Fanfic: Corações Sangrando - Trendy | Tema: Trendy, HOT

Quando o médico chegou três horas depois, eu praticamente tinha feito um buraco no chão.

“Senhorita Espinoza?” Ele perguntou, seus olhos examinando o arquivo na mão.

"Sim, sou eu", eu disse rapidamente.

"Ele pediu por você", disse ele. "Então você pode continuar."

Corri em direção à porta antes de parar na moldura para voltar.

"Ele vai ficar bem?"

"Ele está em condição estável", explicou o médico. "Ele tem muita sorte de ter sobrevivido, mas precisará ser monitorado de perto nos próximos dias".

"Obrigada." Eu apertei minhas mãos juntas. “Obrigada por... Cuidar dele. Eu não sei o que eu teria feito..."

"Está tudo bem." Ele sorriu. "Por que você não vai vê-lo agora?"

Concordei e corri pelo corredor até o quarto de Alfonso. A porta estava rachada e eu arrastei um bocado de ar enquanto empurrava meu caminho para dentro.

Ele estava deitado na cama do hospital, coberto de cobertores e tubos. Mordi meu lábio para não fazer barulho quando me inclinei e apertei seu rosto em minhas mãos. Seus olhos estavam fechados e ele parecia estar dormindo.

Meu primeiro instinto foi salpicar suas bochechas com beijos enquanto eu alisava seus cabelos com meus dedos. Ele não gostaria que isso fosse deslocado. Ele não queria nada fora do lugar.

Grandes gotas de água espirraram em seu rosto, e eu percebi que elas estavam vindo de mim. Eu estava chorando em cima dele. A que distância estava perto de perdê-lo. Não entendi como Christopher poderia fazer isso. Eu o odeio. Eu o odiava tanto que me assustava e temia o que aconteceria quando o visse em seguida. Mas eu sabia, sem sombra de dúvida, que não poderia deixar Alfonso agora. Preocupei-me em não ser forte o suficiente para deixá-lo novamente.

"Por que você está chorando, menina?" A voz de Alfonso estava rouca quando ele abriu os olhos, olhando para mim com a sugestão de um sorriso provocador.

Eu balancei minha cabeça, incapaz de responder, e as lágrimas continuaram a derramar. Alfonso escovou meu cabelo para trás com os dedos, dando uma olhada clara no meu rosto enquanto tentava me confortar.

"Silêncio", ele sussurrou. "Não chore por mim."

"Não diga isso", eu bati, passando meus dedos pelos dele. "Não me diga para não chorar por você."

Um momento de silêncio caiu entre nós, e quando ele falou novamente, suas palavras foram pesadas com o peso do alívio.

"Eu não pensei que você viria."

"Claro que eu viria", eu funguei. “Eu te amo, Alfonso. Isso não desaparece."

Ele estremeceu quando moveu o corpo para o lado, deixando um pequeno espaço entre a moldura e ele.

"Venha aqui", ele implorou. "Deite-se comigo."

Olhei para a porta rachada, calculando mentalmente quanto tempo levaria até que uma enfermeira passasse por ela para me repreender. Mas quanto mais eu pensava sobre isso, menos eu me importava. Eu precisava estar ao lado dele. Sentir seu calor, seus batimentos cardíacos, sua vida.

Eu me arrastei e deitei de lado, tomando cuidado para não o tocar em qualquer lugar do seu torso. Os cobertores cobriam suas ataduras, e eu fiquei agradecida por isso. Eu não teria sido capaz de lidar com isso. Ainda não.

Alfonso apertou minha mão na dele e olhou nos meus olhos como se ele não acreditasse que eu estava realmente aqui com ele. Ainda havia muito a ser dito entre nós, e nós dois sabíamos disso. Mas nenhum de nós trouxe isso à tona. Em vez disso, ele disse a única coisa que pôde naquele momento. A única coisa que eu sabia dentro da minha alma não era uma mentira.

"Eu te amo, Dulce."