Fanfics Brasil - Capítulo 3 - A Batalha Naval de Ironman’s Bay Game of Thrones - O Dono do Trono de Ferro

Fanfic: Game of Thrones - O Dono do Trono de Ferro | Tema: Game of Thrones


Capítulo: Capítulo 3 - A Batalha Naval de Ironman’s Bay

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Capítulo 3 - A Batalha Naval de Ironman’s Bay


Tropas do exército vermelho partiam de Casterly Rock para o porto de Lannisport levando mantimentos e munição. O almirante Teodoro Lannister, primo de Alfred e chefe da marinha vermelha, supervisiona os últimos embarques nos navios da primeira e segunda divisão.


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— A verdadeira vitória só será alcançada quando tivermos a supremacia em terra e no mar — sentenciou o almirante Teodoro Lannister para o seu imediato. — E quem é nosso maior rival no mar se não a armada da Iron Islands? Sem ela, iremos atacar o norte com nossa infantaria por terra e com desembarques atrás das linhas inimigas pelo mar. Destruiremos esses infelizes.


— Vamos invadir as ilhas de Iron Islands?


— Não imediatamente. Vamos fazer um cerco ao sul. Quero cortar a linha de comércio deles com Banefort.


— Mas eles poderão fugir para norte.


— O que facilitaria nossas conquistas. Se você tem uma vara e um anzol, deve pegar um peixe de cada vez.


Entra um marujo na cabine de comando.


— Almirante, estamos prontos para zarpar.


— Dê o toque de partida e vamos.


Era início da madrugada. Mais tarde, com o dia amanhecendo, a primeira e segunda divisão avistaram Saltcliffe e Pyke, as ilhas mais ao sul do arquipélago de Iron Islands. O dia estava claro, ótimo para quem tem as melhores e maiores embarcações, pensava o almirante Teodoro.


Mais duas horas rumando para o norte e o almirante começou a distinguir a armada da duquesa Samantha Greyjoy, comandada por ela mesma. Lannister notou algo nunca visto antes por ele. À frente da armada, uma série de barquinhos de uns quinze metros de extensão, portando um trabuco lançador. Em cada lateral, os barcos tinham duas hastes fixas que uniam uma prancha à embarcação e davam sustentação para o barco não virar.


Esperta, pensou o almirante, como não conseguiria construir barcos grandes em número suficiente para equiparar a minha armada, ela criou esses simulacros de catamarãs. Um pouco de fogovivo e tudo virará cinzas, minha cara.


— Imediato — gritou Teodoro Lannister. — Vamos alterar a tática. Peça ao comunicador para passar as novas instruções.


— Como pretende enfrentá-los, senhor?


— Está vendo as pranchas nos barquinhos? Com certeza, eles terão dificuldades em manobrar. Devem atirar bem em linha reta e acredite: foram testados somente nessa posição, mas basta o inimigo não estar a sua frente e, obviamente, terão de girar. Com aquelas pranchas, nós seremos mais ágeis. Iremos em linha reta a toda velocidade, quando estivermos próximos da linha de tiro, viramos noventa graus. Eles perderão o alinhamento, enquanto nós, com todos os trabucos apontados para as laterais de nossos navios, teremos poder de fogo máximo contra eles.


A armada se dividiu em quatro filas seguindo direto contra os barcos de Greyjoy. Quando estavam no limite da linha de tiro, as embarcações das ilhas de ferro abriram fogo. Os tiros de pedras pequenas caíram no mar antes da armada vermelha. Claramente estavam testando o alcance.


O almirante Lannister deu sinal e duas filas viraram para bombordo e outras duas para estibordo. A tática pegou de surpresa os greyjoys. Samantha ordenou metade dos barcos para cada lado, porém, como previu o almirante, a marinha vermelha manobrava mais rapidamente e formou a linha de tiro primeiro.


Bastava um disparo de fogovivo acertar os barquinhos, para a embarcação ir a pique. As chamas verdes se alastravam pela água. Mas eram muitos e os que conseguiram se mover começaram a responder ao fogo inimigo.


— Teodoro acha que meus barquinhos são a única carta que tenho atrás das mangas? Agora ele vai descobrir que temos nosso próprio fogovivo — argumentou a duquesa Samantha. — Preparem para atirar. Usem o petróleo.


Os pequenos barcos se adiantaram rumo aos navios vermelhos e passaram a atirar bolas de fogo.


— O que é isso? — perguntou o almirante.


— É uma lama negra, senhor. E também não apaga quando cai na água.


— Interessante, eles têm seu próprio fogovivo. Quando o prendermos, vamos descobrir o que é essa lama escura.


Um dos barcos da marinha vermelha foi atingido por um bote. Deu-se uma grande explosão, misturando chamas verdes e laranjas. Samantha havia colocado uma série de botes cheios de petróleo no mar, amarrados por cordas. Quando elas batiam nos navios, as cordas se rompiam acendendo um pavio e explodindo um barril cheio de petróleo.


— Dê a ordem de recuar, não deixem ser atingidos pelos botes.


Outros dois navios foram atingidos também. Assim como o primeiro, houve uma grande explosão e entraram em combustão. Os barcos que conseguiram escapar deram meia-volta e atiraram nos botes, explodindo muitos deles.


— Perdemos três navios, mas agora sabemos o truque dela. Temos um oponente a altura para o fogovivo. Mas você percebeu o mesmo que eu?


