Fanfic: Corações Sangrando - Trendy | Tema: Trendy, HOT

Quando cheguei em casa naquela noite, encontrei Nicole sentada no balcão do café da manhã. Ela estava olhando para um buquê de Morning Glories e uma cara garrafa de vinho tinto que estava intocada na frente dela. Uma rápida olhada no selo revelou que era uma mistura de 2009 do sul da França.

"O que é isso?" Eu provoquei. "Você tem outro admirador secreto que eu não conheço?"

Ela olhou para mim e eu imediatamente me arrependi da minha piada despreocupada. Seus olhos estavam vermelhos e inchados.

"Nicole, você está bem?"

Eu me movi em torno da barra de café da manhã para abraçá-la, mas ela recuou para trás, segurando as mãos em um gesto apaziguador.

"Estou bem", ela resmungou. “Desculpe, mas tem sido um longo dia. Você se importaria... se livrar daquelas coisas enquanto eu tomo banho?”

"Claro." Eu balancei a cabeça em confusão. "Você quer que eu coloque em algum lugar?"

"Basta tirá-lo do apartamento", ela sussurrou. "Então eu não tenho que olhar de novo."

Peguei as flores enquanto Nicole ia para o quarto dela. As flores já estavam caindo na luz da noite do apartamento, e achei uma seleção estranha para alguém mandar Nicole. Eu não era um conhecedor de flores, mas eu pensei que uma vez eu li que estes eram um símbolo de mortalidade ou algo assim.

Quando entrei no elevador, esbarrei em Alfonso e quase derrubei tudo em meus braços. Seus lábios se inclinaram nos cantos enquanto ele me ajudava a recuperar meu equilíbrio.

"Você vai estar aparecendo assim o tempo todo agora?"

A irritação na minha voz era clara, mas eu não conseguia controlar. Eu ainda estava em choque com a grande revelação, e quanto mais eu pensava sobre isso, mais perguntas eu tinha.

Ele não parecia perturbado, porque estava ocupado demais olhando para as flores em meus braços.

"O que você está fazendo com isso?"

"Eu vou levá-los para o lixo. Eu acho que algum maluco os enviou para Nicole, e ela não os quer.”

Seu olhar se estreitou, e me perguntei se ele achava que eu estava mentindo para ele. Ou talvez ele estivesse chateado por alguém ter enviado flores para Nicole. Eu ainda não conseguia descobrir o que diabos estava acontecendo entre eles, e isso me irritou ainda mais ao pensar nisso.

"Qual é o problema com vocês dois?" Eu questionei.

"O que você quer dizer?"

“Quero dizer, há algo acontecendo entre você e Nicole? Ou qualquer outra pessoa para esse assunto?”

Sua expressão suavizou quando ele deu um passo mais perto e inclinou meu queixo para encontrar seu olhar.

"Você se incomodaria se houvesse?"

"É claro que isso me incomodaria", eu retruquei. "Eu não sei com quem mais você está jogando esses jogos doentios, e eu acho que é justo eu sei se eu preciso me proteger. Você não usa camisinha desde que estamos juntos e...”

"Dulce." Ele sorriu, descarrilando completamente minha linha de pensamento. "Você realmente acha que eu esperei tanto tempo por você para ter alguém vindo e me distrair?"

"Eu não sei." Eu fiz uma careta. "Eu não sabia que você tinha esperado que isso acontecesse. Você agiu como se eu não existisse no primeiro dia em que você me viu de novo..."

Algo me ocorreu então. Algo que eu não conseguia acreditar que não tinha pensado antes. "Como você sabia que eu viria a São Francisco?"

"Eu organizei o aprendizado", disse ele. "Eu não tinha dúvidas de que você aceitaria, mas mesmo se você não o fizesse, você estaria aqui de qualquer maneira."

"Então, esse tempo todo, você vem me testando?" Eu acusei. "Com Stacey e com... quem mais está envolvido nisso?"

Ele abriu a boca, mas eu não lhe dei uma chance de responder.

"Oh Deus, essa coisa com o Tom no bar também foi um teste?"

Sua mandíbula apertou e foi resposta suficiente. "Eu tinha que ter certeza que você não era como sua família."

"Você quer dizer como Norma-Jean?" Eu bati. "Porque eu não sou nada como ela. E nem Christopher. Ele é uma boa pessoa e eu pensei que você fosse amigo dele. Eu não entendo porque você está fazendo isso com ele!”

As portas do elevador se abriram e ele balançou a cabeça em claro aviso. Eu sabia que o que eu pedia era contra o acordo, mas eu tinha muitas perguntas, de forma tão imprudente, eu insisti.

