Fanfics Brasil - Capítulo 11 - O Vinho O Império dos Deuses - A Origem [+18] [Hot] (Saint Seiya) - Em Andamento

Fanfic: O Império dos Deuses - A Origem [+18] [Hot] (Saint Seiya) - Em Andamento | Tema: Saint Seiya


Capítulo: Capítulo 11 - O Vinho

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* * * Império dos Deuses – Grécia * * *


 


Castelo dos Deuses, Sala de Jantar


 


Os servos estavam juntos, no canto da sala, aguardando a ordem de servirem o jantar. Eles estavam presenciando a discussão entre Hades e Ártemis.


Caroline disse baixinho apenas para Perséfone ouvir:


(Caroline) – Sinceramente, amiga, não sei como ainda não desistiu!


Perséfone olhou para a amiga e, mantendo o tom de voz baixa, perguntou:


(Perséfone) – Por que diz isso?


(Caroline) – Digo isso por causa do deus Hades! O que ele fez com aquela maçã, ele consegue fazer com qualquer um de nós! Não pensou nisso? Não tem medo?


Perséfone olhou para Hades, que estava em pé de braços cruzados encarando Ártemis.


(Perséfone) – Ah, Carol... para ser sincera, eu sei que deveria... mas não tenho medo nenhum dele!


Caroline olhou chocada para a amiga e pegou no seu braço.


(Caroline) – Por Zeus, One! Está falando sério? Cadê o seu instinto de sobrevivência???


Perséfone puxou um sorriso para a amiga.


(Perséfone) – Acho que nunca tive, Carol!


Carol cruzou os braços e fez cara de brava.


(Caroline) – Estou falando sério, One! É muito perigoso! Nesse caso, deveria estar cuidando de outro deus! É só conversar com a encarregada, ela está mais que acostumada em fazer trocas para o quarto do deus Hades! Ela nem vai querer saber o porquê! São tantas histórias envolvendo o nome dele que ela nem pergunta mais!


(Perséfone) – Como o quê, por exemplo?


(Caroline) – Dizem que se você olhá-lo nos olhos, ele faz o mesmo que fez com a maçã ou te transforma em pedra!


(Perséfone) – Pelos deuses! Ele não é a Medusa, Carol!


(Caroline) – E quem vai fazer o teste? Euzinha que não!


(Perséfone) – Posso garantir que tudo isso é invenção das pessoas! Além do mais, alguém tem que servi-lo!


Caroline sorriu.


(Caroline) – Ele não precisa que ninguém o sirva! Sempre fez questão de se servir sozinho! Faz questão de nos chamar de inúteis! Você sabe que ele tem o poder de levitar as coisas, não é?  É a primeira vez que ele permite que alguém o sirva.


Perséfone olhava para Hades.


(Perséfone) – Eu não sabia disso...


(Caroline) – Pois é, então ele já sabe e faz questão de se virar sozinho! Não precisa se preocupar com ele, se preocupe com a sua segurança!


Reia sinalizou para que cada criado responsável pelos seus deuses começasse a servi-los.


(Caroline) – Boa sorte, amiga! Vai precisar!


Os servos se separaram para começar a prestar assistência aos seus senhores.


Hades, sentado na sua cadeira, com a mão esquerda na altura do rosto, com o indicador encostado nos lábios e o polegar no queixo, olhava para Perséfone no canto da sala. Ele a localizava facilmente devido ao seu longo cabelo vermelho, que se destacava entre os demais.


Ela andava em direção a Hades e, ao olhá-lo, percebeu que ele já estava com o olhar posto em si, acompanhando cada passo que ela dava. Mesmo sabendo que não deveria encará-lo, não conseguiu desviar os olhos. Ver aqueles lindos olhos azul-claros era hipnotizante para ela.


Quanto mais se aproximava, mais conseguia perceber cada detalhe da beleza única dele. Seus cabelos longos, negros e repicados, realçavam a pele clara como a porcelana e deixavam os olhos azuis mais evidentes nos cílios negros.


Ela parou ao seu lado e respirou fundo, conseguia perfeitamente sentir o cheiro que emanava da sua pele: água fresca.


(Perséfone) – Com licença, senhor.


Ela se inclinou e começou a organizar os pratos e os talheres. Em seguida, pegou a garrafa de vinho e derramou o líquido na taça para servi-lo.


Hades, virando a cabeça levemente para o lado dela, conseguia ter uma visão privilegiada do seu decote, devido à inclinação do corpo dela sobre a mesa.


