Fanfic: Corações Sangrando - Trendy | Tema: Trendy, HOT

Nós nos encontramos em um bar que deveria ser um tema irônico de lixo de trailer. A ironia não foi perdida em mim quando entramos. Minha vida em um parque de trailers nunca foi tão glamourosa.

Foi nesse momento que percebi que agora vivia em um universo alternativo. Desde que me mudei para São Francisco, eu acabei vivendo em um apartamento de luxo e trabalhando para uma corporação de bilhões de dólares. Eu mal tive tempo de piscar e, no entanto, tudo estava mudando antes de mim. Agora eu estava aqui, socializando com pessoas que achavam divertido se aventurar na classe baixa para entretenimento.

Eu não podia culpá-los, mas isso me fez sentir como se eu tivesse que manter minha verdadeira identidade escondida. A maioria dos meus colegas de trabalho veio de famílias abastadas que acumularam gerações de diplomas da Ivy League. O único que pensei que poderia estar mais perto do meu lado do espectro era Matt.

Ele cumprimentou Nicole e eu no bar, vestindo uma jaqueta de couro preta e jeans azul. Simples e casual, e muito mais adequado à sua personalidade do que seu traje de negócios diário.

"Boa noite, senhoras." Ele piscou e nos entregou alguns menus. "Escolha seu veneno, bebidas estão em mim."

Nicole franziu os lábios e tentou devolvê-lo. "Eu não estou bebendo nada."

Matt deu um sorriso tenso e pegou o cardápio da mão dela. "Tudo bem, então eu vou te pedir tudo o que Dulce está tendo."

Ele se virou para mim e eu tentei esconder o sorriso atrás do meu cardápio enquanto eles continuavam brigando.

"Eu acho que vou experimentar o coquetel Kool-Aid. Soa como meu estilo.”

"Perfeito." Matt sinalizou para baixo o barman. “Dois coquetéis Kool-Aid estão chegando. Por que vocês, senhoras, não nos arranjam um lugar em algum lugar?”

Para minha surpresa, Nicole não argumentou sobre isso, e eu a segui para a parte de trás do bar. Havia grupos de outros funcionários espalhados, mas ela não parecia muito ansiosa para se misturar com eles. Em vez disso, ela escolheu um canto escuro nas costas.

Uma vez que nos sentamos, ela procurou em sua bolsa e pegou um recipiente para pílulas.

"Você tem certeza que está bem?" Eu perguntei, meus olhos se demorando na pílula em sua mão.

"Estou bem." Ela me deu um sorriso fraco. "Eu fico um pouco ansiosa às vezes, isso é tudo."

“Ei, Dulce, Nicole. Bom te ver aqui."

Eu olhei para cima e vi um dos outros funcionários da Corporação Herrera em pé sobre nós. Eu o vi algumas vezes, mas nós não trabalhamos no mesmo andar, então eu fiquei surpresa que ele soubesse o meu nome.

"Olá". Eu sorri educadamente.

"É Tom." Ele apontou para o peito. "Receio que não tivemos muito tempo para falar uns com os outros no escritório."

Nicole o ignorou quando ela pegou o telefone, me deixando sozinha.

"Não, eu acho que não", eu concordei.

Ele gesticulou para uma das cadeiras vazias ao meu lado. "Você se importa se eu me juntar a você?"

"Oh." Eu mudei na minha cadeira e olhei para Nicole. "Claro que não."

Ele se sentou ao meu lado e começou a tagarelar sobre o trabalho. Depois de alguns minutos, relaxei. Tom parecia feliz em dirigir a conversa, então eu apenas segui sua liderança. Quando Matt voltou com nossas bebidas e se sentou, ele franziu as sobrancelhas quando viu que Tom havia se juntado a nós.

Ainda assim, ele fez um esforço para manter a conversa e ser educado. Os dois me encheram de perguntas sobre minha vida e sobre o que eu achava de São Francisco. Toda vez que a garçonete veio eles nos pediram outra rodada de bebidas. O perigo era que o meu tinha gosto de suco e, a julgar pela maneira como minha cabeça girava, eu poderia ter me divertido demais.

Eu não gostava de me sentir fora de controle, e é por isso que eu nunca me embriaguei antes. Eu posso ter vinte e um anos, mas certamente não agi assim. Quando você tem um adicto para uma mãe, ele tende a dissuadi-lo de buscar tais formas de entretenimento.

Quando eu disse a Tom que eu estava parando de beber pela noite, ele não parecia muito satisfeito com isso.

"Vamos, mais um não vai doer."

"Ela disse que não", Matt avisou. "Então deixe ir."

Tom levantou as mãos e suspirou. “Tudo bem, tudo bem. Você parou de beber, eu entendo.”

Ele se inclinou para a frente nos cotovelos e enfiou um pequeno saco de pó branco sobre a mesa. "Então, que tal uma coisa para tirar a vantagem?"

Matt estalou os dedos e se inclinou para frente também, seus bíceps esticando o couro de sua jaqueta até o ponto de ruptura.

"Você está brincando comigo agora?"

Nicole agarrou seu braço e algo passou entre eles. Ela parecia estar implorando para ele, mas pelo que eu não conseguia entender.

"Não deixe Matt dizer o que fazer", Nicole falou com uma voz vacilante. "Se você quiser experimentar, Dulce, eu vou fazer isso com você."

"O que?" Eu gaguejei, meus olhos correndo para o pó quando eu levantei para fora do meu assento. "Não, me desculpe, mas eu não... eu acho que você tem a impressão errada de mim. Eu não faço essas coisas.”

Matt seguiu o exemplo, a cadeira fazendo barulho atrás dele enquanto olhava para Nicole com óbvia decepção. Eu recuei, apenas para voltar para um baú duro atrás de mim.

Eu me virei com os braços trêmulos e encontrei a última pessoa que eu esperava ver lá. Alfonso me abraçou com os braços, olhando para mim com a expressão mais estranha. Seu corpo inteiro estava tenso, e ainda assim seus olhos estavam quentes. O mesmo calor que eu vi neles há cinco anos quando ele reivindicou minha boca com a dele.

Por todas as minhas afirmações de não ter uma personalidade viciante, eu sabia que era uma mentira. Porque olhar para as profundezas daqueles olhos era como uma centena de histórias em queda livre. Era o máximo e eu faria qualquer coisa por isso.

Ele pressionou a mão nas minhas costas, ajudando-me a recuperar meu equilíbrio enquanto eu me balançava em meus pés. Ele era tão alto que tive que esticar o pescoço para olhar para ele, mas me senti segura em seus braços. Meu coração martelou contra o meu peito quando senti o cheiro de sua colônia e inalou sem vergonha.

Ele cheirava tão bem que eu queria enterrar meu nariz em seu suéter e nunca sair. Mas ele retirou seu corpo do meu, dando ao meu braço um aperto final com a mão.

"Fico feliz em saber que sua moral está no lugar certo, Miss Espinoza. Mas há algumas outras questões que preciso abordar agora.”

Ele virou o olhar para Tom e apontou a cabeça para a porta. "Se me é permitido?"

Os dois saíram juntos, sem deixar dúvidas sobre o que acabara de acontecer. O rosto de Matt estava completamente branco quando ele falou com Nicole.

"Ele viu tudo, não é?"

Ela não respondeu, levantou-se e apertou a bolsa no peito, os olhos fixos em mim.

"Você está pronto para ir?"

"Claro." Eu balancei a cabeça fracamente. "Só me deixe pegar meu casaco."