Fanfic: Corações Sangrando - Trendy | Tema: Trendy, HOT

Acordei suando frio, segurando meu travesseiro contra o peito.

Eu sonhara com Alfonso novamente. O mesmo sonho que eu tive todas as noites desde que voltei a Illinois. Suas mãos no meu corpo, seus lábios na minha pele. O calor do seu peito pressionando contra minhas costas. Eu chamei por ele, mas ele não respondeu. Eu o peguei com a minha mão. Normalmente, eu podia senti-lo em algum lugar na escuridão. Mas não desta vez. Eu não senti nada dele.

Peguei meu telefone e procurei um de seus textos. Não existia desde a manhã de ontem. Meu estômago se apertou.

Eu abri as mensagens da Nicole que eu estava evitando a semana toda, passando por elas. Ela disse que estava preocupada com ele, e ele parecia muito mal. Ele estava agarrando todos ao redor do escritório, perdendo compromissos e esquecendo as coisas. Coisas importantes, pelos sons disso. Mas eu não pude fazer mais nada pelo Alfonso. Eu tive que me lembrar dela e dela disso. Ele precisava de ajuda. Ajuda que eu não estava qualificado para dar a ele. Eu não sabia como lidar com a tristeza em pequena escala, muito menos uma catastrófica. Eu não sabia como me dividir entre ele e minha família. Porque não importa o que eu fizesse, alguém se machucaria.

Limpei meus olhos turvos e me arrastei do quarto. Enquanto eu caminhava pelo corredor, a moldura minúscula de Norma apareceu. Ela olhou para fora das cortinas, batendo o pé ansiosamente.

"O que você está fazendo?" Eu fui direto para o Fruit Loops e peguei um punhado antes de me sentar em uma das cadeiras da cozinha frágeis.

Seu olhar se virou para mim e eu pude ver as rodas girando em seu cérebro antes que ela sequer abrisse a boca.

"Eu tenho que sair desta casa", ela retrucou. “Mas eu preciso de algum dinheiro. Você tem algum?”

Eu estreitei meus olhos. "Por quê?"

"O que importa porquê?" Ela perguntou. "Eu só preciso."

Dei de ombros e voltei a comer meu cereal, sabendo que o argumento não terminaria ali. Eu nunca tive que empurrar com Norma. Para um mestre manipulador, ela era realmente muito fácil de se manipular, quando estava desesperada o suficiente.

"Eu tinha algumas na minha bolsa", disse ela amargamente. “Eu sei que sim. Eu não fui a lugar nenhum ontem à noite. Mas esta manhã se foi.”

Eu bufei com sua situação e mentalmente me lembrei de agradecer a Christopher mais tarde. Fiquei surpresa que ele não estava pronto desde os onze anos. Eu normalmente não dormia tão tarde assim, mas estava se tornando um hábito ultimamente.

Eu terminei o resto do cereal que eu coloquei na boca e caminhei pelo corredor, ignorando as reclamações de Norma.

Quando bati na porta de Christopher, ele não respondeu. Eu abri a porta silenciosamente, esperando encontrá-lo adormecido. Mas um olhar para a cama e minha boca ficou seca. Ele não dormiu na noite passada. E sua mochila foi embora também.

Eu me levei para a sala de estar com movimentos bruscos e desajeitados. A casa estava tão quieta. Muito caralho quieto.

"Quanto dinheiro?" Minha voz foi lixa na minha garganta.

“O que?” Gritou Norma, afastando-se da cortina novamente.

"Quanto dinheiro está faltando?" Eu repeti.

Ela coçou a cabeça e fingiu pensar por um momento, embora eu soubesse melhor. Norma sempre soube quanto dinheiro ela tinha em sua bolsa. E exatamente o quanto isso iria comprá-la.

"Quanto?" Eu rosnei.

"Mil dólares!", Ela cuspiu. "Eu sei que não perdi o lugar."

"Onde está Christopher?"

"Hã?"

Eu queria tirar essa expressão idiota do rosto dela. Ela estava perdendo meu tempo com seu cérebro viciado em drogas.

"Onde diabos está Christopher?"

"Como eu deveria saber?" Ela encolheu os ombros. “Ele nunca deixa o sofá normalmente. Ele provavelmente está no quarto dele dormindo.”

"Ele não está."

Isso me ocorreu com uma lentidão repugnante. A conversa que tivemos na noite anterior. A expressão calma no rosto dele. Eu sabia exatamente onde Christopher estava. Ou pelo menos onde ele estava indo.