Ele respirou fundo e, ao fazê-lo, pode sentir o cheiro que emanava da pele dela: rosas e mel. Ele desviou o olhar, voltando a sua atenção para frente, pegou a taça de vinho cheia e tomou todo o conteúdo de uma só vez.


(Perséfone) – Quer mais vinho, senhor?


Hades não respondeu, apenas ergueu a taça na altura do rosto. Perséfone, então, tornou a enchê-la.


(Perséfone) – Bom apetite. Com licença.


 



 


Os servos permaneciam na sala, aguardando o final da refeição e atendendo aos seus respectivos deuses, se eles assim os chamassem.


Falando baixo, para não atrapalhar a refeição, Carol chamou a atenção de Perséfone.


(Caroline) – Hoje à noite, vai visitar a sua mãe?


Perséfone respondeu baixinho, ainda olhando para a frente.


(Perséfone) – Sim, sabe como ela fica quando não apareço! E além do mais, é sempre bom voltar em casa.


(Caroline) – Ao contrário de você, prefiro ficar por aqui no Castelo. Além de mais seguro, não tenho que presenciar as brigas da minha família. Aqui posso observar a briga da família dos outros! O que é bem melhor!


As duas se olharam e sorriram baixinho.


 



 


Hades pegou o seu guardanapo de pano e passou nos cantos da boca, o colocando em cima da mesa em seguida. Recostando-se na cadeira, cruzou os braços e olhou para Cronos.


(Hades) – E então, papai? Quando será a próxima reunião do Conselho?


Cronos olhou para o filho, terminou de mastigar e deu um gole no vinho.


(Cronos) – Bom, filho, não temos novas provas para necessitar reunir o Conselho novamente.


Hades sorriu sarcástico e balançou a cabeça em negativa. Com o seu poder, ele levitou a garrafa de vinho e a virou para encher sua taça.


Perséfone deu um passo para ir na direção de Hades e sua amiga colocou a mão no seu braço, a segurando. Disse baixinho:


(Caroline) – Eu disse que ele se serve sozinho! É melhor deixá-lo, se precisar ele te chama! Não percebeu que ele iniciou uma conversa com o pai?


Perséfone olhou para a amiga e falou baixinho:


(Perséfone) – E daí?


(Caroline) – Quando a conversa se trata do pai ou da deusa Ártemis, é melhor ficar bem longe dele!


Perséfone ficou no seu lugar esperando Hades chamá-la.


 Hades, ainda sem usar as mãos, colocou a garrafa de vinho no lugar e levitou a taça até os seus lábios. Deu um gole na bebida e a devolveu para a mesa. Permanecendo de braços cruzados, olhou para o pai enquanto falava sério:


(Hades) – Você sabe muito bem que não estou me referindo ao caso do ataque ao acampamento! Estou me referindo ao julgamento de Poseidon! Quero uma reunião para definir de uma vez por toda a punição dele!


Cronos desviou o olhar do filho e pegou o guardanapo de pano, passando nos cantos da boca.


(Cronos) – Esse é um caso que temos que esperar pelo seu irmão! Afinal, ele tem direito de defesa!


Hades sorriu irônico.


(Hades) – É claro que daqui a poucos instantes ele virá, não é, papai?


Cronos, ainda sem olhar para o filho, respondeu:


(Cronos) – Você disse que passou o recado para ele, agora só nos resta aguardá-lo.


Hades bateu com força a mão na mesa, fazendo as coisas em cima dela tremerem.


(Hades) – ELE NÃO VIRÁ POR CONTA PRÓPRIA! E O QUE VOCÊ QUER É POSTERGAR ESSE JULGAMENTO!


Cronos olhou sério para o filho.


(Cronos) – Aqui não é lugar para falar sobre isso, Hades! Controle-se!


Hades se levantou da cadeira e olhou furioso para o pai.


(Hades) – SÓ VOU ME CONTROLAR QUANDO POSEIDON ESTIVER AQUI! ELE TEM DOIS DIAS PARA COMPARECER OU EU MESMO VOU BUSCÁ-LO, NEM QUE SEJA NAS PROFUNDEZAS DO OCEANO!


Hades apontou para o pai.


(Hades) - NÃO VAI LIVRÁ-LO DESSA VEZ, PAPAI!


Hades saiu da sala de jantar.


 


 *   *  *



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Autor(a): Kelly Tavares

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