"Diga-me por que", eu exigi. “Diga-me o que aconteceu entre vocês dois. Por que você estava em nossa casa naquela noite? É por isso que você me trouxe para isso?”

Ele não respondeu, e isso estava me enfurecendo. Então eu continuei apimentando-o com qualquer dúvida que eu pudesse pensar.

"E as iniciais que você coloca nas minhas costas?", Perguntei. "Eles nem são seus. Eles são de outra pessoa? Uma mulher?”

"Você não pode fazer essas perguntas", ele gritou. "Lembrar?"

"Tudo bem." Eu rasguei meu olhar para longe dele como uma criança repreendida e continuei minha caminhada até os recipientes de lixo. Ele pegou em mim em questão de momentos e esperou até que eu descartasse as flores antes de me puxar para seus braços.

“A única coisa que você precisa saber é que você pertence a mim. Tudo o mais, isso não importa.”

"É importante para mim", eu insisti. "Mas você não se importa com isso, não é?"

Ele respondeu enroscando-se no meu cabelo e beijando-me pela minha garganta enquanto suas mãos exploravam meu corpo. Não foi justo. Ele estava me tocando de todas as maneiras que ele sabia que eu gostava, tentando enfraquecer minhas defesas.

"Você está com frio", ele sussurrou em meu ouvido, esfregando a mão nas minhas costas para agarrar a base do meu pescoço. "Você deveria voltar lá em cima."

"Eu deveria", eu concordei.

Eu não me mexi. Eu não pude enquanto ele estava olhando para mim desse jeito. Como se ele não quisesse que eu fosse a qualquer lugar, e naquele momento eu era a coisa mais importante do mundo para ele. Era uma completa contradição com tudo o que ele estava fazendo.

Ele embalou meu rosto em suas mãos e me beijou como se fosse a última vez que ele me veria. Eu secretamente me perguntei se ele ainda achava que poderia ser. Que eu possa fugir a qualquer momento. E foi então que a verdade de nossas circunstâncias realmente me ocorreu. Eu já tive a vantagem nesta situação. Ele poderia estar segurando as cartas, mas sem mim, ele não poderia ganhar. O que quer que isso fosse, ele precisava de mim. E pela emoção genuína em seus olhos, me perguntei se isso era uma exigência de seu jogo ou de seu coração.

"Você recebe uma pergunta", disse ele. "Vou tentar respondê-lo da melhor maneira possível. Mas isso não tem nada a ver com Christopher.

Meu cérebro deu um salto na percepção do que ele estava oferecendo. Eu tinha tantas perguntas e algumas eram muito mais importantes que outras. Mas o que eu me perguntei de novo e de novo foi o primeiro a sair da minha língua.

"Por que eu? De todas as pessoas do mundo que você poderia ter, por que deveria ser eu?

Ele olhou para o chão e depois para o céu, como se as respostas estivessem lá fora, fora de seu alcance.

"Não poderia ter sido mais ninguém, Dulce", ele respondeu em um tom assombrado. “Mesmo que eu não estivesse procurando por você, não havia como ter sentido sua falta. Tem algo sobre você que eu não posso explicar. Mas seja o que for, isso me faz querer você de maneiras que nem posso descrever. Não foi porque você é o peão perfeito, mesmo que você seja. Foi porque eu queria você e ninguém mais faria isso.”

Suas palavras deixaram um gosto amargo na minha boca e uma dor estranha dentro do meu peito. Mas havia calor também. Foi assim que sempre foi com ele. Prazer e dor. Eles nunca foram duas entidades separadas, mas uma. E aparentemente, isso não importava para o meu cérebro reptiliano.

Não importava que ele tivesse admitido abertamente que eu era um peão, ou que se eu sentasse de novo e realmente pensasse sobre o que ele estava fazendo, eu seria capaz de ver o que era. Eu não pude dar um passo atrás nessa situação. Eu estava envolvida no meio disso. De alguma forma, eu havia pousado na mira de Alfonso Herrera, e agora tudo que eu podia fazer era aguentar o passeio.

Havia um profundo sentimento de medo quando eu pensava sobre o que seria de mim quando isso terminasse. Do que seria deixado. Porque acabaria eventualmente. E quando a poeira baixou e Alfonso conseguiu o que queria e se apoderou de mim, eu teria Christopher de volta. Mas uma parte de mim temia que eu não seria nada mais que uma concha vazia. Saudade de um homem que era o pior tipo de erro para mim. O tipo que me machucaria em qualquer oportunidade que ele tivesse. E foi essa mesma percepção que me deu a coragem de romper com o aperto dele e ir embora.