— O quê, senhor?


— Nossos trabucos atiram mais longe do que os dela. Nossos barcos maiores permitem armas grandes. Talvez uns dez navios dela estejam à altura dos nossos.


As duas armadas se posicionaram frente a frente, mas a uma distância além da linha de tiro.


— Quando chegarem à linha de tiro, avançaremos e depois recuaremos para a baia, como planejado — disse Samantha Greyjoy para o seu imediato.


Novamente, a armada vermelha veio em quatro fileiras, próximas do limite de abrir fogo saíram da formação em fila para uma linha gigantesca de tiro e começaram a disparar. Chamas verdes cortavam o ar. Do outro lado, chamas alaranjadas faziam o caminho oposto.


Os barcos menores dos greyjoys avançaram, mas dessa vez não pegaram a marinha vermelha desprevenida. O almirante comandou o contra-ataque, quando um barquinho se aproximava, os navios mais próximos recuavam e faziam um semicírculo em volta das pequenas embarcações. A tática da ilha de ferro tinha sido sobrepujada.


Samantha ordenou uma retirada para a baía de Ironman.


— Eles não estão fugindo de volta para a ilha, nem para o norte, senhor.


— Estranho, faça a segunda divisão seguir e cercar os inimigos na baia com cuidado. Não faz sentido ir para lá e ficar encurralado. Talvez tenham algum plano. Diga para ficarem longe da costa. Podem ter catapultas escondidas.


O vice-almirante George Dravon comandava a segunda divisão e preferiu manter seus barcos em linha para alvejar com força máxima os inimigos e evitar fugas. As embarcações dos greyjoys eram menores e mais rápidas. Elas conseguiram se distanciar um pouco da esquadra vermelha.


— Almirante Dravon, os greyjoys não estão navegando no meio da baía, estão contornando próximos à costa. Acho que vão aportar em Seagard.


— Não tem para onde fugir. Vamos manter distância das costas, como ordenou o comandante Lannister.


A frota da duquesa parou próxima à praia. Quando a marinha vermelha já avistava as maiores construções de Seagard, dois barcos bateram em algo. Logo depois, outros três. O vice-almirante mandou todos estancarem para entender o que estava acontecendo. Os greyjoys tinham colocado estacas no fundo da baía. Naquela parte, a profundidade não era maior do que vinte metros. Duas embarcações tiveram o fundo cortado pelas madeiras e estavam fazendo água. Comandados por Samantha, os navios dela retornaram e cercavam a segunda divisão da marinha vermelha e começaram a atirar.


— Respondam o fogo — gritou o vice-almirante.


Porém, mais alguns barcos acabaram batendo em estacas ao manobrarem para ficar em linha de tiro. Parados, eram alvos fáceis para as baterias dos greyjoys.


— Manobrem com cuidado. Transmita a ordem de recuar — falou o vice-almirante.


— Aumentem o cerco, não deixem que eles fujam — ordenou Samantha Greyjoy satisfeita com a sua proeza.


Apesar do cerco, boa parte dos navios da marinha vermelha conseguiu retornar. A primeira divisão vinha em sua ajuda e Samantha teve de se retirar antes que fechassem a entrada da baía. De qualquer forma, a duquesa estava contente. Mais de vinte navios inimigos tinham sido afundados e ela só havia perdido quatro embarcações grandes. Apesar de a maioria dos botes e dos barcos pequenos ter afundado.


Samantha contornou a entrada da baía pela costa norte, enquanto via a primeira divisão passar pelo lado sul. Ela levou seus navios para o porto da cidade de Pyke para reabastecer.


Após reagrupar seus navios, o almirante Lannister refletia sobre a primeira batalha.


— Senhor, devemos voltar para Lannisport e consertar os navios? — perguntou o imediato.


— De forma alguma. Vamos desembarcar em Saltcliffe e reparar os navios lá. Mande duas embarcações até Faircastle para buscar provisões e com uma mensagem ao rei. Diga a sua majestade que a batalha foi um sucesso. Afundamos grande parte dos navios de ferro, tomamos Saltcliffe e cortamos as fontes de suprimento oriundas do continente.


— Mas, senhor...


— Mas nada. O rei só quer saber de vitórias para contar no palácio. Eu me encarrego das guerras marítimas. Se voltarmos ao porto, os homens farão circular informações não essenciais pela cidade. Precisamos destruir os greyjoys antes de seguir. E é isto que estou fazendo. Nós produzimos um navio a cada cinco dias. Avise para mandarem todos os navios prontos para se unirem a mim. Acrescente que estaremos à disposição para seguir pelo mar para o norte acompanhando os avanços terrestres das tropas do rei, logo que sua majestade achar adequado.


— A mensagem não é arriscada demais?


— Mais arriscado seria retornar e o rei tomar alguma decisão precipitada. Estas terras são estratégicas como ponto avançado de suprimento. Por outro lado, se seguíssemos sem dominar as terras de ferro, eles cortariam os nossos suprimentos pelo mar, deixando-nos em situação delicada.


Entra o chefe da infantaria.


— Senhor, nossos informantes nos disseram que não têm tropas inimigas na ilha de Saltcliffe.


— Por via das dúvidas, desembarque primeiro uma força de reconhecimento. E certifiquem que a água não está envenenada. Logo retornaremos ao campo de batalha.


 



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Autor(a): warriorT

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