquanto ainda montavam, um dos homens de Jack retornou. Atirou com sua besta, mas não acertou ninguém. O capitão revidou o tiro, porém errou também. Logo os outros homens apareceram.


— Vamos rápido em direção à floresta — gritou o major dando duas batidinhas com a bota nas costelas de seu cavalo.


Um dos mercenários apareceu na frente do grupo e atirou, sua flecha cravou no peito do conselheiro do rei que caiu no chão. O major passou pelo soldado de Jack, acertando um golpe de espada. O mercenário tombou imediatamente.


— Reece — gritou o rei. — Temos de voltar.


— Não podemos fazer nada por ele, majestade. Vamos seguir — aconselhou o general.


Dois disparos passaram pelo grupo. O capitão puxou o cavalo da bruxa para acelerar a marcha. Sem cavalos, os mercenários de Jack não poderiam seguí-los. O grupo cavalgou pelo vale acompanhando o rio por quase três horas antes de parar.


— Por que nos soltou? — perguntou o rei Aaron Targaryen.


— Deixe-me apresentar o capitão Terrier — disse apontando para o capitão. — Eu sou o major Brandon — falou se curvando. — Eu comandei as tropas na retaguarda da fortaleza contra o senhor.


O general riu de desdém e virou a cara.


— Já ouvi seu nome. O senhor ficou famoso pela vitória em Westerlands. Aposto que o rei Alfred o recebeu com frieza em vez de condecorá-lo.


— Digamos que não fui convidado para a festa da vitória no castelo.


— Este é o general Bathelorph — o major fez uma continência, não retribuída pelo general. — E aquela, nós não sabemos o nome, apenas a chamamos de bruxa. Ela previu o ataque do exército vermelho. Ela não fala, apenas escreve. Não sabemos o motivo. Mas tivemos várias razões para acreditar nela e confiar em suas previsões. Mas segue a pergunta, por que nos ajudou?


— Fui preso depois de ser vencido pelas suas tropas e o capitão me soltou. Tivemos de fugir.


— Isso não responde a pergunta — falou finalmente o general segurando o cabo da espada.


— Desculpe o general, ele não está acostumado a confiar — disse o rei gesticulando para o general largar a espada.


— Somos de Uplands, meu senhor. Fomos invadidos pelo exército vermelho. Em troca da rendição, ficaríamos com nossas terras e com nossas crenças. Seríamos incorporados ao exército vermelho apenas se necessário.


— Deixe-me adivinhar. Ao longo do tempo, Alfred foi quebrando uma a uma suas promessas.


— Sim. Mas de modo sorrateiro. Ele foi aumentando os impostos, aqueles que não podiam pagar, perdiam as terras. Em troca, o rei fornecia emprego. As mulheres continuariam nas terras, cultivando-as e os homens seriam incorporados ao exército vermelho. Viramos escravos dos lannisters.


— Uma história que se repete. Vi que ficou curioso com o conteúdo do meu baú. Creio que a informação do que ele contém faria seu rei o perdoar.


— Não tenho certeza, mas prefiro ficar do lado correto. Vossa majestade me parece um rei melhor.


O rei olhou curiosamente os dois, tentando avaliá-los. Que esperança poderia ter aqueles soldados nele? Não encontrava resposta.


— Eu vi o conteúdo do baú. O senhor tem quatro ovos de dragão, mas estão fossilizados. Então para que os carrega?


— Não responda nada, majestade — interveio o general.


— Se eles nos quisessem mal, já teriam nos executado — respondeu o rei. — Não estão fossilizados. Eles são assim. Necessitam de um grande calor para irromperem.


— Como os vulcões de Valíria.


— Exatamente, major.


— Mas agora perdeu a cidade.


— Teremos de dar um jeito.


— O Senhor está sendo procurado por toda parte. Pelo exército vermelho e pelo azul, além dos mercenários. Se ficar aqui, será encontrado. Alguns te entregarão pela recompensa, outros pela tortura. Perguntou por que o soltei? Esperança. Quando vi o baú, ela renasceu em meu peito. Se o senhor tivesse ovos de dragão, então talvez ainda houvesse uma chance de vencer o exército vermelho.


— Boa sorte com seu general idoso e a mudinha — disse o capitão, puxando o major pelo braço. — Você não vai querer se juntar a eles, vai?


— Acha que pode voltar a Uplands? — perguntou o major ao capitão.


— Acho que lá terei mais sorte de manter meu pescoço entre a cabeça e meu corpo.


— Bem, capitão. Eu só tenho a lhe agradecer, mas pretendo fazer este rei um senhor com castelos e exércitos.


— Você está achando o quê? Que a bruxa vai nos duplicar mil vezes e então combateremos o exército vermelho?


— Não sei ainda, mas tenho uma sugestão. O único local seguro é a casa Stark.


— E como pretende atravessar todos os reinos rumo ao norte anonimamente? — perguntou o capitão.


— Casa Stark — pensou o rei. — É uma possibilidade — falou olhando para o general que virou o rosto para não precisar consentir.


— Quem são vocês? — gritou um soldado do alto do vale acompanhado de uma patrulha. Eram do exército vermelho.


 



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Autor(a): warriorT

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