Fanfic: Corações Sangrando - Trendy | Tema: Trendy, HOT

Dulce

A segurança nem hesitou em me deixar entrar no prédio. Não sei por que isso me surpreendeu, mas aconteceu. Eles me disseram que Alfonso tinha um convite permanente para eu prosseguir. Saí do elevador e caminhei pelo corredor dele. O lugar estava deserto, o que era o melhor. Eu não precisava dos outros funcionários para isso.

Parecia uma vida atrás que eu estava aqui. O lugar parecia diferente nas luzes fracas da noite. Um sentimento triste e vazio preencheu o espaço que eu havia passado tanto tempo antes. Olhei para minha mesa e notei que não havia lembranças pessoais de quem havia assumido minha posição. Nem parecia que estava sendo usado.

A porta de Alfonso estava rachada e eu espiei para dentro para encontrá-lo sentado em sua mesa. Ele não estava trabalhando. Ele estava apenas recostado com a cabeça na cadeira, olhando para o teto. Seus olhos estavam sombreados por olheiras, e ele parecia exausto.

Eu odiava isso. Eu esperava que ele estivesse se cuidando. Eu esperava que não fosse à causa dessas olheiras. Empurrei a porta e seus olhos dispararam para os meus. Eles tremeram de surpresa, e então ele se levantou, caminhando em minha direção antes que ele pudesse se conter.

"Dulce?"

"Estou bem." Assegurei a ele. "Mas eu queria vir falar com você pessoalmente."

"OK."

Ele pegou minha mão e me puxou para o sofá. Não resisti porque era bom sentir a pele dele contra a minha. Se apenas por um momento.

"O que está em sua mente?" Ele perguntou.

Parecia que ele estava escolhendo suas palavras com cuidado. Como se ele estivesse com medo de que qualquer coisa que ele dissesse ou fizesse pudesse me assustar. Eu também odiava isso. Eu não queria que ele se sentisse assim. As coisas eram tão complicadas entre nós, e eu sinceramente não sabia por onde começar.

Eu brinquei com a ideia de dar a notícia para ele hoje. Mas eu ainda não sabia se deveria. E se ele não quisesse nada com isso? O pensamento era insuportável.

"Olha, Alfonso..." Fiz uma pausa. "Eu quero falar sobre aquele cara que você tem me seguindo em todos os lugares."

Ele fechou os olhos e afundou-se no sofá. Ele nem tinha energia para lutar, o que era tão diferente dele.

"Apenas meu humor, menina." Ele implorou. “O que dói? Ele está lá para protegê-lo."

Ele não entendeu e nunca conseguiria. Eu tive que agradecer ao meu pai por isso.

"Só não gosto que ele esteja relatando tudo o que faço para você." Eu disse.

Alfonso abriu os olhos e olhou para mim, imóvel. "Por quê?" ele perguntou. "Existe algo que você não quer que eu saiba?"

Eu me mexi desconfortavelmente no meu lugar, lutando contra o desejo de olhar para baixo. Eu usava um moletom folgado, então não havia como ele ver.

"O que você quer dizer?" Eu perguntei.

"Quero dizer, existe outro homem que eu preciso conhecer?"

A expressão dele era tão tensa que eu não pude evitar. Estendi a mão e alisei minha mão ao longo de sua bochecha. Ele fechou os olhos e se inclinou para ele.

"Dulce."

Sua voz estava rouca, e isso fez meu pulso disparar. Eu não sabia o que diabos estava fazendo. Mas eu me inclinei para frente e o beijei. Novamente.

Eu queria me dar um tapa.

Meus lábios mal roçaram os dele quando ele me puxou para seu colo. Meu sangue esquentou com a sensação do seu corpo duro embaixo de mim. Deus, eu senti falta disso. Eu estava tendo saques desde a última vez que o vi, e agora estava ficando cada vez mais difícil recusar.

Eu só precisava senti-lo, apenas mais uma vez. Foi o que eu disse a mim mesma quando me abaixei e puxei seu zíper. Suas mãos estavam por toda parte, subindo minha saia, acariciando minhas coxas. Eu estava delirantemente alto com o efeito que ele teve em mim.

"Deus, eu sinto tanto sua falta." Ele enterrou o nariz no meu cabelo e inalou, balançando sua ereção na minha palma. "Dói, querida."

Ele estava dolorosamente inchado, e eu precisava dele dentro de mim. Puxei minha calcinha para o lado e me empurrei sobre ele. Ele gemeu e empurrou debaixo de mim, seus dedos apertando suas garras nas minhas coxas. Foi doloroso e possessivo, e eu também senti falta disso.

Mas quando ele tentou tirar minha camisa, eu tive que distraí-lo. Então eu me inclinei e escovei meus lábios sobre sua garganta, alternando entre mordidas e beijos. Fiel à sua natureza, ele adorava.

"Você sente o quão duro você me faz?" Ele apertou minha bunda em suas mãos. “Você é minha, Dulce. Você nunca deixará de ser minha. Não importa o que."

Não sabia quem ele estava tentando convencer, mas não reconheci essa afirmação. Ele estava certo. Eu sempre pertenceria a ele, coração e alma. Ele era o único homem que eu sempre quis dar meu corpo. Mas o que eu queria e o que eu precisava eram duas coisas diferentes.

Agora, neste momento, eu só precisava colocar tudo fora da minha mente. Então eu me balancei contra ele, aproveitando a sensação de estar conectado a ele dessa maneira. Meu Alfonso lindamente danificado. Minha luz e minha escuridão.

Lágrimas caíram pelas minhas bochechas, e ele as beijou. Ele me disse o quanto precisava de mim. Como ele faria qualquer coisa para me compensar. E eu chorei mais. Eu chorei pela perda dele. Pela perda disso. Eu não sabia como sobreviveria sem ele.

E quando eu queimei ao redor dele, chorei porque estava tudo acabado. Ele seguiu logo depois, mas não saiu. Ele apenas passou os braços em volta de mim como um vício, me esmagando contra seu peito. Eu sabia que ele queria dizer alguma coisa. Ele estava esperando o momento certo. Ele pensou que isso faria diferença.

"Venha para casa comigo." Ele sussurrou contra mim. "Venha para a nossa cama e deixe-me cuidar de você."

Oh Deus. Eu não pensei nisso. Afastei-me dele, apesar de sua resistência, e ajustei minhas roupas.

"Eu não posso, Alfonso."

"Você pode." Ele insistiu.

Eu tive que desviar meus olhos dele. Eu não aguentava ver a esperança que vivia lá. Eu era um ser humano horrível. Eu me odiava naquele momento.

"Sinto muito." Pedi desculpas fracamente. "Eu tenho que ir."

"Dulce..." Ele tentou se levantar, mas eu saí correndo pela porta antes que ele pudesse arrumar suas calças.

Cheguei ao elevador e apertei o botão Fechar repetidamente até que as portas começaram a se fechar. Pouco antes deles, eu o vi virando a esquina, parecendo que ele havia me perdido para sempre.

E eu acho, da maneira que ele parecia.