Fanfic: Corações Sangrando - Trendy | Tema: Trendy, HOT

Alfonso

Inacreditável.

Você sabia que a ciência provou jurar ser catártica? Gostaria de saber quanto custa descobrir isso. Eu poderia ter dito a eles de graça.

Dulce estava cutucando a fera dentro de mim com seu bastão invisível. Seria hipócrita dizer que não gostava que ela guardasse segredos de mim? Eu provei meu próprio remédio, e era amargo. Tão muito amargo.

Ainda assim, ela sabia como eu lidava com esse tipo de merda. Eu não lidava. Algo estava errado, e ela não havia decifrado seu código de silêncio após nenhum dos meus vários textos. Minha frustração sangrava nas mensagens, quanto mais esse ato de rebelião continuava. Normalmente, uma boa dose da minha atitude insensata faria o truque. Dulce não gostou de confronto. Ela não queria que ninguém se preocupasse. Ela estava sempre tão preocupada com todo mundo, menos com ela mesma. Muitas vezes, eu podia torcer isso a meu favor, por que... Bem, vamos ser francos, um homem como eu precisava das garantias dela. Mas desta vez ela não estava dando a eles. Castigo cruel e incomum, eu diria.

Ela sabia que alguém na minha folha de pagamento estava de olho nela agora. O que isso importa? Dulce deveria conhecer meu M.O. Mick não estava apenas a seguindo por informações. Ele estava lá para mantê-la segura. Era o que eu gostava de chamar de compromisso. Mas eu só tinha muita paciência e ela a levou ao limite.

"Por que você não a seguiu para dentro?" Eu berrei através do telefone.

"Ela estava em cima de mim." Mick murmurou. "Você disse para não chegar muito perto."

"Então você a perdeu completamente?" Minha indignação não estava bem escondida.

"Eu pensei que você não queria que eu a assustasse."

Ah, toque Mick. Puxando aquela velha castanha. Não, eu não queria que ele a assustasse. E se tivesse alguma lembrança de quem ele era, provavelmente ficaria assustada.

"Não estou feliz, Mick." Recuei na cadeira e olhei para a garrafa de Macallan do outro lado da sala. Eu sabia o que estaria fazendo assim que a ligação terminasse.

"Eu sei, chefe."

"Quantos médicos estão naquele prédio?"

"Muitos, senhor."

Eu provavelmente poderia conseguir os registros médicos dela. Eventualmente. Mas eu preciso conhecer o médico primeiro. E se Dulce alguma vez descobrisse, ela se deitaria em mim com um discurso inteiro sobre certo e errado. Eu quase não precisava fornecer razões extras para me odiar, então eu colocaria em espera. Por enquanto.

“Oh, espera aí. Há algo mais, senhor."

Peguei o peso de papel de mármore que Dulce segurava na mão dela naquele primeiro dia, alisando a ponta do dedo sobre a escuridão escura. Se eu não a conhecesse tão bem, teria me perguntado o que a levou a isso.

"O que é isso?" Eu perguntei distraidamente.

"Aquele bar que ela estava ontem?"

"Sim?"

"Bem, eu tive um palpite, então eu tenho andado por aí. E ela acabou de voltar aqui.”

"Com quem?" Eu me animei.

"Ela está sozinha." Disse ele. "Mas ela parece estar usando um uniforme".

"Um uniforme?"

Oh, Jesus Cristo, Dulce.

Eu estava levantado da minha cadeira antes mesmo de processar completamente suas palavras. “Espere por mim no estacionamento. Estarei lá em vinte minutos.”